O Rocky Spirit é um tradicional festival de cinema ao ar livre. Neste final de semana, o Parque Villa-Lobos, em São Paulo, será o palco da 8ª edição do evento que traz alguns dos principais filmes outdoor do mundo. O festival é totalmente gratuito e contará com diversas outras atrações além do cinema.
A programação deste ano começa às 8h30, do sábado (18/08), com um treino de corrida. Durante toda a parte da manhã e tarde, quem passar pelo parque poderá participar de aulas de yoga, roda de capoeira, worshops, palestras, bate-papo com atletas de diferentes modalidades e shows. A partir das 19h, quando escurece, começam as apresentações dos filmes. No domingo (19/08) a programação também segue neste mesmo formato.
Os filmes escolhidos para o festival são, em geral, curta metragens que mostram atletas profissionais e pessoas comuns praticando os mais diversos esportes de aventura ou vivendo experiências incríveis de contato com a natureza.
Veja a sinopse de alguns destaques desta edição:
– Stumped: “Não quero ser boa para uma garota, não quero ser boa para alguém que só tem uma das mãos, eu quero ser boa, ponto final.” Esta é Maureen Beck, escaladora. Nascida sem o antebraço esquerdo, Maureen escala boulders negativos, voa em 5.12s e ganha competições. Mas ela não está aí para ser exemplo, ignorando o clichê de atletas com deficiência. “Não escalamos para sermos especiais, não escalamos para ganhar prêmios bobos. Escalamos porque amamos escalar, como todo mundo.” Alimentada por esse amor, ela tem uma meta ambiciosa.
– Life Coach: O escalador e cineasta Renan Ozturk faz a peregrinação para a paisagem denteada e agressiva da Geleira Ruth, no Alasca, todos os anos. Desta vez, ele e o colega escalador Alex Honnold estão de olho em uma bela linha no Monte Dickey. Mas o tempo é horrendo. Então, em vez disso, eles acabam sentados na barraca, falando da vida. O que se desenrola não é o típico filme de escalada, mas sim uma tocante análise de grandes questões da vida.
– Break On Through: No mundo da escalada, o grau 5.15 é um reino seleto, reservado apenas para os escaladores esportivos mais fortes e precisos. A maioria nunca chega lá e, para as mulheres, por muito tempo esse sonho esteve fora de alcance. Margo Hayes, uma ex-ginasta mignon, surpreendeu o mundo em 2017 quando conseguiu vencer a espanhola La Rambla – uma via 5.15 brutal, com movimentos gigantescos, agarras minúsculas e uma pequena chance de sucesso. Após o feito, em vez de descansar, a focada escaladora imediatamente se voltou para um objetivo ainda maior.
– Mulheres São Montanhas: É uma janela para a vida das escaladoras Mônica Filipini e Danielle Pinto na pacata cidade de São Bento do Sapucaí, no interior de São Paulo, lidando com a maternidade e as atividades domésticas e curtindo a grande paixão pelas montanhas. Com lirismo, o filme dá visibilidade à escalada tradicional feminina brasileira (um esporte ainda tradicionalmente masculino no país) e investiga as motivações dessas duas mulheres a se arriscarem nas rochas.
– The Frenchy: Jaques Houot, de 82 anos, pode ter encontrado a fonte da juventude. Francês vivendo em Carbondale, Colorado, atleta de esqui e mountain bike downhill, ciclista de estrada e romântico incorrigível, ele é a personalização da alegria de viver. Jaques passou perto de morrer umas vinte vezes, incluindo avalanches, câncer, acidentes de carro, ataque cardíaco e até tentativa de homicídio. Como sobrevivente, explica, ele tenta aproveitar cada dia que tem, rasgando as montanhas com seu bordão “No problem!” “Quando você ri, acrescenta uma hora extra à sua vida. Eu vou morrer muito velho, porque eu amo rir”, diz.
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