Imagine um mundo em que as árvores conseguem se comunicar… Parece ficção científica, não é? Mas, de acordo com os resultados de uma pesquisa realizada por uma cientista canadense é justamente isso o que acontece no nosso mundo (o real mesmo!). Após anos estudando o comportamento das árvores, a ecologista florestal Suzanne Simard lançou um estudo explicando que as árvores podem interagir entre si.
A descoberta de Suzanne, no entanto, não tem a ver com um tipo de comunicação baseado no som. A interação acontece através de uma rede subterrânea que liga as plantas por meio de fungos. Esta conexão proporciona a ferramenta necessária para que as árvores sejam capazes de trocar nutrientes, colaborando para o desenvolvimento e crescimento mútuo.
A base para as análises da canadense foi a observação de teias de fungos, que costumam crescer no solo das mais diversas florestas. Os cientistas, então, coletaram este material e levaram aos laboratórios, onde foi possível entender que as teias funcionam como um elo entre as árvores. Esta “rede fúngica” é usada para que as árvores troquem carbono, água e nutrientes entre si.
Suzanne explicou que, sem esta interação entre as árvores desenvolvidas e as espécies mais novas, a maior parte das plantas nem conseguiria sobreviver na floresta. As árvores mais antigas funcionam como “árvores-mães” e os pesquisadores descobriam que a conexão entre os exemplares é tão forte que, se uma dessas grandes árvores é cortada, a quantidade de membros das famílias mais jovens é drasticamente reduzida. Para visualizar melhor a importância disso, os cientistas chegaram a comparar esta relação com a sinapse que ocorre no próprio cérebro humano.
O resultado da experiência foi tão interessante que inspirou outros cientistas e virou um livro, escrito por Peter Wohlleben, que explica exatamente toda essa complexidade. Clique aqui para saber mais.