Cada montanha é diferente e tem seus próprios desafios e conquistas. Mas, todas elas têm algo em comum: a capacidade de transformar as pessoas. As dificuldades enfrentadas por quem decide se desafiar em busca do cume, proporcionam reflexões e nos fazem repensar valores e prioridades. Além disso, se você já se aventurou desta forma sabe que encarar uma montanha faz cada detalhe da vida ganhar novo sentido.
O carioca Rodrigo Siqueira sentiu todo esse poder na pele. Em 2006, ele e alguns amigos montanhistas decidiram subir o Aconcágua. Localizada na cordilheira dos Andes, esta é a montanha mais alta da América do Sul e um dos maiores picos fora da Ásia. São quase 7 mil metros de altitude, muito vento, frio e mais uma quantidade inumerável de outros desafios.
As dificuldades vividas na montanha o fizeram uma pessoa diferente. Foram 12 dias na missão Aconcágua e, ao descer, as flores pareciam ter mais cores, os animais pareciam ter mais vida e hábitos simples, que normalmente passam despercebidos, começam a ter significados muito mais valiosos.
“Chegamos 12 dias depois ao ponto onde tudo começou. Eu achei o caminho bem diferente, mas foi exatamente o mesmo caminho trilhado por mim poucos dias antes. Parecia mais florido, colorido, com mais passarinhos a cantar, mas sabia que não poderia ser. Eu é que via tudo com outra perspectiva. Eu é que havia mudado. Da mesma forma que o axioma fundamental da dialética afirma a inconstância das coisas: ‘nenhum homem se banha duas vezes no mesmo rio’, talvez nenhum montanhista trilhe nos Andes a mesma trilha duas vezes”, escreveu Rodrigo.
Os detalhes desta aventura gelada foram registrados no diário do montanhista e rendeu um relato super completo, que pode ajudar muitos outros aventureiros que pretendem conquistar o Aconcágua.
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