Foram necessários 25 anos até que a maior trilha do mundo fosse completa. A Great Trail, que corta o Canadá de costa a costa, foi inaugurada oficialmente neste ano e é a concretização de um longo trabalho de voluntários e organizações não-governamentais. O percurso passa por 13 estados e o roteiro pode ser usado para os mais diversos tipos de aventuras.

De acordo com o site oficial da trilha, a Great Trail é formada por 400 caminhos individuais que agora foram completamente conectados. A trilha é tão completa, que estima-se que 80% da população canadense more a apenas 30 minutos de um dos trechos da trilha.

Foto: Divulgação/Facebook

Este á considerado o maior feito voluntário da história do Canadá e deve ter uma influência positiva no estímulo às atividades ao ar livre e ao turismo sustentável. É possível percorrer os 24 mil quilômetros da trilha de diferentes formas, seja fazendo um trekking, pedalando ou até atravessando rios em caiaque. Certos trechos, cobertos por neve, também podem ser feitos em esqui ou em snowmobile.

Foto: Divulgação/Facebook
Foto: Divulgação/Facebook

O percurso completo passa por montanhas, parques nacionais, áreas urbanas, praias e muito mais. O que não faltam são opções para todos os tipos de aventureiros.

Para ter acesso a todos os detalhes e ao mapa completo da trilha, acesse o site The Great Trail ou baixe o aplicativo, disponível para iOS e Android.

 

O esporte pode transformar vidas, a sua ajuda também!

Na compra de uma Camiseta Reaxion, adquirida até o dia 31/01, nas lojas do Morumbi Shopping, Shopping Iguatemi e Shopping Cidade São Paulo, você participa da campanha “Never Stop Making The Difference”, que levará a escalada até crianças de uma das comunidades mais violentas de São Paulo, na região do Capão Redondo.

Através de uma parceria The North Face com a ONG Casa do Zezinho, crianças e adolescentes da organização terão a oportunidade de conhecer o esporte e ainda ter contato direto com os principais atletas de escalada do Brasil.

A cada camiseta comprada por você, outra será doada a uma das crianças, garantindo a participação dela no “Escala Zezinho”.

O evento consiste em um dia inteiro de imersão no esporte, quando as crianças serão levadas até o ginásio de escalada e terão aulas e vivências com os nossos próprios atletas.

O intuito desta ação é mostrar que, através do esporte e com as oportunidades certas, é possível escalar muros, superar dificuldades e ultrapassar limites.

Confira os endereços dos Shoppings participantes:

SHOPPING IGUATEMI SÃO PAULO

Av. Brigadeiro Faria Lima, 2232 – Loja L04

Jardim Paulistano – São Paulo – SP

(11) 3032-5210

SHOPPING MORUMBI

Av. Roque Petroni Júnior, 1089 – Loja 237/238/239

Jardim das Acácias – São Paulo – SP

(11) 5181-6856

SHOPPING CIDADE SÃO PAULO

Av. Paulista, 1230 – Loja 1106

Bela Vista – São Paulo – SP

(11) 3595-2518

Uma das coisas mais interessantes da corrida de montanha são os diferentes desafios que ela oferece. Diferente da corrida de rua, em que os atletas precisam se preocupar basicamente apenas com o ritmo e a altimetria da prova, na montanha existem riachos, galhos, valetas e muitos outros obstáculos de todos os tipos, com uma variável enorme de estímulos em uma única prova ou treino.

Para superar todos eles com categoria, é preciso estar muito bem preparado fisicamente e incluir exercícios variados nos treinos. Uma das opções é acrescentar a corrida em escada na planilha de treinos.

Para falar sobre isso, nós pegamos as dicas com o corredor de montanha José Virginio, que também é treinador e corredor de escadas.

O preparo

Antes de começar a correr na escada, é muito importante preparar o corpo para este tipo de esforço físico, assim como em qualquer outra atividade física que exige bastante dos músculos e articulações. Uma sugestão interessante é aquecer com uma corrida leve, de 2 a 4 km e depois, sim, partir para os degraus.

Virginio explica quais são os benefícios deste tipo de treinamento: “As escadas têm como objetivo, além de elevar muito a frequência cardíaca, trabalhar o reflexo que o tornozelo pode ter, em tentar transpor cada degrau o mais rápido possível.”

Não é necessário estar na montanha para fazer este tipo de treino. Qualquer escadaria na cidade ou mesmo as escadas dentro dos próprios edifícios podem ser usadas como a estrutura perfeita para que o corpo se condicione a este movimento e reflita positivamente quando for exigido na montanha.

O que você está esperando para começar a subir mais escadas?

Agora que a temporada de neve foi oficialmente aberta no hemisfério norte, não faltam motivos e incentivos para que você prepare a mala e embarque rumo aos diversos destinos para a prática dos esportes de inverno. Mas, se você ainda está em dúvida sobre qual será o seu roteiro de viagem, nós trazemos mais uma boa opção: Jackson Hole (Wyoming, EUA), e alguns motivos que vão te fazer desejar se transportar para lá agora mesmo.

  1. É perfeita para quem busca adrenalina

A estação de esqui de Jackson Hole tem o maior desnível vertical de todos os Estados Unidos. As descidas são desafiadoras e perfeitas para os mais experientes, que estão em busca de muita emoção. O Corbet’s Couloir, por exemplo, é considerado uma das descidas mais difíceis do mundo.

Foto: Reprodução/Facebook
Foto: Reprodução/Facebook
  1. Ar de filme de velho oeste

Os turistas que visitam Jackson Hole têm a oportunidade de se sentirem realmente em um daqueles filmes antigos de velho oeste, graças às duas cidadezinhas do seu entorno: Town of Jackson e Teton Village. Em ambas é possível encontrar bons restaurantes tradicionais e bares.

  1. Dois em Um

Jackson Hole está muito perto de um dos Parques Naturais mais impressionantes dos Estados Unidos: Yellowstone. São apenas 90 quilômetros separando a estação de esqui e o parque.

  1. Atrações noturnas para todos os gostos

Para os mais festeiros, tem balada à noite. E, para quem quer aproveitar a neve ao máximo, é possível também praticar o esqui noturno. Quem quer um meio termo entre agitação e esporte, tem também a opção de curtir os bares, shoppings e restaurantes locais.

  1. Diversão para todo mundo

Apesar de ter excelentes opções para quem está em busca de adrenalina, o complexo de Jackson Hole também tem atrativos para os iniciantes, crianças e para quem quer apenas acompanhar os esquiadores e aproveitar para curtir uma bela paisagem. A estação oferece aulas de esqui, patinação no gelo e passeios para observação de animais.

Foto: Reprodução/Facebook
Foto: Reprodução/Facebook

Quer saber mais? Clique aqui e siga a estação de Jackson Hole no Facebook ou aqui para acessar o site oficial.

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última segunda-feira (4), planos de reduzir drasticamente duas áreas de preservação ambiental muito importantes a Bears Ears e o Monumento Nacional Grand Staircase Escalante, ambos em Utah. A decisão gerou revolta e mobilização por todo o país e muitas organizações ambientais e marcas ligadas ao universo outdoor participaram de manifestações e estão usando sua influência para contestar a medida e arrecadar fundos para promover a preservação de ambos os parques.

De acordo com a imprensa local, o Grand Staircase-Escalante foi reduzido pela metade e a situação do Bear’s Ears foi ainda pior, já que a reserva teve a sua área diminuída de 1.35 milhões de acres para apenas 220 mil. Isso, no entanto, não significa que a terra que deixou de ser reserva nacional será totalmente desmatada. Mas, não estando sob controle do governo nacional, elas ficam expostas às legislações locais e aos interesses privados. Esta é justamente a maior preocupação dos ativistas.

Valley of the Gods -  Foto: John Fowler/Flickr - Creative Coomons
Valley of the Gods –
Foto: John Fowler/Flickr – Creative Commons

De acordo com a organização norte-americana Protect Our Public Land, quando o governo nacional passa as áreas aos cuidados dos estados, 70% da terra acaba vendida e se tornam totalmente vulneráveis aos interesse privados, prejudicando o acesso público e a preservação cultural e de espécies locais e, muitas vezes, ameaçadas de extinção.

Ruínas da antiga civilização Anasazi -  Foto: IIP Photo Archieve/Flickr - Creative Commons
Ruínas da antiga civilização Anasazi –
Foto: IIP Photo Archive/Flickr – Creative Commons

Diante da decisão de Trump, a Wilderness Society liberou um informativo que mostra os riscos ao patrimônio arqueológico nas comunidades nativas americanas e de uma diversidade enorme de plantas e animais, entre eles a tartaruga do deserto, um animal extremamente ameaçado.

Foto: Grand Staircase Escalante National Monument - Foto: Bureau of Land Management/Flickr - Creative Commons
Foto: Grand Staircase Escalante National Monument – Foto: Bureau of Land Management/Flickr – Creative Commons

A The North Face, bem como outras marcas concorrentes, como a Patagonia, se juntou a esta causa doando US$ 100 mil e tem apoiado organizações locais em prol da educação ambiental e preservação das reservas naturais.

 

Correr na neve é muito diferente de correr no asfalto. Por isso, antes de se aventurar em uma prova extrema, é preciso se preparar para o que está por vir. Para ajudar e dar dicas de como se preparar para corridas na neve, mesmo morando em um país tropical, nós fomos conversar com alguém que entende do assunto: Marcelo Alves, maratonista de provas extremas e recordista mundial por ter integrado o grupo de corredores que realizou 7 maratonas, em 7 dias e em 7 continentes diferentes.

O Marcelo já enfrentou provas nas mais diversas condições climáticas, desde o deserto do Atacama ao Everest. Ele já correu no Polo Norte e diante da Aurora Boreal e teve que lidar com muita neve e temperaturas de -40ºC. Ele nos explicou exatamente o que faz e o que as suas experiências lhe ensinaram para que seja possível se preparar para corridas extremas e na neve mesmo morando em um país sem neve.

Veja tudo o que ele nos contou:

Provas mais lentas

“Para correr provas extremas e, principalmente, na neve, tem dois pontos que eu acho fundamentais:

O 1º é o tempo de exposição, então na preparação é preciso prever isso. Só para ter uma ideia, eu acredito que, numa média, o tempo que você faz em uma prova no asfalto é 50% menor do que na neve. Então, imagine um atleta que faz uma maratona em quatro horas: ele tem que se preocupar, no mínimo, em ficar seis horas exposto ao exercício e ao clima.”

Equipamentos

“Outro ponto super importante é o equipamento que o atleta vai utilizar. São roupas mais pesadas. Normalmente se usa o conceito das três camadas, em a primeira camada ajuda a tirar o suor do corpo, a segunda ajuda a esquentar e a terceira é o corta-vento. Então, a pessoa tem que se adaptar e se familiarizar com este tipo de roupa.

O calçado para correr na neve é o tênis normal de trilha. Eu já vi muitos atletas usarem opções de tênis com Gore-Tex, mas não é o aconselhável. Porque se o suor demorar muito para sair do pé, ele pode congelar. O atleta também precisa de familiarizar com as luvas e toucas.

Ajuda muito você ter produtos de alta qualidade. Eu acho que aqui que é um fator muito legal da The North Face, porque são equipamentos testados ao redor do mundo e por atletas. Então, eu tenho muita confiança quando eu uso os equipamentos, porque eu sei que foram testados. Desde a minha primeira prova, eu sempre usei equipamentos The North Face e até hoje eu nunca tive problemas.”

Treinamento

“A parte de treinamento é realmente muito complicada, porque nós moramos em um país super quente, mesmo eu morando em Curitiba, que costuma ter mais frio, não chega nem perto das temperaturas extremas.

Eu aprendi nessas provas que muitas vezes as pessoas dizem “ah, vamos treinar num frigorífico”. Eu tentei isso algumas vezes e confesso que não chega a ajudar muito, porque você treina em um frigorífico a -10ºC, -15ºC e quando chega, por exemplo, no Polo Norte, que você pega -40ºC é uma diferença muito grande. Então, aquilo que você fez a -10ºC não tem significado nenhum, porque é uma diferença enorme. O melhor a fazer é tentar chegar um pouco antes nos locais da prova, fazer uns treinos, mesmo que curtos, só para você se familiarizar com o equipamento e estar bem treinado para aguentar ficar 50% a mais e não ter erro.”

Substituindo a neve pela areia

O jeito que Marcelo encontrou para treinar a pisada na neve sem ter neve, foi substituindo-a pela areia. Para ele, o tipo de esforço feito para correr nos dois terrenos é bastante semelhante. Mas, Curitiba, sua cidade, também não tem praia. A solução foi ser criativo:

“Antes da minha primeira prova extrema, eu já tinha viajado pra neve para passear, fazer outros esportes. Então, eu já sabia mais ou menos como que era a dificuldade e, como a prova acontece toda em um terreno de neve, eu consegui uma autorização do Jockey Clube de Curitiba para treinar lá na areia.

Eu tinha alguns treinos programados e eu comecei bem simples. A pista do Jockey tem, se eu não me engano, 1km. Então, eu fui lá e fiz uns treinos curtos de 5km, 7km, 8km e fui aumentando até fazer 30km lá no Jockey, o que me ajudou muito. Principalmente porque o tipo de pisada é outro e você usa muito alguns músculos do corpo que você não está acostumado na corrida simples.”  

Troca de experiência

“As redes sociais e a internet também ajudam muito. Eu normalmente faço contato com atletas que já fizeram esse tipo de prova ao redor do mundo e troco bastante informação.”

 

O Guia de Equipamentos da Go Outside testa, avalia e classifica os melhores produtos disponíveis no mercado brasileiro para a prática de esportes ao ar livre. Todos os anos nós temos muitos produtos The North Face entre os destaques. Em 2017 não foi diferente. Para que tudo ficasse ainda melhor, nós tivemos dois grandes vencedores: a jaqueta impermeável Leonidas 2 e a mochila cargueira Fovero 85.

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Confira o que os especialistas da revista disseram sobre cada um deles:

LEONIDAS 2

Melhor para: Diferentes situações, sem pesar na mochila.

O teste: A Leonidas 2 encantou os nossos testadores, que a levaram para correr, remar, pedalar e escalar. Sua modelagem, acabamento, detalhes técnicos e respirabilidade receberam ótimas notas. “É a perfeição em cada detalhe: os zíperes não correm risco de engripar, o capuz tem caimento perfeito, o sistema de fechamento na barra e nos punhos é incrível”, disse um testador. A jaqueta não tem um tecido de forro interno, é apenas uma camada de “tecido confortável mesmo quando suado”, de acordo com um de nossos atletas. Com tratamento DryVent e sistema hidrorrepelente, a impermeabilidade também foi louvada, com uma pequena ressalva: “Em contato com vegetação molhada, ela cola na pele e acaba passando umidade”, falou um especialista. Mas o zíper nas axilas ajudou a sanar o problema. “Usei-a em atividades físicas intensas durante um dia de chuva fica e houve pouquíssimo acúmulo de transpiração”, relatou outro. A maleabilidade do tecido, que permite grande amplitude de movimentos, também foi notada. A Leonidas 2 foi recomendada com louvor para atividades intensas, mas um testador notou que, por seu tecido fino e leveza, ela pode não ser a melhor opção para práticas ou ambientes muito rigorosos.

O veredito: Altamente eficiente e recomendada para exercícios intensos, desde que o ambiente não seja muito inóspito.

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FOVERO 85

Melhor para: Travessias de três dias.

O teste: Se você sempre achou que mochilas cargueiras carecem de uma pequena organização interna, seus problemas acabaram. Lançada com a promessa de ser versátil – preparada para as longas distâncias, mas sistemática na arrumação -, a Fovero chega ao Brasil na versão 85 litros agregando múltiplos talentos. Seu amplo porta-capacete na parte frontal e uma tampa que vira uma honesta mochila de ataque foram os acessórios que tiveram aceitação unânime. Os guias de trekking que a testaram para este Guia curtiram o porta-capacete porque ele vira um bolso de acesso rápido para produtos e acessórios que precisam estar sempre à mão. Além disso, a Fovero conta com outros dois bolsos externos (com zíper) que realmente podem ajudar na organização de equipamentos menores ou para transportar peças extras de roupas. Nos quesitos “conforto” e “ajustes”, obteve as melhores notas por causa das alças – “são anatômicas e têm um toque suave com a pele, além de fitas para pendurar equipamentos como rádio e GPS”, descreveu um testador – e da fita peitoral, que conta com regulagem de altura, apito e é elástica na medida certa para ajudar na estabilidade. Ainda no mesmo tema, a tecnologia Optifit, que melhora a distribuição de carga através de regulagens no costado e pontos de contato tanto nessa parte, como na barrigueira, foi sentida na pele. “Minha coluna ficou alinhada e as costas não saíram molhadas, mesmo depois de horas de caminhada debaixo do sol”, garantiu um dos nossos especialistas. A Fovero 85 fica mais “colada” nas costas que a maioria das mochilas cargueiras. Se pudessem, nossos testadores fariam duas mudanças: angulariam os bolsos laterais destinados às garrafas, para torna-los mais facilmente acessíveis, e transfeririam o porta-capa de chuva para a base.

O veredito: Além de ser fabricada com os materiais mais evoluídos, está focada em desempenho e organização.

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Se você já está preparando as malas para curtir a temporada de neve no hemisfério norte, nós temos uma notícia que vai te deixar ainda mais animado e ansioso para a viagem: já está nevando muito em Whistler.

A primeira grande nevasca da temporada caiu sobre a cidade canadense na última semana e os amantes dos esportes de neve já estão comemorando e aproveitando tudo o que o inverno tem a oferecer, já que a estação Whistler Blackcomb abriu antes do normal. Além da antecipação, as notícias locais são de que esta temporada tem previsão de condições climáticas perfeitas e este início já é considerado “fantástico”. Mais um incentivo para quem quer curtir o inverno na América do Norte.

O fotógrafo e aventureiro canadense John Entwistle registrou tudo em seu perfil no Instagram. As fotos mostram um verdadeiro espetáculo da natureza, tanto no branco na neve, como na Aurora Boreal registrada por ele.

Uma publicação compartilhada por John Entwistle – Whistler (@entwistlephoto) em

Sobre Whistler

Esta é uma das estações de esqui mais bem estruturada do Canadá. As montanhas Whistler e Blackcomb têm 2.240 e 1.562 metros de altura. Para se ter uma ideia, a Blackomb é a maior estação de esqui de toda a América do Norte, sua área esquiável chega a 33 km2 e ela já foi sede das olímpiadas de inverno. A infraestrutura é completa e oferece muitas atrações gastronômicas, artísticas, lojas, hotéis, spas e acomodações para os mais diversos gostos.

Quem nunca teve vontade de largar tudo e viajar o mundo sem se preocupar com o dia de voltar? Apesar de ser um desejo latente no coração de muitos aventureiros, nem todos têm coragem ou a estrutura necessária para colocar o sonho em prática. O jornalista paulista Israel Coifman definitivamente não é uma dessas pessoas. Há quase um ano, ele deixou para trás um excelente emprego, apartamento e toda a rotina, para embarcar em uma volta ao mundo sobre duas rodas.

A aventura começou na América do Sul e segue subindo para o norte do continente. Quando chegar aos Estados Unidos, Israel pegará um avião para continuar a viagem em outro continente, que ainda não foi escolhido. A ideia é viajar por todos os continentes e aprender. Aprender sobre os lugares, culturas, povos e sobre si mesmo.

Entre uma pedalada e outra, o jornalista tirou um tempinho para conversar com a gente, tirar dúvidas, contar suas experiências, dar dicas e mostrar que, com o planejamento necessário, qualquer um pode embarcar em uma aventura desse tipo.

Foto: Israel Coifman/Arquivo Pessoal
Foto: Israel Coifman/Arquivo Pessoal

Confira abaixo a entrevista completa:

The North Face: Como surgiu a ideia de “largar tudo” e ir viajar de bike pelo mundo?

Israel Coifman: Há muitas formas de responder essa pergunta. Há diferenças substanciais na resposta do antes e começo da viagem para o agora. Posso dizer que antes eu me sentia sendo levado pela correnteza mesmo sabendo que aquela não era a minha direção. Eu tinha o emprego e a vida que eu queria ter. Estudei jornalismo para trabalhar com futebol e cheguei a lugares que eu nem imaginava chegar. Cobri duas Copas do Mundo, as Olimpíadas de Londres e viajei por mais de vinte países através da profissão. Fui feliz e muito, mas chegou um momento que tudo aquilo não fazia mais sentido. Antes que me chamem de mimado de uma geração que não sabe o que quer e se arrepende de largar o que tinha, digo que todo esse movimento de transformação foi muito consciente. Desde deixar o super emprego e o apartamento que eu vivia na Barra da Tijuca, vender o carro, móveis e migrar para uma vida minimalista com pouco ou quase nada. Nada do que eu tinha veio de graça, pelo contrário, com muito suor, mas não me fazia mais sentido suar para ter, eu queria viver mais e melhor. Me senti estagnado, sem evoluir e isso estava me matando. É possível ter a leitura de que eu estava cansado do trabalho, da profissão, da cidade grande e de ser mais uma ovelha no rebanho, mas era muito além. Tinha muito a ver com o desejo pela liberdade, pela aventura, pelo desconhecido. Desde 2013 eu ensaiava uma mudança de vida e, enquanto eu não sabia para onde ir, vinha um novo projeto ou um novo incentivo profissional e eu deixava esse desejo debaixo do tapete. Até que em 2015 não havia mais como esconde-lo. Sem querer descobri o livro Homem Livre, do Danilo Perrotti, que deu uma volta ao mundo de bicicleta e me inspirei. A bicicleta já era muito presente na minha vida e então me lancei timidamente para viagens para me testar. O resultado foi avassalador. Foi encontrar meu caminho, ao menos neste momento de vida, em cima dos pedais. Comecei a pesquisar mais e mais e, o que me parecia loucura, foi ganhando naturalidade ao encontrar um universo de informações sobre o assunto e ver que há centenas de pessoas que fazem ou já fizeram isso. Pode-se chamar de período sabático ou o que for, mas deixei a vida convencional para viver uma vida que faz mais sentido para mim, onde aprendo na prática sobre outros povos, outras culturas, sobre a vida e sobre mim mesmo. Ressignificando valores e gerando novos e melhores hábitos. Agora uma resposta mais curta. Por que? Porque não encontrei nada mais maravilhoso para fazer da minha vida neste momento.

TNF: Quanto tempo levou desde a ideia até o início da viagem?

Israel Coifman: Um ano. Em dezembro de 2015 saí de férias “mal intencionado”. Eu já tinha um plano na cabeça, mas precisava respirar um pouco e ficar sozinho para ver se era aquilo mesmo que eu queria fazer. Viajei de carro do Rio de Janeiro até Timbó, em Santa Catarina e de lá saí pedalando pela primeira vez com barraca, fogareiro e com a bicicleta carregada para ver como eu me saía. Terminei o Circuito do Vale Europeu fascinado, emocionado e com um baita frio na barriga, pois sabia que ali eu tinha tomado um caminho sem volta. Em Blumenau, parei uns dias para descansar e absorver tudo que eu tinha vivido e, um ano depois estava iniciando a expedição ali mesmo onde eu havia decidido me aventurar.

Foto: Israel Coifman/Arquivo Pessoal
Foto: Israel Coifman/Arquivo Pessoal

TNF: Como foi a decisão de deixar um emprego tradicional para embarcar nesta aventura?  

Israel Coifman: Quando voltei ao Rio de Janeiro e entrei em casa eu já sentia que eu não pertencia mais àquele lugar. Eu sabia que tudo implicaria em deixar o trabalho e uma vida confortável. Pedir demissão do emprego certamente foi a parte mais difícil. Foram seis anos trabalhando na Mowa Sports. Entrei como freelancer em 2010 e estava prestes a deixar uma posição executiva para ir viajar o mundo de bicicleta. Difícil de compreender para qualquer um, mas como disse, peguei um caminho sem volta. Quando as coisas fazem sentido dentro da gente, não precisamos de nenhuma outra explicação. Meu ex chefe virou amigo e é uma pessoa que sempre me apoiou e sofri antes e depois de falar com ele. Mas eu estava certo do que eu queria e em nenhum momento me arrependi.

TNF: Como foi o planejamento e a preparação?

Israel Coifman: Pesquisando e falando com outros viajantes, estabeleci um budget diário de R$50 para a viagem. Muita gente não gosta de falar de dinheiro pois tem receio do que as pessoas podem pensar ou ser assaltado. Como não ando com muito dinheiro e não me preocupo tanto com o que os outros pensam, é isso. Fiz as contas e me joguei em 2016 para fazer dinheiro. Vendi meu carro, prancha, bicicleta antiga, móveis, eletrodomésticos e tudo que dava para vender para levantar dinheiro. E trabalhei muito. Segui no meu emprego por boa parte do ano e consegui fazer muitos trabalhos freelancers: gravei e editei desde filmes institucionais até making of’s de modelos. Ao fim do ano cheguei ao número que eu queria. Quando a viagem começou descobri que dá pra viajar, na maioria das vezes, com bem menos que R$50. Usei 2016 também para me preparar psicologicamente. A yoga foi fundamental para me ajudar a me manter concentrado e menos ansioso. Se a expedição era uma escolha consciente, nada melhor que tomar consciência do corpo e mente antes de começar. Também segui correndo e pedalando quando dava tempo, mas não me preocupei tanto com o corpo e sim com a mente, para ela não me trair. E funcionou!

Foto: Israel Coifman/Arquivo Pessoal
Foto: Israel Coifman/Arquivo Pessoal

TNF: Você já andava de bike? Se sim, era meio de transporte, lazer, ambos?

Israel Coifman: Andava de bike sim. Quando ainda morava em São Paulo eu tive minha habilitação de motorista caçada por excesso de multas. A bike estava abandonada e trouxe ela de volta com tudo para mudar a minha vida. Lentamente passei a fazer tudo de bicicleta, desde ir comprar pão até ir trabalhar. Quando me mudei para o Rio de Janeiro não parei mais. Ter as praias e as montanhas como parque de diversões me fez adotar definitivamente a bicicleta como instrumento de lazer, aventura e transporte.

TNF: Quais roupas, acessórios e equipamentos não podem faltar em uma aventura deste tipo?  

Israel Coifman: Viajar de bicicleta significa viver de uma forma muito simples. É preciso ter pouco, mas o pouco tem que ser de qualidade pois o uso é extremo e intenso. Alforjes impermeáveis, barraca que aguente bem o vento e a chuva e um saco de dormir poderoso são indispensáveis. Um isolante térmico inflável e uma cozinha compacta também são importantíssimos. Shorts e calça de ciclismo também não podem faltar, assim como uma jaqueta à prova d’agua. Eu gosto de levar também uma garrafa térmica para fazer café e claro, o material fotográfico para registrar os lugres incríveis por onde passo. Roupa térmica compacta e um bom casaco de frio. Chapéu, protetor solar e repelente. E para a família e amigos, um rastreador via satélite para todos saberem onde estou e que estou em segurança. Ah e ferramentas e algumas peças de reposição para a bicicleta!

TNF: Por quais países você já passou? Quais ainda estão na lista?

Israel Coifman: Saí do sul do Brasil e passei por Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Equador e agora estou entrando na Colômbia. Quero atravessar a América Central e chegar aos EUA. De lá pegar um avião para cruzar o oceano e seguir viajando pelo lado de lá. Ainda não decidi se pela Europa, Ásia ou África, mas o número de países não é mais uma obsessão. Estou mais focado nas experiências que nos recordes.

TNF: Quanto tempo deve durar a viagem toda?

Israel Coifman: Pensei em três anos, mas a viagem deixou de ser “a viagem” e passou a ser a minha vida. Se a grana estiver acabando, dá para trabalhar viajando ou fazer pausas para levantar dinheiro e seguir. Não estou preocupado se a viagem vai durar menos ou mais. Enquanto eu estiver feliz, seguirei viajando e no final eu faço as contas de países, tempo e quilômetros.

Foto: Israel Coifman/Arquivo Pessoal
Foto: Israel Coifman/Arquivo Pessoal

 TNF: Até aqui, quais foram os maiores desafios, perrengues e conquistas?

Israel Coifman: Perrengues 1: Peguei uma infecção na garganta e fiquei sem conseguir sacar dinheiro em um vilarejo bem pequeno no Peru. Não tinha dinheiro para comprar remédios, ir a um hotel ou pegar um ônibus até um lugar com mais estrutura. Estava com muita dor e passando mal. Por fim consegui uma carona até uma cidade maior para ir a um hospital e me cuidar. Perrengue 2: Vi um carro capotar a uns 30 metros de onde eu estava. Fiquei em choque, paralisado no meio da estrada. Eu poderia ter morrido, mas felizmente nem o motorista e o passageiro se machucaram. Foi perturbador. Conquistas: Há sempre um sabor maravilhoso ao cruzar fronteiras internacionais pedalando, impulsionado pela força de seu corpo e pela resiliência que a nossa mente desenvolve. Mas atravessar a Cordilheira dos Andes, da Argentina para o Chile, o Salar de Uyuni e sair do nível do mar de Lima para dar a volta na Cordilheira Blanca, a quase 5000 metros de altura no Peru foram momentos inesquecíveis.

TNF: Qual foi o lugar/situação mais incrível vivenciado até este ponto da viagem?

Israel Coifman: A Cordilheira Blanca, no Peru. Foi o lugar mais impressionante que eu já fui na vida. Depois de sair do litoral, estar lá em cima vendo glaciares, picos nevados e lagoas azul turquesa me fez chorar de emoção e respeitar mais a natureza.

TNF: O que você esperava desta experiência antes de começar a viagem? Essa expectativa foi atendida?

Israel Coifman: A experiência é muito mais amplificada na prática. A viagem é muito mais intensa, feliz e difícil que eu imaginava. Eu tinha uma ideia antes, mas agora eu sei que eu estou no lugar onde eu queria e quero estar. Os lugares por onde eu passo são de cinema, mas as experiências mais enriquecedoras são com as pessoas. O que se aprende com os locais, se reflete na natureza e ecoa de forma indecifrável por dentro de você e por fim, essa é a melhor viagem, a que percorremos internamente.

TNF: Quais conselhos você daria para quem sonha em fazer algo do tipo?

Israel Coifman: Sonhar. Acreditar. Não se preocupar com o que vão dizer nem se comparar com outras histórias ou outros viajantes. Cada um tem um jeito de ver a vida. Viva do seu jeito, faça a sua viagem, priorize o que é importante para você… e pedale! Por que viajar de bicicleta não tem segredo, é só pedalar!

Foto: Israel Coifman/Arquivo Pessoal
Foto: Israel Coifman/Arquivo Pessoal

Quer acompanhar todos os detalhes dessa aventura incrível? Siga o Israel no insta: @IsraelCoifman

 

Cada montanha é diferente e tem seus próprios desafios e conquistas. Mas, todas elas têm algo em comum: a capacidade de transformar as pessoas. As dificuldades enfrentadas por quem decide se desafiar em busca do cume, proporcionam reflexões e nos fazem repensar valores e prioridades. Além disso, se você já se aventurou desta forma sabe que encarar uma montanha faz cada detalhe da vida ganhar novo sentido.

O carioca Rodrigo Siqueira sentiu todo esse poder na pele. Em 2006, ele e alguns amigos montanhistas decidiram subir o Aconcágua. Localizada na cordilheira dos Andes, esta é a montanha mais alta da América do Sul e um dos maiores picos fora da Ásia. São quase 7 mil metros de altitude, muito vento, frio e mais uma quantidade inumerável de outros desafios.

As dificuldades vividas na montanha o fizeram uma pessoa diferente. Foram 12 dias na missão Aconcágua e, ao descer, as flores pareciam ter mais cores, os animais pareciam ter mais vida e hábitos simples, que normalmente passam despercebidos, começam a ter significados muito mais valiosos.

“Chegamos 12 dias depois ao ponto onde tudo começou. Eu achei o caminho bem diferente, mas foi exatamente o mesmo caminho trilhado por mim poucos dias antes. Parecia mais florido, colorido, com mais passarinhos a cantar, mas sabia que não poderia ser. Eu é que via tudo com outra perspectiva. Eu é que havia mudado. Da mesma forma que o axioma fundamental da dialética afirma a inconstância das coisas: ‘nenhum homem se banha duas vezes no mesmo rio’, talvez nenhum montanhista trilhe nos Andes a mesma trilha duas vezes”, escreveu Rodrigo.

Os detalhes desta aventura gelada foram registrados no diário do montanhista e rendeu um relato super completo, que pode ajudar muitos outros aventureiros que pretendem conquistar o Aconcágua.

Confira tudo aqui.

 

 

O Marcelo Sinoca é um dos corredores de montanha mais conhecidos do Brasil. Então, nada melhor do que ouvir de alguém que já disputou provas nos mais diversos lugares do mundo, com condições climáticas extremas e tem muita experiência, para pegar dicas de quais tipos de roupas e acessórios usar em uma corrida.

O assunto da vez era lã merino. Veja exatamente o que ele nos contou:

“Eu conheci a lã de merino em 2009, quanto eu comecei a fazer provas longas de corrida de aventura. Na época, eu usava lã de merino somente no pé, a meia. Eu gostava bastante, porque, como nessas provas a gente vara noite, tem vários rios, está sempre trocando o terreno, ou seja, 100% do tempo a gente tá com o pé molhado, eu precisava de uma meia que me proporcionasse conforto, me desse segurança e mantivesse o meu pé seco. Foi nas meia de lã merino que eu consegui manter o meu pé sempre seco, principalmente na parte de baixo do solado. E o pé não dobrava, assim eu conseguia correr longas distâncias sem fazer uma bolha e sem perder a performance.

Foi em 2011 que realmente eu conheci todas as vertentes da lã merino em outras roupas também. Quando eu fui pela primeira vez para a Patagônia Expedition Race, que era a prova considerada a mais inóspita do Planeta, de 800 km de corrida de aventura, eu comecei a usar a segunda pele (blusa e calça) de merino, junto com as meias. Depois disso eu fiquei fã e em todas as provas longas eu uso as segunda peles de merino e também as meias.

O interessante do merino, e que muitos brasileiros ainda estão começando a conhecer (eu falo isso porque muitos alunos meus ainda não conhecem), é que as pessoas costumam pensar que ele é indicado apenas para locais frios. Mas, ele tem a grande vantagem de ser usada nos dois extremos, tanto no frio, como no calor extremo. Ele deixa a temperatura do corpo equilibrada no nível certo. Então, se você estiver no calor extremo, ele vai manter o seu corpo fresco, arejado e protegido, e no frio também. Essa é a grande vantagem, por isso que eu uso.”

No Ultra Trail

“Eu uso sempre merino. Mesmo antes de chegar ao Brasil, eu já comprava de fora. Para ter noção, eu tenho uma meia desde 2013 e ela ainda está em perfeita condição. A durabilidade do merino é impressionante. Ele não dá cheiro, dura muito e tem todos esses benefícios já citados anteriormente. Enfim, eu sou super fã de merino!”

Também é fã?

Você também é fã de lã merino ou ficou curioso para testar esse material e ver se é realmente tudo isso que o Sinoca falou? Confira aqui todos os produtos Smartwool, feitos em lã merino.

Aproveitar a vida outdoor, praticar esportes de aventura ou se aventurar desbravando locais inóspitos são práticas que dependem, e muito, da preservação ambiental. Por isso, todo bom aventureiro e amante da natureza que se preze, luta pela conservação e sempre cuida dos locais por onde passa, para que não sobrem vestígios e nem interferências que sejam associados ao “rastro dos humanos”.

Em todo o mundo, no entanto, existem áreas maravilhosas, mas que estão sujeitas ao desmatamento e à destruição ambiental ocasionada pela busca por um “desenvolvimento” do século passado. A floresta amazônica é um bom exemplo disso. Assim como o Rio Tietê, que corta a cidade de São Paulo, mas que carrega apenas poluição em suas águas que poderiam estar repletas de vida.

Foto: Jena Qing/Divulgação
Foto: Jena Qing/Divulgação

A boa notícia é que não é necessário depender apenas de super projetos governamentais de recuperação ambiental. A natureza tem um poder enorme de que restaurar sozinha. Em alguns casos, o melhor que nós podemos fazer é deixar que ela haja sem a nossa interferência.

Foto: Jena Qing/Divulgação
Foto: Jena Qing/Divulgação

Para visualizar melhor o que nós estamos falando, confira abaixo as imagens da fotógrafa chinesa Jane Qing. Ela registrou a situação de uma vila desabitada, localizada no arquipélago de Shengsi, e que há anos não abriga nenhum ser humano. O verde toma conta da paisagem, mostrando que a natureza, agindo sozinha, pode realizar muitas transformações.

Foto: Jena Qing/Divulgação
Foto: Jena Qing/Divulgação