Sintam essa expedição de perto, por Bruno Senna e demais escaladores:

“Os dedos ardem, trouxemos pouca comida para o acampamento e há 3 dias não tomo um banho. Tudo se torna irrelevante no momento que olho para a vista espetacular das agulhas de granito ao redor do lago de cor esmeralda do Frey.

dsc0152jr.jpg

Um ano e meio depois da primeira alta montanha na Bolívia, a vontade de explorar novos limites em modalidades diferentes da escalada resultou em uma nova viagem: o Cerro Catedral, ou mais conhecido como a zona do refúgio Frey. Para os desavisados o Frey é um dos picos de escalada tradicional mais famosos da Argentina. No pé da Patagônia o local conta com mais de 50 agulhas de granito! Com vias de alta qualidade, um refúgio com uma equipe que está sempre sorrindo e escaladores do mundo inteiro acampados ao redor do lago. O clima é quase que indescritível. O Frey é uma escola, não só do esporte, mas da cultura e o estilo de vida da escalada.

img1611lh.jpg

Substituições foram feitas – a equipe desta vez contou com os originais Bruno Senna, Caê Benfica e Leo Santiago, e os novos Breno Rates e Daniel Carvalho, vulgo Popó.

Desta vez, foi uma viagem de escalada pura, de aventura “alpina”. O planejamento se ateve a uma lista e reuniões em bares sobre o que levar, o que obviamente resultou em imprevistos, improvisações e sacrifícios, como deixar metade das bagagens em bariloche, por não ter como carregar tudo para o refúgio. Aviso aos navegantes, leve só o que realmente precisar, porque é osso se desapegar de coisas que já estão lá ou ter que fazer que cortar seu livro no meio (retirando que o já foi lido) para diminuir o peso.

img9979j.jpg

img1633sh.jpg

Em Bariloche, cidade onde se chega e se faz as compras da comida para o acampamento, estimamos que os 5 juntos somavam uns 160kg de equipamento, roupa e comida. E para subir com essa bagaça toda? Nesta temporada foi proibido o uso de mulas ou cavalos por turistas – apenas o Refúgio pode usar para subir com suprimentos e descer com lixo. Fomos forçados a arranjar dois porteadores humanos, distribuimos o peso e ainda sobraram uns 18kg. Solução? recrutamos a namorada de um dos porteadores – o que foi realmente constrangedor! A chica levantou a mochila nas costas, e ainda falou que estava tranquilo!

img0508at.jpg

Para chegar, um ônibus até a estação de esqui do Cerro Catedral, e três horas e meia de caminhada morro acima como burros de carga. Chegando lá, a recompensa: o Refugio Frey, uma cerveja fria a temperatura ambiente, e a paisagem alucinante das 50 agulhas ao seu redor.

A Mansão The North Face (aquilo não pode ser chamado simplesmente de barraca), que foi instalada em posição abrigada dos ventos mais fortes, teve que aguentar ventos pesados, de envergar as barracas vizinhas, chuva, sol e neblina. Mas como nessa casa não tem goteira, ficamos bem tranquilos pra deixar as preocupações apenas na parede.

img1032vc.jpg

O dia a dia por lá é demais! A palavra de ordem é curtição. Dorme-se confortável, acorda assando com o sol na barraca, fora dela o vento te pede roupa própria, café da manha na nossa cozinha improvisada e ampliada para 6 confortáveis lugares. Depois, reunião da comunidade escaladora ao lado do abrigo, troca de dicas e ideias de que agulha e que via escalar, organização de equipamento, e toca-toca pra cima! Entre 40′ e 3 horas de caminhada, voce está em qualquer uma das principais agulhas, com vias 3 estrelas (a graduação de qualidade das vias vai de zero a tres estrelas). No fim do dia todos retornam ao refúgio, degustam um bom vinho compartilhado, conversam sobre as conquistas, alguns se arriscam no violão e quando está frio todos se espremem no refeitório para se esquentar.

Os trios oficiais foram Cae+Bruno+Leo e Breno+Popó+Vítor (paulista, bombeiro de resgate e muito gente boa que encontramos por lá, melhor parceiro de escalada não há, sempre com um sorriso no rosto e boa disposição além do valor agregado de sabermos que se desse alguma merda o resgate já estava lá!).

Escalamos vias TOP, três estrelas sempre que possível, nas agulhas:

1 – A agulha do Frey, que fica em frente ao abrigo, com 5 min. de caminhada, nossa primeira roubada em fenda, com direito a escalada noturna com Lua cheia, e repetições na chuva.

2 – A Principal, desde que ouvimos falar do Frey a imponência do nome Principal ressoava em nossas mentes. Todos queriam chegar ao cume mais importante e alguns membros até clamavam que se emocionariam no topo da agulha. Ela é uma das mais distantes, com 3h de caminhada em pedras soltas,  demoramos 12 horas para escalar e descer… chegando pra mais de 1:00 da manha no acampamento. Mesmo assim, recebidos com palmas pela equipe de festa do refúgio, que nos esperaram com uma garrafa de vinho e abraços para comemorar o dia de glória!

3 – M2, com um dos cumes mais divertidos, mesmo com uma via curtinha, a via tem um visual alucinante, de pano de fundo temos o abrigo do Frey e o seu lago esmeralda.

4 – La Vieja, com uma das vias 3* mais alucinantes e exigentes.

5 – Campanille Esloveno, com uma das paisagens mais incríveis e presenteados por vôos rasantes de um Condor; Abuelo, para constar no currículo.

dsc0509j.jpg

Depois de um dia de roubada, ou meio dia, ou nada, tem sempre a opção pela Playa Frey. Sem vento, e no sol, nada melhor que um mergulho pra tirar as cracas no lago de degelo em frente ao refúgio, com a opção de um slack line impossível de dar três passos para meros juniores na modalidade.

Conseguimos nos suportar por sete dias seguidos, com um odor de baby-wipes mascarando o chulé, muita escalada, roubadas, apertos, curtição, piadas, música, vinhos e cervejas, pizzas e macarrones. Mas ninguém é de ferro, e merecemos comer um Bife de Chorizo de primera calidad, na volta para Bariloche! Até a próxima Frey!”

img4853y.jpg

Através de nossos parceiros, Maktour, segue super dica:

Evento celebra a saúde, harmonia e o bem estar no consagrado resort de esqui chileno.

Cultivar hábitos saudáveis e dançar sob as estrelas. Esta é a proposta do festival Wanderlust, único no mundo com este conceito, que acontece do dia 15 a 17 de fevereiro, em Termas de Chillan, no Chile.

O festival reúne os líderes mundiais de yoga, renomados músicos e DJs, oradores, chefs e enólogos em um destino de inverno conhecido pelas maravilhosas paisagens de montanhas.

Os participantes começam o dia com uma meditação ao ar fresco sob o sol da manhã. A programação inclui diversas atrações como yoga, reiki, massagens, meditação, trekking, cavalgada, escalada, danças, cinema, exposições de arte, passeios de bicicleta, caminhadas entre as árvores e atividades especiais para as crianças.

Além dos stands de alimentos locais orgânicos, são servidos deliciosos menus nos restaurantes com uma grande oferta de vinhos biodinâmicos produzidos na região.

A tarde, uma vez terminada as aulas, serão realizados concertos ao ar livre e atividades outdoors com músicos e bandas que mostrarão o melhor de seus repertórios, tais como: Chambao, Los Jaivas, Nano Stern, Dj Bitman, Subhira, Andrés Condon & Tomas Thaver e Orixango.

Programe-se e encare essa super viagem!

Serviço: Festival Wanderlust

Data: 15 a 17 de fevereiro de 2013

Local: Termas de Chillan, Chile

Quem leva: Maktour

4 noites de hospedagem incluindo entrada para o festival, café da manhã, almoço e jantar, traslados, e assistência viagem. A partir de USD1045 por pessoa.

Para tal, equipe-se com a The North Face e preocupe-se apenas em curtir!
www.thenorthface.com.br

NEVER STOP EXPLORING

montevideoq1184.jpg

Durante trinta dias, dois jovens cruzarão o Chile, a Argentina e o Uruguai a bordo de um Defender, modelo da década de 40, com duas bicicletas e muita disposição.

ara montar uma barraca em um camping após dirigir mais de 1300 km de estrada de terra, com cascalho e muito buraco, tem que ter disposição e espírito de aventura. Imagine ainda, ter que contar o lixo produzido, pesar, separar, depositar em local apropriado, anotar o consumo de energia elétrica e de combustível durante a viagem, só andar de bicicleta para explorar as cidades, se preocupar com a comida local, e, ainda por cima, se divertir. É o que dois jovens de 25 e 28 anos, André del Gaudio e Cassiano Freitas, respectivamente, farão durante as suas próxima férias em direção à Patagônia, extremo sul do continente americano. Trata-se da primeira Expedição Sustentável à Patagônia, intitulada “Projeto Sou da Estrada” e que terá início em janeiro de 2011.

A bordo de um Defender, modelo 4×4 desenvolvido durante a década de 40, a empreitada terá início por São Paulo e passará por países como Chile, Argentina e Uruguai. O objetivo dos jovens, pessoas comuns que poderiam planejar uma viagem para qualquer destino badalado é justamente promover a consciência ambiental, sobretudo entre os brasileiros, para que comecem a preservar, de fato, o meio em que vivem. Para Cassiano Freitas, “muitos reclamam, mas poucos fazem algo para mudar a realidade, a começar pela própria atitude”, diz o jovem executivo que será responsável por fotografar todo o percurso. “Em casa, sempre fizemos a coleta seletiva, por exemplo. Isso está incorporado na maneira como a minha família vive e interage com a natureza”, completa. Del Gaudio, que além de dirigir também será o mecânico oficial durante a viagem, concorda com o amigo de infância e reforça: “consciência sustentável começa em casa. Você não pode acreditar verdadeiramente no que você não aplica”, diz.

No Itinerário dos viajantes, a Carretera Austral, também conhecida como Camino Austral, cujo cenário variado era até pouco tempo inacessível. Repleta de despenhadeiros densos é comum avistar por lá árvores no centro de uma terra cercada de vulcões, geleiras, rios límpidos e até uma floresta tropical. Na extremidade sul da Patagônia, no chamado “fim do mundo”, os viajantes percorrerão a Terra do Fogo, metade chilena e metade argentina, com fazendas de ovinocultura, algumas lagunas e o Ushuaia, na ponta dos Andes, com o Cape Horn e a Antártida mais abaixo. Ao todo, serão mais de 20 cidades percorridas. Para apoiar a exploração local, os viajantes terão duas bicicletas a bordo. “Temos que minimizar os impactos de todas as formas e andar de bicicleta foi a melhor solução que encontramos, pois tem baixa interferência na natureza, não polui, possibilita acesso a lugares onde o carro não alcança e ainda favorece a nossa saúde”, brinca André.

Em parceria com o projeto, está o Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza (IBDN), que dará o respaldo necessário à empreitada para calcular os impactos da viagem no Meio Ambiente e aferir quantas árvores serão necessárias para neutralizar o carbono emitido. Todas as árvores serão plantadas no parque Ecológico do Tietê, o maior parque linear do mundo, cujo projeto de proteção e recuperação de sua mata ciliar é muito importante para a cidade de São Paulo e seu entorno.

Para se comunicar com o restante do mundo durante a expedição, os viajantes criaram o blog – www.soudaestrada.com.br -, onde as pessoas poderão acompanhar toda a experiência 4×4 dos jovens aventureiros e compartilhar mensagens, fotos e vídeos. Ao final da cruzada haverá uma exposição das melhores imagens com a presença dos viajantes e do carro, o Rocinante, cujo nome inspirado no cavalo de dom Quixote de la Mancha, em uma visão mais moderna, também terá andado mundo afora colecionando lembranças e aventuras, sustentáveis, é claro.

Sobre o Projeto Sou da Estrada – Criado por dois jovens brasileiros, é a primeira expedição sustentável à Patagônia, desenvolvida em parceria com o IBDN – Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza, responsável por calcular os impactos da viagem no Meio Ambiente. Com duração de um mês, o projeto tem como objetivo despertar a consciência ecológica, de forma que a sustentabilidade seja promovida em função desse despertar. A viagem parte de São Paulo e incluirá regiões da Argentina, Chile e Uruguai.

Gabriela Catropa Polycarpo
B4T Assessoria+Comunicação

Janine Cardoso


No setor Corujas, na Pedra da Divisa em São Bento do Sapucaí -2010 – Vias muito esportivas e lindas

Janine sempre me chamou a atenção…pela beleza, simpatia, elegância e resultados merecidos pelo seu talento como escaladora. Mas de um tempo para cá, ela me fascinou pela energia que emana e pela bela conduta diante dos desafios. Me sinto honrada em apresentar esta mulher extraordinária.

Idade?
36 anos

Nasceu em que cidade?
São Paulo, SP

Profissão?

Jornalista

Quanto tempo de escalada?

Desde 1993

Como começou? O que te motivou a praticar este esporte?

Desde criança, desde os 5 anos de idade, meus tios e pais me levavam para fazer trilhas em Atibaia, onde passávamos os finais de semana em um sítio, e eu sempre me identifiquei com a prática de caminhadas, contato com a natureza, desafios e todo o universo que o montanhismo oferece.  Na verdade, eu sempre adorei praticar esportes, adorava volei também, fiz capoeira durante um tempo antes de conhecer a escalada, mas quando me lancei na escalada esportiva, não tive olhos para nenhum outro esporte mais…

Mesmo sempre apaixonada por trilhas, só fui conhecer a escalada com 19 anos, graças a meu irmão Alexandre que havia tido contato com a escalada na escola, em uma viagem de educação ao ar livre. Pratiquei na Pedra Grande,  em Atibaia pela primeira vez e  meu irmão achou que eu levava jeito, me levou pra conhecer a 90 graus, ginásio de escalada esportiva. Desde o primeiro mês, o Paulo Gil e a turma da época me incentivaram muito na prática e me pilharam para participar de um campeonato em 1994… Foi meu primeiro campeonato, com a Mônica Pranzl abrindo vias, a Rosita Belinky competindo também e desde então eu nunca mais parei… Gostei de tudo que um campeonato de escalada oferecia; desde o frio no barriga devido à pressão competitiva, do controle psicológico frente a uma via desconhecida, até o universo atlético inerente à escalada esportiva. Aí, viciei nessa mistura e fui curtindo mesclar  minha paixão pela prática na rocha com treinamentos e competição.


Foto1 –
Marbella, Espanha –  após muita dedicação nos treinos, 16ª colocada em etapa espanhola
da Copa do Mundo em 2006
Foto2 – Movimentação  fascinante  no Campeonato Latino Americano no Equador – 2010

Conta para nós sua trajetória…Quantos campeonatos, quantas vitórias… Você gosta de competir, não é?
Rsrsr… sinceramente,  eu não tenho ideia de quantos campeonatos participei, nem quantas vitórias, só sei que foi um caminho feliz de 16 anos competindo em quase todos os campeonatos nacionais, (competi até grávida de 3 meses em 2002) e voltei a competir após 1 mês e meio com minha filha a tira-colo… Competi em quase todos os paulistas e nos grande eventos abertos, e em competições anuais internacionais desde 1998… A maior parte desse caminho foi realizado com muita dedicação, diversão e paixão.
Acho que dá para resumir dizendo que sou hepta-campeã brasileira, sendo que alguns anos tiveram circuitos nacionais com várias  etapas, onde venci todas elas, outros anos  que perdi,também, mas mesmo assim, eu gostava de continuar competindo.

Na escalada, até hoje, considero a competição uma forma de superação pessoal. Eu penso que se uma pessoa saudável consegue chegar até um certo ponto, qualquer um pode chegar se tiver oportunidades de se dedicar, se tiver disciplina e principalmente paixão pelo que faz… E o mais importante, não se preocupar com exposição ou com que os outros podem pensar,  simplesmente estar feliz por estar realizando uma coisa que traz plenitude realmente. É uma ótima maneira de se preparar e lidar com as possíveis derrotas da vida….


Como você lida com a derrota? E a vitória?

Eu aceito a derrota bem, faz parte do aprendizado né!? Eu não penso muito na derrota. Normalmente visualizo minhas condições perante o desafio que eu me proponho e faço uma prospecção do que pode acontecer conforme meu preparo diante daquilo. Nada é de graça e se não estou preparada para algo, é provável que eu perca, mas isso não quer dizer que não possa tentar.
Admiro muitas escaladoras pelo mundo que vivem exclusivamente para a escalada, que podem viver isso e se entregam para essa paixão, colhendo frutos de ‘vitórias’ no cenário mundial.
A vitória é sempre uma conquista que normalmente vem após algumas derrotas, seguidas de perserverança. Eu tento fazer o meu melhor conforme as circunstâncias que a vida me apresenta, e se nesse contexto, não houver vitória, seja lá o que isso signifca, mesmo assim, eu me sinto feliz por ter tido a oportunidade de realizar o meu melhor.
Por algumas vezes, o medo vem, mas a coragem está em controlar e dominar o medo, o que de certa forma já é uma vítória, certo?


Foto 1 –
Grávida de 8 meses – 2003
Foto 2
– Levando a Manu para conhecer a PEDRA GRANDE – em Atibaia, primeiro lugar que escalei há 17 anos,
onde costumava fazer trilhas e ver praticantes de asa delta

Como tem sido conciliar a maternidade com a escalada?
Sou bem disciplinada com treinos, aprendi o que funciona com meu corpo, já errei no início treinando demais sem metodologia e fui pesquisando e trocando idéia com escaladores do mundo sobre treinamento… Isso foi facilitando minha vida para estabelecer algumas horas de treino por dia na academia, enquanto minha filha estava na natação, na escola, com ajuda da família, mas sempre com bastante esforço e correria, sem dúvida.

Minha filha hoje admira quando eu chego no topo da parede, se orgulha dos meus troféus, aos poucos vai entendendo o que cada um significa para mim, pois todos foram conquistados com muita dedicação, abrindo mão de outras coisinhas e pequenos prazeres da vida. Sendo assim,  ela cada vez mais entende o que a escalada significa para mim e às vezes me acompanha também.

Por um período da minha vida, fiquei bem fechada em escalada indoor, justamente pela facilidade que era conciliar maternidade com a prática no ginásio, possibilitando uma escalada mais vapt-vupt..  Às vezes, me  virava nos trinta para organizar uma escalada na rocha, e levar alguém para ficar com ela durante o dia, coisas de rotina de mãe né, e assim, fui levando como toda mãe que também luta para manter hobbies para dar mais força principalmente na hora de encarar os desafios da maternidade.   Nas viagens para o exterior, sempre contei com a ajuda absurda das avós e isso sem dúvida fez e faz enorme diferença até hoje.

Desde cedo, aprendi que não adiantava eu me sentir culpada ou achar que eu estava ausente, ou rótulos como esse que nós mesmas tendemos a nos colocar, afinal, estamos todos buscando a realização… Acredito que a maternidade seja uma das coisas mais marcantes, intensas e valiosas da minha vida, experiência que agradeço a Deus por ter a oportunidade de viver, mas, após minhas experiências com o montanhismo, sei que sou uma pessoa que não conseguiria viver feliz unicamente em função de filhos, por isso, organizo minha vida para conseguir administrar esses dois amores, maternidade e escalada, com disciplina.

Atualmente, levo a minha filha para a rocha comigo pelo menos uma vez por mês e ela me acompanha super bem. Nesse quesito, a prática da escalada esportiva também facilita, uma vez que é tranquilo deixar as crianças na base da falésia, dá para curtir passeios com as crianças pelos arredores da pedra no intervalo de cada via… É bem gostoso. Por  algumas vezes, deixo de escalar em rocha para realizar outras atividades com ela, mas confesso que ficar na cidade no final de semana não é o que mais me deixa plena. Eu adoro colocar o pé na estrada, carregar as pessoas que eu amo comigo, escalar e estar nas montanhas com eles, viver um final de semana de escalada, mais simplicidade e paz, e voltar pela estrada com minha cria cansada dormindo no banco de trás após tudo isso.


E seus treinamentos, como é a sua rotina? E a alimentação?

Quando estou treinando firme, meus treinamentos são realizados no final do dia, normalmente das 5 às 7 e meia da noite de forma bem concentrada, com intervalos cronometrados entre travessias, vias, boulders ou treinos em fingerboard.  Já fiz muitos testes de treino e cheguei à conclusão que rendo melhor treinando no máximo dois dias seguidos. Já treinei 3 dias seguidos, seguindo planilha, mas achei lesivo e desgastante demais, a ponto de sofrer muito no treinamento e baixar resistência, comprometer o resto da minha vida como trabalho, vida social, família, então, fui buscando o meu equilíbrio.  E continuo buscando sempre, afinal, a vida não pára né!

Nesse último ano, venho tentando manter um treinamento de escalada de 4 a 5 vezes por semana, normalmente cerca de 2 horas de treinos de escalada na 2ª,  3ª e 5ª feira indoor, e sábado e domingo, na rocha.  Se eu tenho um dia de escalada em rocha muito intenso no domingo, eu descanso na 2ª ou faço um treino rápido de campus board e corrida. Os treinos mudam conforme minhas necessidades e ciclos, envolvendo fases de resistência, força-resistência e força pura… E fases de descanso também, super importante. Costumo correr 2 vezes por semana, por cerca de 40 minutos.

Desde que escalo, eu cuido da minha alimentação, já que não dá para negar que leveza é fundamental para performance esportiva. E não adianta não comer, ou comer errado. À curto prazo dá para enganar comendo pouco sem se preocupar com a qualidade, mas à longo prazo, o corpo não aguenta.

Fui aprendendo e me interessando cada vez mais sobre alimentação saudável e natural. Já tive fases de sucos energéticos feitos em casa pela manhã, com cenoura, gengibre, maçã, laranja na centrífuga, e batidas desse tipo… Já experimentei fases de não comer carne nenhuma, nem peixe (hoje, só como peixe, nem frango nem carne vermelha) e fui sempre experimentando e vendo o que funcionava melhor para que eu me sentisse mais forte e com energia para a vida.

Não como em grandes quantidades, sempre em porções pequenas, de 3 em 3 horas, nem que seja um biscoito natural, uma maçã, um salgado, etc… Meu pecado, se é que se pode dizer isso, é pão de queijo… Amo!

Um amigo meu costuma dizer que eu não como, eu me nutro, e acabei tendo que concordar… Apesar de ter muito gosto por alguns pratos da cozinha contemporânea em geral, de curtir temperos e especiarias, na maior parte da minha rotina eu como por necessidade, prestando atenção no preparo e no que eu como.

Não sou de comer doces, açúcares, bolachas etc… Normalmente como muita salada, com um pedaço pequeno de proteína que costuma ser peixe fresco no forno, atum enlatado, ou ovo, combinado a algum carboidrato, como pão ou arroz ou um pouco de massa.
Vivo muito bem com o mínimo possível de frituras.


Foto 1 – Conheci a Falésia de Ceuse na França após minha 1ª oportunidade
de participação na Copa do Mundo em 1999
Foto 2 – Conheci as escaladas de Arco na Itália, após uma participação em uma etapa da Copa do Mundo em 2007

E patrocínio?
Meus patrocinadores são:
The North Face Brasilwww.thenorthface.com.br
Casa de Pedra – ginásio de escalada esportiva – www.casadepedra.com.br
 

Hipertensão….Como foi que aconteceu, você se inscreveu ou foi convidada?
A produção  do programa me viu escalando na Casa de Pedra e me convidou.


Voltando para as montanhas…O que a escalada significa para você?

A escalada é a minha terapia, minha principal paixão. É um caminho que eu achei florido e pleno demais, que envolve todas as suas particularidades, seja o ballet na parede, a força, momentos de instrospecção e concentração que eu tanto prezo,  que foi crescendo para oportunidade de viagens e contato com pessoas maravilhosas pelo mundo. Na verdade, só de estar na rocha ao lado de escaladores, acompanhando outros apaixonados, eu já me sinto mais viva. Gosto de ver outras pessoas que assim como eu são apaixonadas pela escalada, sendo que muitos também misturam esse tesão pelo montanhismo à uma ambição esportiva praticada com respeito e dignidade.


Projetos para o ano que vem?

Trabalhar e continuar escalando, cuidando de mim e de minha filha com equilíbrio e paz, vivendo cada momento com intensidade, entrega e naturalidade, sempre com muita gana e  paixão, deixando a vida me levar e fazendo minha parte no que tiver que ser.


Gostaria de deixar uma mensagem para a mulherada?
Que todas nós tenhamos força para seguir sempre um caminho que faça o coração pulsar mais forte, acreditando em nós mesmas, correndo atrás dessa verdade interior.

Fonte: http://www.mulheresnamontanha.com.br/

Steve Rendle, CEO da marca The North Face, é exímio esquiador. Ele revela suas estações preferidas

Por Redação VEJA SÃO PAULO | 17/11/2010

Rendle em ação nas montanhas de Falcon Lake: neve fresca

por Divulgação

■ Snowbird

(Park City, Utah, Estados Unidos)

O complexo divide-se em cinco hotéis, um deles com spa. Na alta temporada, uma semana para um casal num deles, o The Cliff Lodge & Spa, custa 3 000 dólares (5 100 reais). “O melhor resort de esqui da América do Norte. Descidas bem íngremes, com neve recente e de boa qualidade”, avalia Rendle.

■ Jackson Hole

(Parque Nacional Grand Teton, Wyoming, Estados Unidos)

Numa suíte master do Amangani Resort, cinco dias custam 1 750 dólares (2 975 reais). “Montanha íngreme que passa tanto pelo resort quanto pelo terreno ao redor.”

■ Aspen

(Denver, Colorado, Estados Unidos)

“Grandes montanhas à disposição com excelente qualidade de serviços, para todos os tipos de bolso”, diz nosso expert. Ficar uma semana nas suítes mais luxuosas do St. Regis custa 8 700 dólares (14 800 reais).

■ Falcon Lake

(Manitoba, Canadá)

Três dias numa cabine para seis adultos do Falcon Trails Resort custam 280 dólares por pessoa (480 reais). “Nada melhor do que esquiar em uma profunda camada de neve fresca, com um grupo de seus melhores amigos, usando um bom e indicado snowcat.”

■ Chamonix Mont – Blanc

(Savoia, França)

“Muito, muito espaço para esquiar. Montanhas superíngremes, nos melhores terrenos de esqui do interior da Europa.” Na alta temporada, a diária de uma suíte do Auberge du Bois Prin sai por 385 euros (886 reais).

Fonte: http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2191a/almanaque-luxo-cinco-estacoes-de-esqui-que-valem-a-pena

O blog da escalada fez uma entrevista inédita Peter Mortimer, produtor da Sender Films, que realizou os filmes da série “First Ascent – The

series” e como já colocamos aqui no blog a The North Face patrocinou.

Confira a entrevista abaixo.

“Hoje no mundo, os melhores filmes de escalada são produzidos pela “Sender Films”, empresa produtora de verdadeiros clássicos como “First Ascent”(2006), “Return 2 Sender”(2005), “Sharp End”(2007), “King Lines”(2008) e o série, em parceria com o “National Geografic Channel” “Fist Ascent – The Series”(2010).

O fundador Peter Mortimer hoje poderia ser considerado, guardada as devidas proporções, claro, o Francis Ford Copolla dos filmes de escalada.

O Blog de Escalada procurou a produtora para fazer uma entrevista com Peter. O produtor gentilmente respondeu, e pacientemente em todas as perguntas não poupou palavras ou dados em suas respostas.

Peter Mortimer fala sobre o início como produtor de filmes de escalada, qual estilo de escaladas gosta e sua vontade de volar a filmar no Brasil.

Para saber mais sobre a Sender Films, acesse : http://senderfilms.com/

Sigam a entrevista abaixo :

1 – Quanto tempo você dedica para escalar? Qual o seu estilo de escalada favorito?

Hoje eu escalo em casa, apenas duas vezes na semana por poucas horas de treino.

Estou escalando tão pouco em parte por causa da minha filha recém nascida, Pia, que tem oito semanas.

Eu gosto de vias tradicionais em móvel, mas também gosto de fazer boulder para ter mais aproveitamento em curto espaço de tempo.

Eu usualmente escalo no outono perto de um local de boulder chamado “The Ghetto”. É negativo e bem forte e está localizado a 25 minutos de caminhada de minha casa.

2 – Como você começou a produzir filmes de escalada? O que as pessoas (seus pais, seus amigos…) falaram para você?

Quando eu comecei tinha 22 anos, durante a faculdade e morando em Nova York trabalhando na escola de filmes.

Eu queria fazer um filme, e meu amigo Josh Lowell (fundador da BigUp Productions) fizemos um filme de boulder sobre Nova York. Falei com ele e pensei que seria bem interessante fazer um filme de escalada.

Eu queria fazer algo totalmente diferente – não mostrar escaladas difíceis demais, mas sim contar uma história legal sobre escalada em Boulder (cidade do estado do Colorado nos EUA) onde eu cresci.

Eu queria entrevistar todos os escaladores e olhar um pouco para as suas vidas. Isto se tornou no “Scary Faces”, nosso primeiro filme.

Eu acho que meus pais pensaram que eu era um pouco maluco de fazer filmes de escalada, mas como eu tinha apenas 23 anos não houve muita pressão para saber o que eu estava fazendo.

Era apenas uma coisa divertida de se fazer, para servir de experimento na época. Para os primeiros filmes foi apenas diversão e eu ganhei um pouco de dinheiro, o que foi legal.

Na maioria do tempo eu queria viajar o mundo, escalar, passear com os amigos e fazer alguma coisa criativa e desafiadora. Foi apenas isso na época

3 – Hoje a “Sender Films” é referência de padrão quando se pensa em filmes de escalada. Quanto difícil foi isso?

Bem, antes de mais nada, agradeço por você dizer isso. É muito legal!

Foi muito, muito difícil.

A maior mudança para a “Sender Films” foi quando meu amigo Nick Rosen se juntou à compania, e a partir de então, éramos dois trabalhando juntos e construindo cada um na idéia do outro.

Eu não poderia fazer um filme sozinho agora, pois necessitamos de muitas pessoas envolvidas. Então a outra coisa é trabalhar com a BigUp e Josh Lowell, nós sempre nos ajudamos nos projetos e fizemos “King Lines” juntos, e sempre pensamos como fazer melhor, diferente, novo, engraçado e maluco.

Ao longo dos últimos cinco anos criou-se esta grande energia para filmes de escalada e tentarmos elevar o nível dos filmes e que nós sempre alimentados com mais energia.

Espero que continue a crescer.

4 – No início quando estava procurando por patrocinadores para um filme de escalada, como reagiram?

De início foi muito pouco, talvez dois mil dólares aqui ou ali de uma ou outra empresa para nos ajudar.

Então com cada projeto foi tornando-se cada vez maior, e maior. Agora com o “Reel Rock Tour” empresas estão mais contentes em patrocinar-nos porque eles amam os eventos, ainda mais tendo seus atletas nos filmes e logotipos nos DVDs.

Mas foi nunca foi um grande salto desde o início para agora, sempre foi pouco a pouco. Mas todas as vezes que conseguimos patrocínio colocamos o dinheiro na produção.

Nunca pagamos nós mesmos. Nós sempre queremos gastar mais nos filmes para faze-los melhor. Então investimos 100%(às vezes mais) no filme e então nós concluímos : “OK, se este filme é bom e as pessoas vão gostar, comprar e dizer aos amigos para comprar também, então nós ganharemos dinheiro para nos bancar. Mas se for ruim, não iremos ganhar dinheiro, e as pessoas não irão gostar.”

Então é bom porque é nosso pescoço que estão em risco e temos de fazer o filme com qualidade.

5 – A parceria com a “National Geografic Channel” criou seis episódios. Haverá uma segunda temporada de “First Ascent – The series”?

Eu acho que não.

Nós amamos a série, e está fazendo muito sucesso, mas foi muito estressante para nós faze-la. Perdemos três grandes amigos na China durante a época de produção, e tivemos muito estresse em cada um dos episódios.

Eu acredito que filmar “First Ascents”(primeira ascenção de uma via) é muito difícil para uma série de TV porque há muitos fatores desconhecidos e inesperados, e mesmo assim tem de entregar no tempo agendado.

Mas seguramente faremos mais séries de TV, eu acho que não apenas sobre “First Ascents”.

7 – O foco de todos s filmes da “Sender Films” é sobre escaladores. Isto tem feito a diferença?

No momento temos muitos projetos de escalada que nós fazemos todos os nossos filmes sobre escalada.

Isto é ótimo porque nós temos de viajar para os melhores lugares e trabalhar como nossos amigos e a comunidade internacional da escalada.

Nós queremos fazer outros filmes também, mas nós estamos construindo o Reel Rock Tour e agora temos um documentário sobre Yosemite, então temos muito trabalho pela frente.

Mas seguramente, no futuro, nos faremos alguma coisa além de escalada. Mas por agora, este ano, nós temos alguns graaaaaaaaandes projetos chegando.

8 – Como foi ver “First Ascent – the series” ser transmitido no “Travel Channel”

Foi ótimo!.

Eu estava no aeroporto no dia seguinte da transmissão e escutava pessoas falando sobre a sperie – pessoas que nunca tinham escalado antes, e vivem em lugares planos como Oklahoma (estado americano).

Me fez sentir o máximo.

Foi um pouco engraçado durante os intervalos ter propagandas de grandes, e chatas, como Restaurante Olive Gardens durante a transmissão. 3

Mas no geral, foi uma sensação incrível.

9 – Quando você começou a produzir filmes , todos eram vendidos em DVD. Hoje são vendidos também em forma de Downloads. O futuro é este?

Sim, eu penso que mais e mais iremos para o download.

Eu gosto disso, mas há um porém.

Como a caixa do “First Ascent – the series”, nosso designer gráfico Barry Thompson fez um trabalho incrível para ajudar a criar o espírito da serie mesmo antes de você assistir.

Eu acho que isso é algo que queira ter posto em sua mesa de centro. Então eu quero que as pessoas vejam o pacote interiro (Caixa + DVD).

Mas eu penso que é legal para as pessoas que tenham a opção de baixar da internet de qualquer lugar no mundo, e o mínimo impacto ambiental de não fazer o DVD e não enviá-lo também é positivo.

Porque, como eu digo, a única maneira de fazer dinheiro é vendendo o produto finalizado, então se as pessoas terem de graça, não temos jeito de fazer um próximo trabalho.

10 – Você é um dos criadores do Reel Rock Tour. Hoje o evento é grande, com exibições na Europa e América do Sul (e talvez no Brasil em 2011), o que isso representa para você?

Me faz muito feliz.

Nós tínhamos a visão do Reel Rock cinco anos atrás, e pensamos que em cinco anos poderia ser grande, como 200 shows ao redor do mundo.

E este ano é exatamente isso.

Cresceu a cada ano, e eu adoro os eventos, porque a cada ano para a comunidade escaladora é uma oportunidade de se encontrar e celebrar a escalada.

Josh e eu começamos o tour juntos, e investiremos muita energia para os próximos cinco anos para continuar fazendo o evento melhor e melhor a cada ano.

11 – Em um capítulo de “First Ascent – the series” foi feito no Brasil (na cidade do Rio de Janeiro), e também outro vídeo nos extras. Existem planos de voltar ao Brasil para fazer mais filmes?

Sim!!

Nós sempre estamos procurando por motivos para voltar ao Brasil.

Quando a equipe filmava no Rio de Janeiro, tive de ir diretamente para a Patagônia, então não tive como ir.

Mas todos que estiveram amaram. Cedar (Wright) ainda ficou por meses.

Nós estamos sempre pesquisando sobre futuras locações para futuros filmes e encontrando a história certa para as pessoas certas.

O Brasil é um lugar que sempre surge porque todos querem voltar. Então se alguém tiver alguma boa Idea nos adoraríamos escutar.

12 – Depois de tantos anos, provavelmente você tem uma lista enorme de agradecimentos. Quem seriam estas pessoas?

Bem, com certeza meus pais, que sempre me apoiaram e me disseram tudo o que é possível apenas fazendo o que eu amo.

Minha parceira Jocelynm, que me apóia e me ama, aceitando que eu sou obsecado por trabalho todo o tempo.

Nick, Josh, Barry e todas as pessoas que trabalhei todo este tempo, que me ajuda a fazer os filmes e tours fantástico.

Aos músicos que contribuem com sua veia artística para os filmes com praticamente nenhum dinheiro.

Aos patrocinadores que nos apóia e nos deixa saber o que querem.

E por último, aos escaladores que fazem a coisa mais fantástica do mundo e nos deixa filma-los e ajudar a contar suas histórias ao mundo.

Bem atualmente o maior agradecimento de todos será para a comunidade escaladora que é apaixonada pelo esporte e tão apoiadora de pessoas que trabalha para a comunidade

13 – Para aqueles que estão interessados emu ma carreira de produtores de filmes de escalada, qual o seu conselho?

Bem, o meu conselho é foco na história primeiro, visual depois.

Mas muitas pessoas não seguem esta linha.

Esteja preparado para o inesperado, isto acontece quando você consegue a melhor cena. Às vezes é um trabalho bem duro, as às vezes quando tudo engrena parece fácil. Mas estes momentos são raros, e você tem de tentar, tenrar e tentar para tê-los

14 – Sem citar seus filmes, quais são seus filmes de escalada favoritos?

Bem, eu gosto de filmes como “Touching the Void”.

Acho “Progression” um excelente filme.

“Hard Grit” e E11 são clássicos.

Há muitos filmes novos de escalada que eu ainda quero assistir.

Acessibilidade e inclusão no turismo de aventura

Os envolvidos e interessados no turismo adaptado não poderão perder a palestra que Ricardo Shimosakai, consultor de turismo, acessibilidade e inclusão, ministrará na Adventure Sports Fair 2010. Intitulado de “Turismo sem barreiras, inclusão sem limites”, o papo ocorrerá no dia 26 de setembro, data de encerramento do evento.

Os temas abordados serão todos relacionados ao universo dos deficientes físicos, ou seja: equipamentos, métodos, conceitos de acessibilidade e inclusão e sua relação com infra estrutura, enfim, tudo aquilo que já foi e, principalmente, o que está sendo desenvolvido para tornar o lazer e o turismo algo possível para diferentes tipos de deficiência.
De olho nessa crescente demanda, o mercado de aventura abrirá cada vez mais portas para facilitar essa aproximação entre deficientes físicos, turismo e lazer. Segundo Shimosakai, um cruzeiro marítimo 100% acessível surgirá como novidade no mercado brasileiro em pouco tempo.
Dentre os grandes feitos do consultor, destaque para a implantação de acessibilidade turística em conhecidos destinos de aventura nacionais como Bonito (MS), Foz do Iguaçu (PR) e Natal (RN).
Fonte: http://www.adventurefair.com.br/

DA BBC BRASIL

Reprodução
Alpinista tira detritos a mais de oito mil metros de altitude no Everest; o local turístico é a maior fonte de renda do Nepal
Alpinista tira detritos a mais de oito mil metros de altitude no Everest; o local turístico é a maior fonte de renda do Nepal

A mais de oito mil metros de altitude, esta é a “zona da morte”, no topo do Everest, e é também o local de uma operação de limpeza fora do comum.

O nível de oxigênio é baixo nessa altitude e o terreno é perigoso.

Mesmo assim, 20 alpinistas nepaleses estão recolhendo o lixo que outros deixaram para trás.

Veja vídeo

Materiais como cilindros de oxigênio vazios, barracas estragadas e cordas são abandonados por alpinistas cansados na descida da montanha, e ficam cobertos pela neve.

Mas o departamento de turismo do Nepal afirma que, por causa do aquecimento global, o gelo está derretendo e o lixo começa a ficar exposto.

O monte Everest é uma das principais fontes de renda do Nepal, um dos países mais pobres do mundo.

FONTE: BBC BRASIL Continue lendo

Aos aventureiros que procuram locais para uma boa pedalada ou caminhada nesta época de outono/inverno, a Pedra Grande, em Atibaia, é uma ótima opção para os paulistanos. Distante apenas 85km da capital, a cidade tem um clima bem característico para esta época do ano. A predominância de dias secos nesta época, garantem uma vista maravilhosa do alto da Pedra. De lá, é possível avistar a Serra do Japí em Jundiaí, o Pico do Jaraguá em SP, e a represa de Bragança Paulista.

A Pedra Grande é um maciço de pedra que fica a 1400m de altitude, e pode ser acessada por trilhas de trekking a partir da cidade, ou estrada de terra.
Para as pedaladas, o percurso pode não ser tão longo para os mais bem preparados, mas ainda assim é bastante exigente pelas íngremes subidas. O local também é ponto de saltos de asa-delta e para-glider.

Como chegar
A estrada de terra que dá acesso à pedra, tem saída pela Rod D. Pedro I, no km 65. A partir dalí existem placas indicando o caminho da pedra. É possível chegar de carro lá em cima. Aos que vão pedalando, o carro pode ser deixado no centro da cidade (distante 10km da entrada) ou em um bar no início da estrada de terra.

O percurso de ida é de aproximadamente 13km a partir da rodovia. Os primeiros 3 km ainda são planos, mas a partir daí, iniciam-se as subidas. No início, aindapouco íngremes e mais curtas. Mas como que em um teste de treino, elas vão ficando cada vez mais íngremes e longa conforme vai se aproximando do destino final. Durante todo o percurso, existem dois pequenos trechos planos, com cerca de 500m, onde é possível resgatar um pouquinho de forças, tomar um gel, antes de encarar as próximas ladeiras. A inclinação próxima do cume fica bastante pesada, mas a estrada está em boas condições. Não existem bares ou comércio pelo caminho. Portanto é bom ir preparado com o lanche e isotônico próprio. Caso a água acabe, a cerca de 1km do cume, existe um pequeno córrego para abastecimento. O esforço na subida, mantém o corpo bastante aquecido. Mas no alto da Pedra Grande, o vento pode ser bem forte, e o uso de uma boa jaqueta corta-vento é fundamental para que se consiga contemplar a vista e comemorar a conquista da subida.
Já a descida, é só alegria!! Um enorme down-hill, garante uma boa dose de adrenalina. Mas com prudência, pois pode se encontrar carros pela estrada. Na cidade, há boas opções de restaurantes para repor as energias.

Para verificar o mapa com o trajeto do percurso de bike, clique no link abaixo.
Percurso Atibaia – Pedra Grande – MTB

 

 

 

 

Fonte: QuasarLontra