“Correr 160k demanda bastante treino e dedicação. Por isso, sempre escolho provas especiais, que me motivem.” – No texto de hoje, você fica sabendo o que rolou nas 100 milhas da The Canyons do UTMB, que começa e termina no Alabama.  O relato fica por conta da atleta Rosalia Camargo, que viveu com muita emoção todo o percurso.

 

“Faz seis anos que me inscrevo na loteria para correr as 100 milhas da Western States, a prova mais tradicional do mundo nessa distância, localizada na California. Mas, como ainda não fui sorteada, escolhi uma opção que passa na mesma região, a The Canyons, que em 2023 estreou nas tradicionais 100Milhas.

Cheguei animadíssima em Auburn, cidade conhecida como a capital do Endurance. Aliás, não somente eu, como m atletas de diversas partes do mundo. Essa é uma das características das provas do UTMB, elas atraem uma variedade enorme de países.

O dia estava quente, bem fora do convencional para essa época do ano. Foi sob sol intenso que corri grande parte do percurso. Passei por florestas, estradas de asfalto e longas trilhas de single track. O calor era tanto, que mantive a mesma roupa durante a noite. Acrescentei apenas luvas e gorro. Corri o tempo inteiro com o short Movmynt 2.0. A secagem ultrarrápida me proporcionou máximo conforto e zero assaduras. Usar a roupa certa fez toda a diferença.

Outra boa escolha foram os tênis! Usei o Vectiv Enduris 2, que troquei nos 80k por outro do mesmo modelo.  Os calçados me proporcionaram muito conforto, bastante aderência nas trilhas e nenhuma bolha nos pés! Que alegria 🙂

Foi uma prova dura. Dos 278 que largaram, apenas 127 participantes concluíram. Eu fui a 12nd mulher a cruzar a linha de chegada. Senti muita alegria em retornar a Auburn depois de mais de VINTE E SETE HORAS correndo.”

A Patagônia é um ambiente hostil e desafia os mais experientes montanhistas. É preciso checar o prognóstico do clima uma, duas, três vezes e ainda assim, estar preparado para qualquer mudança repentina. Fayson Merege, esteve durante 20 dias explorando as trilhas de Chaltén, a charmosa vila respira o montanhismo!

“A viagem aconteceu em abril de 2023, em pleno outono patagônico. O clima é mais seco e menos chuvoso, com frio mais intenso à noite e sensações negativas. Não poderia deixar de falar dele, O VENTO! É possível enfrentar no meio do percurso ventos de 100km/h ou até mais.

Embora as clássicas trilhas da região não tenham grandes dificuldades técnicas, ter equipamentos certos, faz toda diferença para viver a melhor experiência:

Mochila Hydra 38L: ótima para o day hike. Leve, compacta e com barrigueira, possui seis bolsos para uma distribuição de itens organizados. Na Hydra, ainda é possível acoplar a bag de armazenamento de câmeras profissionais, além de sacos de hidratação, já que possui saída para o canudo.

 

 

 

Mochila Griffin 65L: Ideal para fazer a travessia dos acampamentos. Comporta todos os equipamentos de camping, como barraca, saco de dormir, roupas, comida e equipamentos fotográficos, para os profissionais que registram as montanhas.

Suas alças modeláveis distribuem a tensão nos ombros, que acabam ficando menos sobrecarregados durante as horas de caminhada. A litragem é ideal para uma travessia de cinco dias ou mais e a tecnologia FlashDry acelera a remoção da umidade do costado, permitindo que o corpo se mantenha seco.

 

 

 

Saco de dormir Blue Kazoo: Surpreendente! 700 fill down, aguenta confortavelmente temperaturas entre 0 a -7 graus. Seu limite em emergência e de até -21 graus. Feito com nylon reciclado, possui certa resistência à água, mas não é impermeável. Devendo ser usado apenas no interno da barraca ou alojamentos. O zíper 2/3 facilita o ajuste no corpo e o capuz totalmente isolado, ajuda a selar o frio e manter a cabeça aquecida.

Um erro muito comum na hora de dormir, é entrar no saco de dormir com muita roupa. O ideal é dormir apenas de segunda pele (camiseta e calça) + fleece. Obviamente, não estamos falando de dormir na altitude ou temperaturas extremamente negativas. Lembre-se, o seu corpo produz calor e o saco de dormir é um “isolante” que te mantém aquecido. Ou seja, quanto mais roupa você usar, o calor não passará de maneira adequada por todas as camadas.

 

 

 

Barraca Stormbreak 2: o nome Stormbreak em uma tradução literal é “quebrando a tempestade”, ou seja, a barraca foi projetada para aguentar situações rigorosas e muito vento. Embora seja pensada para duas pessoas, torna-se a melhor opção para aqueles que preferem deixar todos os equipamentos do lado de dentro.

As portas são bem amplas, ótima para cozinhar em frente a ela. Categorizada como três estações, aguenta o clima brasileiro e também o frio patagônico dos Andes.

 

 

 

Assim como os equipamentos técnicos trazem segurança e conforto para o camping, as roupas são essenciais para o dia a dia de trilha. Proporcionam aquecimento e evitam hipotermias. Fator muito importante é o uso correto das camadas. Mesmo que esteja frio, o nosso corpo produz calor durante a caminhada e o suor é inevitável. Por isso, itens de secagem rápida, com boa troca de calor e tecnológicos são importantíssimos.

Espero ter ajudado com essas dicas!

Usando o cupom FAYSON10, garanta10% de off nas lojas e site The North Face. Não acumula com outras ações ativas.”

Imagem – Gabriel Tarso

Para conquistar grandes montanhas, a preparação do corpo e mente, é fundamental. O excesso de altitude, o frio e o ar rarefeito pedem o que chamamos de aclimatação. O processo é indispensável para conquistar o cume de maneira segura.

Quanto maior a altitude que o corpo humano é exposto, menor a pressão atmosférica, por consequência, a quantidade de moléculas de oxigênio produzida terá uma grande baixa. O processo de aclimatação existe, justamente, para suprir essa escassez. As mudanças mais perceptivas nestas circunstancias são o aumento da frequência respiratória, tanto em repouso quanto em movimento e a grande dificuldade para dormir.

Para o topo do mundo, a aclimatação é intensa. Anos atrás, conquistar o Everest era ainda mais desafiador, já que o processo era composto por três ciclos na própria montanha. Isso significa, que muitas eram as vezes que se transitava pela cascata de gelo – primeira e extremamente perigosa parte do percurso rumo ao cume. Nos dias de hoje, a aclimatação é feita através de montanhas adjacentes como a Loeche Pic e seus 6119 metros de altitude.

Imagem – Gabriel Tarso

Carlos Santalena, montanhista experiente, que neste ano tentará conquistar o topo do Everest pela quarta vez, explica: “Seguimos as regras da UIA, que consistem em ascender 400m por dia e a cada 1000m parar duas noites naquela altitude. Esse um processo usado durante a aproximação ao Campo Base, mas também nas subidas rumo aos acampamentos de altura”. O princípio é conhecido como “climb high, sleep low”. Desta maneira, o corpo, aos poucos, vai vivendo o processo necessário de adaptabilidade.

Carlos ainda faz um alerta: “Muito se vê, na atualidade, pessoas menos preparadas, usando o oxigênio suplementar em altitudes menores que seis mil metros. Isso é completamente errado! O uso correto se faz a partir dos oito mil, quando é chegada a zona da morte. Oxigênio suplementar fora de hora, torna a expedição muito mais perigosa. Caso o equipamento falhe, não haverá reserva para a descida, sem contar que o corpo não estará devidamente aclimatado”.

Com burocracia agilizada e expedições que duram em média 40 dias, Sherpas mais focados em esporte e menos em religião e transportes práticos e rápidos por todo território do Nepal, a alta montanha ficou relativamente mais acessível. Mas é importante lembrar que respeitar processos, seu corpo e claro, a montanha, é importantíssimo.

 

Quer ficar por dentro de tudo que está rolando na Temporada dos Himalaias de 2023? Acompanhe o blog da The North Face.

Acervo – Luisa Galiza – @levenaviagem

No último dia 10, a parceira e montanhista Luisa Galiza, que você já acompanha aqui no blog, partiu para mais um desafio inesquecível. Luisa, junto com o time da Grade 6 e acompanhada majoritariamente por mulheres, como Aretha Duarte (primeira mulher negra latino-americana e subir no cume do Everest), fará o trekking do acampamento base do Everest!

O percurso, que dura em média 18 dias entre saída e retorno ao Brasil, é considerado um dos mais bonitos do mundo. A intensa imersão cultural junto com uma paisagem única, atrai pessoas do mundo todo e, engana-se quem pensa que essa trilha pode ser feita apenas por montanhistas experientes. Alguns desafios, como o frio e a altitude, deixam o trajeto mais desafiador, mas o Base Camp é para todos aqueles que tenham um pouco de preparo físico e claro, vontade de viver intensamente.

A rota tradicional do trekking não inclui o pernoite no Campo Base. Porém, Luisa e seu grupo terão o privilégio de juntar-se a grandes expedicionários. Isso porque o time conseguirá literalmente acampar aos pés da montanha mais alta do mundo!

O retorno do time é previsto para 22 de abril e Luisa nos trará um relato completo sobre seus dias acima dos 5000 de altitude, junto com estórias emocionantes presenciadas entre os vilarejos nepaleses.

Acompanhe tudo aqui, no blog da The North Face!

Projeto desenvolvido por Bernardo Fonseca, esportista e empreendedor carioca, visa alertar sobre excesso de lixo na montanha.

 

arquivo Gabriel Tarso

Com um extenso currículo de conquistas no universo outdoor, Bernardo Fonseca, se prepara para mais uma empreitada: chegar ao cume do Everest (8.848 metros) e do Lhotse (8.516 metros), com um intervalo de 24 horas! O feito, conhecido como “doube-head”, é uma conquista inédita para alpinistas brasileiros.

Dessa vez o objetivo não será apenas testar os limites do corpo em um ambiente inóspito. Bernardo usará o desafio técnico para chamar atenção para a vulnerabilidade dos ecossistemas da montanha, em especial, para a questão do lixo que é deixado para trás: “A poluição é um dos maiores problemas da atualidade e chegou ao ponto mais alto do planeta.”, afirma.

A iniciativa deu origem ao projeto The Extra Mile: Every Action Counts, que tem como objetivo levar a bandeira da sustentabilidade para as alturas. “É nossa responsabilidade olhar para os problemas socioambientais e buscar formas de minimizar radicalmente os impactos que causamos no meio ambiente”, afirma o empresário.

Toda a jornada pelo Nepal será registrada pelo experiente fotógrafo e cinegrafista Gabriel Tarso, um dos principais nomes do esporte outdoor no país. Montanhista há mais de dez anos, ele esteve no cume do Everest duas vezes consecutivas, em 2021 e 2022, e agora se prepara para chegar ao ponto mais alto da Terra pela terceira vez e ao topo do Lhotse pela primeira vez.

 

Sobre o lixo produzido na montanha

A cada temporada, cerca de 600 pessoas tentam escalar o Monte Everest. Para cada alpinista, há pelo menos um sherpa que cozinha, transporta equipamentos e orienta a expedição. De acordo com um levantamento feito pela National Geographic, neste período, cada pessoa gera, em média, oito quilos de lixo e a maior parte dele fica na montanha.

No acampamento base ficam as últimas instalações sanitárias, com banheiros em tendas. Desse ponto em diante a questão do lixo vai ganhando grandes proporções, já que durante toda expedição até o cume do Everest e do Lhotse, não há alternativas para o descarte correto de lixo e resíduos. O mais adequado é descer com o lixo produzido, mas boa parte dos alpinistas acaba deixando para trás e atribuem isso ao cansaço físico.

Diante deste cenário, as encostas estão repletas de cilindros de oxigênio vazios, barracas, recipientes de comida abandonados e até fezes humanas. Com as mudanças climáticas, a neve e o gelo derretem e expõem ainda mais o lixo que até então estava coberto. As principais consequências disso são a contaminação dos rios e os riscos à saúde de quem vive na região.

 

The Extra Mile: o que subir, vai descer!

A expedição The Extra Mile começou no dia 07 de abril e deve durar, aproximadamente, dois meses. Durante o ciclo de aclimatação, Bernardo e sua equipe atuarão para causar o menor impacto possível, gerindo o próprio lixo e recolhendo o que for encontrado no caminho. Todo o material será levado até a base do grupo, onde a empresa responsável pela organização da expedição fará a coleta e o descarte correto.

Para Gabriel Tarso, que já documentou outras iniciativas socioambientais, o The Extra Mile será fundamental para propor uma reflexão sobre a relação do ser humano com a natureza: “Falar sobre a poluição que há anos vem causando um impacto bastante negativo nas montanhas também é uma forma de cuidar do planeta e conscientizar as pessoas. Enquanto olharmos para a natureza como algo inferior à nossa existência, e não como parte de nós, do todo, todo o mundo sofrerá com problemas ambientais”.

As imagens captadas farão parte de um documentário que será dirigido pelo premiado documentarista, jornalista e fotógrafo brasileiro Rafael Duarte. Com diversos trabalhos voltados a temáticas ambientais, ele ressalta que as montanhas do mundo inteiro se tornaram ambientes mais frágeis com as mudanças climáticas: “Iniciativas que são criadas para conservar estes ambientes merecem toda a atenção”.

Além de registrar as ações do The Extra Mile, o documentário, que em português se chamará Um Passo a Mais: toda ação conta, mostrará outras iniciativas que já existem e são desenvolvidas na região.

 

Este projeto conta com o apoio da The North Face!

Foto: arquivo pessoal Gabriel Tarso

Que a ascensão ao cume do Everest é muito sonhada e desejada, você já sabe. O número de pessoas que buscam conquistar o topo do mundo aumenta ano após ano.

Mais que uma tarefa espiritual, a alta montanha é uma experiência completa de autoconhecimento, superação e equilíbrio mental. Subir até o topo envolve muito preparo financeiro, físico e claro, psicológico.

Rotas

Saindo do Brasil, os trechos de ida e volta rumo ao Nepal – Katmandu, podem chegar até R$25 mil reais. Já na capital, é necessário tomar um segundo voo com destino a Lukla, Lhasa ou Namche. Para uma versão mais econômica, existem ônibus que levam até Jhiri. De lá, são mais cinco dias extras de caminhada até o campo base.

É lei no país desde 2013, que todo alpinista estrangeiro seja guiado por um sherpa local.  O valor deste, começa em R$18 mil e a maioria dos guias também exigem seguro de evacuação e cobertura médica.

Outra ascensão possível, apesar de complexa e ainda mais desafiadora, é através da face norte da montanha, acessada pelo Tibete. Por vezes, é necessária uma autorização da China, que possui regras extremamente rígidas e burocráticas.

Foto: arquivo pessoal Gabriel Tarso

Rumo ao Topo!

Engana-se quem pensa que o Everest não pode ser alcançado por leigos. Mas para isso, a preparação do corpo e da mente é fundamental.

Após uma profunda avaliação médica, vem a rotina de treinos intensos, sempre com acompanhamento profissional.

A segunda etapa da preparação envolve técnicas básicas de escalada. Cursos ensinam mais sobre o mundo do montanhismo, segurança e utilização de equipamentos.  Já com mais conhecimento sobre o universo da montanha, treinamentos de escalada em gelo são fundamentais.

Se familiarizar com a alta montanha é importante. Viagens guiadas para destinos que tenham neve e certa altitude, faz parte da preparação.

O último passo é o teste de altitude. O saber lidar com a montanha e suas adversidades. Aqui no blog você encontra um material completo sobre essa etapa e todas as outras da preparação para uma grande expedição.

Equipamentos

Cerca de 97% dos alpinistas que desbravam os 8.000 metros do Everest, fazem uso de oxigênio suplementar. O que também gera mais alguns dólares gastos.

Quanto aos equipamentos, a The North Face possui produtos de máxima tecnologia para as situações mais extremas. É indispensável o uso do down suit, botas, camadas de aquecimento, luvas, saco de dormir, mochila técnica e goggles. A linha Summit Series é pensada e desenhada para as situações mais inóspitas e desafiadoras, unindo alta performance com mínimo peso e excelente desempenho.

Foto: arquivo pessoal Gabriel Tarso

Everest 2022 – 2023

A temporada do ano passado terminou com quase 700 cumes alcançados, sendo apenas 50 das ascensões realizadas através do lado Tibetano. Montanhistas de 39 países diferentes conseguiram chegar ao topo.

Foi também em 2022 que a The North Face apoiou a Full Circle Everest Expedition -primeira equipe composta completamente por alpinistas negros a chegar no cume do Chomolungma, como é chamado o Monte Everest pelos locais.

A cada ano a temporada tem um enredo único. Em 2023, o número de mulheres que buscarão seu lugar no topo do mundo quase triplicou, comparado ao ano passado.

Neste ano, pessoas com deficiência também estão ocupando espaço acima dos 8000. Destaque para Lonnie Bedwell, veterano cego da marinha dos EUA, que tentará não somente o Everest como o Lhotse.

Brasileiros no Everest

Aproximadamente 34 brasileiros já estiveram no topo do Everest. Entre eles, está Carlos Santalena e Gabriel Tarso, que enfrentarão novamente o desafio.

Carlos, se conquistar este feito, será o primeiro brasileiro a chegar ao cume do Everest quatro vezes! O montanhista também detém outros recordes. Ele é o primeiro alpinista brasileiro a completar os 7 Cumes, as sete maiores montanhas do mundo, por duas vezes.

Já Gabriel Tarso, fotógrafo e cinegrafista, buscará registros ainda mais únicos em sua terceira ascensão. Sua primeira vez no topo aconteceu em 2021. Gabriel cobrirá toda jornada de Bernardo Fonseca, empresário e triatleta que vive profundamente o outdoor. Bernardo, que já encarou montanhas como Manaslu, Island Peak, Elbrus e Kilimanjaro, assim como Lonnie, encarará Everest + Lhotse, conhecido como double head.

 

Foto: arquivo pessoal Gabriel Tarso

 

 

Quer ficar por dentro de tudo que vai rolar na temporada de montanha 2023?

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“Monte Vinson é a maior montanha da Antártica e certamente um dos lugares mais incríveis que já pude visitar nesta vida. Desde sempre este continente gelado explora o imaginário das civilizações e traz histórias incríveis, de grandes conquistas da época da navegação.

Me lembro que a primeira vez que pousei na Antártica, em 2013, fiquei bastante emocionado, principalmente porque a paisagem quebrava instantaneamente meus paradigmas sobre alta montanha. Em outras expedições, é comum pisarmos em terreno rochoso e observarmos os cumes nevados e esbranquiçados. Lá, pisamos em gelo ainda julgado eterno e observamos os cumes rochosos das montanhas do entorno. Algo surreal, como se estivéssemos em outro planeta. O fato de não ter noite ou escuridão traz algo ainda mais especial. É possível observar o sol e sentir perfeitamente a rotação terrestre.

Desta vez, exatos nove anos após a primeira visita, a logística de voo mudou completamente. Naquela época saíamos do Kazaquistão. O avião era cargueiro e não possuía janelas! Tudo era observado através de uma GoPro fixada do lado de fora da aeronave. Hoje, o trajeto é feito de Boeing 757 com tripulação Islandesa, especialista em pousos no gelo. A grande diferença fica por conta das janelas, que estampam paisagens alucinantes ao longo do trajeto. Vimos o mar, icebergs e montanhas despontando no horizonte.

No dia 26 de novembro chegamos no famoso Union Glacier, um acampamento enorme que dispõe de banheiros, refeitório muito bem equipado, boas refeições, livraria e barracas que mais parecem quartos de hotel. Tudo com extrema organização e controle para manter o ambiente intacto e selvagem, como qualquer montanhista almeja. Graças ao bom clima, às 19h seguimos para o campo base do Vinson. Voamos por 35 minutos no pequeno Twin Otter canadense, que tem capacidade para apenas seis tripulantes.

Assim que chegamos, levamos nossos equipamentos para a barraca e fomos jantar. Um jantar maravilhoso com cordeiro, brócolis, batatas rústicas, ratatouille, salada verde e ainda cervejas e vinho     à vontade. Fomos dormir meia noite com sol a pino. Ter claridade o tempo todo, faz com que nossa mente não entenda o que é noite. Nosso corpo não produz naturalmente a melatonina para que possamos ser induzidos ao sono. Por conta disso, usamos vendas nos olhos para enganar a mente. Para quem já esteve em alta montanha deve ter percebido os sonhos intensos que temos, sonhos que parecem reais e acordamos lembrando por completo do acontecido durante a noite. Isso acontece por conta da intensidade vivida e falta de oxigênio no cérebro.

Acordamos às 9h, como programado, para o café que ainda no campo base o chef prepara. É realmente incrível a logística na Antártica. A qualidade das operações lembra um hotel por alguns momentos. Porém quando colocamos o rosto para fora do refeitório, que possui calefação, nos deparamos com temperaturas gélidas que chegam nos -40 graus!

O dia 28 foi de descanso, observação meteorológica e organização de equipamentos. Aproveitamos para testar nossas vestimentas em uma caminhada de 30 minutos pelo base. Fomos muito bem! Décio é super focado e treinado.  Murilo sempre animado fazendo as imagens e sobrando fisicamente. Nosso guia local, Tom, gente boníssima. Criamos uma grande conexão desde o primeiro dia da expedição.

No dia seguinte, acordamos novamente às 09h. As previsões eram de ventos fortes acima de 50km/h para o dia 01, porém mostrava melhoras e ventos de 30km/h já no dia 02. Com este prognóstico, resolvemos prosseguir até o Lowcamp (2720m). Organizamos e empacotamos todo equipamento – tínhamos aproximadamente 15 kg de carga na mochila cargueira e 15kg no trenó que arrastávamos.

Começamos a caminhar e romper os primeiros metros de desnível. O dia estava aberto e nosso ritmo intenso. Logo sentimos calor e fizemos uma parada para retirar as plumas grandes, que até então não haviam saído de nosso corpo. Seguimos rompendo mais e mais metros de desnível contemplando ora o halo solar de um lado, ora a lua de outro – fenômeno incrível e especial deste pedacinho do planeta. Além desse espetáculo, os enormes seracs (bloco de gelo de grandes dimensões, fragmentado e gretado) deixavam o cenário ainda mais especial.

No total, foram quase cinco horas de caminhada em terreno gretado. Chegamos no acampamento por volta das 19h30 e nos juntamos com outros grupos para o jantar. Uma das coisas mais incríveis de escalar montanha é conhecer pessoas, trocar experiências e perceber muitos novos caminhos e sinapses mentais. Desta vez, fiquei impactado com a estória do Austríaco e do Inglês, que após do Vinson pretendiam fazer caminhando o último grau de latitude para alcançar o polo sul e retornar de vela (kite). Quanto mais montanha subimos, mais descobrimos novos desafios e formas diferentes de explorar cada vez mais seu eu interior. Tenho certeza que estas experiências não nos deixam voltar pra casa da mesma forma que saímos. Voltamos sempre melhores, aprimorados, com mais conhecimento e com uma valorização enorme daqueles que amamos e vivemos juntos!

No Lowcamp há uma pequena sombra entre às 02h30 e 10h30. O que deixa o ambiente externo ainda mais frio, com temperaturas que chegam nos -35 graus. Por conta disso, neste trecho, as atividades começam uma hora depois. As previsões do tempo mantiveram-se erradas desde o início de nossa estádia nesta parte do trajeto. Os fortes ventos nos proporcionaram um descanso forçado de mais um dia.

No dia 03 de dezembro as condições climáticas eram perfeitas. Não havia muito vento e o frio era menos intenso, comparado aos dias anteriores. Tomamos a decisão de subir! 1100m de desnível nos esperava, sendo 800 em cordas fixas com inclinação de aproximadamente 40 graus.  Foram trinta minutos até a base das cordas fixas. Ali, guardamos os bastões de caminhada e seguimos apenas com a piqueta e o jumar. Ao longo da subida fizemos duas paradas para hidratar e comer algo. No horizonte se descortinava um manto de nuvens que se confundia com o gelo onde pisávamos.  A sensação era de estarmos nos céus, algo inexplicável em palavras, mas sensível a nossos olhos e certamente emocionante.

A chegada ao Highcamp foi emocionante. Nos abraçamos, celebramos e logo pegamos pás para poder cavar o local onde ficariam nossas barracas. Preparamos os liofilizados e retomamos a hidratação forte. Vamos para cima!

No dia seguinte, saímos do acampamento rumo ao cume com um clima favorável, sem vento e até caloroso. Há 300m do cume o clima começou a fechar e o frio aumentar. Junto com a mudança climática, vieram as preocupações, sobretudo de possíveis congelamentos – o maior risco dessa expedição. Paramos, hidratamos e adicionamos camadas de pluma no peito e nas pernas, além dos googgles nos olhos. Nos certificamos que nossos rostos estavam inteiramente cobertos por balaclava, buff e gorro. Tom, nosso guia local, nos informou que ao chegarmos na aresta do cume, analisaríamos as condições para seguir adiante, já que o vento poderia nos desequilibrar. Deu tudo muito certo e apesar da velocidade do vento, seguimos. Em trinta minutos estávamos todos no topo do Vinson! No topo da Antártica! Chegar ao cume pode não ser o mais importante, mas é bom demais. Atingir o objetivo é consagrar todo treino feito para chegar até ali.

Começamos a descer com muito cuidado e atenção com as passagens rochosas. Fomos o mais rápido que podíamos para sair daquela zona de exposição. Após uma hora de descida, já tínhamos deixado o vento forte para atrás e agora era só glaciar abaixo até o acampamento.

O Vinson é uma montanha longa. São 8km de subida e 8 de descida, com trecho técnico exposto apenas nos 100m finais, que torna a subida ainda mais apimentada. Fizemos os 16km em 8h26min, rompendo 1100m de desnível e 1444m de altimetria. Um dia duríssimo, talvez um dos dias de cume mais duros que já guiei, sobretudo pelo momento final e a decisão de continuar. Afinal, poderia existir risco de congelamentos, mas ao mesmo tempo, o vento estava no limite do aceitável. Chegamos de volta ao acampamento, descansamos, comemos uns liofilizados americanos, que são muito saborosos. Agora, meia-noite escrevo para eternizar este dia e relembrar todos os detalhes.”

Ela é aventureira, apresentadora, palestrante e agora representa o Brasil no EC50.

 

A médica Karina Oliani, está entre os exploradores que impactaram o mundo positivamente com seus feitos corajosos e inspiradores.  O reconhecimento vem do Explorers Club, instituição internacional fundada em 1904 com o objetivo de promover estudos de campo multidisciplinares e explorações científicas.  O EC 50, premiação que será entregue em abril nos EUA, existe desde 2020 e Karina é a primeira brasileira entre os agraciados.

Karina é sinônimo de pioneirismo. Dentre suas grandes conquistas, em 2013 foi a brasileira mais jovem a chegar no cume do Monte Everest pela face sul. Já em 2017, desbravou a face norte do gigante nepalês. A junção destas explorações lhes concedeu o título de primeira mulher latino-americana a conquistar a montanha mais alta do mundo, por seus dois lados. No ano de 2019, a médica escalou o K2, montanha mais desafiadora do mundo.

E não para por aí! Aventura e adrenalina regem o cotidiano de Oliani, que tem também passagem no Guinness World Records, como a primeira pessoa a cruzar o maior lago de lava do planeta – um vulcão ativo na Etiópia. Mas, nem só de aventura vive Karina. Ela foi a primeira médica latino-americana a se especializar em Wilderness Medicine (Medicina Selvagem) pela WMS e atua como voluntária em comunidades isoladas e carentes ao redor do globo desde 2006.

No pior momento da pandemia do Covid 19, Karina prestou serviços em hospitais de campanha em São Paulo.  A médica coordena trabalhos humanitários em países como Nepal, Tanzânia, Etiópia, Ruanda, Uganda, Fiji, Venezuela, Índia além de áreas carente nos rincões brasileiros.

Com Andrei Polessi, Karina fundou o Instituto Dharma (2016) organização que tem como objetivo levar medicina especializada e de qualidade para as áreas mais remotas. A médica também é fundadora e a 1a presidente da ABMAR – sociedade médica quem tem entre as suas missões disseminar a Medicina Selvagem e de Aventura entre as principais universidades do país.

A especialista já lecionou em algumas das maiores escolas de medicina do Brasil e do mundo (USP, UNIFESP, Harvard, International Congress Surfing Medicine, World Extreme Medicine, etc). Atualmente, faz parte do corpo clínico do Hospital Albert Einstein, o mais importante da América Latina.

Como se não bastasse, Karina fundou a Pitaya Filmes, onde cria, escreve, dirige, produz e edita programas de televisão.

 

O novo capítulo da vida de Karina começou há menos de um ano. Sua maior aventura e maior conquista – Kora. Mais do que a maternidade, Karina mostra ao mundo que a mulher pode e merece ser reconhecida em toda sua trajetória: “ser mãe, não é e nem será um obstáculo, mas com certeza o início de uma aventura cheia de lições e legados.

Qual seu próximo destino?? Os últimos feriados foram bem agitados. Por isso, que tal uma seleção de lugares para aproveitar com máxima paz e tranquilidade?

Descanse sua mente!

Florianópolis

Florianópolis faz sucesso por ser bastante democrática. Não à toa é conhecida por Ilha da Magia; tudo ali é incrível e capaz de proporcionar momentos de relaxamentos únicos! Praias lindas, uma diversidade enorme de ambientes, de restaurantes, bares… Floripa é uma ótima pedida para quem quer descansar em meio a uma natureza incrivelmente única.

Você não precisará de muito. A ilha da Magia tem um clima calmo e as vezes até rústico, dependendo do bairro que escolher se hospedar. Regiões interessantes para se conhecer é Campeche, Armação, Ribeirão da Ilha, Santo Antônio de Lisboa e Rio Tavares.

Pensando em vestuário, um corta vento para esse destino é interessante, por conta da frequência e intensidade dos ventos. A jaqueta resolve é um modelo coringa para várias ocasiões, seja na cidade ou na natureza. Ela é resistente até a clima de montanha, já que é 100% impermeável.

Amazônia

Viajar para a Amazônia é uma experiência sem igual. É, de fato, um lugar em que o contato com a natureza absurdamente gigantesca traz momentos inesquecíveis. Na Amazônia, é possível conhecer as belezas naturais e urbanas de Presidente Figueiredo, uma das cidades mais famosas do estado do Amazonas, ou ir diretamente para a Selva Amazônica e explorar vivências únicas. O Leve na Viagem tem um roteiro bacana de 7 dias pela Amazônia; não deixe de conferir!

Sentir a paz e descansar no pulmão do mundo é uma sensação única! A floresta é úmida e densa, e por isso um Hyper de manga longa é imprescindível para se proteger dos mosquitos e das plantas da mata. Além da proteção FPU 50, a cor preta é indicada para não sujar fácil em meio às aventuras selvagens.

Serra da Mantiqueira

A Serra da Mantiqueira é uma região lindíssima do Brasil. Localizada no sudeste brasileiro, a cadeia montanhosa conta com cidades de três estados (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais). É uma opção de viagem excelente para casais, famílias, ou só para quem busca um destino serrano de tranquilidade e muitas belezas.

Para aproveitar bem as montanhas que ali deslumbram, estar bem agasalhado, é obrigatório. Um sistema de três camadas é adequado e as jaquetas Triclimate são especialistas nisso. Confortáveis e versáteis. Além disso, incluir uma segunda pele ajuda seu corpo a se manter aquecido embaixo da jaqueta.

Dentre as cidades que compõem a Serra da Mantiqueira está Visconde de Mauá, nossa próxima dica!

Visconde de Mauá

O município do Rio de Janeiro é uma opção muito charmosa. De ecoturismo, tem diversas opções de atividades na natureza, como trilhas e cachoeiras, mas também tem uma parte urbana linda, com vilas que têm uma arquitetura antiga belíssima de admirar.

Seja para relaxar no cachoeira ou em um bom restaurante tomando um vinho, Visconde de Mauá pode ser bem fresquinha. No inverno o frio é mais forte, então ter um fleece em mãos é sempre uma boa pedida. O modelo Osito é extremamente charmoso! Ele é interessante pois serve tanto para a cidade quanto para atividades outdoor. Além de lindo, tem várias cores para montar o look ideal.

Barra de Mamanguape

Por fim, esse distrito paraibano, no nordeste brasileiro, é o destino que vai te proporcionar tranquilidade e um pôr do sol inesquecível. Por ser uma área de proteção ambiental, tem uma natureza única, que vai encantar os turistas com praias lindas. Além disso, conta com um povo extremamente receptivo, que faz com que a viagem seja ímpar.

Por ali, é possível comer muito bem, descansar com os pés na areia ou passear de barco. É uma opção perfeita para quem quer algo rústico, com menor índice de turismo, mas com muita beleza.

Relaxar nesse cantinho da Paraíba é para poucos. Por ser nessa região, já é de se esperar um calorão daqueles! Se proteger bem da radiação solar é necessário. O boné Horizon, além de ter grande variedade de cores, é feito com Nylon reciclado e possui um sistema de secagem sustentável, sem uso de aditivos para facilitar o transporte do suor da pele! É ou não é incrível?

A Ilha do Campeche é um paraíso natural localizado na costa de Santa Catarina, no sul do Brasil. Com praias de areia branca, águas cristalinas e uma exuberante vegetação, a ilha é um destino muito procurado por turistas em busca de um refúgio tranquilo e de muita beleza natural. Hoje, abordaremos como chegar à Ilha do Campeche e o que fazer no local.

Como chegar à Ilha do Campeche

A Ilha do Campeche fica localizada a cerca de 1,5 km da praia do Campeche, em Florianópolis. Para chegar até lá, é necessário pegar um barco que faz o transporte de turistas até a ilha. Existem várias opções de empresas que oferecem esse serviço, com saídas diárias durante a alta temporada. 

O passeio até a Ilha do Campeche dura em média 30 minutos e é possível escolher entre barcos maiores, que comportam mais pessoas, ou lanchas, que oferecem um serviço mais exclusivo e personalizado. Além disso, é importante lembrar que a Ilha do Campeche é uma reserva natural e, por isso, o número de visitantes é controlado. Portanto, é recomendado reservar o passeio com antecedência para garantir sua vaga.

O que fazer no Campeche

Ao chegar à Ilha do Campeche, o turista é recebido por uma das mais belas paisagens do litoral brasileiro. A ilha é cercada por águas cristalinas e suas praias são de uma beleza estonteante. Além disso, a ilha possui um rico patrimônio arqueológico, com inscrições rupestres que datam de mais de cinco mil anos.

Um dos principais atrativos da Ilha do Campeche é a trilha que leva até a Praia da Enseada, uma das mais belas do local. Durante o percurso, é possível avistar a fauna e flora locais e apreciar a vista panorâmica da ilha. Outra opção é alugar um caiaque ou stand up paddle e explorar as águas calmas que rodeiam a ilha.

Além disso, a Ilha do Campeche possui um centro de visitantes que oferece informações sobre a história e a fauna e flora da ilha. É possível realizar uma visita guiada e conhecer mais sobre o patrimônio arqueológico da ilha, bem como sua rica biodiversidade.

Em resumo, a Ilha do Campeche é um destino imperdível para quem busca beleza natural e tranquilidade. Com sua exuberante vegetação, praias paradisíacas e patrimônio arqueológico, a ilha oferece um passeio inesquecível para quem quer conhecer um pouco mais da história e da natureza do Brasil. Você pode ler mais sobre a Ilha do Campeche no artigo do Leve na Viagem, da Luisa Galiza, uma das embaixadoras The North Face.

Pode passar a noite na Ilha do Campeche?

Atualmente, não é permitido pernoitar na Ilha do Campeche. Isso significa que, para aproveitar o melhor da ilha, os turistas precisam se hospedar em Florianópolis ou em cidades vizinhas e realizar um passeio de barco até a ilha. No entanto, existem algumas opções de hospedagem próximas à praia do Campeche, de onde partem os barcos até a ilha.

É importante lembrar que a Ilha do Campeche é uma reserva natural e, por isso, é necessário respeitar as normas e regras locais. É proibido acampar na ilha e é recomendado levar apenas o essencial durante o passeio. Além disso, é importante respeitar o meio ambiente e deixar a ilha como você a encontrou, para que as próximas gerações também possam desfrutar de sua beleza natural.

 

Dicas finais para a Ilha do Campeche

Para conhecer esse destino paradisíaco você precisa de roupas leves e com proteção UV. Para quem for mais sensível ao sol, uma camiseta Hyper Tee de manga longa ajuda bastante! Se acaso você não se incomoda tanto com o sol, vai de manga curta e não precisa se preocupar com o calor porque a tecnologia FlashDry da Hyper faz com que você fique menos molhada com a capacidade de absorção do suor!

Para compor o look, um short Wander preto básico ou ainda o MovMynt são lindas opções para arrasar em seus passeios pela ilha. 

Além disso, não esqueça o boné ou chapéu pra proteger do sol que nasce atrás da ilha e quando sobe, não perdoa! O modelo Recycled tem proteção FPU 40 e tecnologia FlashDry, absorvendo a umidade e deixando você mais sequinha. Além dele, o clássico boné Horizon com estilo e praticidade e sua secagem sustentável também é uma excelente opção.

Você pode finalizar o look com os chinelos base camp, super estilosos e que sobressaem na cor da areia, ótimo para fotos com realce, ou você pode também ir de papete, que é sempre uma coringa!

Lembrando que com o cupom de desconto levenaviagem você garante 10% de desconto em qualquer um dos produtos do site, online ou em lojas físicas, exceto em outlets.

Para o mês da mulher, um pouco de inspiração do nosso time fantástico!

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Maureen Beck 

Alpinista americana e especialista em escalada adaptativa, Maureen ou Mo – como é conhecida no mundo climb – compara o esporte a um grande quebra-cabeças. Segundo ela, cada pessoa tem um jeito e um corpo único, portanto, cada um tem sua própria maneira de escalar e claro, cada montanha tem seu formato, também único, para ser desvendado. Entre tantos quebra-cabeças, Mo foi deixando grandes marcos no decorrer de sua trajetória até os dias de hoje.

Destaque para a rota 5,12 em Boulder Canyon, Colorado. A atleta passou mais de 6 meses, tentando até oito vezes por dia e falhando, antes de finalmente resolvê-lo. A solução envolveu enfiar o que ela chama de “toco” em uma fenda de cerca de duas polegadas de largura. Com o balanço do próprio corpo sobre a rocha, Maureen conseguiu pegar o próximo apoio. O final do desafio lhe rendeu o doc “Stumped”, que narra sua ascensão a pentacampeã nacional e bicampeã mundial.

Maureen preside o Comitê de Paraescalada da USAC. Por meio da organização, sem fins lucrativos, Paradox Sports, divulga a escalada adaptativa e apresenta o esporte à pessoas com deficiências.

 

 

Marie-Louise Lusamba Nkashama 

Cineasta e alpinista, em 2021 Marie recebeu seu BFA em produção de cinema / televisão na NYU Tisch School of the Arts na cidade de Nova York! Seus projetos exploram questões relacionadas à identidade e à busca da individualidade. Entre um filme e outro, a jovem descobriu também em NY sua segunda paixão: a escalada. Foi também no ano de 2021 que Marie-Louise tornou-se a primeira atleta negra patrocinada pela The North Face: “Eu realmente acredito que posso alcançar qualquer coisa que definir, eu tenho que acreditar.”

 

 

 

 

 

Kit DesLauriers 

A lista de feitos de Kit é de encher os olhos de qualquer pessoa. A esquiadora tornou-se em 2006 a primeira mulher a esquiar os sete cumes, ou seja, as sete montanhas mais altas de cada continente! A Cordilheira Brooks, no Alasca, também foi dominada por seus esquis, incluindo o pico mais alto da região. Kit é uma máquina de encarar desafios. Mãe de dois filhos, a atleta foi a primeira mulher a escalar e esquiar sozinha o Grand Teton e Gannet Peak.

Membro da The North Face Global Athlete Team desde 2005, Kit permanece na vanguarda do montanhismo de esqui. Além do esporte e família, a atleta usa seu tempo e energia para proteger o Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico, que ela chama de “o lugar mais bonito em que já estive”.

 

 

 

 

 

Jess Kimura 

Denifir Jess Kimura é difícil, mas podemos dizer é uma das snowboarders mais influentes da última década.

Seu  impacto atinge todo o esporte. Isso se aplica desde a organização dos eventos de base, que apoiam jovens snowboarders, até a conquista do Transworld Snowboarding Rider’s Poll Awards várias vezes. Jess ganhou praticamente todos os prêmios em seu gênero, mas é sua personalidade única e autêntica que rende sua base de fãs. Inspiram-se em sua coragem para enfrentar lesões, sejam elas físicas ou psicológicas.  Surf, skate e violão também ficam entre suas atividades prediletas.

Jess destaca-se por conseguir fazer seus próprios registros, sejam eles na cidade ou montanha. Não  atoa, foi premiada diversas vezes por seus filmes, estes sempre com grande espaço para jovens que querem se dedicar tanto ao esporte, como ao cinema.

 

 

 

Fernanda Maciel 

Brasileiríssima, a ultramaratonista Fernanda Maciel cresceu em uma família de campeões de artes marciais. Antes de se descobrir na corrida, a atleta foi lutadora de capoeira e campeã brasileira de jiu-jitsu. Toda essa garra que ganhou na luta, hoje é aplicada para vencer grandes corridas e estabelecer recordes de velocidade nas montanhas mais altas do mundo.

Fernanda foi a primeira mulher a subir o Aconcágua, maior pico da América do Sul. Em 2017,  estabeleceu mais um recorde feminino subindo e descendo o Monte Kilimanjaro.

Fluente em quatro idiomas, a atleta também é formada em direito e por anos exerceu sua profissão com foco na área ambiental. Fernanda carrega sua paixão por proteger o meio ambiente até os dias de hoje. Seu projeto pessoal, White Flow, documenta uma série de corridas icônicas que promovem questões ambientais e sociais em todo o mundo.

 

 

 

 Dawa Yangzum

Dawa Yangzum cresceu em uma vila no Himalaia sem eletricidade e água corrente. Aos nove anos já sabia que um dia chegaria ao cume do Monte Everest. Dawa realizou seu sonho aos 21 anos e tornou-se a primeira mulher nepalesa – uma das pouco mais de 100 mulheres em todo o mundo – a ganhar o título de elite do montanhismo, certificação da Federação Internacional de Associações de Guias de Montanha.

Dawa também fez parte da primeira equipe feminina do Nepal a chegar ao cume do K2.

 

 

Nunca paramos! Temos a capacidade de fazer diversas atividades ao mesmo tempo.

Superamos limites, dificuldades e vamos além! Somos o que quisermos ser!

International Women’s Day – WE NEVER STOP

 

Por Fernando Chevchuk

“Antes de pousar em Quito, capital do Equador, já é possível visualizar alguns vulcões cobertos de neve ao redor da cidade, precisamente 84 em todo território. Eles são divididos entre extintos, adormecidos, potencialmente ativos, ativos e em erupção. O mais impressionante é que o país tem vulcões com todas as classificações! Cada vulcão tem a sua personalidade, humor e estado de espírito. Isso torna esses gigantes de lava e gelo, formações especialmente únicas.

É também impressionante ver tantas pessoas vivendo próximo aos vulcões. A população tem como sua maior fonte de renda a agricultura e isso só é possível pois as grandes erupções fornecem cinzas ricas em minerais que fertilizam o solo. Ao longo do tempo, a terra é reabastecida com mais minerais tornando-se cada vez mais rica e produtiva.  Em minhas observações, notei que Quito é atravessada por diversas falhas geológicas. Além disso, a cidade fica em um planalto Andino e próximo a ela está o Rucu Pichincha, o primeiro vulcão da minha expedição.

Acessível e o mais visitado, Rucu possui um teleférico que leva até a parte alta da montanha (quatro mil metros de altitude), depois é só seguir por uma trilha que é bem demarcada. Nessa altitude é notável a mudança na vegetação. Lá do alto, é possível observar a caldeira que colapsou durante sua última erupção e causou a destruição de Quito, em 1859.

Ao chegar na Reserva Ecológica do Vulcão Illiniza, fui recepcionado pela formação de seus dois picos – Illiniza Sul e Norte. Antigamente os picos compunham uma única formação rochosa, mas suas erupções acabaram dividindo a grande montanha em duas partes. Moradores e guias locais contam que antes do colapso essa era a maior montanha da América, ultrapassando até mesmo o Aconcágua.

O Illiniza Sul é uma montanha técnica e exige experiência. O fato de ser 119 metros mais alto que sua irmã Norte, faz com que receba todos os ventos do Sul, mantendo seu glaciar e deixando o cume sempre nevado. O Illiniza Norte tem uma formação de rochas magmáticas com um tom amarelado, devido a quantidade de enxofre e outros produtos provenientes das erupções. O percurso leva em média oito horas entre subir e descer.

A próxima parada foi o vulcão Cayambe, terceiro maior do país. A escalada não durou muito. Devido a uma grande tempestade, tivemos que descer por conta do risco de descargas elétricas. Do alto, podia ver as inúmeras lanternas das outras expedições regressando ao refúgio. Era o último dia do ano e mesmo sem chegar ao topo, a felicidade estampava o rosto do grupo por ter vivido essa experiência incrível e poder voltar em segurança.

O Chimborazo era o próximo da lista. Com 6263 metros é o maior vulcão do país e é conhecido também como a maior montanha do mundo por ter seu cume como o ponto mais distante do centro da Terra. Não consegui chegar ao refúgio base por conta de uma nevasca e a quantidade de gelo depositada na estrada.

A expedição durou ao todo 14 dias. Conseguimos escalar com sucesso quatro dos seis vulcões que faziam parte do planejamento. Claro que isso não impediu a diversão e a vontade de explorar.

Saindo do Parque Nacional do Chimborazo, fui para Baños, uma cidadezinha aos pés do vulcão Tungurahua conhecida por oferecer diversos esportes radicais e agradáveis termas. Fizemos um trekking de 12km imersos a Amazônia Equatoriana. No final do percurso, é necessário atravessar o rio Pataza. A travessia é feita em um “tarabita” – teleférico um tanto quanto rudimentar em forma de cesto, que nos proporciona uma visão privilegiada do vale.

A escalada do dia seguinte foi a do Vulcão Antisana, assustadoramente lindo e imponente. A Reserva Ecológica do vulcão, é composta por grandes planícies chamadas de Páramo e uma vasta diversidade de animais selvagens. Pelo caminho algumas bombas vulcânicas (massa de rocha fundida de magma lançada por erupções vulcânicas que se solidifica no ar antes de tocar o solo).

Essa montanha tem uma escalada técnica que requer experiência, pois o caminho é cheio de fendas, pontes e paredes de gelo. Sabia que ali não era um lugar para dar margem para erro em hipótese alguma.

Era meia noite quando saímos para ataque ao cume. A noite estava linda e a lua cheia nos acompanhou em todo o caminho. Ao adentrar no glaciar me impressionei com a quantidade de gretas e paredes verticais logo no início da escalada, mal sabia que ia ser assim até o final! Por ser um vulcão pouco visitado, o caminho acaba sendo apagado pela neve e assim temos que subir abrindo a trilha. Pela primeira vez tive a oportunidade de escalar um vulcão sozinho, pois nesse dia não tinha outros grupos realizando a escalada. Foi um grande privilégio poder realizar essa ascensão!”