Uma epidemia de febre amarela obrigou a prefeitura e o governo de São Paulo a fecharem dois parques estaduais e outros 13 parques municipais na região da zona norte da capital paulista. A decisão tem como intuito prevenir e proteger a população de um surto de febre amarela que já ocasionou a morte de dezenas de macacos na cidade e em outros municípios do interior do estado.
O Parque Estadual da Cantareira está entre os locais interditados pela prefeitura. Localizado na região da Cantareira, o parque é considerado a maior floresta urbana do mundo, com 7.900 hectares de Mata Atlântica. Além de ser abrigo para diversas espécies de animais, inclusive alguns ameaçados de extinção, o Parque da Cantareira conta com diversas trilhas, que atraem corredores e aventureiros de toda a capital paulista.
Prevenção
De acordo com o Governo do Estado, pelo menos, 15 municípios tiveram as ações de vacinação contra a febre amarela intensificadas. Apenas no interior, mais de 860 mil pessoas devem ser vacinadas. Na cidade de São Paulo, 37 Unidades Básicas de Saúde estão trabalhando com ações intensivas para atender a população que quer se proteger contra o vírus. A expectativa é de que a campanha imunize 2,5 milhões de pessoas.
Apesar de ter ocasionado a morte de muitos macacos, a febre amarela não é transmitida através dos primatas. Eles são apenas vítimas do mosquito transmissor, que também atinge os seres humanos.
Sobre a vacina
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), basta tomar a vacina apenas uma vez para ficar imune ao vírus por toda a vida. Antes, a recomendação nacional era de tomar uma dose a cada dez anos, mas a nova medida, que entrou em vigor neste ano seguindo as orientações internacionais, determina vacina única. Portanto, pessoas que foram vacinadas contra a febre amarela quando eram bebês, não precisam repetir a dose.