O Deserto do Atacama, no Chile, é cheio de atrações incríveis. As opções de trekkings disponíveis na região agradam aos mais diferentes estilos e gostos e proporcionam aventuras interessantes em níveis de dificuldade. Um dos hikings mais conhecidos e imprescindíveis para quem vai ao Atacama é a subida do Vulcão Lascar.
Ter a oportunidade de ascender a um vulcão ainda ativo não é o tipo de experiência que se tem todos os dias. Por isso, este passeio é tão especial. Sem contar a paisagem incrível, que garante a energia e o fôlego extra para superar os efeitos da altitude e alcançar a cratera do Lascar com seus incríveis 750 metros de diâmetro a 5.600 metros de altitude.
Preparação
Antes de decidir subir o vulcão é preciso ter dois cuidados essenciais: contratar um guia e aclimatar. Apesar de ser considerado um hiking de nível de dificuldade fácil, por ser pouco técnico e consideravelmente rápido, os efeitos da altitude deixam toda a missão muito mais complexa.
Ter um guia ou fazer a subida com um grupo garante uma segurança maior de que se você sofrer os efeitos da altitude, sentindo dores de cabeça, fadiga, falta de ar e até mesmo ânsias, terá alguém por perto para ajudar. Além disso, é muito importante já estar aclimatado a altitude. Para tanto, bastam alguns dias no Atacama, em que outros trekkings e passeios tranquilos podem ser realizados.
Outro detalhe importante: as refeições no dia do hiking e no dia anterior. Para evitar problemas de digestão, evite comer carnes e alimentos muito pesados. Aposte nos carboidratos para ter mais energia, evite bebidas alcóolicas e se hidrate muito bem, tanto no dia anterior, como durante a caminhada.
Os guias costumam levar os aventureiros de carro até os pés do vulcão. Logo ali os turistas já se deparam com a Laguna Lejía e um cenário incrível. Este é o incentivo perfeito para encarar a subida. A caminhada até a cratera do Lascar pode levar de 3 a 5 horas. A descida é bem mais rápida e costuma ser feita entre 1 e 2 horas.
O que levar?
Independente da época do ano, na região do vulcão é sempre frio e tem muito vento, o que deixa a sensação térmica ainda menor. É claro que durante o inverno as temperaturas são muito mais baixas, mas, até mesmo no verão é preciso estar equipado com camadas de aquecimento e proteção.
Dependendo da estação escolhida, as camadas de isolamento térmico podem variar, mas tenha sempre:
Conjunto de baselayer: Como o nome já diz, a calça e a camiseta segunda pele vêm em contato direto com a pele e é a primeira camada de isolamento térmico. Além de proporcionar aquecimento, elas são feitas com tecido tecnológico, que absorve e maximiza a evaporação do suor, deixando a pele sempre seca e protegida.
Fleece: O fleece é a camada que vem logo após a segunda pele. Este casaco leve e de tecido extremamente macio também possui tecnologia de secagem rápida.
Jaqueta térmica: Essa é a camada com maior capacidade térmica. O ideal é usar uma jaqueta em pluma de ganso ou Thermoball. Ambas as tecnologias de isolamento são altamente eficientes, leves e respiráveis.
Jaqueta impermeável: As jaquetas impermeáveis não protegem apenas da chuva. Elas também garantem proteção total contra os ventos, que são muito fortes e intensos na região do Lascar. As jaquetas impermeáveis são chamadas de “shell” justamente porque são usadas como a última camada de proteção.
Calçados para trekking: Mesmo sendo uma caminhada de nível fácil, é muito importante usar calçados apropriados, principalmente por causa dos desníveis e pelos obstáculos no caminho. As botas são mais indicadas, mas se você preferir um tênis, também estará protegido e confortável. Não se esqueça de optar por botas um número maior do que o normal e de usá-las com meias apropriadas.
Acessórios: Gorros, luvas e óculos de sol são essenciais. Dependendo da intensidade dos ventos e da temperatura, você também pode precisar de uma balaclava, pescoceira ou uma bandana para proteger o nariz e a boca. Bastões de trekking também são bem-vindos e muitas agências de viagem oferecem a opção de empréstimo aos seus clientes.