Marcelo Alves se tornou a única pessoa do mundo a correr uma maratona durante o inverno em  Svalbard/Noruega, um lugar onde é noite 24h/dia

Apenas uma coisa separa uma pessoa comum de um maratonista de provas extremas: a decisão de começar. Marcelo Alves, atleta parceiro The North Face, é prova viva disso. Mesmo gostando de esportes, após o nascimento da filha, ele passou por um período de sedentarismo total até o dia em que viu uma foto e não se reconheceu mais nela. Foi neste momento em que sua vida começou a passar por uma reviravolta.

“Sabia que precisava voltar a me ‘movimentar’. Meu corpo e minha cabeça estavam precisando de uma atividade física e a corrida era a modalidade que mais se encaixava com a minha correria do dia-a-dia”, explica o curitibano Marcelo, que além de maratonista, também é empresário e palestrante. A rotina cheia não impediu que, em menos de dois anos, ele saísse do sofá, rumo a sua primeira prova extrema: A maratona da Antártida.

Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves
Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves

Depois disso, Marcelo não parou mais e se especializou em maratonas extremas. No currículo estão provas que levam o corpo humano ao limite, como corridas no deserto e a maratona no Everest, a mais de cinco mil metros de altitude. É preciso deixar claro que, após decidir começar, é necessário ter muita disciplina, se preparar e planejar, principalmente quando se trata de correr em condições muito diferentes das normais, como lembrado pelo atleta: “Esses tipos de desafios requerem muita pesquisa, afinal, cada prova tem uma ou mais características extremas: temperaturas muito abaixo de zero, altitude a mais de 5.000 metros, umidade de 99%, temperaturas acima dos 40ºC… e, nestas situações, o planejamento e foco nos detalhes são fundamentais. Não podemos errar, a escolha de um equipamento errado, pode comprometer tudo!”

Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves
Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves

Correr atrás dos sonhos

Praticar uma atividade física pode fazer muito mais do que promover qualidade de vida. Essa escolha pode ser uma ponte para a realização de sonhos. Marcelo sempre quis conhecer a Antártida, além de outros lugares maravilhosos do mundo, e a corrida foi uma das maneiras mais viáveis para realizar este sonho.

Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves
Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves

A primeira prova extrema que o empresário curitibano correu foi a Ice Marathon e muitas outras vieram depois dessa. Os resultados de Marcelo foram tão legais, que ele foi um dos poucos atletas do mundo convidados a participar de um desafio internacional para correr 7 maratonas, em 7 dias e em 7 continentes. A prova entrou para o Livro dos Recordes, mas isso ainda não era o bastante para ele.

Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves
Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves

Sem limites e a busca pela Aurora Boreal

Em uma de suas aventuras mais recentes, ele se tornou a única pessoa do mundo a correr uma maratona durante o inverno, no lugar ao norte mais extremo da Terra em que chegam os voos comerciais: Svalbard/Noruega, um local em que, durante o inverno, todos os dias são noites, literalmente. “Esse desafio ‘Noite Polar’ foi fantástico, um projeto que levei mais de um ano só na fase de planejamento. Um grande amigo, Francisco Mattos, que já me acompanhou em alguns desafios ao redor do mundo, mora em Svalbard/Noruega, o último lugar da terra ao norte em que se chega voo comercial, e, descobrimos que nunca alguém havia corrido uma maratona lá no inverno, quando a ‘noite’ dura 24 horas e a temperatura média é de -20Cº”.

Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves
Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves

Tanto esforço rendeu uma oportunidade única: correr tendo como pano de fundo a Aurora Boreal. “Nós trabalhamos muito com a estatística e tivemos sorte, pois pegar lua cheia e aurora boreal é bem raro. Foi um dos momentos mais incríveis da minha vida! Não sabia se corria, se parava, fiquei realmente encantado com o fenômeno!”, conta Marcelo. “Como eu estava correndo sozinho (fui acompanhado por duas pessoas em um snowmobile, que filmaram e tinham como função principal me proteger, afinal estávamos na casa do urso polar), eu não tinha compromisso com tempo, tive que trocar de equipamentos por 3 vezes durante o desafio. Mas, foram 6 horas incríveis.”

Cada detalhe desta corrida foi registrado e o material rendeu um documentário curto, que será lançado em breve e deve originar uma série de televisão com outras corridas extremas.  Veja abaixo o trailer deste filme e sinta um gostinho do que está por vir 😉

Mesmo sendo um país tropical, com praias maravilhosas, o Brasil também tem excelentes roteiros para o inverno e até mesmo para aproveitar as temperaturas mais amenas do outono. Nós escolhemos alguns dos melhores destinos nacionais para quem quer curtir uma paisagem serrana e desfrutar de todo o charme que o frio pode trazer.

  1. Visconde de Mauá – RJ

O distrito mescla muito glamour, com excelentes restaurantes e pousadas, a uma paisagem de Mata Atlântica intocada. Localizado em Resende, RJ, este paraíso está a apenas 300 km de São Paulo e a 200 km do Rio de Janeiro. Entre as atrações mais famosas, estão a Festa do Pinhão e Concurso Gastronômico, que acontece em maio, e a festa de São João, que ocorre em junho. Para os aventureiros, a região reserva uma trilha muito famosa, que leva ao Pico das Agulhas Negras.

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Foto: Marinelson Almeida/CC-Flickr
  1. Campos do Jordão – SP

Este é um dos destinos mais famosos e badalados do Brasil. Localizado na região da Serra da Mantiqueira, o município é o mais alto do Brasil, estando a 1.628 metros de altitude. O clima, assim como em Visconde de Mauá, é classificado como oceânico, com temperaturas anuais médias de 14ºC. Mas, no inverno, os termômetros costumam permanecer abaixo de zero. Campos do Jordão tem hotéis maravilhosos, festivais gastronômicos e musicais e diversas atrações turísticas pontuais e fixas.

Foto: Chostakovis/Wikimedia Commons
Pedra do Baú, São Bento do Sapucaí – região de Campos do Jordão. |Foto: Chostakovis/Wikimedia Commons
  1. Bento Gonçalves – RS

Localizado na Serra Gaúcha, o município de Bento Gonçalves é um dos destinos de vinho mais famosos do Brasil. Como a economia local gira em torno da indústria moveleira e dos vinhos, essas também são as principais atrações turísticas. A cidade sempre tem vinícolas abertas para visitação e roteiros turísticos que incluem passeios pelas cantinas e vinhedos, com degustação de vinhos, espumantes e diversas opções gastronômicas.

 

 

Foto: Alexsander Martins Cruz/CC-Flickr
Foto: Alexsander Martins Cruz/CC-Flickr

Veja dicas de roupas que não podem faltar em uma viagem de inverno:

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1. Jaqueta Trevail com Capuz / 2. Jaqueta Canyonwall / 3. Colete Aconcagua
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1. Parka Tonnerro / 2. Fleece Osito / 3. Colete Mossbud Reversível

Uma boa dose de adrenalina nunca é demais, mesmo que ela venha naquele momento em que você escolheu simplesmente deitar no sofá e relaxar. Por isso, nós escolhemos quatro filmes que vão te transportar da sala de estar para o topo de montanhas inóspitas, rochas gigantes e trilhas desafiadoras.

Valley Uprising (2014)

O Valley Uprising é um documentário descontraído que retrata a evolução da escalada nos Estados Unidos e a popularização do famoso Parque de Yosemite, na Califórnia, tanto para o esporte, como para o turismo. Este filme conta a trajetória de importantes nomes da escalada mundial e mostra o estilo de vida e a cultura que envolve a comunidade de escaladores.

Para nós, este filme é ainda mais especial, já que a nossa história também começou em Yosemite, onde os fundadores da The North Face, Douglas Tompkins e Kenneth “Hap” Klopp, costumavam escalar.

The Barkley Marathons: The race that eats its young (2014)

A Barkley Marathon é uma das corridas de montanha mais difíceis do mundo. Todos os anos, apenas 35 corredores são aceitos para disputar a prova. Para participar, eles precisam ter excelentes níveis de performance e são escolhidos por um processo super-secreto, mas, ainda assim, nem todos conseguem concluir a corrida. Realizada em uma pequena cidade do Tennessee (EUA), esta prova foi inspirada em uma fuga, realizada em 1977, que durou 54 horas. No formato atual, os participantes que conseguem finalizar essa aventura, correm o equivalente ao dobro da altura do Monte Everest, em apenas 60 horas.

Further – Jeremy Jones (2012)

Further faz parte da trilogia do snowboarder Jeremy Jones, que ainda conta do Higher e Deeper. Neste documentário, ele e sua equipe viajam pelas montanhas mais remotas e desafiadoras do mundo. A aventura começa no Japão e, logo de cara, é possível visualizar os desafios que o topo das montanhas reservam. Antes de sentir a adrenalina das descidas quase verticais, existem muitos desafios a serem superados nas subidas.

“Cerro Torre – A Snowballs Change in Hell”

Este filme mostra a desafiadora missão do escalador David Lama, em se tornar a primeira pessoa do mundo a escalar a Rota do Compressor, na montanha Cerro Torre, na Patagônia Argentina. Após três anos de tentativas, em uma escalada que durou 24 horas, o jovem de 22 anos conseguiu atingir o cume, junto ao seu parceiro de aventura Peter Ortner.

Conheça a história de Dona Mary, que no auge de seus 68 anos, está embarcando para uma trip de escalada que vai durar 3 meses

Imagine-se com 68 anos… Visualizou? Nesta imagem, o que você está fazendo? A Dona Mary está escalando!

Chefe de uma família de escaladores, Mary Lages, mais conhecida como Dona Mary, já é bastante famosa e até temida no meio da escalada. Sua primeira experiência com o esporte aconteceu há 20 anos, por incentivo do filho mais velho. Depois disso ela não parou mais.

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo pessoal

Entre seus feitos, está uma viagem de escalada pela França e muitos campeonatos. Duas coisas não faltaram nessas duas décadas: emoção e pódios. Dona Mary compete amadoramente em diversas categorias e coleciona troféus, inclusive, de disputas com mulheres de 30 a 35 anos.

Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal

Agora ela está pronta para mais uma aventura: uma viagem de três meses pelo Chile e Argentina em busca das melhores rochas para escalada Boulder e esportiva. Nesta missão, ela conta com a companhia do marido, Everton Ouriques (63), de um caiaque e de uma pick-up adaptada e transformada em trailer por eles mesmos.

O veículo da expedição

O automóvel que o casal usará na expedição é uma pequena pick-up courier com capota de fibra, totalmente preparada pelo próprio Everton. Todos os reforços para parte inferior foram projetados e instalados por ele, que é publicitário, mas também marceneiro, Bird Watcher, escalador, construtor, “professor pardal” e consultor para assuntos aleatórios. Na caçamba, Everton construiu um motor home do jeito que eles levam a vida: simples, sem supérfluos, compacto e perfeccionista, seguindo uma linha filosófica japonesa.

Conforme explicado por Yan Ouriques, filho do casal, no projeto do carro, foram utilizados o máximo de materiais reaproveitados possíveis. O tablado que sustenta a cama foi feito com a madeira que o pai usou para construir a primeira parede de escalada para os filhos, há 19 anos. O construtor manteve até os adesivos de marcação das vias e passou verniz por cima. “História não se apaga, se contempla”, diz Everton. O motor home adaptado ainda conta com filtro de água desenvolvido por ele, e um sistema muito interessante para guardar todo equipamento necessário na viagem.

Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal

 

 

 

Conheça a história do brasileiro Cristiano Marcelino, que saiu do Rio de Janeiro para correr a “Arrowhead Winter Ultra Race”, uma das ultramaratonas mais difíceis do mundo.

A “Arrowhead Winter Ultra Race” é considerada uma das ultramaratonas mais difíceis do mundo, em sua 13ª edição o percurso é de 135 milhas (217 km) e deve ser concluído non-stop com um limite de 60 horas de duração. A corrida é realizada em Minnesota, extremo norte dos EUA.

A largada é em International Falls, a cerca de uma milha da fronteira com o Canadá, o percurso é 100% na neve pela Arrowhead State Trail com chegada em Tower, a sudoeste da largada, aonde a temperatura do ar no pico do inverno norte americano (época da corrida) chega até na casa dos -40º C. Além das dificuldades geradas pela temperatura, o atleta não tem suporte externo, o percurso é repleto de subidas, só existem três pontos de apoio e os atletas devem puxar um sled (tipo um trenó) com cerca de 30 kg de equipamentos, dificultando ainda mais que os ultracorredores cheguem ao final da competição.

Mas, entre os que têm coragem de enfrentar esses desafios, está um brasileiro, carioca, que não se deixa intimidar por nenhuma dificuldade: Cristiano Marcelino. Ele é Bombeiro Militar do Rio de Janeiro e professor de Educação Física, muito conhecido pela sua experiência em ultramaratonas, possuindo 42 longas provas em seu currículo. Entre as corridas já feitas está uma prova 280 km, finalizada num tempo de 52 horas seguidas.

Os ambientes das disputas são os mais variados e inacreditáveis possíveis, como a Arrowhead Winter Ultra Race, que faz parte da Bad 135 Miles World Cup, um evento composto das três ultramaratonas de 135 milhas mais extremas do mundo. Marcelino já havia competido nas outras duas corridas antes: Badwater Ultramarathon, com 217 km non-stop no Death Valley (Vale da Morte), deserto na Califórnia com temperaturas de até 55º C; e Brazil Ultramarathon, com 217 km non-stop na Serra da Mantiqueira, interior de SP e MG, que além de calor e umidade alta conta com mais de 6.000 m de desnível positivo acumulado entre as longas subidas de montanhas.

Foto: Cristiano Marcelino
Foto: Cristiano Marcelino

A importância dos equipamentos na Arrowhead Winter Ultra Race

Para se chegar à linha de largada da Arrowhead Winter Ultra Race o atleta deve cumprir várias exigências que serão checadas no início e fim da competição. O fator principal é a segurança do atleta, que fica isolado por muitas horas sob o frio extremo. Para isso, ele deve ter um equipamento de primeira linha e apresentar os itens obrigatórios sempre que exigidos. Na prova deste ano, Marcelino contou com apoio da The North Face e levou um saco de dormir TNF Dark Star para -40º C, que também deve ser utilizado com um saco de bivaque e um isolante térmico. Nesta prova, o atleta só tem praticamente um ponto de apoio abrigado para descanso (checkpoint 2 = 112 km), fora isso, se quiser parar para um descanso rápido deverá utilizar estes itens para deitar na neve.

Correr em locais com temperaturas extremas também exige um cuidado específico com as escolhas das roupas. São várias camadas de calças e jaquetas. Nesta prova, Marcelino levou a calça impermeável e respirável TNF Venture, além da jaqueta TNF Independence, para garantir máxima proteção mesmo em um ambiente tão frio.

Foto: Cristiano Marcelino
Foto: Cristiano Marcelino

Para segurança das mãos, um ponto nefrálgico de atenção, o atleta utilizou as luvas TNF Triclimate, com três camadas de proteção. Durante esta prova, o sled dos atletas ainda deve conter vários outros itens de necessidade básica, como garrafas térmicas para todos os líquidos, fogareiro, combustível e panela para derreter neve, alimentação para toda a corrida, incluindo 3.000 calorias extras, que podem ser consumidas apenas em caso de emergência. A organização ainda tem muitos outros itens obrigatórios, que somam uma carga de 30 kg, o que dificulta muito a progressão dos atletas na neve, sobretudo nas inúmeras subidas que têm quase 2.000 m de desnível positivo acumulado. Todos esses desafios resultam numa assustadora marca de 60% de desistência de corredores durante a prova.

A preparação no verão carioca

Marcelino, que é de Niterói/RJ, onde a temperatura na época da prova passa facilmente de 40º C todos os dias, além dos treinos rotineiros, fez dois tipos de treinamento específicos para a Arrowhead Winter Ultra Race: muita corrida na areia da praia puxando peso para simular o sled na neve; e treino dentro de uma câmara frigorífica, num distribuidor de pescados perto da casa dele, onde três vezes na semana colocava uma esteira lá dentro e treinava durante horas.

Após meses de treinos intensos, que além de milhares de quilômetros de corrida incluíam musculação, massoterapia e acompanhamento nutricional, Marcelino embarcou para o norte dos EUA com uma semana de antecedência para os preparativos finais.

A corrida

A corrida teve início às 7h da manhã do dia 30/01/2017, contando com a elite da ultradistância mundial, na verdade na região da prova à luz solar é bem limitada – somente entre 8h da manhã e 16h – todas as demais 16 horas do dia são na penumbra da noite e a prova ainda foi realizada em lua nova, tudo para deixar a disputa mais sombria.

A largada foi realizada à temperatura de -15º C, porém com prognóstico de queda intensa de neve e aumento do frio durante a prova. O trecho inicial até o checkpoint 1 era de 58 km, até um posto de combustível numa rodovia próxima à trilha, porém até lá o caminho foi árduo. Após duas horas desde o início da prova, começou a nevar, tornando cada vez a neve mais fofa para correr e puxar o sled. Marcelino fez este primeiro trecho em 9h36min, ficando 1h15min no checkpoint para alimentação e troca de roupas, retomando o percurso já de noite e já com muitas subidas pela frente.

Foto: Cristiano Marcelino
Foto: Cristiano Marcelino

O segundo trecho, ainda nevando sem parar, era de 54 km e com muitas subidas e à noite tudo ficava mais difícil. Marcelino correu a noite inteira sem parar e somente por volta das 2h da manhã que parou de nevar, contabilizando mais de 17 horas de precipitação de neve sem cessar. A temperatura já passava da casa dos -20º C. Para chegar ao checkpoint 2, o trecho final era composto de uma travessia de mais de 2 km por cima de um lago totalmente congelado. Marcelino chegou ao checkpoint no fim da madrugada com 23h09min de prova e aproveitou bem seu único ponto abrigado na prova para descansar um pouco, se alimentar, trocar de roupa e seguir depois de 2h29min.

Agora pela frente teria o pior trecho da prova, com 65 km de extensão até o checkpoint 3, que é somente uma tenda montada na trilha da prova. Marcelino, portanto, tinha que correr a manhã e tarde inteira e parte de noite. As subidas tornavam o sled cada vez mais pesado de puxar e o frio se intensificava a todo momento. Cada parada no meio da trilha para pegar algo no sled tinha que ser totalmente planejada, pois em poucos segundos as mãos se congelam e aumenta o risco de hipotermia. Nesta segunda noite foi registrada a temperatura de -30º C e sem parar Marcelino chegou ao último checkpoint com 41h12min de prova. O descanso aqui tinha que ser feito na neve e ao ar livre utilizando o equipamento que levava no sled. Após um breve descanso em seu saco de dormir e trocar de roupa e se alimentar na tenda de apoio, Marcelino seguiu ficando ao todo 2h18min no checkpoint.

O último trecho era o menor da prova, com 40 km, porém o cansaço já era extremo e após mais algumas horas Marcelino teve que fazer uma parada rápida para descanso em seu saco de dormir, porém o único lugar disponível para deitar tinha neve com mais de 60 cm de altura acumulada, que só proporcionou um descanso congelante de cerca de 20 minutos. Após esta breve parada, Marcelino seguiu rumo à linha de chegada.

Foto: Cristiano Marcelino
Foto: Cristiano Marcelino

Marcelino completou a corrida com um total de 53h34min. Depois de muito frio e esforço intenso e constante, o bombeiro cruzou a tão desejada linha de chegada da terceira e última prova da Bad 135 Miles World Cup.

Não é preciso ir muito longe da correria da cidade para ter excelentes opções de escalada. Em São Paulo, por exemplo, cidades próximas têm pedras para os mais diversos gostos e níveis de dificuldade. O Visual das Águas, em Bragança Paulista, é um dos picos mais famosos, não só pela facilidade no acesso, mas, principalmente por ser uma pedra que oferece diferentes vias e possibilidades para os mais experientes e para quem está iniciando.

A rocha é granito sólido e uma vantagem do local, além de ser um conjunto de pedras, é o fato de ter opções sombreadas o dia todo. Em um mesmo lugar é possível fazer rotas fáceis e outras muito mais técnicas, com nível chegando ao décimo grau.

Os estilos de escalada mais predominantes entre os atletas que frequentam o Visual das Águas e a escalada esportiva e falésia. Mas, a pedra também é muito usada como campo-escola. Esta diversidade torna o local uma excelente opção para passeios em grupos.

Foto: Patricia Russano Cuyumjian/CC-Flickr
Foto: Patricia Russano Cuyumjian/CC-Flickr

Como chegar?

O Visual das Águas está localizado no município de Bragança Paulista, a aproximadamente 90 quilômetros da capital. O acesso é feito pela Rodovia Fernão Dias, saindo em direção à Piracaia e prosseguindo até o trevo de Bragança Paulista. Depois disso, são mais 3,5 km de estrada de terra, até a Fazenda Serrinha, onde estão as pedras. Apesar de ser uma propriedade privada, o acesso é livre e gratuito. No entanto, não é permitido acampar.

Grandes aventuras também rendem grandes histórias. Mesmo que nem todos os finais sejam felizes, essas experiências extraordinárias de pessoas comuns ou super-atletas nos inspiram e nos motivam a sair da zona de conforto e a experimentar outro nível de aventura e contato com o mundo lá fora.

Por isso, nós escolhemos quatro livros que todo aventureiro precisa ler.

Livre (Cheryl Strayed)

O livro autobiográfico escrito pela norte-americana Cheryl Strayed conta a história de uma jornada que vai bastante além de uma imersão na natureza. Após perder a mãe e ver o fim de seu casamento, Cheryl decidiu largar tudo para embarcar em uma missão pela Pacific Crest Trail (PCT), a trilha que atravessa a costa oeste dos Estados Unidos. A caminhada solitária durou três meses. Durante o período, ela passou por diferentes desafios, exaustão, frio, calor, dor, sede e fome. Mas, muito além dos desafios físicos, o processo resultou em uma verdadeira transformação pessoal. O livro deu origem ao filme de mesmo nome, que contou com a interpretação da atriz Reese Witherspoon.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Na natureza selvagem (Jon Krakauer)

Neste livro baseado na história do norte-americano Chris McCandless, o jornalista e escritor Jon Krakauer refaz a trajetória do jovem que, aos 22 anos, doou todo o dinheiro que tinha e partiu em busca de uma vida simples e livre. Após viajar por diversos lugares e cidades do interior dos Estados Unidos, ele chega ao Alasca, buscando uma vida de longe das relações humanas complicadas e em sintonia com a própria “natureza selvagem”. A viagem é revivida por Krakauer, que entrevista pessoas que tiveram contato com Chris McCandless, mostrando qual era o sentido por trás da rebeldia do jovem que decidiu deixar tudo pra trás para viver a liberdade.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A escalada – A verdadeira história da tragédia no Everest (Anatoli Boukrrev e G. Weston Dewalt)

Este livro conta a história de bravura do guia-chefe russo Anatoli Boukreev. Em maio de 1996, um grande tempestade atingiu o Everest e causou mais de 10 horas de pânico, desespero e mortes. Em uma decisão perigosa, o guia russo decidiu ir sozinho em busca de sobreviventes. Dos 33 escaladores que participavam da missão em busca do topo da montanha mais alta do mundo, apenas 28 retornaram. Três dos sobreviventes só se salvaram por conta da ousadia e coragem de Boukreen, que resgatou três aventureiros quase mortos. A missão foi considerada uma das mais incríveis da história do montanhismo e rendeu ao russo um maior prêmio já concedido por atos de heroísmo pelo Clube Americano de Alpinismo.

Foto: Gavin Golden/Flickr
Foto: Gavin Golden/Flickr

The Road to Sparta (Dean Karnazes)

Neste livro o corredor de longas distâncias e atleta global The North Face, Dean Karnazes, vive mais uma de suas grandes aventuras. Após encarar ultramaratonas e uma série de 50 maratonas em 50 dias, a missão desta vez é reviver uma das corridas mais famosas da história: o trajeto entre Atenas e Esparta. Neste livro, lançado recentemente, Dean refaz os 246 quilômetros percorridos pelo soldado Fidípedes em 490 a.C., que correu toda essa distância em apenas 36 horas, de acordo com os historiadores.

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Foto: Divulgação

 

Se tem uma brasileira que entende de Everest, esta pessoa é a Karina Oliani. Além de ter trabalhado como médica na montanha, ela também já alcançou o cume duas vezes, sendo a brasileira mais nova a chegar ao topo do monte mais alto do mundo e a única mulher sul-americana a chegar ao topo pela face norte, a mais difícil.

Nós separamos algumas das principais dicas da própria Karina e trazemos aqui para vocês. Vale lembrar que a trilha até o Acampamento Base do Everest é uma das mais lindas do mundo, mas ela também reserva alguns desafios. Para chegar ao topo, o caminho ainda é muito mais longo e difícil. Então, deixaremos essa expedição para outro post 😉

Foto: Karina Oliani/Divulgação
Foto: Karina Oliani/Divulgação
  • Prepare-se fisicamente – Antes de embarcar, faça uma boa preparação física. Coloque os exames em dia e comece a se preparar para estar forte o suficiente para aguentar muitas horas de trilha e com a mochila nas costas. Uma dica interessante para quem vai treinar na academia é fazer as caminhadas ou corridas sempre com a esteira inclinada entre 15 e 20º, assim você já vai se acostumando com a subida da montanha. Além disso, duas semanas antes da viagem é interessante treinar com a mochila nas costas, para que o corpo vá se acostumando com o peso extra.
  • Escolha bem as roupas e equipamentos – Segundo Karina, isso pode definir toda a viagem. Calçados, roupas, acessórios e até a escolha da mochila devem ser pensados e planejados com a ajuda de um especialista em montanhismo, que vá considerar as condições do clima, do terreno, o cronograma da viagem e até mesmo as condições físicas do aventureiro. Se tem algo que merece atenção é isso. Faça check lists para não esquecer de nada e teste tudo antes de ir, principalmente os calçados.
  • Leve um kit médico – Alguns tipos de remédios são essenciais nesta viagem. Parte deles você até consegue comprar nos vilarejos pelo caminho, mas com valores absurdamente mais caros. Portanto, faça um kit e leve ele na mala. Além de ter os materiais para primeiros socorros, leve remédios para diarreia, para dores musculares, dores estomacais e anti-inflamatórios.
  • Tenha sempre lenços umedecidos na mala – Em trilhas longas, independente de ser no Everest ou em São Paulo, banho pode ser um artigo de luxo. Portanto, tenha sempre lencinhos umedecidos para fazer a higienização do corpo, quando não for possível tomar um banho de verdade.
  • Leve papel higiênico (e dos bons) – Os banheiros e os hábitos de higiene variam muito entre o oriente e o ocidente. Portanto, fazer uma trilha no Everest significa usar banheiros muito diferentes dos usados no Brasil. Esteja preparado para “improvisar” na hora de fazer as suas necessidades e tenha sempre em mãos o seu próprio papel higiênico, pois este não é um item comum por lá. Um bom aviso, é para não economizar no papel. Leve um de boa qualidade, já que a altitude resseca o corpo todo e usar um papel ruim pode significar muitos problemas lá na frente.
  • Álcool gel – No kit de higiene e “sobrevivência” lembre-se de incluir um álcool gel e deixe-o sempre fácil, principalmente, para ser usado antes das refeições.
  • Respeite as tradições e costumes locais – Uma viagem deste tipo não pode ser feita sem uma imersão cultural. Esta pode ser uma oportunidade única, portanto, aproveite cada detalhe. Para conseguir entender e aproveitar ao máximo tudo o que essa experiência pode proporcionar, pesquise bastante antes de ir e esteja aberto para viver as tradições e os costumes locais, principalmente os que são relacionados às religiões, pois eles têm grande influência em tudo o que existe em torno do Everest.
  • Evite comer carnes – Um dos costumes locais mais comuns é o hábito de não comer carnes, principalmente devido às religiões orientais, como o budismo e o hinduísmo. Portanto, as carnes comercializadas na região do Everest vêm de muito longe e estão expostas a condições de higiene pouco favoráveis. Para evitar problemas intestinais, uma sugestão é não se alimentar de carnes por lá. Como é necessário garantir a ingestão de bastante proteína para aguentar a trilha, alimente-se de ovos e suplementos proteicos, que são práticos, fáceis de carregar e seguros.
  • Use sempre óculos de sol e boné ou chapéu – Óculos de sol é um item imprescindível nesta viagem, independente da estação do ano. Devido à altitude, os raios ultravioletas atingem o corpo com muito mais intensidade. Portanto, invista em um bom óculos com proteção UV. A mesma dica vale para proteger a cabeça, assim, use sempre bonés ou chapéus e, de preferência, modelos que tenham tecnologia de proteção ultravioleta.
  • Use muito protetor solar – A lógica aqui é a mesma por trás da dica sobre os óculos de sol. Para proteger a pele dos raios ultravioletas, o ideal é passar protetor solar a cada quatro horas. Isso deve ser feito mesmo quando o tempo não está muito ensolarado. Lembre-se também de usar protetor solar labial e, se a trilha for feita sem luvas, proteja também as mãos.
  • Hidrate-se muito – Em locais com muita altitude é preciso se hidratar ainda mais. Portanto, em uma viagem ao Everest, o recomendado é ingerir de três a cinco litros de água por dia, para compensar a altitude e também a perda de líquidos decorrente da própria atividade física.
  • Respeite o seu ritmo – Cada pessoa tem um ritmo de trilha. Alguns conseguem andar mais rápidos, outros passam com mais facilidade por obstáculos. Portanto, o ritmo é algo muito pessoal. Pensando em uma viagem em que é necessário andar por várias horas durante muitos dias, respeitar os limites pessoais é vital. Não tente acompanhar o grupo, pois o corpo vai sentir e o restante do trajeto e cronograma pode ser muito prejudicado.
  • Dê tempo para aclimatação – Acostumar-se com a altitude é muito importante para ter sucesso nesta aventura. Portanto, respeite as recomendações sobre aclimatação. Deixe que o corpo tenha tempo para reconhecer às condições a que está exposto e se acostume a elas. Isso evitará dores, fadiga e muitos outros problemas até mais graves, que podem prejudicar a sua viagem.
  • Aproveite cada detalhe – O Everest e os caminhos que levam a ele são alguns dos lugares mais bonitos do mundo. Portanto, separe um tempo para apreciar a paisagem, a cultura e vivencie intensamente toda a imensidão e beleza da natureza.

Esse mundão está cheio de aventuras e paisagens maravilhosas esperando para serem exploradas. Nós separamos algumas sugestões de filmes que vão te incentivar a encarar novos desafios. Seja o topo da montanha, o deserto, uma trilha ou mochilão, não importa, o céu é realmente o limite.

  1. The Way

Este é um filme sobre família, aventura e uma verdadeira reflexão sobre a vida. A história se passa em uma das rotas mais populares do mundo, o “Caminho de Santiago”.

Tom Avery é um médico norte-americano que sempre teve uma relação complicada com o seu único filho, Daniel. Após viajar à Espanha para uma expedição pelo “Caminho de Santiago” acaba perdendo a vida tragicamente. Ao receber a notícia, Tom decide ir à Europa buscar o corpo do filho, mas a viagem acaba ganhando outro sentido, quando ele decide continuar a aventura que Daniel havia começado e percebe que, na vida, nenhum caminho precisa ser percorrido sozinho.

  1. Touching the Void

Este filme um relato real de uma expedição extremamente perigosa realizada pelos escaladores Joe Simpsom e Simon Yates, que decidiram subir a Siula Grande, um pico nunca antes explorado no Peru. Apesar de terem tido sucesso na subida, a dupla encara uma série de desafios na hora de descer e ambos têm que tomar decisões inesperadas e se esforçar muito para sobreviver a essa aventura.

  1. A Walk in the Woods

A Walk in the Woods também é um filme biográfico, baseado no livro de mesmo nome. A história conta a aventura dos amigos Bill Bryson e Stephen Katz – interpretados pelos excelentes atores Robert Redford e Nick Nolte -, que no auge de seus 60 anos e sem experiência, decidem explorar a famosa Trilha dos Apalaches, que corta boa parte dos Estados Unidos. Além dos desafios, reflexões e muitas risadas, o filme traz uma série de imagens de perder o fôlego. As belas paisagens são um verdadeiro convite à vida em meio à natureza.

 “Não existem sonhos impossíveis para aqueles que realmente acreditam que o poder realizador reside no interior de cada ser humano. Sempre que alguém descobre esse poder, algo antes considerado impossível se torna realidade.” – Albert Einstein

As plumas de ganso são excelentes isolantes térmicos. Não é de hoje que nações em todo o mundo usam esse material para preencher jaquetas, cobertores, travesseiros e sacos de dormir, com o intuito de promover aquecimento, conforto e proteção. Os primeiros registros de peças de isolamento térmico feitas com plumas de ganso são de 1600, em comunidades russas. Mas, desde então, muita coisa mudou.

Historicamente, houve um período em que a busca pelas plumas de aves era tão intensa, que algumas autoridades começaram a criar regras e proibições para proteger os animais da exploração e caça predatória. Com o passar dos anos, a tecnologia evoluiu e a consciência ambiental também, o que possibilitou o desenvolvimento de novas técnicas de produção de peças feitas com plumas de ganso, de forma que os animais são protegidos e cuidados em todo o processo.

Se na antiguidade, os caçadores podiam retirar as plumas direto dos animais ou dos ninhos, hoje isso já não é mais permitido. Na The North Face, nós temos um compromisso sério com sustentabilidade, isso inclui todas as etapas e processos de fabricação de nossos produtos. Diante dessa premissa, a nossa cadeia é certificada com o selo Responsible Down Standart, que auditora e garante que os animais são cuidados o tempo todo.

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As plumas usadas em nossos produtos são aquelas que caem naturalmente dos gansos. Nada é retirado à força. Também existe a preocupação com o bem-estar dessas aves, que não podem ser alimentadas de forma forçada e, muito menos, maltratadas.

As vantagens das plumas

As plumas têm diversas vantagens quando o assunto é conforto, praticidade e desempenho.  As peças feitas com essa “tecnologia” são muito leves, ao mesmo tempo em que proporcionam excelente isolamento térmico. Para se ter ideia de quão práticas as jaquetas de plumas de ganso são, alguns modelos podem ser dobrados de forma a caber dentro do próprio bolso.

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O mesmo acontece com os sacos de dormir. Por serem feitos em pluma de ganso, eles têm alto nível de compressão e, na hora de viajar, eles podem ser guardados em sacos especiais, para ocupar menos espaço na mala ou no mochilão.

 

Fevereiro acabou, o carnaval passou e, agora, o ano finalmente começou!  Você já pensou quais serão as suas próximas aventuras?

O contato com a natureza e as atividades físicas podem trazer inúmeros benefícios à saúde. Todos os esportes, mesmo os de menor intensidade, refletem de forma muito positiva em nosso corpo. Nós separamos alguns exemplos de esportes e os ganhos que eles proporcionam para que você se inspire, se desafie e teste novos limites.

Corrida

A corrida, por exemplo, é um dos esportes mais democráticos do mundo. Qualquer um pode começar a se aventurar na transição entre a caminhada e a corrida. Os resultados são sentidos em prazo curto e os benefícios também. Ela ajuda a combater a ansiedade, a reduzir os níveis de colesterol, a fortalecer os membros inferiores e melhorar a respiração, diminuir a pressão sanguínea a até combater e osteoporose. Além disso, esta é uma ótima opção para manter o preparo físico e estar em forma para encarar aventuras mais extremas. Outro fato interessante da corrida é que ela pode ser feita nas mais diversas paisagens e terrenos.

Tracy Garneau, Argentina. Photo: Tim Kemple. The North Face Rights Expiration
Tracy Garneau, Argentina. Photo: Tim Kemple. The North Face Rights Expiration

Escalada

A escalada, um esporte muito mais técnico, proporciona outros tipos de sensações e benefícios, principalmente ligados às nossas emoções. Em termos psicológicos, a adrenalina envolvida nas escaladas ajuda a trabalhar o medo, a concentração, a atenção e muito mais. Subir a montanha também trabalha a força e resistência muscular, a flexibilidade e ajuda a combater o estresse.

Conrad Anker and Renan Ozturk, India. Photo: Jimmy Chin. The North Face Rights
Conrad Anker and Renan Ozturk, India. Photo: Jimmy Chin. The North Face Rights

Trekking e Hiking

O Trekking e o Hiking proporcionam todos os benefícios mais comuns às atividades aeróbias, como melhoria cardiovascular e respiratória, fortalecimento dos músculos e da densidade óssea, emagrece e muito mais. Mas, seu grande diferencial é o contato intenso com a natureza, mesmo em percursos com menor intensidade. Além disso, os trajetos mais fáceis podem ser realizados em família e por grupos formados por pessoas com os mais diferentes preparos físicos.

Jamie Laidlaw, Nepal. Photo: Kristoffer Erickson. The North Face Rights Expiration
Jamie Laidlaw, Nepal. Photo: Kristoffer Erickson. The North Face Rights Expiration

E aí, qual é o seu esporte? Vai experimentar uma modalidade nova?

 

O Carnaval está chegando e, para os aventureiros, o feriado é muito mais do que folia. Ele é a oportunidade ideal para pegar a mochila e ir explorar o que esse mundão tem de melhor. Nós separamos uma lista com cinco destinos ideais para quem quer escapar da agitação e aproveitar a folga para suar a camisa, relaxar e curtir a natureza, seja no calor ou no frio.

  1. Monte Roraima – RR

O monte Roraima está exatamente na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. Seu pico mais alto está no extremo sul e chega a 2.810 metros de altitude. Mas, entre as curiosidades da região está a imensa quantidade de plantas carnívoras, que usam os insetos como fonte para suprir a falta de nutrientes do solo, e as cavernas, formadas em decorrência das chuvas comuns à região. Então, além da aventura, também é possível vivenciar a natureza de um jeito único.

Monte Roraima | Foto: Gabriela Amorim/Flickr
Monte Roraima, Roraima | Foto: Gabriela Amorim/Flickr

2. Chapada Diamantina – Bahia

A Chapada Diamantina tem opções de aventuras para todos os gostos. Localizada em meio às serras e planaltos da Bahia, ela tem paisagens de tirar o fôlego, uma biodiversidade extremamente vasta e o melhor: os maiores picos de todo o nordeste do Brasil. Para os escaladores, o Pico do Barbado, com seus mais de 2.000 metros de altitude, é uma das opções mais populares. Se você está em busca de trekking, o roteiro do Mixila é uma das escolhas mais completas de trilhas. O percurso inclui várias cachoeiras, passagem por rios e ótimos espaços para acampar.

Chapada Diamantina | Foto: João Ramos - Bahiatursa/Flickr
Chapada Diamantina | Foto: João Ramos – Bahiatursa/Flickr
  1. Deserto do Atacama – Chile

O Deserto do Atacama é um dos desertos mais altos e áridos do mundo. Mas, isso não significa que os passeios também são de nível extremo, pelo contrário, existem opções excelentes para quem quer apenas relaxar. Para quem quer aproveitar um roteiro cheio de emoções, o auge da aventura é poder escalar um vulcão, o Lascar, que alcança incríveis 5.600 metros de altitude. Se o intuito é pegar leve e aproveitar uma bela paisagem para descansar, vale uma visita ao Salar de Tara, aos Gêiseres de El Tatio e um banho nas Termas Puritanas. Melhor ainda, só se você tiver tempo suficiente para aproveitar todos esses lugares.

Deserto do Atacama | Foto: Mariano Mantel/Flickr
Deserto do Atacama, Chile | Foto: Mariano Mantel/Flickr
  1. Spider Rock – Arizona (EUA)

A Spider Rock é um dos destinos mais fascinantes do mundo quando o assunto é escalada. Localizada no Cânion de Chelly, no estado norte-americano do Arizona, ela é formada por arenito vermelho, alcança 224 metros de altura e foi formada há mais de 230 milhões de anos. Para quem está interessado em aprender mais sobre escalada, a região também tem ótimos cursos para todos os níveis.

Spider Rock | Foto: Fred Morre/Flickr
Spider Rock, Arizona | Foto: Fred Morre/Flickr
  1. Whistler e Blackcomb – Canadá

Esta é uma das estações de esqui mais bem estruturada do Canadá. As montanhas Whistler e Blackcomb têm 2.240 e 1.562 metros de altura. Para se ter uma ideia, a Blackomb é a maior estação de esqui de toda a América do Norte, sua área esquiável chega a 33 km2 e ela já foi sede das olímpiadas de inverno. A infraestrutura é completa e oferece muitas atrações gastronômicas, artísticas, lojas, hotéis, spas e acomodações para os mais diversos gostos.

Whistler, Canadá | Ben and Whitney Carey/Flick
Whistler, Canadá | Ben and Whitney Carey/Flick