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O Monte Everest é uma das montanhas mais famosas do mundo, mas ultimamente tem sido destaque devido às toneladas de resíduos sólidos e dejetos humanos encontrados no local. A cada ano, aumenta mais o número de visitantes na montanha. Em 2018 cerca de 57.000 trekkers passaram pelo Everest. Devido à alta incidência de pessoas, o lixo tem se tornado um problema. Para se ter ideia, em 2017, alpinistas recuperaram cerca de 25 toneladas de resíduos sólidos. Em 2019, uma expedição de limpeza organizada pelo Nepal recolheu por mais 11 toneladas de lixo e quatro corpos.

Para conscientizar a população mundial sobre o atual cenário do lixo no Monte Everest, a influenciadora digital Mariana Britto convidou o empresário Caio Queiroz – que está há mais de 20 anos trabalhando com sustentabilidade e educação ambiental e é fundador da Mídia Sustentável – para registrar em forma de documentário os aspectos ambientais inerentes à trilha. “Eu tive a sorte de contar com o apoio do Caio Queiroz e a viagem acabou se tornando um projeto. A Mídia Sustentável veio com o propósito maior ainda: registrar em formato de série/documental os aspectos e impactos ambientais da trilha do Base Camp do Everest. Os amigos acompanharão de perto as gravações que, sem dúvidas, levarão muita alegria e força para concretizar o projeto”, conta Mariana Britto. “O nosso principal objetivo é realizar uma aventura para promover o consumo consciente e o descarte adequado de resíduos durante toda a viagem, caracterizada por um meio ambiente frágil e com grande número de turistas o ano todo”, completa Caio.

O documentário será exibido online e off-line, o veículo de exibição está sendo negociado e em breve será anunciado. Ele contará com imagens nunca exibidas dos resíduos largados na trilha, além de entrevistas com os responsáveis da coleta de lixo na montanha e pessoas que fazem a diferença nessa região tão inóspita. “Vamos vivenciar cada etapa da viagem com o mínimo de impacto ambiental possível, ajudando a promover a sustentabilidade e a busca por ações que colaborem com a melhoria da região. Dessa forma, pretendemos deixar um legado de educação ambiental e um manual de práticas mais responsáveis na montanha, para os futuros exploradores interessados no turismo local do Nepal e arredores”, acrescenta Caio Queiroz.

Para a Mariana Britto, o problema no Everest ainda é difícil de ser resolvido pelas características geográficas da região, que torna inviável a coleta desses resíduos em alguns trechos da trilha. “Por esse motivo, é muito importante realizarmos ações de conscientização, para evitar que os turistas esportivos deixem mais lixo para trás, poluindo cada vez mais as trilhas da montanha”, alerta.

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Foto:
Toomas Tartes/Unsplash – Creative Commons

Cronograma

A equipe vai iniciar a expedição no dia 14 de outubro de 2019 e a viagem terá duração de 20 dias. “Vamos percorrer 90 km e 13 trilhas, na presença de um guia experiente e cinco amigos aventureiros”, explica Queiroz. O trajeto terá como ponto inicial Lukla, com destino ao Base Camp do Everest, considerada a trilha mais alta e mais difícil do planeta.

Além da influenciadora digital Mariana Britto e do especialista em sustentabilidade e educação ambiental Caio Queiroz, o grupo que vai para o Base Camp no Everest conta com Carlos Santalena – montanhista que já alcançou três vezes o topo do mundo – e o cinegrafista Gabriel Tarso, além de outros participantes. No total, a viagem será realizada por uma equipe de 9 pessoas.

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Foto:
Sebastian Pena Lambarri/Unsplash – Creative Commons

Inteligência Artificial

Com o investimento de R$ 150 mil na expedição e no documentário/manual, a ideia é divulgar o material para agências que exploram região, além das mídias sociais. “Nosso objetivo também é chamar a atenção de empresas do setor de sustentabilidade e reciclagem para que abracem a causa e invistam na estrutura para controlar o lixo”, salienta Queiroz.

“Estamos trabalhando para realizarmos uma expedição incrível e com um material de qualidade. Tenho como expectativa que o documentário seja exibido e que cause um impacto positivo nas pessoas. Esperamos despertar uma consciência ambiental em cada um que for impactado pela nossa ação para que, dessa forma, consigamos promover uma melhoria em nossa qualidade de vida e das futuras gerações”, aponta Mariana Britto.

Depois disso, pensando também na melhoria das pessoas que querem visitar e escalar a montanha, a dupla irá desenvolver uma ferramenta de inteligência artificial denominada BOT para dar suporte aos montanhistas. “A ideia é facilitar a caminhada daqueles que desejam subir a montanha, mas ainda apresentam dúvidas. A AI é uma forma fácil e moderna de auxiliar quem deseja, em qualquer momento”, finaliza Queiroz.


Escrito por

Thaís Teisen

Jornalista, formada pela FIAM-FAAM, com especialização em Mídias Digitais pela Universidade Metodista de São Paulo. É apaixonada por esportes, natureza, música e faz parte do time The North Face de Conteúdo Digital.