O XTerra, maior circuito off-road do mundo, inicia o ano com primeira parada em Ilha Grande, Rio de Janeiro. O evento, que conta com diversas modalidades – Triathlon Sprint, Swim Storm, Trail Run, Endurance 50k e Kids – acontecerá entre os dias 10 e 11 de março.

O destino de cenário exuberante, coberto por Mata Atlântica, tem terreno desafiador e obstáculos no meio do percurso. Para este primeiro encontro, a comunidade outdoor contará com o time da The North Face para se equipar da melhor maneira e garantir máxima performance.

“O XTERRA foi onde comecei a correr ultras. Foi minha primeira prova de 50k e tenho um carinho especial. Nunca fiz essa etapa de Ilha Grande e estou superanimada pra ver o que eles vão inventar por lá!” conta Rosalia Camargo, atleta parceira da marca.

As inscrições acontecem no site do XTerra até o dia 09 de março. Se você ficou animado, quer superar seus limites ou viver uma experiência de auto conhecimento imerso à natureza, confirme sua presença o quanto antes.

Prepare-se para Ilha Grande!

 

 

Para se inspirar e ficar por dentro de tudo, conte com o blog da The North Face, sempre cheio de dicas e novidades do mundo afora.

Uma das atividades mais desejadas por quem viaja é apreciar o nascer e o pôr do sol com as mais diferentes paisagens. Veja aqui 5 dicas de pôr do sol para apreciar, uma em cada região do país.

Alter do Chão/PA (Norte)

Considerado uma espécie de Caribe Amazônico, Alter do Chão tem uma natureza maravilhosa que torna o pôr do sol um espetáculo singular. Apreciá-lo das margens do Rio Tapajós, na prainha de água doce, é uma experiência que todo amante de paisagens naturais deve realizar. Fica a 38km de Santarém, de onde você pode pegar táxis para a vila. Viajando para Alter, conhecer os igarapés e a Floresta Nacional dos Tapajós figuram entre as atividades principais.

A região Norte é bastante úmida e quente. Por isso, a camiseta Hyper Tee Crew vai ser uma peça muito bem vinda. Leve, é equipada com FlashDry™, que otimiza a evaporação do suor e o corpo fica sempre seco, bem como com proteção UV.

Santo Antônio de Lisboa/SC (Sul)

Santo Antônio de Lisboa é um bairro de Florianópolis, em Santa Catarina, conhecido por ser um dos mais antigos de lá. Aliás, é de onde se origina o estado. Apesar de as praias não serem muito boas para banhos, pois têm uma curta faixa de areia e sem ondas, o visual que se tem por lá é arrebatador. Inclusive, há muitos bares e restaurantes com decks de madeira e também mesas pela praia. O pôr do sol ali é lindo e diferenciado por acontecer do outro lado da baía, com os barcos de pesca compondo o cenário.

Para Floripa, o fleece Summit L2 vai te ajudar muito no fim do dia e no início do inverno, pois é quando o tempo dá uma esfriada. Ele é leve, mas aquece. Se acaso for no inverno rigoroso, a jaqueta Thermoball é a melhor escolha, que além do isolamento de temperatura e acolchoamento, é feito com material 100% reciclável.

 

Chapada dos Veadeiros/GO (Centro-Oeste)

Referência nacional de ecoturismo, a Chapada dos Veadeiros fica no coração do Brasil e também proporciona um dos mais belos pores do sol do país. O céu na região central é um dos mais lindos do mundo, parecendo uma pintura. A composição com o cerrado torna a experiência ainda mais única e arrebatadora. Dá uma olhada na foto que a Luisa Galiza, do Leve na Viagem, tirou por lá:

A Chapada dos Veadeiros fica próximo a Brasília e a forma mais fácil de chegar é indo de carro a partir da capital brasileira. Para aproveitar a Chapada em segurança e prezando pela saúde, utilizar roupas adequadas é essencial. 

 

Arraial do Cabo/RJ (Sudeste)

Arraial do Cabo é referência quando se fala em paraísos praianos do Brasil. Isso, é claro, não é à toa: areia branca, muito calor, águas cristalinas e geladas. Tudo isso a apenas 170km de distância da cidade do Rio de Janeiro. Aliás, a melhor alternativa para quem é de outro estado é desembarcar no Rio e alugar um carro. A dica é assistir ao pôr do sol na Praia Grande, que é a principal da cidade, muito extensa e de água azuladinha.  

Arraial do Cabo pede por tranquilidade, leveza e conforto. Para tudo isso, e ainda andar com estilo, o chinelo Base Camp Slide III é uma opção sensacional, pois sua sola texturizada garante uma boa aderência nos mais diversos tipos de solo.

 

Fernando de Noronha/PE (Nordeste)

A última região é, na minha opinião, uma das mais belas. O Nordeste é conhecido por ter visuais extraordinários e por abrigar um que é mundialmente famoso: Fernando de Noronha. Tudo o que se escolher fazer por ali será incrível e inesquecível, mas assistir ao pôr do sol é, de fato, uma experiência inesquecível. 

 

O Brasil é um país riquíssimo e que tem muitas outras opções de destinos para apreciar essa arte da natureza que é o pôr do sol. No Leve na Viagem você encontra várias alternativas para considerar! E ainda por cima tem o cupom levenaviagem que garante 10% de desconto em suas compras, em lojas físicas ou virtuais (exceto outlet).

O fim de ano costuma ser um período em que as pessoas adoram programar viagens. As praias costumam ser os principais destinos escolhidos, mas há sempre quem prefira fugir do comum e fazer viagens alternativas. Veja, abaixo, 5 destinos alternativos no Brasil para conhecer em sua viagem de Ano Novo.

Viagem de Ano Novo: destinos alternativos em território nacional

Ilha do Marajó/PA

A ida para Marajó a partir de Belém é uma fuga deliciosa dos destinos badalados de Ano Novo. Um pouco exótico, permite viajar de balsa, conhecer igarapés, fortalecimento de turismo de base comunitária.. Tudo isso sem deixar de aproveitar as deliciosas praias, como a Praia do Céu, que fica na beira de um rio, não do mar.

Nesse destino, o ideal é não deixar de levar uma boa camisa de proteção UV pra aguentar o calor e e o sol no norte do Brasil. A Hyper Tee, tanto de manga curta quanto de manga longa, são incríveis e, além de proteção, têm secagem super rápida com a tecnologia flashdry e é super versátil. Além disso, levar boné ou chapéu é também imprescindível para proteger dos efeitos do sol. Indicamos o Mudder, super ventilado e charmoso, ou o Flyweight Sunshield. Ele é mais eficaz, tem protetor removível e é ecológico, pois é feito com material reciclado.

Garopaba/SC

Partindo para o Sul do país, Garopaba é uma opção para quem busca belíssimas praias, pontos turísticos imperdíveis, tendo, inclusive, show pirotécnico no litoral quando da virada de ano. Conta com centro histórico, ótimas ondas para quem curte um surf e também tem ótimas trilhas, como a da Pedra Branca, com extensão total de 2,2km, com trecho de subida íngreme, que leva cerca de 4h (ida e volta). É, de fato, um destino que agrada a vários gostos distintos.

O Sul do Brasil exige lembrar de levar corta vento e anorak. Apesar de ser praia, se o vento sul aparecer, leva consigo uma leve queda de temperatura, e a jaqueta impermeável é sempre uma ótima opção. O Printed Windy Peak é lindíssimo e versátil. Com nylon reciclado, é resistente ao vento, respirável e leve! Parceira pra praia em dias mais amenos. Há também a jaqueta Antora, que além de charmosa é impermeável e leve, sendo uma grande parceria pra qualquer ocasião!

Parque Estadual da Pedra Azul/ES

Em Domingos Martins, no Espírito Santo, o Parque Estadual da Pedra Azul é um prato cheio para quem ama ecoturismo e quer uma viagem que proporcione bastante contato com a natureza. Tem muitas trilhas a serem feitas, possibilitando um roteiro diverso e possível a qualquer um, visto que as trilhas não são difíceis e nem longas.

Por ser local de serra, para ir para Pedra Azul é importante ter dois itens na mala: fleece e anorak, pois o microclima pode mudar facilmente a temperatura. Recomendo a jaqueta Ventura que é impermeável e cabe dentro do próprio bolso, super ideal pra ocupar pouco espaço na mala! O fleece da vez é o TKA Glaciar porque tem uma cor linda que destaca na paleta de verde e marrom do destino e seu desempenho no aquecimento é excelente!

Presidente Figueiredo/AM

Por mais inusitado que pareça, o estado do Amazonas oferece uma excelente opção de viagem de Ano Novo: Presidente Figueiredo. A 107km da capital, o município é famoso no meio do ecoturismo por abrigar uma enorme quantidade de cachoeiras: 139 catalogadas, além das diversas cavernas e corredeiras. A Cachoeira da Neblina é um dos pontos ecoturísticos mais famosos da região.

Maracajaú/RN

Aos que fazem questão de uma praia paradisíaca, mas ao mesmo tempo não querem o óbvio, Maracajaú atenderá perfeitamente. Conhecido também como Caribe Brasileiro, fica a apenas 51km de Natal, capital do estado, e o diferencial é que a cidade em si é bastante pacata e tranquila. São dunas lindas, praias de areia branquinha e águas verdes cristalinas.

Essas são apenas cinco de diversas inúmeras opções de destinos alternativos no Brasil para conhecer em sua viagem de Ano Novo. Afinal, temos um país muito rico em diversidade e variedade de lugares maravilhosos esperando para serem explorados. Lembrando que o cupom levenaviagem garante 10% de desconto tanto em lojas físicas quanto em lojas virtuais (exceto em outltes). Garanta já a sua compra 🙂

O trekking do Monte Roraima, também chamado de Tepuy Roraima, é uma das experiências de montanha mais incríveis na América do Sul. Na tríplice fronteira entre Brasil, Guiana e Venezuela, é uma das formações rochosas mais antigas do mundo, sendo também marcada por não ter intervenção humana, além de datar da época em que América Latina e África ainda eram um só continente.

Nossa parceira Luisa Galiza compartilhou conosco detalhes dessa trip. Luisa já subiu o Monte Roraima duas vezes e está indo rumo à terceira!

trekking do Monte Roraima

INFORMAÇÕES GERAIS:

  • 2.723m de altura, 34km²;
  • 8 dias de trekking (ida e volta);
  • Aproximadamente 100km divididos nos 8 dias;
  • Subida apenas com guia/agência de viagens;
  • Nível difícil.

Monte Roraima em 8 dias de trekking

Dia 1: 14km da porta do Parque Nacional Monte Roraima até o Rio Tek (primeiro acampamento);

Dia 2: 10km de subida até chegar à base do Monte Roraima;

Dia 3: dia de subida da montanha. 6km com trechos árduos (solo arenoso, escalaminhada, inclinações, pedras e afins); chegando no topo da montanha, a quilometragem varia de acordo com o acampamento desse dia;

Dia 4: 12km de caminhada sobre o incrível visual do cume do Monte.

Dia 5: 14km de trilha pelo topo até o próximo acampamento;

Dia 6: 12km de retorno pelo cume. Volta-se por um caminho semelhante ao feito originalmente, mas também é possível conhecer lugares novos em que não se passou antes;

Dia 7: 18km de trekking de descida (também um dos mais difíceis dias dos oito). De lá, é possível ver a famosa La Ventana, mirante que permite observar toda a grandeza do Monte Roraima;

Dia 8: 12km até a entrada do Parque e encerramento do trekking do Monte Roraima.

Como chegar ao Monte Roraima

  1. Voo até Boa Vista, capital de Roraima;
  2. Traslado de Roraima até Pacaraima (2h30min de distância);
  3. Atravessar a fronteira e seguir para o Parque Nacional Monte Roraima (pode ser feito com agência brasileira ou com agência venezuelana).

 O que levar para o Monte Roraima

Melhor época para ir

Todos os períodos têm aspectos positivos e negativos. Entre junho e setembro é o período da chuva. Isso faz com que o topo seja mais frio e úmido, mas formam-se cachoeiras incríveis ao longo de toda a montanha. Entre outubro e fevereiro, na seca, há menos queda d’água, mas também uma maior possibilidade de tempo aberto no topo do Monte.

E aí, o que acharia dessa experiência?!

Com paisagens deslumbrantes que mesclam vulcões, praias e lagos cristalinos, o Equador pode ser seu próximo destino para viver a alta montanha! Foi exatamente este país que nosso parceiro Fayson Merege escolheu para encarar novos desafios.

Relativamente próximo ao Brasil, mas pouco frequentado por brasileiros, o Equador tem como moeda oficial desde 2000, o dólar. Isso pode deixá-lo apreensivo de início, mas não se acanhe. Vai valer a pena!

Com duas portas de entrada principais – Quito e Guayaquil – obrigatoriamente haverá uma escala em seu voo para chegar no país, saindo do Brasil. Outro ponto relevante é que desde 2018 exige-se seguro viagem para entrar no Equador. A carteira de vacinação contra febre amarela em dia, também é necessária na hora do check-in.

Quito, capital do país andino, fica distante apenas 37 quilômetros da região de Machachi, carinhosamente conhecida como a Avenida dos Vulcões, já que a cidadezinha possui exatamente oito vulcões em seu perímetro. Muito famoso entre eles, é o Cotopaxi- vulcão mais alto do mundo- que segue em atividade com seus 5900 metros de altitude até os dias de hoje.  Merece destaque também, o Chimborazo- pico mais alto dos Andes equatoriais (6.300m) – prato cheio para montanhistas dos mais diversos níveis.

Machachi reúne aventureiros dispostos a romper barreiras e superar limites. O objetivo principal de todos é conquistar as montanhas.

Para aclimatar e explorar a região

-Trekking da Laguna Quilotoa: imersa dentro de um vulcão, a lagoa cristalina enche os olhos de seus visitantes e pode ser um bom início de aclimatação rumo às montanhas mais desafiadoras.

-Vulcão Pasochoa: conheça a fauna e folha equatoriana de perto. Lhamas te acompanharão durante todo o trekking!

-Vulcão Corazon: com vista deslumbrante para o Cotopaxi, Corazon é um vulcão instinto e está dentro da Reserva Ecológica dos Illinizas. O day hike leva aproximadamente cinco horas e atinge cerca de 4800 de altitude.

-Illiniza Norte: o desafio aqui começará já no refúgio que fica a 4700m. Com dificuldade média, os últimos passos rumo ao cume, exigem grande atenção. Atente-se durante os 500m de desnível, principalmente se houver névoa e o gelo estiver derretendo. As escalaminhadas podem ficar extremamente escorregadias.

 

 

“Por ironia do destino, o Cotopaxi permaneceu fechado durante todo período da viagem, devido as suas atividades vulcânicas e risco de erupção. Cayambe foi nossa alternativa. O terceiro maior vulcão do Equador com 5790m, possui rota desgastante com 1200m de desnível. Este deixou uma memória única. Fiz cume duas vezes e na segunda, pegamos uma tempestade de neve a 150m do cume. Ventos de 50km/h nos balançava nas pendentes, o que nos colocava em risco. Em um certo momento escorreguei. As roupas ficaram congeladas e os músculos da face doíam.

Chimborazo era o meu desafio máximo. Não fiz cume. Chegados os 6mil da montanha, a neve fofa acumulada nos últimos metros alertava sobre o risco de avalanche. No final de tudo, esse “perrengue” é o que nos deixa mais fortes, atentos e com respeito à montanha.” – Fayson Merege.

IR DE CARRO DO ATACAMA A CARTAGENA ERA NOSSO DESAFIO. CRUZARÍAMOS  PERU, EQUADOR E COLÔMBIA.APESAR DA EXPERIÊNCIA DE ALGUNS MESES NA ESTRADA, ESSA ERA UMA ETAPA COM MENOS INFRAESTRUTURA E MAIS ARRISCADA.

Tudo mudou assim que cruzamos a fronteira entre o Chile e Peru! O número de pessoas, carros e motos aumentaram consideravelmente. As estradas pioraram e os postos de gasolina bem estruturados já não existiam. Por outro lado, o cenário ficou mais vivo e colorido, as comidas ganharam temperos únicos e os preços baixaram. Essa é a graça de viajar: ver como o mundo é complexo e interessante.

Esse trecho do Deserto do Atacama a Cartagena das Índias, na Colômbia foi a nossa etapa final pela América do Sul.

Peru, nosso sexto país!

Chegamos no Peru, o sexto país do Viajo logo Existo. O plano inicial era visitar a região de Cusco e as famosas ruínas de Machu Picchu. Esse seria nosso primeiro contato com altitudes acima dos quatro, cinco mil metros. Sofremos bastante com a menor quantidade de oxigênio no ar. Lembro de chegarmos em Puno, no Lago Titicaca, sem apetite e com dor de cabeça. Nos restou tomar muito chá de coca e descansar.

No Peru as opções de campings são bem restritas, mas descobrimos que vários hotéis deixam montar acampamento em seu gramado. Isso foi ótimo! Tínhamos acesso ao banheiro e cozinha do lugar.

De carro, exploramos a charmosa cidade de Arequipa, a região de Nazca e suas misteriosas linhas. Fomos de lancha a Paracas e conhecemos o oásis de Huacachina. Ficamos quase duas semanas em Lima, capital do país, para colocar a nossa vida em ordem.

Sem muitos planos, seguimos para Huanchaco, uma cidade litorânea com excelentes ondas para o surf. Ficaríamos alguns dias, mas lá se foram mais duas semanas. Não havia motivos para correr. O clima era bom, as comidas deliciosas e os preços acessíveis. Os trinta dias inicialmente planejados transformaram-se em dois meses no Peru.

O Hemisfério Norte é Logo Ali

Depois de quase cinco horas na fronteira, estávamos liberados para entrar no Equador. Nosso plano original era enviar o carro de navio do Equador para o Panamá. Existia um receio de dirigir pela Colômbia, por conta das FARCs nas áreas mais rurais do país. Contudo, havíamos conhecido várias pessoas que nos disseram ser tranquilo, desde que não dirigíssemos a noite. Na verdade, já tínhamos adotado essa medida desde que fomos roubados no Chile (o fato aconteceu no dia que completamos dois meses de estrada).

O Equador é um país pequeno, e com o preço do diesel subsidiado, fica fácil dirigir por ele todo. Nossa primeira parada foi na cidade de Cuenca, patrimônio da humanidade da Unesco. Bela arquitetura e clima agradável. Em Quito, capital do país, ficamos hospedados pela primeira vez na casa de um seguidor do Viajo logo Existo. Diógenes entrou em contato e se ofereceu para nos receber.

Com ele, não só conhecemos os principais pontos turísticos da cidade, como visitamos um museu construído exatamente sobre a linha do Equador. O passeio é interessante e simbólico.

Uma agradável surpresa

A ideia de dirigir pela Colômbia nos assustava um pouco, mas felizmente não tivemos problemas. Logo na fronteira ficamos fascinados com o lindo santuário de Las Lajas. Seguimos direto para a cidade de Cali, que estava em festa com a classificação da seleção colombiana para a Copa do Mundo no Brasil.

A princípio iríamos só passar por Medelin. Por ser uma cidade grande, torna-se complicada para explorar no formato da viagem que estávamos fazendo. Por outro lado, tínhamos o convite para ficarmos hospedados na casa de uma brasileira e tudo fica sempre melhor com alguém que conhece bem a região.

Depois de uma semana, saímos de lá apaixonados pela cidade.

Atacama a Cartagena

Foram quase três meses dirigindo e mais de seis mil quilômetros rodados. Cartagena é uma cidade encantadora, mas muito quente. Era impossível ficar na rua, principalmente próximo do almoço. Saíamos a noite para caminhar no interior da cidade murada e parecia que estávamos em um filme de séculos atrás. Adoramos!

Apesar da Colômbia ser conectada por terra com o Panamá, não existe estrada ligando os dois países. Essa é uma região chamada estreito de Darien, praticamente intransponível, e por isso foi preciso colocar o nosso carro em um navio. Por sorte, conhecemos um casal mexicano que também estava na mesma missão e dividimos um container.

Atacama a Cartagena

O que foi imperdível nesse trecho?

#1 – No Peru está localizada uma das ondas mais conhecidas do mundo, Chicama. Famosa por sua extensão, com ondas que passam facilmente de um minuto, a região oferece uma experiência única para os surfistas.

#2 – Visite o Parque Nacional de Huaraz e se encante com a natureza intocada da região. No local existem várias trilhas para quem gosta de realmente se aventurar pela natureza.

#3 – A região de Baños, no Equador, localizada na parte central do país, é o destino perfeito para quem gosta de esportes de natureza. Com escaladas, trekking, canoagem, tirolesa, bungee jumping, ciclismo, rafting e muito mais. Tudo isso com um cenário pitoresco ao seu redor. Um lugar que surpreende.

A viagem tem que continuar

Agora a ideia era dirigir toda a América Central até os Estados Unidos. Onde vamos cruzar a América Central toda de carro, passaremos por praias, montanhas, vulcões e alguns apuros. Mas isso é assunto para o próximo post!

Chegou agora e não leu o começo da nossa volta ao mundo de carro? Antes de tudo clique aqui para ler o primeiro artigo.

Depois de dirigir até Cartagena, na Colômbia, chegava a hora de colocar nosso carro dentro de um container e começar a nossa jornada até os Estados Unidos.

Nesse trajeto cruzaríamos toda a América Central e suas belezas naturais. Apesar da Colômbia e o Panamá serem conectados por terra, não existem estradas nessa parte do mundo. A região conhecida como o estreito de Darien é praticamente intransponível e por isso, tivemos que enviar nosso carro de navio para o Panamá.

O Panamá é um país pequeno. Sua capital, Cidade do Panamá, é conhecida como a Dubai das Américas, por conta dos altos prédios que preenchem o skyline da cidade. Fizemos uma rápida visita ao centro antigo, tiramos algumas fotos e seguimos viagem país adentro. Tínhamos pressa para chegar à Costa Rica. Lá, encontraríamos em breve dois amigos que aproveitariam a estrada conosco.

O começo dessa viagem se resumiu em dirigir florestas tropicais adentro e acampar próximo a algumas praias do país. As estradas da região são razoáveis e tudo é muito simples. Devido à falta de tempo, não fomos explorar a bela Boca del Toro e San Blas, na costa do caribe panamenho.

Viver viajando em um carro também te ensina que não é possível fazer tudo. Todos os dias existem dezenas de coisas para ver e conhecer, mas é preciso seguir em frente, senão a volta ao mundo de carro levaria décadas, e não anos.

Verão sem fim

 A Costa Rica é um excelente lugar para quem é amante do surf, como nós. Como era um país que eu, Leo, já havia visitado antes, tudo ficou mais fácil. Na companhia de dois amigos fomos direto para Playa Negra, no norte do país. Essa praia ficou famosa por fazer parte do filme “Endless Summer II” de Bruce Brown, e permeia o sonho de todos os surfistas.

Essa região oferece uma boa infraestrutura em termos de hospedagens, mercados e praias. É fácil para surfistas solitários, casais ou famílias, tem de tudo. Nossa rotina era surfar duas/três vezes por dia, botar o papo em dia, piscina e cama. Foi maravilhoso!

Seguimos para a Nicarágua. Estávamos um passo mais perto de chegar até os Estados Unidos de carro. Assim como na Costa Rica, eu já havia visitado a Nicarágua e isso trazia algumas ideias de onde irímos nos próximos dias. Essa região possui muitas florestas, alguns vulcões, belas praias, comida fresca e sempre bem temperada. Se não fosse pelo idioma castelhano, poderíamos dizer que estávamos no Brasil.

Isolados na Nicaragua

Isolados na Nicarágua

Próximo a Leon, no norte da Nicarágua, existe um vilarejo de praia chamado Miramar. Essa região é remota, simples, perfeita para desligar do mundo e apreciar a paisagem. Ficamos junto com alguns brasileiros que possuem um hotel e mais do que surfar, foi ótimo reconectar com as pessoas.

A viagem de carro é um pouco solitária do ponto de vista social, você vê muitas coisas, mas ao mesmo tempo está sempre de passagem. Sentíamos falta de ouvir as pessoas, nos conectar com elas, entender melhor o dia a dia delas. Em Miramar rolou exatamente isso, fomos acolhidos como uma família e em vez de ficarmos os quatro dias planejados, ficamos um mês. Foi uma experiência inesquecível!

 

Foco na Estrada…

Por conta dessa esticada na Nicarágua, sabíamos que o calendário até os Estados Unidos de carro teria que ser alterado. Agora o foco seria cruzar Honduras, um dos países mais violentos do mundo. Optamos por não passar nenhuma noite no país e seguir direto para El Salvador. Em um trajeto de 4-5 horas de carro fomos parados cinco vezes pela polícia na estrada. Estes sempre em busca de algum motivo para tentar nos tirar algum dinheiro, mas não tiveram sucesso.

Começamos o dia na Nicarágua, passamos por Honduras e dormimos em El Salvador. Com certeza uma das poucas vezes em nossas vidas que visitamos três países diferentes no mesmo dia. Nossa passagem por El Salvador também foi curta. Conhecido por ser um destino ótimo para surfar, as condições não estavam boas e sem muita infraestrutura para acampar, seguimos para a Guatemala.

Viajar de Carro x Turismo

É muito diferente viajar de carro e fazer turismo. De carro acabamos vendo e vivendo uma realidade mais visceral do país, dirigindo entre pequenos vilarejos e regiões mais isoladas. Mas no final do dia precisamos sempre de um lugar seguro para dormir, tomar um banho, um mercado para comprar mantimentos. Quando a região não oferece essas condições, tudo se torna mais desafiador do que o normal.

Em seguida, na Guatemala, visitamos as interessantes Ruinas Maias de Tikal e a simpática cidade de Antigu. Era chegada a hora de passar o primeiro natal na estrada. Para nossa surpresa a cidade estava toda fechada e acabamos dormindo com fome, sem ter o que comer nessa data tão especial.

Seguimos para Belize. Passamos o ano novo na ilha de Caye Caulker. O carro ficou em um estacionamento e nós conseguimos um quarto de última hora na ilha. O dormitório ficava em cima de uma padaria e tinha um ventilador barulhento, mas a visita a ilha valeu e temos boas memórias desses dias no meio do nada.

Chegamos nos Estados Unidos de carro!

Começamos o novo ano dirigindo para Cancun, já no México, e oficialmente na América do Norte. Mais um grande marco atingido em nossa viagem. Para o nosso azar pegamos uma semana de chuva em Cancun e boa parte do charme da região ficou, literalmente debaixo da água. Aproveitamos para ir ao cinema, algo que não fazíamos há tempos. A península de Yucatan é famosa pelas suas praias e pela grande quantidade de ruínas maias. Ficamos impressionados, em especial, com Uxmal e sua arquitetura.

Cruzamos o México da costa leste até as praias de Salina Cruz e Puerto Escondido. Ambos famosos pela qualidade do surf e gastronomia. Seguimos margeando a costa até Acapulco e pelo estado de Michoacan, reduto de carteis perigosos. Em Mazatlán entramos em um ferry que por 15 horas cruzou o golfo da Califórnia até a cidade de La Paz.

Agora vai…

Começava a reta final da nossa jornada até os Estados Unidos de carro. Visitamos a turística cidade de Cabo San Lucas e pegamos praia na linda região de Todos Santos. A Baja California já possui um clima mais desértico, com água fria, dunas, cactos, um cenário bem de filme. Em Bahia Asunción vimos centenas de baleias e mergulhamos com tubarão baleia. Duas experiências incríveis.

A Baja California é linda, mas infelizmente essa é uma zona perigosa e repleta de exército nas estradas. Depois de quase dez meses de estrada, nós entravamos com nosso carro de São Paulo em terras americanas. Um grande feito para um casal que não tinha nenhuma experiencia em viajar de carro….

Quatro praias que nos marcaram

#1 – Playa Negra, Costa Rica

Lugar lindo, com boa infraestrutura e boas ondas – já fomos duas vezes e é perfeito para famílias também!

#2 – Praia San Juan del Sul, Nicaragua

Praia bastante turística, mas com uma vibe super legal. Ideal para quem quer aprender a surfar, ver o pôr do sol e curtir a longa extensão de areia.

#3 – Praia Santa Tereza, Costa Rica

Não foi onde ficamos mais tempo, por que estava muito cheio, mas não podemos negar a sua beleza ímpar. A floresta literalmente invade a praia, criando lugares perfeitos para relaxar na sombra e fugir do calor escaldante do país.

#4 – Tulum, México

Essa é uma região muito bonita em termos de cor do mar, sempre azul clarinho. Mas o que nos chamou a atenção em Tulum foi  sua ruína Maia, na beira do mar, criando uma composição única no local.

A viagem tem que continuar!

No próximo post nós vamos contar como foi cruzar o Estados Unidos da California até a Florida. Destino onde iremos colocar nosso carro em um container e enviar para a Europa. A viagem está só começando!

Perdeu o primeiro capítulo? Clique aqui e leia os relatos na integra.

 

Aconteceu nos últimos dias de outubro, 28 a 30, a primeira UTMB em solo latino. O evento que pode ser considerado como a Copa do Mundo da corrida de montanha, teve sua largada em Mascota, município de Jalisco, costa do Pacífico no México. A cidade  possui uma riqueza cultural imensa e reuniu cerca de 2.500 atletas de 32 países diferentes, e claro, a nossa querida Rosalia Camargo esteve presente fazendo história!

A prova que conta com diversas distâncias – 20k, 55k, 100k e 100m – teve a presença de um xamã mexicano, que cantou e abençoou todos os atletas antes da largada. Com percurso extremamente técnico, o desafio dos 100k atravessou a maior cordilheira do México, a Sierra Madre Ocidental, e teve parte do trajeto em meio a florestas de pinheiros, até chegar ao nível do mar, em Puerto Vallarta.

“Após 3.440m+ e 4.640m- cruzei a linha de chegada em Puerto Vallarta. Os últimos metros corremos pelo Malecon, cercada por caveiras gigantes e centenas de pessoas festejando o Dia de Los Muertos. Que incrível a cultura local, o carinho das pessoas e a riqueza da paisagem Mexicana. Uma prova que vai ficar para sempre na minha memória.” – conta Rosalia, que fechou os 100k do UTMB Puerto Vallarta em primeiro lugar na categoria 40-44.

A REVOLUÇÃO DO TRAIL RUN COMEÇA AGORA!

Quando se pensa em grandes avanços, tecnologia e sustentabilidade, se pensa em The North Face. Com design inovador, grande poder de estabilidade, propulsão e conforto, os novos calçados com tecnologia VECTIV™ foram pensados para melhorar ainda mais a performance de quem quer encarar novos desafios.

 

 

Após dois anos de intensa pesquisa, a Vectiv traz uma revolução para o mundo dos calçados de trail run, hike e trekking. Estamos falando de máxima estabilidade, mínima fadiga e conforto extremo.

A tecnologia da placa 3D VECTIV™ e a entressola VECTIV™ Rocker reduzem o impacto em 10% sem comprometer a eficiência energética. Já o novo solado SurfaceCTRL, proporciona máxima aderência.

 

 

 

 

Quer saber mais? Vem ver!

 

 

A Argentina é um dos melhores lugares para conhecer o mundo das alturas. Na cordilheira dos andes, que é o mais longo complexo montanhoso do mundo, passando desde a Venezuela até a Patagônia e se estendendo por 8 mil quilômetros, encontramos um objetivo: Nevado Quewar, um vulcão inativo em uma região ainda quase intocada. 

Maysa é bióloga, ambientalista e mergulhadora. Se dedica às causas de conservação do meio ambiente com ONGs de resgate de fauna tanto no Brasil quanto na África do Sul. Há anos viaja pelo Brasil e ao redor do mundo para conhecer os diversos ecossistemas e compartilhar seus registros com intuito de tornar a natureza cada vez mais vista e valorizada pelas pessoas.

Já Maria, é fotógrafa e montanhista. Cresceu cruzando as fronteiras do Brasil passando de carro pela Argentina, escalando vulcões, conhecendo lugares fora do convencional e nessa última temporada andina, janeiro 2022, escalou a quarta maior montanha das Américas. Encontra nas expedições a inspiração para produzir imagens sensíveis, profundas e que ressaltam o lifestyle de uma vida outdoor.

Juntas, buscaram englobar todos os ecossistemas, embarcando em expedições que as levem Do Mar à Montanha. 

O grande objetivo  da dupla foi ascender um vulcão de +6000m e descobrir como o o corpo humano se comporta em meio a altitude, reforçando para as mesmas e outras mulheres que também podemos fazer parte desse universo altamente desafiador.

 

Expedição verde 

Conhecer para preservar sempre foi o principal objetivo das duas e nessa jornada não seria diferente. A política de redução de plástico, alimentação vegana em toda a expedição, acondicionamento de resíduos de maneira apropriada para posterior descarte e a adoção de produtos como os da linha ECO da The North Face compunham a expedição. 

“Busquei nessa experiência vivenciar a minha primeira alta montanha mostrando que é possível ascender grandes altitudes, consumindo alimentos 100% vegetais, eliminando o uso de plásticos de uso únicos e usando a minha voz para falar sobre a importância de escalar montanhas de forma sustentável. Por isso, embarquei nessa aventura com a minha jaqueta Carto Triclimate da TNF, feita com poliéster reciclado pós consumo” – Maysa. 

 

 

Maria

”Acredito que sempre aprendemos com as montanhas. Enfrentamos muitos desafios nessa jornada e aprendemos a lidar com o desconforto. Sempre voltamos mais fortes. Não chegamos ao cume em um movimento só, a aclimatação e porteios se faz muito necessária. Subimos e descemos diversos acampamentos que deixavam o corpo mais forte e acostumado. Dar passos para trás também é evoluir!

O cume nem sempre é o alto da montanha, alcançamos os nossos próprios pelo caminho. O meu é sempre no próximo acampamento. Quanto mais alto subimos, a linha do horizonte se expande e assim, podemos ver mais montanhas e novos objetivos.

Companheirismo e boas companhias faz toda a diferença em expedições assim (e no dia a dia). A Maysa me ensinou a pensar nas opções que eu tinha disponível no momento. Bons pensamentos e alcançáveis para cada dia. Cada vez que vou para uma montanha, volto com vontade de alcançar novos cumes.” 

 

Maysa 

 “O que eu aprendi sobre a montanha? Bem, tudo ali era peculiar. Durante a expedição inteira carregamos o peso para o dia de cume. Botas duplas e roupas mais pesadas foram usadas apenas no último dia, mas deviam ser carregadas em todos os porteios. As comidas devem ser o mais leves e o mais compactas possíveis, então, frutas e legumes foram consumidos apenas no acampamento base. Depois, priorizamos tudo o que era em pó e instantâneo. Com o tempo isso enjoa, mas é preciso comer. 

Pelo ambiente ser muito seco e precisarmos de glicose o tempo inteiro nas jornadas, consumimos balas o tempo todo, salivando constantemente e nos mantendo alerta. 

Os bastões de trekking são essenciais para nos ajudar no equilíbrio e manter a postura, que tende a ceder a cada passo pela exaustão. Eu deixei de levar altas quedas no solo íngreme por conta deles. Além disso, muitas vezes entrávamos na barraca para deitar as 16h e só levantar no dia seguinte às 7h. Isso é um tanto quanto agonizante: ficar deitado tanto tempo sem sono e com frio.

Por fim, descobri que a alta montanha exige hidratação constantemente. Tomamos mais de 3L de água por dia, o que nos fazia levantar diversas vezes para fazer xixi na madrugada. Para não congelarmos fora da barraca, fizemos as necessidades dentro dela  em uma garrafa e descartávamos no dia seguinte. Eu usei um funil para me ajudar.”

 

Expedição Nevado Quewar em números: 

  • Trekking total de 70km 
  • Média de 15kg na Cargueira Terra 55L
  • Temperaturas médias de -13C
  • 1.925m de desnível 
  • Altitude campo base 4.200m
  • Altitude cume 6.125m

 

Importância de bons equipamentos 

“Que aprendemos a lidar melhor com o desconforto é um fato. Mas tendo o suporte de bons equipamentos, sempre chegamos mais alto! Exaustão, alimentação, frio e peso excessivo nos puxam cada vez mais para pensamentos negativos. De todas as maneiras possíveis, buscamos o conforto em um ambiente tão inóspito. O uso de boas camadas de roupa nos deixam confortáveis para prosseguir nessa jornada. Ter embarcado para o Quewar com a linha ECO nos provou que podemos fazer uma alta montanha com esse conforto e sem o uso de vestimenta e pluma.”

 

Dicas e Indicações

 

 

 

Camadas de roupas: 

“Cuidamos muito da nossa vestimenta, principalmente em porteios e deslocamentos. Com pouca roupa, acabamos passando frio. Roupa em excesso também é um problema, transpiramos e isso complica posteriormente pois a vestimenta não seca, além de também resultar no frio. Com a Carto Triclimate, pudemos optar pelas duas camadas que tem fácil acesso de corta-vento e HeatSeeker, facilitando esse processo.”

 

 

 

 

  

 

 

Hidratação e alimentação: 

“Um dos sintomas do mal da montanha, é a falta de apetite. Sempre tenha snacks calóricos e de fácil consumo nos bolsos de acesso rápido. Consumimos bastante doces/balas para evitar que a boca ficasse seca, assim, salivamos continuamente.  O principal fator na montanha, é o consumo de água. Ingerimos muitos líquidos durante todo o processo. Desde sopa, chás, sucos e água pura. Mantendo o corpo hidratado, podemos prosseguir.”

 

 

 

 

 

Para mais relatos dessa e novas expedições, acompanhe o time via Instagram: 
@maysasantoro @maria.alberici @franke_henrique @versuseumesmo

 

Dirigir de São Paulo até a Florida nos preparou para cruzar a Europa de carro. Já havíamos passado por mais de quinze países desde que saímos do Brasil. Agora era hora de explorar o velho continente.

O primeiro desafio nessa jornada havia começado ainda na Florida, quando tivemos que entender toda a burocracia que envolve enviar um carro por container em uma viagem transatlântica. O porto de chegada escolhido foi Roterdã, na Holanda. Nosso carro levou praticamente um mês para chegar, e enquanto isso, aproveitamos para conhecer não só a Holanda, como também, Luxemburgo e parte de Alemanha, desta vez, de trem. Foi interessante ter que carregar malas e tudo mais durante esse período.

Assim que tiramos o carro do porto, seguimos para o norte da Alemanha. O plano era visitar a Dinamarca e então começar a descer, sentido Turquia. Queríamos aproveitar o verão europeu mais para o sul, próximo das praias da Croácia e região. Como o trajeto se mostrava seguro, logo na primeira noite de viagem, optamos por pernoitar em um estacionamento de um posto de gasolina.

Devido a grande quantidade de brasileiros que vivem na Europa, foi muito comum sermos convidados para ficar com amigos, em suas casas. Essa fase da viagem nos proporcionou um acesso gigantesco às cultura locais. Foi uma experiência meio que antropológica.

Europa de carro

Europa de carro

Uma rota e dezenas de cidades

Depois de um tempo na estrada ficou claro que se quiséssemos fazer tudo que tem de legal pelo caminho, levaríamos uma vida inteira na estrada. Por isso logo aprendemos que não dá para ver e fazer tudo, nem tínhamos dinheiro para isso.  Após visitar a Dinamarca e Suécia sem gastar nada com hospedagem, só dormindo em postos de gasolina, áreas de descanso na estrada e amigos que nos convidaram, começamos a descer!

É impossível descrever lugar por lugar que visitamos, seria preciso um novo livro! Só na Alemanha fomos em uma dúzia de cidades, de Berlin a Nuremberg. Cruzamos para a República Checa e visitamos a sua bela capital, Praga. De lá, esticamos até a Polônia para conhecer Auschwitz. É interessante compartilhar que muitas pessoas nos disseram para tomar cuidado no leste europeu, e por falta de experiência, tomamos isso como um aviso relevante. Um erro que ficou claro depois que acumulamos mais tempo de estrada. A verdade é que a maioria do leste europeu é até mais seguro do que outras partes famosas e turísticas da Europa. A região oferece ainda uma infinidade de atrações turísticas, culturais e gastronômicas.

Acampando de carro pela Europa

Da Polônia descemos para a Eslováquia, Áustria e Eslovênia. Este último foi uma agradável surpresa! Não tínhamos ideia da quantidade de lagos e montanhas que preenchem o país. É simplesmente maravilhoso. Para quem não conhece, além de ser um dos países mais seguros do mundo, fica ao lado do norte da Itália e a poucas horas de carro de Milão ou Veneza. Vale muito a pena considerar a Eslovênia em seu próximo roteiro.

Cruzamos a fronteira para a Croácia e chegava a hora do nosso primeiro encontro com o mar mediterrâneo. Dormimos na primeira praia que achamos, nem o nome da cidade sabemos. Montamos nossa barraca em cima do carro, tiramos nossas cadeiras e ficamos ali curtindo mais uma conquista do Viajo logo Existo.

O país é um paraíso para quem gosta de praia e cultura. Localizado em uma parte privilegiada em termos de belas praias, a região também tem grande importância para os romanos e otomanos do passado. Ambos deixaram um legado cultural riquíssimo e muito bem preservado até os dias de hoje. O destaque fica com o parque Plitvice e suas dezenas de quedas d’agua. Dubrovnik também surpreende por ser uma cidade murada sobre a água. É linda, imponente, e uma delícia para se explorar caminhando. Europa de carro

Uma EUROPA menos turística

Da Croácia seguimos rumo a Montenegro para conhecer todo o esplendor da Baia de Kotor. De lá, seguimos continente adentro, a próxima parada era Sarajevo, capital da Bósnia e palco de uma sangrenta guerra nos anos 90. Na estrada já é possível ver placas alertando sobre minas terrestres em algumas regiões. A cidade era bonita, mas ainda possuia muitas marcas da guerra. Era um dia chuvoso quando chegamos. Dormimos em um camping simples na periferia da cidade. Com o cair do sol fomos surpreendidos pela chamada da reza nos altos falantes das mesquitas. Aquela era a nossa primeira noite em um país mulçumano e não sabíamos que as mesquitas avisavam a hora das cinco rezas diárias do Islã. Com o passar do tempo, fomos nos acostumamos.

De Sarajevo seguimos para Belgrado, capital da Servia. Chegamos meio perdidos na cidade. Não achamos o hotel que havíamos reservado e ficamos receosos. Como estávamos com aquela ideia de que o leste europeu era perigoso, acabamos cruzando a Servia e a Bulgária sem aproveitar como deveríamos. Uma pena, principalmente por não termos explorado melhor o mar negro e suas lindas praias.

Aos poucos estávamos nos aproximávamos de Istambul, que separa a Europa da Ásia. A cidade é gigante, mesmo para quem viveu a vida toda em São Paulo. Chegamos no horário de pico e acabamos enfrentando um grande congestionamento de carros, algo raro em nossa jornada . O camping  era péssimo e logo mudamos para um hotel no centro da cidade. Istambul tem uma energia vibrante, com mesquitas lindas, comida saborosa e bons preços.

Europa de carro

Um livro em branco

Por fim, uma volta ao mundo de carro é um livro aberto de experiências. Você pode planejar onde dormir, quanto gastar ou quantos dias ficar. Mas, a beleza dessa jornada está no contato diária com as pessoas e seus hábitos. Depois de mais de 18 meses dirigindo nosso carro por dezenas de países, nos tornamos meros expectadores da vida. Passamos dias em patrimônios da humanidade da UNESCO, mas também passamos dias sentados sem pressa vendo o tempo passar. Passamos a exigir menos dos lugares e aprendemos a desfrutar daquilo que nos era exposto.

No próximo post começamos o nosso caminho de volta, rumo ao Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa, localizado em Portugal. Pelo caminho vamos cruzar vários países, dezenas de cidades e claro, construir novas amizades.

Perdeu o primeiro post da nossa volta ao mundo de carro? Clique aqui.

5 dicas para explorar a Europa de carro

Depois de tanto tempo na estrada, dirigindo por dezenas de cidades e explorando as mais belas regiões da Europa, separamos cinco dicas para você explorar o velho continente com o seu carro.

#1 – É muito comum as pessoas alugarem carro na Europa para explorar diversos países da região, porem fiquem atente-se na hora da reserva para as taxas cobradas para o cruzamento de fronteira. Elas variam de empresa para empresa e podem ser bem significativas no orçamento total.

#2 – Cidades como Barcelona, Madri e Amsterdão estão tentando diminuir a quantidade de carros circulando em seu centro, e por conta disso os preços dos estacionamento estão cada mais caros nas regiões centrais. Pagamos quase 200 reais por um único dia em Barcelona no final de 2021.

#3 – Aproveite a liberdade do carro e fuja das rotas mais turísticas. Para cada cidade famosa na Europa, existem outras dez que são tão bonitas quanto!

#4 – Existem centenas de patrimônios da humanidade listados pela UNESCO no continente, use essa lista como referencia para a sua viagem de carro pelos países. As vezes, entre uma cidade e outra, existe algum lugar lindo e que encaixa perfeito para um rápido almoço.

#5 – Fique atento aos preços do combustível, eles variam bastante entre os países, portanto pesquise antes e saiba onde encher o tanque!

Já estávamos na Europa há quase cinco meses. Agora, nossa meta era ir de Istambul a Lisboa. Próximo a capital de Portugal está o Cabo da Roca, ponto mais ocidental da Europa continental. Esse era o nosso primeiro objetivo. Depois, teríamos que pensar um plano para seguir nossa jornada rumo ao continente africano.

Após explorar a histórica cidade de Istambul, era hora de começar a rumar para oeste. A ideia era entrar por terra na Grécia, de onde seguiríamos até Atenas. Estar nessa capital com o nosso carro do Brasil, com placa de São Paulo, tem todo um simbolismo para o Viajo logo Existo. É um daqueles momentos que você reflete sobre onde chegou. Por ali, fizemos uma rápida excursão de navio até Santorini e apesar de ser bonita, não nos impressionou muito. Em compensação, Mateora, cidade famosa pelos seus monastérios no topo das colinas rochosas, é incrível!

Seguimos para a costa, onde pegamos uma balsa de dezesseis horas até a Itália. O país era um dos nossos destinos mais esperados. A Chel pretendia fazer uma grande imersão a gastronomia italiana. Cruzamos de Bari até Napoli e começamos a subir. Passamos pela Costa Amalfitana, Roma, região da Toscana e o norte, em torno de Milão. Já regressamos oito vezes a Itália nos últimos anos e ainda continuamos com uma lista grande de lugares que queremos explorar!

Campeonato mundial de surf 

Agora seguiríamos para Paris. O verão já havia acabado e o frio europeu começava a dar suas caras. Nosso objetivo na França era a costa oeste do país, onde aconteceria a etapa de Hossegor – campeonato mundial de surf. Foi nossa primeira oportunidade de fotografar os melhores surfistas do mundo, em um dos melhores beach breaks da Europa! A França possui uma linda costa no Atlântico, com boas ondas, dunas e uma vida tranquila que mais parece um filme.

Seguimos pelo norte da Espanha cruzando o país basco e suas belas cidades, até entrarmos em Portugal pelo norte. O clima chuvoso não animava muito para acampar. Alternávamos entre hospedagens baratas, campings públicos e casas de amigos. Foi também em Portugal que vimos de perto a etapa do campeonato de surf que rolou na praia de Super Tubos. Nesse ano, Gabriel Medina se consagrou campeão mundial, trazendo o título pela primeira vez para o Brasil. O campeonato foi marcado por excelentes ondas e o publico português lotou a praia torcendo por Medina.  Foi uma experiência única em nossas vidas estarmos presentes no dia deste feito.

E assim, quase que do dia para a noite, cruzamos a Europa, de Istambul a Lisboa. Agora tínhamos que planejar nossa ida para a África!  Decidimos que enviaríamos nosso carro para a África do Sul do porto de Londres, no Reino Unido. Ou seja, ainda teríamos uma longa jornada no continente.

Dezoito dias no Marrocos

Do extremo sul da Espanha existem balsas que conectam os dois países através de percursos diários. O Marrocos foi, até aquele momento da viagem, o destino mais complicado. Trata-se de uma cultura muito diferente do que acostumados. A vida é simples e tranquila por lá. Cruzamos várias cidades em quase três semanas pelo país e o destaque foi a noite que acampamos em nosso carro no Saara. Esse foi mais um daqueles dias que nos pegamos refletindo sobre onde havíamos chegado.

De Barcelona a Londres

Voltamos do Marrocos já no início do inverno europeu, que é também a época mais úmida do continente. Foi uma pena, porque passamos reto por dezenas de belas cidades do sul da Espanha. A Rachel tem uma grande amiga brasileira que vive em Barcelona.  Foi a oportunidade perfeita para revê-la e nos aquecermos um pouco. Barcelona é uma cidade incrível, viva, pujante.  Mesmo no frio as ruas estavam lotadas, as lojas abertas, a cidade iluminada. Adoramos!

Cruzamos o sul da França novamente com tempo chuvoso.  Fizemos uma rápida visita a Monaco, mas os altos preços da região, nos fizeram fugir de lá o mais rápido possível. O mesmo aconteceu na Suíça, depois que pagamos seis dólares em uma lata de coca cola!  Agora era uma linha reta para a Inglaterra, e aproveitamos a época do ano para conhecer alguns dos famosos mercados natalinos do leste francês. O tamanho é impressionante! Dezenas de barracas, lojinhas e comida boa.

Já estávamos na Europa há quase cinco meses, agora nossa meta era ir de Istambul a Lisboa de carro. Próximo a Lisboa está o Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa continental, esse era o nosso

Natal em casa

Chegamos em Londres na véspera do natal. Foi uma sensação estranha cruzar o rio Tamisa com o Big Ben todo iluminado, enquanto dirigíamos nosso carro. Uma loucura! Fomos recebidos por um brasileiro que vive na cidade e ficamos quase dois meses em sua casa. As temperaturas próximas de zero não nos animava muito para viver no carro e depois de quase dois anos de estrada, era preciso esticar um pouco as pernas no sofá.

Esse tempo vivendo “em casa” foi fundamental para recarregar nossas baterias e preparar os próximos passos para explorar a África. Ainda conseguimos um tempo para ir até a Irlanda, Irlanda do Norte e Escócia. Seguiríamos para a África com a sensação de dever cumprido.

Quer acompanhar nossa viagem desde o começo aqui no blog da The North Face? Clique aqui

A Indonésia é um antro de vulcões. Isso porque está localizada no Anel de Fogo, a região mais sismicamente ativa do mundo; é onde 90% dos vulcões ativos do mundo estão. O Monte Agung é o ponto mais alto da ilha de Bali, com 3.142m de altitude e é um desses vulcões ativos do país. Sua última atividade foi em maio de 2019, quando soltou lava e rochas incandescentes, além de cinzas que se espalharam pelas vilas próximas.

Tamanho desafio não é fácil de encarar: o trekking tem 14km de extensão, seu nível é difícil,  e tem duração de 12 a 15 horas entre subida e descida. São aproximadamente 5 a 7 horas para chegar ao topo, numa trilha que inicia as 23h30 para ver o nascer do sol do cume do vulcão. Pesquisando, quase não tem informações sobre o Agung por aí, mas a Luisa Galiza, do Leve na Viagem, subiu o vulcão e trouxe um material em primeira mão muito legal para compartilhar com vocês!

Monte Agung: um trekking espetacular

Informações importantes

  • Cume mais alto de Bali
  • 3142m de altitude
  • Trilha nível difícil superior por ter penhascos e grande exposição
  • 12 a 15hrs de duração
  • Cerca de 15km
  • Altimetria de 2.000m
  • 6 horas de subida íngreme
  • 6 horas de descida íngreme
  • Solo lamacento, com cascalho e escorregadio
  • Caminhada exporta sobre pedras

Sobre o trekking

Primeiramente, é muito importante ir com guia. É um terreno desconhecido, pouco explorado, e ir com quem tem experiência vai tornar tudo ainda melhor. É muito importante levar roupas de frio que sejam resistentes, pois a temperatura é baixa e os ventos, fortes. Além disso, ter preparação e condicionamento físico é imprescindível, já que é uma subida, de fato, bem difícil. Esse, aliás, é um dos motivos de quase não haver exploração turística nesse trekking, além de haver pouca divulgação. Para subir, custa em média $100 por pessoa.

O trekking em si é desafiador. O terreno varia muito entre fértil e arborizado, cascalho com pedras vulcânicas e afins. A subida é bastante íngreme e não te da trégua. São mais ou menos 6 horas para subir, e o fôlego falta. Chegar ao cume, no entanto, é, de fato, recompensador. A vista é surreal! Dá uma olhada:

Interessante observar que, mesmo em se tratando de um vulcão, não é quente; pelo contrário: devido à altitude, faz bastante frio. Além disso, a fumaça que sai de lá não tem cheiro de enxofre, como é comum imaginar.

“Vivenciar uma experiência como essa, de subir o vulcão mais alto e ativo de Bali, transcende explicações. É uma mistura de sentimentos que envolve desafio físico, mental, espiritualidade e magnitude da natureza. Sem dúvida foi o ápice da viagem à Indonésia “ Luisa Galiza

O relato completo está disponível no reels do Leve na Viagem. Se você pretende fazer essa viagem ou tem curiosidade sobre o Monte Agung, vale a pena dar uma olhada!

Dicas importantes

Para esse tipo de aventura, vestimentas de qualidade são imprescindíveis, não só pelo conforto, mas também pela segurança. Subir o Agung e vulcões que não tem neve, mas obviamente altitude, exige o uso de casacos resistentes e anorak para proteger contra vento forte e eventuais chuvas. Um gorro e luvas também são importantes para manter as extremidades aquecidas e, claro, uma bota de alta qualidade para garantir que seu meio de transporte, ou seja, seus pés, estejam seguros.

Aqui vão algumas indicações para essa trilha de arrancar suspiros:

  • Casaco para frio de altitude mediana indicamos o Thermoball que tem ótima resistência para baixas temperaturas, acolchoado e é feito com materiais reciclados!
  • De anorak, a sugestão fica para o modelo Venture!
  • Opções de gorros tem aos montes, fica a seu critério de estilo, cor e design.
  • Diversos modelos de luvas, mas destaque para Etip Recycled e Montana Etip Gore-Tex
  • Por fim, uma boa bota para o vulcão é Hedgehog Mid Futurelight Que Tem Tecnologia Respirável, Impermeável E Ótima Aderência Com Seu Solado Vibram!

 

Lembrando que, para qualquer uma das peças do site ou da loja física, o cupom levenaviagem garante 10% de desconto 🙂