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O inverno é uma das melhores estações do ano para fazer trekking e acampar. Apesar do frio, a temporada tem poucas chuvas, o que facilita o planejamento e permite que as mais diversas atividades outdoor sejam colocadas em prática. Basta estar bem equipado e preparado, que o frio se torna apenas mais um detalhe que pode tornar tudo mais divertido.

O André Mourgues é um desses aventureiros que ficam de olho na previsão do tempo, só esperando as temperaturas caírem. Na última semana, ele pegou sua barraca Assault 2 e foi até o Cânion Espraiado, em Urubici – SC, atrás de neve.

Ele contou os detalhes dessa aventura pra gente:

“Venho há alguns meses acompanhando as previsões climáticas da Serra catarinense, e me deparei com uma possibilidade de encontrar neve em território nacional (Urubici). Se existe algum lugar no Brasil que conseguimos chegar o mais próximo desse fenômeno com certa ”facilidade’’, certamente é lá.

Conversei com meu amigo e montanhista @marcelofruit sobre a possibilidade de conseguir temperaturas negativas no Cânion Espraiado, e não é que consegui convencê-lo a ir junto, foi uma tarefa muito fácil diga-se de passagem.

Arrumamos as cargueiras, eu em Florianópolis/SC, e ele em Jaraguá do Sul/SC, rumamos para a Serra, chegamos na base do cânion próximo das 21h, eu Marcelo e a Dana, sua Husky, que gosta mais de frio que a gente.

Ali temperaturas beiravam a casa dos 0 graus, que ao longo da caminhada criou aquele ditado ‘Bota casaco, tira casaco. Esquenta esfria, respira e vai’. Tudo isso ao longo dos 9 km de subida que nos leva até uns dos locais mais altos e belos do estado de Santa Catarina, o Cânion do Espraiado.

Ao chegar no Cânion, montamos os equipamentos e fomos descansar, uma garoa fina caia sobre os campos do Cânion naquele momento, faltava realmente muito, muito pouco para a chuva se cristalizar, dormimos com a esperança de acordar com uma geada daquelas.

Para nosso azar, acordamos sem qualquer tipo de fenômeno climático, mas frio, muito frio. Não nos abatemos já que a segunda noite prometia ser ainda mais fria com mínimas de aproximadamente -4ºC.

No dia seguinte, ao acordarmos, fomos presenteados com as imagens que seguem, não vimos neve, mas com aquela sensação de dever cumprido e a vontade de retornar novamente ao Espraiado.”

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Fotos: Arquivo Pessoal/André Mourgues

Escrito por

Thaís Teisen

Jornalista, formada pela FIAM-FAAM, com especialização em Mídias Digitais pela Universidade Metodista de São Paulo. É apaixonada por esportes, natureza, música e faz parte do time The North Face de Conteúdo Digital.