Quando você decide fazer uma trilha de longa distância, existem vários cuidados que devem ser tomados antes e durante o trekking. Se preparar fisicamente, escolher exatamente quais roupas e equipamentos levar para que a bagagem não fique pesada e planejar as refeições e hidratação da viagem são alguns dos itens mais essenciais para que a trilha seja bem-sucedida. Nós já demos as dicas de como trabalhar o corpo e a mente (clique aqui para ler o post completo) e hoje nós vamos focar na alimentação!
O norte-americano Lee Welton é personal trainer e também o responsável pelo site Trailside Fitness, que compartilha dicas de saúde especificamente para quem faz trilhas. Recentemente, Welton deu uma entrevista à REI com sugestões de refeições para quem pretende fazer uma trilha de longa distância. As dicas foram realmente testadas por ele e por sua esposa enquanto percorriam a clássica PCT. Alguns dos principais pontos abordados por ele foram os seguintes:
- Evite as besteiras
É muito comum e aparentemente mais fácil encher a mochila com doces e alimentos super industrializados. Muitos trilheiros acham que o açúcar refinado contido nesses doces é uma fonte rápida de energia e, de fato, é. O problema é com a mesma rapidez que a energia chega ela também vai embora. Para resolver esse problema, invista em alimentos altamente nutritivos, carboidratos complexos, grãos integrais etc. Além disso, ter uma alimentação pobre em nutrientes vai deixar a sua mente confusa e desejando mais alimentos deste tipo e a recuperação do corpo durante os dias na trilha e pós trilha também será muito mais lenta devido ao déficit de vitaminas e minerais.
- Foque no simples
Comer na trilha não é algo tão complexo quanto parece. Na verdade, é justamente o contrário. Quanto mais simples e naturais forem os alimentos, mais nutritivos eles tendem a ser. Algumas sugestões versáteis para ter sempre na mochila são: frutas e legumes desidratados, grãos integrais (ex. granola), pasta de amendoim, chocolate amargo, óleo de coco, entre outras coisas.
- Aproveite bem as cidades por onde passar
Antes de se entregar a um hambúrguer gigante ou a um prato enorme de comida acompanhados de um refrigerante ou cerveja nas paradas, tente fazer uma refeição de alto valor nutricional com alimentos que dificilmente você consegue na trilha. Iogurtes, queijos, bebidas fermentadas e probióticas são algumas opções. Esse também é o momento exato para consumir vegetais e frutas frescas. Eles vão ajudar o seu organismo a funcionar melhor durante os dias que seguirão e também lhe trarão mais saciedade antes de você iniciar uma refeição mais pesada.
- Mantenha o ritmo nos passos e nas refeições
Segundo Welton, o ideal é comer a cada 90 minutos, mesmo que você não esteja com fome. Faça as principais refeições (café, almoço e jantar) com mais valor calórico e nutricional e separe pequenos lanches para ir comendo durante o decorrer do dia. A hidratação também precisa ser constante. Não espere até ter sede para beber água, pois esse já é um sinal de desidratação.
- O que comer nas principais refeições?
Welton faz uma lista do que ele costuma comer nas principais refeições:
– Café da Manhã: É o momento de comer mais carboidratos complexos, que serão digeridos lentamente e vão proporcionar energia pelo decorrer do dia. Ele sugere: granola, aveia e/ou pão integral. É possível acrescentar frutas desidratadas e leite em pó, para garantir um pouco mais de gordura e carboidrato à refeição.
– Almoço: Neste momento, a dica é buscar alimentos que garantam proteína e gordura. É possível preparar uma refeição usando alimentos desidratados, principalmente carnes ou cogumelos, que podem ser combinadas com diversos tipos de carboidratos e gordura boa, como azeite ou óleo de coco.
– Jantar: No fim do dia é hora de focar em alimentos que ajudem na recuperação muscular. Algumas sugestões são: feijão, algum tipo de carne ou outra proteína, couve, alho, curry etc. Além de ajudar na fadiga, o alho e o carry, por exemplo, têm capacidade anti-inflamatória e colaboram também para aumentar a imunidade.