Inspiração

O Caminho de Santiago Compostela é um dos destinos mais buscados por trilheiros no mundo inteiro. O fisioterapeuta brasileiro Marcelo Furlan é um dos aventureiros que decidiu pegar uma mochila e viajar a pé e sozinho por este caminho.

O resultado da experiência ele contou pra gente:

“Eu tenho 33 anos, natural de São Paulo, fisioterapeuta e administrador. Em Abril de 2016 decidi sair do meu trabalho e tirar aquele famoso “aninho sabático”. Fui morar em Gold Coast, Austrália a fim de aprimorar o Inglês. Depois de sete meses em território australiano e algumas viagens pela região, mudei de ares e fui para Londres, onde iniciei meu planejamento para minha caminhada.

Lá comprei tudo o que eu precisava, incluindo muitos itens da The North Face, e peguei as informações que julguei necessárias para o caminho.

Foto: Marcelo Furlan/Arquivo Pessoal
Foto: Marcelo Furlan/Arquivo Pessoal

Dentro do meu planejamento, decidi sair de Paris no dia 26/03/2017, tendo como ponto de partida a Catedral de Notre Dame. Para se ter uma ideia, na França existem 4 principais caminhos que, teoricamente, levam a Santiago. O que eu escolhi, a via Turonesis, é o mais longo e o menos frequentado.

Foto: Marcelo Furlan/Arquivo Pessoal
Foto: Marcelo Furlan/Arquivo Pessoal

Até Saint Jean Pied du Port, última cidade na França antes de entrar na Espanha e porta de entrada para a maioria dos peregrinos, foram 30 dias de uma jornada solitária, aproximadamente 1.000km percorridos e incontáveis vilas e cidades.

Foto: Marcelo Furlan/Arquivo Pessoal
Foto: Marcelo Furlan/Arquivo Pessoal

A partir desse ponto, a viagem muda da água para o vinho. Você começa a encontrar peregrinos de todas as partes do planeta e, claro, o cenário muda e a altimetria do percurso passa a sofrer diversas variações, o que torna a caminhada mais cansativa e ao mesmo tempo mais prazerosa.

Para chegar até Santiago de Compostela, foram mais 800km durante 30 dias! Mas a minha caminhada não parou por aí. Após chegar em Santiago, continuei a caminhar por mais quatro dias, passando por Finisterra e encerrando a jornada em Muxia, final da rota ponto mais ocidental da Europa. Ao todo foram quase 2.000km, durante 64 dias, e claro, muitas amizades, reflexões, bolhas e histórias na bagagem.”