Descubra o paraíso: as melhores praias em Tulum para uma experiência única à beira-mar

Veja onde ficar em Tulum    

7 melhores praias em Tulum

Cada praia em Tulum conta uma história, oferecendo uma experiência única. Agora, vamos mostra o encanto de sete tesouros à beira-mar que fazem de Tulum um destino tão extraordinário. Desde as icônicas ruínas maias de Playa Ruinas, até a descontraída atmosfera de Playa Pocna, com seus restaurantes à beira-mar, cada local é um convite para se maravilhar com a diversidade natural e cultural de Tulum. Vamos descobrir juntos o que torna essas praias tão especiais.

 

 

 

 

1) Playa Paraíso

 

Situada no coração de Tulum, Playa Paraíso é uma verdadeira joia da Riviera Maya, destacando-se por suas águas de um azul cristalino e suas areias finas e brancas que se estendem por quilômetros.

Esta praia é popular entre os visitantes que desejam experimentar a beleza natural intocada da região, proporcionando um cenário pitoresco para relaxar à sombra de palmeiras. Além disso, as vistas deslumbrantes do oceano oferecem o cenário perfeito para fotos instagramáveis e momentos de muita paz à beira-mar.  

2) Playa Santa Fe

Conhecida como uma verdadeira joia escondida, Playa Santa Fe é a escolha ideal para quem procura um refúgio mais tranquilo e isolado em Tulum. Longe das multidões, esta praia oferece um ambiente mais intimista, com suas águas calmas e serenas.

A atmosfera relaxada proporciona aos visitantes a oportunidade de desfrutar da praia em um ritmo mais lento, permitindo que se desconectem e apreciem a natureza intocada ao redor. Com a areia macia sob os pés e a paisagem tropical exuberante como pano de fundo, Playa Santa Fe é um oásis de serenidade em meio ao paraíso de Tulum.  

3) Playa Pocna

Se você está em busca da combinação perfeita entre beleza natural e atmosfera relaxada, não pode perder Playa Pocna em Tulum. As águas calmas e cristalinas tornam este local um autêntico refúgio à beira-mar, perfeito para momentos de puro relaxamento.

Além disso, a praia oferece uma variedade de restaurantes e bares charmosos à beira da água, garantindo uma experiência gastronômica deliciosa enquanto você aprecia o espetáculo do pôr do sol. Playa Pocna é, sem dúvida, o cenário ideal para quem busca um momento descontraído na praia.  

4) Playa Ziggy

Se você é um amante do surfe ou simplesmente gosta dessa energia contagiante, Playa Ziggy é o destino perfeito em Tulum. Com ondas desafiadoras e uma atmosfera vibrante, esta praia atrai tanto os surfistas experientes quanto os iniciantes em busca de emoção.

Além disso, as charmosas barracas à beira-mar proporcionam uma ótima chance de socializar. Esteja você viajando sozinho ou com um grupo de amigos, companhia é o que não vai faltar para curtir o paraíso.

5) Playa Ruinas

6) Playa Akumal

Se você é amante da vida marinha, Playa Akumal é um imperdível santuário de tartarugas marinhas em Tulum. Além de suas areias suaves e águas turquesa, a praia é famosa por ser lar de uma abundância de tartarugas-verdes.

Os visitantes têm a oportunidade única de nadar ao lado dessas majestosas criaturas marinhas. Com uma atmosfera descontraída e a preservação da vida marinha como foco, Playa Akumal é uma escolha ideal para quem busca uma experiência de praia que vai além do cenário natural espetacular.  

7) Playa Paraiso

Situada no coração de Tulum, Playa Paraíso é um verdadeiro refúgio tropical. Com águas cristalinas e areias brancas, esta praia oferece um cenário paradisíaco que atrai visitantes em busca de relaxamento e beleza natural.

Playa Paraíso é cercada por uma exuberante vegetação tropical, em uma integração do mar com a floresta. É o lugar ideal para um mergulho refrescante, um dia de sol ou simplesmente para apreciar a tranquilidade à beira-mar.  

O que Tulum tem de especial?

Tulum, situada na deslumbrante Riviera Maya, é muito mais do que apenas um destino de praia comum. Com suas características únicas, este paraíso mexicano oferece uma experiência incrível para quem está disposto a descobri-la. Aqui está o que torna Tulum especial e irresistível para os amantes de viagens em busca de algo diferente:

Explorando o legado histórico de Tulum

Tulum abriga um conjunto impressionante de ruínas maias que se elevam majestosamente à beira do Mar do Caribe. Datando do período pós-clássico da civilização maia, essas ruínas oferecem uma visão fascinante da vida cotidiana e do papel estratégico desta antiga cidade costeira.

Visitantes podem admirar a arquitetura meticulosamente preservada dos templos e palácios, descobrindo como essa civilização prosperou na interseção entre cultura e natureza. A localização estratégica das ruínas proporciona não apenas um vislumbre da grandiosidade arquitetônica maia. Mas também vistas deslumbrantes do oceano, tornando esta uma experiência histórica verdadeiramente inesquecível.  

Descubra os tesouros subterrâneos de Tulum

Os cenotes de Tulum são tesouros naturais que oferecem uma experiência única de aventura e beleza subterrânea. Estas piscinas naturais de águas cristalinas são formações geológicas extraordinárias, muitas vezes ligadas a extensos sistemas de cavernas subaquáticas.

Os visitantes podem explorar cenotes como o Gran Cenote com estalactites e estalagmites submersas. A rica biodiversidade encontrada nestes ambientes subterrâneos fazem dos cenotes de Tulum um destino imperdível para quem busca uma conexão única com a natureza e suas maravilhas ocultas.  

Mergulhando na essência de Tulum

Tulum é mais do que um destino de praia; é um enclave boêmio que cativa os visitantes com sua atmosfera autêntica e culturalmente rica. Nas ruas e mercados, os artesãos locais exibem suas criações únicas, desde roupas até artefatos artesanais.

A vibrante cena culinária à beira-mar combina tradições locais com influências globais, oferecendo aos visitantes uma verdadeira jornada gastronômica. Além disso, eventos culturais, como festivais de música e exposições de arte, destacam a riqueza criativa e o espírito boêmio que permeia a essência de Tulum.

Compromisso com a Sustentabilidade

Além de sua beleza natural, Tulum se destaca por seu compromisso com a sustentabilidade e preservação ambiental. Muitos estabelecimentos locais adotam práticas eco-friendly, desde hotéis até restaurantes à beira-mar. Projetos de conservação marinha visam proteger a vida marinha local, com ênfase especial nas tartarugas marinhas que escolhem as praias de Tulum para a desova.

Os visitantes têm a oportunidade de se envolver em iniciativas de preservação, contribuindo para a proteção do ecossistema único que torna Tulum um destino verdadeiramente especial. A conscientização ambiental é uma parte integrante da experiência em Tulum, proporcionando uma conexão mais profunda com o paraíso caribenho e seu futuro sustentável.  

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FAQ

Quais são as melhores praias em Tulum?

Playa Paraíso, Playa Santa Fe, Playa Pocna, Playa Ziggy e Playa Ruinas são algumas das melhores praias em Tulum, cada uma com suas características únicas. Leia mais.

O que torna Playa Ruinas especial?

Playa Ruinas é única por suas ruínas maias à beira-mar, proporcionando uma fusão única entre história e beleza natural. Leia mais.

Além das praias, o que Tulum oferece aos visitantes?

Além das praias, Tulum encanta com cenotes cristalinos, uma atmosfera boêmia, culinária excepcional e um compromisso notável com a sustentabilidade ambiental. Leia mais.

A Chapada Diamantina fica bem no coração da Bahia, sertão onde nascem alguns dos principais rios da bacia hidrográfica da região. Protegida pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina é um dos melhores destinos de ecoturismo do Brasil, mas ironicamente, o maior público/ frequência fica por conta de turistas estrangeiros.

Tarefa complexa seria eleger qual a paisagem mais bonita da Chapada, diante dos paredões rochosos sobre a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga preservada por toda sua extensão de 1520km².

Por isso, um roteiro de no mínimo dez dias, acaba sendo um bom começo para conhecer seus principais atrativos. Prepare-se para deslocamentos longos e cansativos. As estradas não são tão acessíveis e quando a ideia é pensar fora da rota turística, a locomoção fica ainda mais complexa, exigindo um veículo 4×4.

Já outra maneira de explorar a Chapada Diamantina é fazer o trekking pelo Vale do Pati ou Vale do Capão. O trajeto é feito com o apoio do turismo de base comunitária e a experiência é uma verdadeira imersão na natureza.

Vale do Pati

Considerado um dos trekkings mais bonitos do Brasil e porque não do mundo, O Vale do Pati impressiona com suas paisagens, mas são as pessoas que fazem o lugar ser especial. O contato com os nativos é sempre um momento de muito aprendizado. Sem eles, a experiência seria completamente diferente e muito menos tocante. As prosas e troca de culturas ficam gravadas para sempre no coração de quem vive a Chapada pelo menos uma vez na vida.

O trekking com duração de pelo menos quatro dias e três noites, passa por lugares clássicos do Pati, como o Mirante do Cachoeirão e Mirante do Pati, mas não deixa de lado territórios menos conhecidos como a Gruta da Lapinha, Janela do Céu e Cachoeira do Calixto.

Destaque para o pôr do sol no Morro do Castelo e sua descida íngreme, que pede lanternas de cabeça quando a noite toma seu espaço. A trilha tem 14km e pode ser realizada por diferentes níveis técnicos. Desta vez, o percurso escolhido foi extremamente exigente. Prepare-se para o calor intenso.

Cachoeira da Fumacinha

Quase intocada, conhecer a Fumacinha não é para leigos. Para chegar até ela, são aproximadamente 8km de trilha difícil e técnica. O percurso é todo tomado por pedras de variados tamanhos. Isso exige muita atenção pra evitar acidentes. É preciso também andar dentro de um cânion com mais de 300 metros de altura em formato sinuoso. Inicie o trajeto por volta das 7h da manhã e claro, sempre acompanhado de um guia.

A trilha é difícil e exigente, não se arrisque. Use calçados adequados e evite torção ou lesões.

Cachoeira do Buracão

Devido as formações rochosas e diversos rios, há muitos cânions com cachoeiras e poços por toda Chapada Diamantina. Após a caminhada pelo leito do Rio Espelhado, há uma descida sentido cânion. Pouco inclinada, mas nada técnica, haverá uma espécie de escada para apoio pelo percurso.

A sensação de flutuar por entre dois paredões e encontrar uma das cachoeiras mais fascinante, é inexplicável. Os 85 metros de queda da cachoeira, impressionam e conquistam com sua beleza.

Mirante Pai Inácio

Um lugar imperdível é o mirante do Pai Inácio. Mesmo com uma subida exigente, o acesso para o cartão postal da Chapada Diamantina, pode ser considerado fácil. A vista para o Vale do Capão no final da tarde, é um daqueles momentos para se guardar na memória.

CHECKLIST ESSENCIAL

Geral

Camiseta de secagem rápida com proteção UV – manga curta e longa

Camiseta de algodão

Capa Impermeável

Fleece Gramatura 100

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Calça conversível

Roupas de Banho

Extremidades

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Repelente

Protetor Solar e Labial

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A Chapada das Mesas fica no centro sul do estado do Maranhão, divisa com o Tocantins e é um destino bem estabelecido na região e arredores, apesar de ser ainda desconhecido por muita gente. Além do Parque Nacional da Chapada das Mesas, criado em 2005 e administrado pelo ICMBIO, o destino oferece atrações como grutas, formações rochosas, cachoeiras e trekking.

Com a crescente do turismo e ecoturismo, as cachoeiras mais visitadas são: Cachoeira de São Romão e Cachoeira do Prata; acessíveis com veículos 4×4. Ambas ficam dentro do Parque Nacional e é preciso contratar guia para explora-las. Já para os mais aventureiros, é possível o trekking entre elas. Para isso, conte com apoio do turismo de base comunitária dormindo na casa dos locais.

Cachoeira São Romão

Para chegar até as cachoeiras o trecho de estrada de chão é bem irregular, com areia fofa. Há bifurcações abertas devido a pontos precários, além da presença de diversas porteiras e colchetes (porteira rústica de arame e estacas) pelo caminho. São aproximadamente 50km cruzando o Parque Nacional com belíssimas paisagens e formações rochosas que avistamos no horizonte.

Morro do Chapéu

O Morro do Chapéu é o platô mais alto da Chapada com 378m e está localizado na chamada “zona de amortecimento” (questões burocráticas entre governo e famílias locais). Há regras de proteção ambiental e a subida só é permitida com guia local, principalmente por questões de segurança. Para chegar até o Morro é preciso dirigir por uma estrada de chão e a subida é praticamente toda em vertical. A subida não é recomendada para quem não tem aptidão física ou não esteja com condicionamento em dia. O trajeto tem pedras soltas, por isso, o uso de calçados adequados, como botas, é essencial para proteção dos tornozelos.

Portal da Chapada

O cartão postal da Chapada das Mesas é o Portal da Chapada, uma formação geológica que lembra o mapa da América do Sul de ponta cabeça. A trilha é fácil, com duração média de 20 minutos de caminhada em areia fofa e pode ser feita tanto ao nascer, quanto no pôr do sol. Se possível, opte pelo nascer do sol. A caminhada é feita durante a madrugada e quando o sol começa a raiar no horizonte, você o verá transpassar pelo portal, tendo as mesas como fundo. É um momento de energia incrível e inesquecível.

Poço Azul

A mistura dos biomas do Cerrado e Amazônia formam o atrativo mais bonito da região. Um poço azul com água transparente em tons turquesa entre um cânion de arenito. Localizado na cidade de Riachão, o poço fica a 130km de Carolina (porta de entrada para a Chapada). Como não precisa de guia ou agência para chegar, chegue entre 11h e 13h, que é o período que os passeios guiados estão saindo para o almoço. Além do lugar ficar vazio, é o momento que o sol se reflete na água.

Pedra Encantada

Navegando pelo Rio Tocantins, de um lado temos o estado doTocantins e do outro o Maranhão. No meio do rio, há uma rocha que carinhosamente ganhou o nome de Pedra Encantada. Trata-se de uma solitária formação com aproximadamente 10 metros de altura. É possível escalar sem muita dificuldade e admirar a paisagem. Se tiver coragem, pule do alto para um banho de rio.

A Chapada das Mesas não é um destino com trilhas exigentes e técnicas. Você pode tranquilamente usar um bom tênis que lhe traga conforto e segurança para as caminhadas, mas não deixe de levar um calçado mais robusto para o Morro do Chapéu, que é o passeio mais técnico da região.

A melhor época para visitar a Chapada das Mesas é entre final de maio e início de setembro. O clima é mais seco e menos chuvoso, o que deixa as águas das piscinas naturais mais cristalinas e os banhos de cachoeira mais agradáveis.

A maior dificuldade, entretanto, será o calor. Com temperaturas que chegam facilmente a 40ºC, o uso de boné, chapéus e proteção solar é fundamental aproveitar o destino da melhor maneira. E não esqueça de se hidratar!

Checklist de Viagem

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• Bota Vectiv Fastpack MID
• Camiseta Wander 
• Shorts Wander
• Mochila Flyweight 18L 
• Boné Horizon

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Escalar os 7 cumes é um projeto que povoa a imaginação da maioria dos montanhistas. O Kilimanjaro faz parte dessas montanhas e é provavelmente a melhor para iniciar o projeto de alcançar os pontos mais altos de cada continente. Mesmo sendo considerada a mais fácil dentre elas, a empreitada exige preparação, conhecimento, equipamentos adequados e um bom psicológico, principalmente para enfrentar as longas horas de ataque ao cume.

KILIMANJARO 

Localizada ao norte da Tanzânia, quase fazendo divisa com o Quênia, o Kili, que em massai significa montanha branca e em swahili montanha brilhante, é marcado como o ponto mais alto do continente africano com seus 5895m. 

Com SETE rotas para se percorrer e chegar ao topo da África, o caminho que escolhemos foi pela Machame Route, uma das mais populares pela sua diversidade de paisagem e ecossistemas, desde o portão de entrada até o cume, sendo a rota mais cênica de todas! Percorremos por 6 dias, o que percebi ser um bom tempo para aclimatação. Foi lindo, principalmente porque vimos diferentes landscapes passando por pontos icônicos antes do cume, como o Lava Tower e o platô de Shira! 

A parte mais marcante de toda a experiência foi o convívio diário com aqueles que percorreram o trajeto ao nosso lado. Os guias locais estão sempre dispostos em fazer com que a escalada seja a menos sofrida possível para a gente, sempre oferecem ajuda extra ou compartilham informações sobre o trajeto e a língua local. 

Boa parte do caminho foi feito através de longas caminhadas diárias e o terreno nem sempre foi fácil de se percorrer. Principalmente entre Barranco para Karanga. Usamos a estratégia de sair duas horas mais cedo para percorrer por duas horas e meia uma parede com muita escalaminhada. Essa é a parte mais estreita do trajeto, então nesse ponto o fluxo de pessoas na rota é limitado, passando apenas um por vez. Mas isso não foi um problema, pelo contrário,  foi uma das partes mais emocionantes e gostosas. Em determinado ponto da nossa caminhada, o grande grupo de carregadores e guias cantaram canções que fazem parte de sua cultura e celebraram uma linda cerimônia antes de chegarmos ao último acampamento.

No acampamento de Barafu, tivemos poucas horas para descansar, hidratar e nos alimentar. Um dos sintomas e efeitos da altitude é a perda de apetite, e é nessa hora que temos que por a disciplina em prática para que possamos ter energia para as horas seguintes: o ataque ao cume. Dependendo do ritmo de cada um, o horário de saída é flexível, desde que o horário de chegada seja até o meio-dia por segurança. 

O psicológico para uma escalada em alta montanha tem grande responsabilidade no sucesso dela. Ter consciência do pensar e desejar. Durante todo o trajeto, o melhor a se fazer é apenas pensar no próximo acampamento, assim, o objetivo se divide em pequenos  “possíveis” que quando vemos, está logo aí.  

Nossa noite  iniciou com a longa jornada de Barafu ao Uhuru Peak às 23h. Escuridão, frio e medo eram fatores que nos acompanharam durante a parte final da ascensão. Com a cabeça baixa e pensamentos direcionados ao mais positivo possível, a luz do nascer do sol começou a iluminar a linha do horizonte, trazendo calor e uma clara visão do caminho que faltava percorrer. Nessa hora estávamos a poucos passos do Stella Point 5.756m um dos três cumes do Kilimanjaro, mas o trajeto continuou por mais ou menos 45 minutos até o ponto mais alto, Uhuru Peak. Com uma ampla visão do Quênia e Tanzânia, avistamos o monte Meru 4565m e Mawenzi 5149m. Glaciares que estão quase desaparecendo e um mar de nuvem completam a experiência. 

Mark, guia líder da expedição, chegou ao cume mais de 300 vezes e nos relatou ver a transformação acontecer diante dos próprios olhos, dizendo quão preocupante é o derretimento dos glaciares. Inscrito pela UNESCO em 1987 na lista dos locais que são Patrimônio da Humanidade, o cenário corre risco por conta do aquecimento global e mudanças climáticas. O relatório da UNESCO de 2022 prevê o desaparecimento de um terço das geleiras mundiais até 2050, incluindo o Kilimanjaro, que já perdeu 85% do gelo nos últimos cem anos.

Isso possivelmente resultará em um aumento do custo das expedições, pois terão que ir cada vez mais longe para pegar água, afetando diretamente o turismo na região e na cidade de Moshi. 

O caminho de volta para a base acaba sendo mais rápido do que o que traçamos ao topo. De Uhuru Peak até Barafu percorremos em duas horas e meia. Com algumas horas de descanso e alimentação, seguimos o trajeto até o final da tarde rumo ao acampamento de Mweka. Ah, vale mencionar que a rota de volta é apenas permitida para descida. A rota de Mweka, para ascensão, é apenas permitida para carregadores que chegam com suprimentos. 

CHECKLIST DE EQUIPAMENTOS: 

Localizada perto da linha do equador, o Kilimanjaro é uma montanha com grande incidência de chuvas. 

Sendo assim, ter equipamentos adequados para o ambiente fará toda a diferença.

Para a expedição, foi muito importante usarmos roupas sintéticas ao invés das jaquetas de pluma, que quando molhada, perde a sua eficiência térmica.

Calças, luvas e botas impermeáveis também são itens essenciais!

– Camiseta Segunda Pele Warm

– Calça Segunda Pele Light 

– Camiseta Hyper Tee 

– Fleece Tka 100 Glacier 1/4

– Jaqueta Thermoball Eco Triclimate

– Calça Paramount Active 

– Calça Fleece Glacier

– Bota Vectiv Fastpack Mid Futurelight

– Luva Apex Insulated Etip

– Luva Montana Futurelight Etip 

– Chapéu Horizon Breeze

– Gorro Bones Recycled

– Calça Antora Rain 

Para ter a maior eficiência possível, o melhor a se fazer é utilizar as camadas de roupas adequadas.

Iniciando pela segunda pele, que fica justa ao corpo, em seguida, fleece, thermoball e uma impermeável/corta-vento. 

Ajuste conforme os deslocamentos. É importante prestar atenção para não super aquecer e começar a transpirar,  isso  resulta em perda de energia e sais pelo suor!

EXTRA: 

-Saco de hidratação

-Snack salgado e doce

-Óculos de sol

-Hidratante labial 

-Protetor solar 

KILIMANJARO EM NÚMEROS:

Trekking total: 62km

Média em kg de equipamentos: 20kg

Altitude de início: 1640m

Ganho total de elevação: 4255m

Altimetria de ataque ao cume: 1300m

Cume: 5895m

Duração: 6 dias

HIGHLIGHTS

Cultura: O que faz do Kilimanjaro uma montanha ainda mais interessante é o contato com os locais que nos acompanham ao topo da montanha. Quanto mais abertos formos para essa experiência, absorvemos aprendizados e conhecimentos de um povo que tem muito a nos ensinar.

Expedição confortável: Com várias opções de companhias que operam nas diversas rotas, a logística acaba sendo parecida. Percorremos todo o trajeto com uma mochila de ataque, contendo os itens que usaremos apenas durante o deslocamento, como água, snacks, roupa e itens pessoais. Enquanto percorremos no nosso ritmo, os carregadores partem na frente com o restante dos equipamentos na duffell, para ter certeza que ao chegarmos no próximo acampamento, tudo estará pronto, para que nossa tarefa seja apenas descansar, hidratar e se alimentar.

Paisagem: Pela Machame Route, iniciamos o primeiro dia de ascensão com longas horas de deslocamento por uma floresta tropical densa, e apenas no segundo dia começamos a ver paisagens mais abertas. Conforme vamos ganhando altitude, a vegetação vai diminuindo e ao cruzar entre os acampamentos de Shira e Baranco, ficamos rodeados de rochas. Ao longo do trekking, avistamos outras montanhas como Meru e no ataque ao cume temos uma vista privilegiada da Mawenzi.

Sentimento: Tem algo de muito especial que nos faz voltar para as montanhas. A experiência de viver no limite mais uma vez, de testar até onde conseguimos e podemos ir, sobreviver com o básico e extremo para que quando voltarmos para o conforto podermos valorizar ainda mais. Compartilhar as diferenças e semelhanças. Nessa expedição um dos integrantes do grupo disse: “Se fizemos algo tão grande por vontade e escolha, pensa o que não fazemos por necessidade” Acho que é exatamente isso que a montanha ensina, que temos muito mais capacidade do que imaginamos.

ALÉM DO KILI

Tanzânia é um país muito diverso, abriga os três maiores lagos do continente africano, Malawi, Vitória e Tanganica. A cratera de Ngorongoro, local de milhares animais selvagens e um dos melhores pontos para se fazer safari no mundo, assim como o Parque Nacional de Serengeti, que abriga a maior migração animal de mamíferos do mundo. 

Ao sul do país, o arquipélago de Zanzibar, com águas cristalinas na costa da África Oriental, que além da cultura e influência swahili e islâmica, é repleto de vida selvagem, tartarugas gigantes, macaco colobus e golfinhos.

No final dessa longa jornada, o melhor de tudo é o compartilhar!

Para mais relatos dessa e novas expedições, acompanhe via Instagram:  @maria.alberici