A John Muir Trail é uma das trilhas mais populares dos Estados Unidos. Todos os anos mais de 1.500 aventureiros completam os seus 338 km, passando por montanhas, bosques, lagos e vivenciando uma imensidão de natureza intocada no estado da Califórnia.
A rota passa por grandes parques nacionais, como: Yosemite, Inyo, Kings Canyon e Sequoia National Park. Em cada uma dessas reservas naturais é possível vivenciar experiências diferentes. Em Yosemite, por exemplo, os trilheiros podem aproveitar para escalar o Half Dome, enquanto no Sequoia, o caminho é cercado por árvores imensas, como a General Sherman Tree, que é a árvore mais larga do mundo.
O mais indicado é iniciar a trilha em Yosemite e seguir rumo ao Sequoia Park, finalizando a viagem no Monte Whitney, o ponto mais alto da Califórnia, com mais de 4 mil metros de altitude. Em média são necessárias de duas a três semanas para fazer o percurso completo. Mas, o cronograma pode variar de acordo com a quantidade de paradas no caminho e o ritmo na trilha.
A principal temporada de trekking pela John Muir Trail vai de julho a setembro, quando os dias costumam ser ensolarados e secos. Fora deste época, principalmente durante o outono e o inverno, muitos trechos estão cheios de neve, o que dificulta a viagem e exige uma demanda maior de equipamentos e suplementos.
Se você se interessou por essa trilha maravilhosa fique atento: antes de iniciar a John Muir Trail é necessário solicitar uma permissão, que é concedida aos viajantes no parque escolhido para iniciar o percurso. Esta trilha também pode ser usada como uma porta de entrada para uma aventura ainda maior, a Pacific Crest Trail 😉
A alimentação está diretamente relacionada ao desempenho esportivo de qualquer atleta, seja ele profissional ou amador. Planejar junto com um nutricionista um cronograma de refeições considerando os horários de treino, a intensidade do esforço físico e todos os outros detalhes da rotina é essencial para continuar evoluindo no esporte e manter o corpo e a mente sempre saudáveis.
O melhor é sempre consultar um profissional da área para que seja possível estabelecer os horários, alimentos e quantidades ideais para a sua necessidade. Mas, além do acompanhamento médico, é muito interessante entender a lógica dos nutrientes para fazer escolhas inteligentes em todas as ocasiões. O pós-treino é um dos momentos que mais geram dúvidas, principalmente dos atletas amadores. Por isso, nós separamos algumas dicas que vão te ajudar a fazer uma refeição pós-treino balanceada para que o corpo se recupere rapidamente e suporte as cargas de exercícios do dia seguinte.
Proteínas – As proteínas ajudam a reconstruir os músculos, por isso, uma refeição pós-treino precisa ter alimentos ricos em proteínas. Mas, não se engane. Não é apenas neste momento do dia em que é a ingestão de proteínas é indicada. Ter um equilíbrio durante o dia é a chave para manter o organismo fazendo a síntese das proteínas e aproveitando seus benefícios ao máximo.
Sugestões de alimentos: ovos, frango, iogurte, tofu, quinoa, feijão, whey protein etc.
Carboidratos – Há quem pense que o ideal é abolir os carboidratos da dieta. Mas, a verdade é que eles são muito importantes para auxiliar a absorção de proteínas pelo organismo, através da liberação de insulina e das reservas de glicogênio, que vão ajudar a transportar as proteínas aos músculos. Em consequência disso, as refeições pós-treino podem incluir também os carboidratos complexos, ou seja, alimentos ricos em carboidratos de lenta absorção.
Sugestões de alimentos: batata doce, arroz integral, aveia, verduras etc.
Gordura – Quando se fala em gordura é impossível não associar aos alimentos fritos. Mas, este não é o caso aqui. Pelo contrário! Após uma atividade física, o organismo trabalha de forma mais acelerada, isso significa que os nutrientes também serão absorvidos com mais facilidade. Portanto, fuja de alimentos industrializados ou com altos níveis de gordura. O que estamos sugerindo aqui é incluir uma pequena quantidade de alimentos ricos em colesterol bom na primeira refeição após o exercício de alta intensidade. Eles podem auxiliar no desenvolvimento muscular e, consequentemente, na perda de peso também.
Sugestões de alimentos: peixe, abacate, castanhas, azeite etc.
A Geodome 4 é o que existe de mais inovador em termos de barracas desenvolvidas para lugares extremos. Recentemente anunciada pela The North Face Japão, ela foi inspirada na 2 Meter Dome. Portanto, também se baseia no conceito de eficiência e desempenho de design geodésico, acomodando confortavelmente até 4 pessoas e suportando rajadas de vento de mais de 100 km/h.
O formato geodésico é o grande diferencial desta barraca em relação às tradicionais. Este tipo de estrutura tem uma aerodinâmica superior, tornando-a mais resistente aos ventos. Para completar o conforto, ela tem mais de 2 metros de altura, permitindo que as pessoas consigam ficar em pé dentro da barraca.
A Geodome 4, como o nome já diz, tem capacidade para abrigar até 4 pessoas, com muito espaço para dormir e também para guardar as bagagens. Internamente ela possui 5 bolsões de malha e sacos de armazenamento removíveis, que ajudam a manter tudo organizado.
Como esta não é uma barraca pensada para as trilhas e por oferecer muito mais espaço, ela não é tão leve quanto outro modelos para 4 pessoas. Toda a estrutura da Geodome 4 pesa, em média, 11kg – metade do que pesa a 2 Meter Dome, que tem capacidade para 8 pessoas. Mesmo sendo mais pesada, ela é fácil de transportar e não muito complexa de ser montada.
A Geodome 4 é mais uma ferramenta para proporcionar conforto e segurança aos atletas que se aventuram na alta montanha. A previsão é de que ela comece a ser vendida no Japão ainda neste ano.
Esta é a primeira estrutura proveniente do projeto “Walls Are Meant for Climbing”
A campanha “Walls Are Meant for Climbing”, organizada pela The North Face EUA, foi lançada no segundo semestre de 2017 com o intuito de quebrar barreiras políticas, inspirar e tornar a escalada um esporte acessível a todos. O primeiro fruto deste projeto já está em construção: uma parede de escalada em Denver (Colorado), na região de Montbello, uma das áreas mais pobres da cidade norte-americana.
O local foi escolhido devido à sua importância para a comunidade e também por estar muito perto do Rocky Mountain Arsenal, uma antiga planta química transformada em um refúgio natural. A parede de escalada será instalada dentro do parque urbano Montbello Open Space Park e será acessível a todos, sem qualquer custo.
De acordo com as informações locais, a região de Montbello tem, em média, 35 mil habitantes, sendo que 23% da população vive em situação de pobreza. O novo parque e a parede de escalada servirão como uma opção acessível de lazer ao ar livre e também como uma porta de entrada para que as famílias vivenciem a escalada e sejam incentivadas a aproveitarem outros parques e reservas naturais na região.
A parede em Montbello, que deve ser inaugurada ainda neste semestre, é apenas a primeira de muitas que devem ser implantadas no país ao longo dos próximos anos. Através da iniciativa “Walls Are Meant for Climbing”, a The North Face destinará 1 milhão de dólares para a construção de estruturas semelhantes a essa em outras comunidades carentes nos Estados Unidos.
Na hora de se preparar para uma trilha ou viagem um dos itens mais importantes é a mochila. Existem modelos pensados para situações diferentes, com detalhes específicos, ajustes personalizados e muito mais.
Para dar uma ajuda, nós separamos algumas informações úteis sobre cada tipo de mochila.
Cargueiras
As cargueiras são as mochilas maiores, com litragem que varia de 50 a 85. Por serem muito práticas e possuírem diversos compartimentos organizados, elas são indicadas para trilhas longas, acampamentos ou mochilões.
Na hora de escolher a sua cargueira, atente à quantidade de bolsos, ao ajuste da coluna e à sua litragem, que é fator determinante para saber a quantidade de bagagem que você poderá levar. Vale lembrar que o ideal é sempre viajar o mais leve possível. Então, na hora de arrumar a mochila, leve apenas o essencial.
As mochilas semi-cargueiras costumam variar em de 35 a 50L. Elas são perfeitas para trilhas curtas ou viagens de um final de semana. As semi-cargueiras são realmente miniaturas das cargueiras. Elas também possuem muitos bolsos, costado perfeito para longas caminhadas e a barrigueira, que ajuda a equilibrar o peso da bagagem durante as caminhadas.
Além de serem úteis em hikings (trilhas de um a dois dias), as semi-cargueiras também são uma opção interessante como bagagem de bordo em viagens de avião.
As mochilas de ataque, como o nome já diz, são perfeitas para o dia em que você atacará o cume da montanha e não pode carregar o peso da sua bagagem completa. Alguns modelos específicos, como as mochilas da linha Chimera, são leves e muito maleáveis para serem guardadas dentro da cargueira, ocupando um espaço mínimo durante a viagem.
As mochilas de ataque também são boas opções para trilhas curtas (de apenas um dia), trips de escalada e também para viagens urbanas, em que é necessário uma bolsa maior para carregar roupas, equipamentos, comida, entre outras coisas.
Algumas mochilas cargueiras já foram desenvolvidas com um diferencial perfeito para os dias de ataque ao cume ou para os simples passeios fora do acampamento: a parte superior da Fovero, por exemplo, é removível. Este compartimento pode ser usado como uma bolsa de ataque ou como uma nécessaire.
Caminho para o Acampamento Base do Everest. – Foto: TorstenDietrich/Flickr – Creative Commons
O monte Everest não é apenas a montanha mais alta do mundo, ele também é um dos maiores desafios e objeto de desejo de quase todo aventureiro. Desde a década de 90, o local recebe cada vez mais expedições comerciais, o que fez com que a quantidade de turistas na montanha aumentasse exponencialmente. Junto com a grande quantidade de pessoas, vêm também os impactos ambientais deixados pelos seres humanos.
Para se ter uma noção, de acordo com a Federação Internacional de Escalada e Montanhismo (UIAA), durante as temporadas de escalada, são gerados 12 mil quilos de dejetos sólidos humanos apenas no Acampamento Base do Everest. Atualmente esse resíduo é descartado de uma maneira altamente perigosa. Os dejetos são colocados em barris e levados até poços abertos próximos à geleira Khumbu, onde são descartados sem nenhum tratamento ou cuidado ambiental. A prática coloca em risco toda a comunidade sherpa e até os turistas que visitam a região.
Para mudar este cenário, a UIAA aprovou a implantação do Projeto de Biogás do Monte Everest (MEBP), uma ideia desenvolvida por um time de engenheiros e cientistas norte-americanos. O plano consiste em desenvolver um sistema de biogás capaz de armazenar água, funcionar a partir de energia solar e, obviamente, transformar os resíduos em energia e fertilizantes.
Ao mesmo tempo em que a proposta resolve o problema dos resíduos, ela colabora economicamente com a comunidade local e ajuda a levar mais estrutura aos moradores de uma região tão isolada. De acordo com o planejamento, o sistema deve começar a ser instalado ainda neste ano para entrar em funcionamento em 2019.
Clique aquipara ver mais detalhes sobre esse projeto.
Você já reparou que às vezes um calçado fica apenas no armário por um tempão e aí quando você resolve usar de novo ele não está mais nas mesmas condições? Pode soar estranho, mas a verdade é que um calçado parado pode estragar mais fácil do que um calçado usado diariamente. Nós vamos explicar o porquê disso.
A maior parte dos tênis e botas tecnológicas é feita com um material chamado Poliuretano. Este polímero é amplamente usado nas mais diversas áreas da indústria e está presente em itens que vão desde preservativos até pneus de carro. Uma das principais aplicações do Poliuretano é no desenvolvimento de espumas rígidas e borrachas, materiais presentes em praticamente todos os calçados de performance.
Ele é perfeito para garantir leveza, conforto e segurança nas passadas. Junto com os benefícios, este material também demanda cuidados para que a sua vida útil seja prolongada, o que inclui a limpeza dos produtos, mas não só isso.
Sobre a hidrólise
Para esclarecer este assunto, então, antes de falarmos sobre os cuidados, vamos falar mais uma palavra incomum: “hidrólise”. A hidrólise, cuja origem está associada à quebra química de uma molécula à associação de água, é um fenômeno que ocorre com frequência em polímeros. E, apesar de o poliuretano ser um polímero muito resistente, ele não está imune à hidrólise e aos seus efeitos.
Quando nos referimos aos calçados, esta reação química pode acontecer principalmente em decorrência de três fatores: armazenagem inadequada, sujeira ou falta de utilização. É justamente por isso que uma bota ou um tênis guardado por muito tempo pode começar a se “desfazer”.
Os equipamentos também estão sujeitos a deteriorações causadas pelo clima e pelo tempo.
Como evitar a hidrólise
Fica muito mais fácil pensar na solução quando se entende a origem do problema, certo? Por isso, tendo em mente as causas da hidrólise, uma das nossas dicas de ouro quando falamos em calçados é: use-os. Por mais estranho que isso possa parecer, quanto mais você usar um calçado, mais tempo ele vai durar. O movimento ajuda o poliuretano a manter as suas características por evitar que as partículas se separem. Além disso, mantenha-os sempre secos, limpos e armazenados em locais frescos e arejados, já que as temperaturas extremas e a umidade também colaboram para a hidrólise.
Esses cuidados simples vão fazer seus tênis e botas durarem muito mais!
Um sonho na cabeça, uma moto e um mundo inteiro para ser explorado. Essas três coisas praticamente definem o estilo de vida do empreendedor paulistano Pedro McCardell. Com uma ideia na cabeça e uma vontade enorme de mergulhar de cabeça em outras culturas, ele saiu de São Paulo e foi viajando de moto até a Califórnia.
Foram mais de 25 mil km, rodados em 58 dias, de forma totalmente solitária. Detalhe: Pedro não viajou pelas grandes estradas, ele passou por lugares inóspitos, paisagens intocadas, conheceu muitas pessoas, culturas e, acima de tudo, usou essa experiência para chegar ao Vale do Silício e apresentar um projeto inovador e de autoria própria: um aplicativo para todos que amam a natureza e a vida ao ar livre.
Para entender melhor quais foram as motivações, descobertas e dificuldades que essa aventura proporcionou, nós batemos um papo com o Pedro. Durante a conversa, ele deu dicas, falou sobre perrengues, aprendizados e explicou pra gente um pouco mais sobre essa ideia que o moveu pelas Américas.
The North Face Brasil: Qual foi a sua motivação para decidir viajar de moto sozinho de São Paulo até a Califórnia?
Pedro McCardell: O meu objetivo, além de trazer visibilidade para o projeto, a Lyfx.co, e captar investimento para iniciar o negócio nos Estados Unidos, era mapear o ecossistema de aventura de algumas regiões específicas. Durante a travessia pude explorar o deserto do Atacama, o interior e o litoral do Peru, parte da Colômbia e principalmente os Estados Unidos, onde cruzei pela 10 West até o Colorado e depois subi pelas Rocky Mountains, Canyonlands em Moab (Utah) e depois entrei na California por Lake Tahoe, no norte do estado.
Sobre a minha motivação, sempre foi a aventura. Acredito que a verdadeira aventura é aquela onde somos responsáveis por todos as nossa decisões, a escolha e manutenção do nosso equipamento e resiliência, principalmente na resolução de eventuais problemas. Acho que apenas quando estamos sozinhos podemos vivenciar isso profundamente e entender uma aventura.
TNF: Você já costumava fazer esse tipo de viagem antes?
PM: Sim. Eu viajo desde muito cedo e pratico algumas atividades de aventura. Como a maioria delas é preciso viajar, acabei consequentemente caindo na estrada muitas vezes. Já viajei bastante pra surfar, saltar de paraquedas, algumas vezes para acampar, fazer trilhas, escalar montanhas, enduros de moto, travessias aquáticas, enfim, uma porção de coisas.
Foto: Pedro McCardell/Arquivo Pessoal
TNF: Quais são as suas primeiras memórias de uma viagem de aventura?
PM: Provavelmente a minha primeira viagem ao México, quando tinha 18 anos. Trabalhei durante alguns meses que antecediam o natal, e quando saí, fui passar uma temporada em Puerto Escondido. Eu me lembro como se fosse hoje aquela sensação de sair de casa para explorar o desconhecido. Acabei passando alguns meses por lá. Fui sozinho, naquela época não tinha internet, telefone celular, nada… eu aprendi a falar espanhol, surfei diversas ondas, e passei alguns apuros também. Eu ainda não estava totalmente preparado para aquela situação. A verdade é que não existe muito esse negócio de estar totalmente preparado. Você se prepara e vai, cada um no seu nível e no seu limite, o importante é dar o primeiro passo.
TNF: Qual é a importância que este tipo de experiência tem na sua vida?
PM: Toda a importância. É certamente esse tipo de experiência que ajuda a desenvolver a minha personalidade e quem eu sou. São essas experiências que me fazem pensar e perceber o como é importante ser uma boa companhia para si mesmo. Mesmo durante uma passagem mais crítica, como manter a calma pra não espanar.
Acho que isso nunca tem fim e que cada experiência é muito diferente, com as suas virtudes e dificuldades. É um aprendizado constante e causa um efeito em cada indivíduo. Então, se você quer aventura, se você quer esse tipo de experiência, você tem que ir atrás dela. Dificilmente ela vai até você.
TNF: Como você desenhou o roteiro da viagem? Quais eram as experiências mais importantes a serem vividas no trajeto?
PM: Eu não desenhei exatamente um roteiro. Embora tenha levado alguns mapas, era algo bem flexível. Eu não costumo utilizar GPS porque geralmente esses dispositivos funcionam muito bem nas cidades, mas te prejudicam nas estradas. Você não pode depender de sinal de satélite numa expedição dessas, muitas vezes ele não existe. Se você desenhar um roteiro desses e se apegar a ele, pode se frustrar. As condições metereológicas oscilam muito, a condição das estradas mudam o tempo todo, principalmente o inverno nos Andes, como eu atravessei. Às vezes, você acha que pode fazer uma rota e aparece um desvio, houve uma chuva que destruiu centenas de quilômetros de estrada no Peru, em alguns países a sinalização é ínfima, enfim, são dezenas de variáveis.
Respondendo a segunda pergunta, acho que a experiência mais importante a ser vivida no trajeto era manter o corpo e a cabeça aptos e saudáveis para sobreviver, dia após dia. Quando você está sozinho e não pode cometer erros, permanecer consciente e calmo é a melhor experiência que você pode vivenciar para seguir avançando.
Foto: Pedro McCardell/Arquivo Pessoal
TNF: Quais foram as maiores dificuldades?
PM: Quais não foram, né? Mas, principalmente as baixas temperaturas na Cordilheira dos Andes a 5 mil metros de altitude, as fortes chuvas (fortes mesmo), nevascas, tempestades elétricas, estradas à beira de penhascos sem absolutamente nenhuma proteção, as altas temperaturas (49ºC), um pneu que estourou a mais de 100km/h, um tornado e uma bactéria que me deixou internado por 4 dias no Peru e me tirou parcialmente a visão temporariamente. Mas, principalmente a incerteza de poder completar a expedição. Ao mesmo tempo em que é muito desafiador, em alguns momentos [essa incerteza] pode jogar com a sua concentração e te colocar em situações adversas. Não dá pra vacilar. Isso não é permitido quando você está sozinho.
TNF: Quais foram as melhores lembranças/situações/conquistas que esta viagem lhe proporcionou?
PM: São realmente muitas. Mas a maioria são coisas muito simples como chegar em uma cidade desconhecida, experimentar uma comida nova e descansar, tomar um banho e dormir. Acordar e saber que está vivendo algo tão legal.
Eu escalei uma montanha incrível no Deserto do Atacama que me proporcionou uma das melhores vistas que já tive. Algumas ondas que surfei no caminho com pranchas emprestadas, roupas emprestadas, a passagem por Abra del Acay na Argentina, que é a estrada mais alta de todo ocidente. Mas, acho que acima de tudo, e também ajuda o fato de estar sozinho, os amigos e as pessoas que conheci. Isso é quase sempre o principal de uma aventura.
Foto: Pedro McCardell/Arquivo Pessoal
TNF: O que não pode faltar em uma viagem de moto pelas Américas? (Equipamentos, roupas, comida, remédios etc)
PM: Não te pode faltar medo, rs. E depois coragem, e depois medo de novo. E depois coragem pra seguir. Equipamentos são importantíssimos e posso até puxar uma sardinha pra vocês, porque praticamente todo meu equipamento é TNF. Eu uso uma down jacket por baixo do equipamento principal da moto, que era uma jaqueta de rally da KTM, que é também a moto que eu uso. Tenho uma calça summit series que foi surrada, um fleece e uma bota pra escalar, que uso na moto também. Os equipamentos da TNF são bem compatíveis com uma expedição de motocicleta, salvo algumas proteções específicas para coluna, joelhos, cotovelos e ombros.
Comida e remédios eu levo apenas o básico. Umas frutas secas pra hora da fome ou pequeno lanche no posto de gasolina, algum analgésico, kit de pequenos socorros com linhas pra dar uns pontos, água oxigenada e só. Pasta e escova de dentes, um desodorante e um abraço.
TNF: Fale um pouco sobre a Lyfx.
PM: A Lyfx é a consequência de 2 coisas. A minha vida de empreendedor e a minha paixão pela aventura. A ideia nasceu no final de 2015 durante uma expedição em solitário na Patagônia. Quando eu chegava nos lugares tinha certeza de que haviam muitas atividades ao ar livre para serem exploradas, mas não tinha informação suficiente para pode ir em frente. Então pensei: vou criar uma plataforma que possa unir viajantes e guias locais. O conceito é muito simples, e ele até já existe, no caso do Guia Turístico. No caso da Lyfx, ele é voltado 100% pra uma aventura ou atividade outdoor, sem a intermediação das agências. Ou seja, você se conecta diretamente com aquela pessoa local que realmente conhece tudo da região.
TNF: Qual é a situação atual do projeto Lyfx? Vocês já conseguiram o aporte necessário? Tem data para começar a funcionar?
MP: Depois da minha viagem, e do boca a boca que isso acabou gerando entre alguns investidores, conseguimos um aporte bastante substancial para dar início ao projeto, e o nosso objetivo é fechar o primeiro round de investimentos até o final de março.
A Lyfx foi incorporada na Califórnia, e nós conseguimos unir um time muito forte nos Estados Unidos. Entre os nossos advisors principais está o Steve Shindler que foi o CEO Global de uma Telecom durante muitos anos, o Gus Kopit que é diretor de criação da Crispin Porter & Bogusky, umas da agências de publicidade mais criativas de Los Angeles, o Phillipe Tosi que é pesquisador na NASA e o Vic Miller, que hoje é engenheiro sênior na Tesla. A nossa ideia é trazer pessoas que pensam mais avante do que o mercado software, aplicativos, e até negócio, muito tradicional. E não temos medo de dizer que algum dia levaremos alguém para uma exploração espacial. Aliás, por que não? É apenas uma questão de foco.
Foto: Pedro McCardell/Arquivo Pessoal
Antes de ir para a Califórnia, Pedro já havia explorado a América do Sul em sua moto. A viagem rendeu um documentário muito interessante, que você pode assistir no vídeo abaixo 😉
Nesta semana a presidente do Chile, Michelle Bachelet, e a CEO da Fundação Tompkins Conservation, Kristine McDivitt Tompkins, assinaram um documento que oficializa a criação de mais dois Parques Naturais na região da Patagônia chilena. A organização doou 1 milhão de hectares para o projeto conservacionista, o que caracterizou a doação como a maior já feita por uma instituição privada a um país.
A criação dos novos parques faz parte de um plano para cumprir uma promessa feita no início de 2017 pela presidente do Chile e por Kristine Tompkins de que o país receberia cinco novos parques e outras três áreas de conservação seriam expandidas.
Além da doação de 1 milhão de hectares, o governo chileno ainda disponibilizou outros 9 milhões de hectares para que o Parque Nacional Pumalín e o Parque Nacional da Patagônia no Chile fossem inaugurados e outros três parques nacionais fossem expandidos. Para se ter noção, a soma dessas terras é equivalente ao tamanho da Suíça.
Foto: Divulgação/Parque Nacional Pumalín
A preservação ambiental e o compromisso chileno em manter essas áreas verdes foi motivo de orgulho no discurso da presidente Michelle Bachelet: “Com estas belas terras, suas florestas e seus ricos ecossistemas, nós expandimos a rede de parques para mais de 10 milhões de hectares. Assim, os parques nacionais do Chile aumentarão 38,5%, representando 81,1% das áreas protegidas do Chile”, disse.
Foto: Divulgação/Parque Nacional Pumalín
A atitude é uma continuidade do trabalho iniciado por Douglas Tompkins, co-fundador da The North Face, como bem lembrado por sua esposa, hoje CEO da Tompkins Conservation: “Estou orgulhosa do meu marido Doug e de sua visão, que continua a nos guiar, além de toda a nossa equipe, para inaugurar esses dois parques nacionais e aumentar a rede de preservação, um marco importante em nossos primeiros 25 anos de trabalho”, declarou.
Nessa terça-feira (30) a equatoriana Daniela Sandoval quebrou o recorde de ascensão em velocidade ao monte Aconcágua. A corredora cumpriu a missão de subir e descer a montanha mais alta do mundo fora da Ásia em apenas 20 horas e 17 minutos. Com este tempo, Daniela superou o recorde anterior que pertencia à brasileira Fernanda Maciel, que completou o percurso em 22 horas e 52 minutos em fevereiro de 2016.
Esta não foi a única tentativa da equatoriana. No último sábado a corredora já havia tentado a ascensão, mas, quando estava a apenas 300 metros do cume do Aconcágua, foi obrigada a desistir da subida devido às péssimas condições climáticas. Depois disso ela descansou apenas dois dias e partiu para a segunda tentativa, que resultou no novo recorde feminino.
Com apenas 26 anos de idade, este já o maior feito da carreira de Daniela Sandoval. De acordo com a imprensa local, a atleta se preparou durante um ano para essa missão, com treinamentos intensivos e focados, conciliados com outras provas de corrida de montanha.
Além do bom preparo físico e mental, a corredora também contou com condições climáticas muito favoráveis, que cooperaram para que a subida fosse mais segura e tranquila, e com uma equipe de apoio que inclui dois outros grandes atletas: Karl Egloff e Nicolás Miranda, detentores dos recordes de ascensão em velocidade pela rota normal e pela rota 360º, respectivamente.
ThermoBall é uma das nossas tecnologias mais famosas. Ela é exclusiva The North Face e foi desenvolvida em parceria com a Primaloft, empresa norte-americana com mais de 25 anos de experiência na área de inovação na fabricação de fibras de isolamento térmico. A ThermoBall é uma alternativa sintética e funcional capaz de substituir as tradicionais plumas de ganso, mantendo o alto desempenho, mas sem nenhum tipo de material de origem animal.
Inovação
Quando o assunto é ThermoBall, estamos falando de uma verdadeira revolução tecnológica. Esta não é única opção sintética para aquecimento, mas é uma alternativa muito diferente das opções tradicionais. Enquanto os outros isolamentos sintéticos são produzidos em filamentos contínuos, a ThermoBall é fabricada com pequenos conjuntos de fibras sintéticas arredondas, que funcionam de maneira muito semelhante às plumas de ganso. Esta forma ajuda a reter o calor, formando pequenas bolsas de ar e, consequentemente, proporcionando um melhor isolamento térmico.
Praticidade
A tecnologia ThermoBall foi desenvolvida para ser em diferentes condições climáticas e aplicada nos mais diversos produtos. As jaquetas são famosas, mas este isolamento sintético também está presente em coletes, luvas e botas.
Por ser muito leve e altamente compressível, as jaquetas feitas em ThermoBall podem ser guardadas dentro do próprio bolso. Além disso, sua capacidade de aquecimento é excelente, tornando-a uma excelente opção para as aventuras na montanha ou para os compromissos casuais na cidade.
Foto: Tim Kemple.
Vantagens
A ThermoBall é uma tecnologia com propriedades muito semelhantes às plumas de ganso. Portanto, ela proporciona excelente isolamento térmico ao mesmo tempo em que é muito leve. Além disso, a ThermoBall tem uma vantagem interessante que é o fato de manter a sua capacidade térmica mesmo quando está molhada, garantindo aquecimento até quando o clima decide não cooperar.
As jaquetas com essa tecnologia são extremamente compressíveis e podem ser guardadas dentro do próprio bolso, que tem um zíper para fechamento e fica em um formato de bolsa, sendo útil até mesmo como um travesseiro de viagem.
Curtiu? Confira aquitoda a linha de produtos feitos com tecnologia ThermoBall.
De acordo com o último Relatório Mundial da Felicidade, a Noruega é o lugar com a população mais feliz em todo o mundo. O ranking, feito pela Organização das Nações Unidas (ONU), avalia índices como: renda per capita, expectativa de vida saudável, liberdade, generosidade, confiança, entre outros índicas. Além de ter pessoas felizes, a Noruega também é um país referência em preservação ambiental e uma excelente opção para o turismo de aventura, com trilhas, montanhas e muita estrutura para os mais diversos tipos de viagem e esportes.
Nós separamos 4 sugestões de trilhas perfeitas para quem quer explorar a Noruega. Confira abaixo os detalhes sobre cada uma delas:
Preikestolen
Preikestolen é uma das principais atrações turísticas da Noruega. Tamanha procura tem uma justificativa: um penhasco com mais de 600 metros de altura, com uma vista incrível do Fiorde de Lyse. A trilha até o topo da Montanha de Preikestolen não é difícil, mas são necessários de 4 a 5 horas de caminhada para alcançar o cume. Além disso, vale a pena passar, pelo menos, uma hora lá admirando a paisagem. A região ainda reserva outra atração interessante, o Flørli, outro penhasco com vista para o fiorde de Lyse e acessível a partir de uma das maiores escadarias do mundo, com 4.444 degraus.
Foto: Visit Norway
Romsdalseggen
Romsdalseggen é uma das regiões montanhosas mais bonitas da Noruega. As opções de trilhas na área incluem montanhas com penhascos enormes, lindas vistas dos fiordes e cachoeiras. Romsdalseggen tem três rotas oficiais de trilhas com diferentes níveis de dificuldade, todas iniciando no vilarejo de Vengedalen. Os hikings pela região levam em torno de seis a nove horas, então, prepare-se para longas caminhadas e descobertas.
Foto: Visit Norway
Gaustatoppen
Esta montanha de fácil acesso oferece uma recompensa enorme aos que decidem encarar as três horas de subida. Do cume da Gaustatoppen é possível avistar 1/6 da Noruega, claro que isso é possível apenas em dias com céu limpo. São necessárias mais duas horas de caminhada para completar a descida da montanha, então, este é um passeio que leva, pelo menos, 5 horas.
Foto: Visit Norway
Dronningruta
A trilha de Dronningruta também é conhecida como a Rota da Rainha. O percurso tem 15 quilômetros de extensão e atravessa a costa norueguesa, ao longo de Nyksund e Stø. Esta é uma rota desafiadora, então, é recomendado estar em boa forma e estar acostumados com altitude média. A trilha completa, que segue o trajeto feito pela Rainha Sonja em 1994, pode ser feita em um período de 5 a 8 horas, com grau de dificuldade alto.
Foto: Visit Norway
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