Mais uma grande história foi construída na temporada de alta montanha de 2022. Foi no cume mais alto do mundo que o time da Full Circle Everest Expedition, junto com mais oito guias Nepaleses, deixaram seu grande marco. Estamos falando da primeira equipe composta completamente por alpinistas negros a chegar no topo do Chomolungma, como é chamado o Monte Everest pelo povo Tibetano.

O grupo se encontrou no final de março com destino a cidade Lukla, onde iniciaram a preparação rumo à Base Sul do Everest. Com acampamento montado em elevação de 17.598 pés/ 5.364 metros, era só esperar o clima ideal para iniciar a ascensão que fora concluída após 36 dias, com muito sucesso no dia 12 de maio.

Entre os alpinistas que chegaram ao topo do Everest estão Manoah Ainuu de Bozeman, Montana; o alpinista queniano James KagambiRosemary Saal de Seattle; Desmond “Dom” Mullins, da cidade de Nova York; Abby Dione de Fort Lauderdale, Flórida; Eddie Taylor de Boulder, Colorado; e Thomas Moore de Denver.

Esse grande time de escaladores traz para todos nós uma nova percepção do montanhismo, uma nova fase muito necessária em qualquer movimento outdoor: a fase da inclusão! Os sherpas, que sempre fazem parte de qualquer escalada, tiveram também seu reconhecimento evidenciado de maneira justa. Tudo isso nos inspira, e inspira principalmente pessoas negras, a abraçar novos desafios e grandes aventuras.

A The North Face fez parte dessa expedição revolucionária! Para saber mais, conheça a  FULL CIRCLE EVEREST

Backstage | Pedra do Santuário @marisaad @romuloarantesneto

Estar no mundo Outdoor é criar memórias, é ter histórias para contar. É ficar em contato com a vida de um jeito muito mais livre, mais inspirador. Sair do automático e se jogar em uma atividade nunca feita antes, traz magia, brilho nos olhos.

A The North Face proporcinou para um casal super especial o gostinho do que é viver profundamente a natureza. Convidamos Mari Saad e Romulo Arantes para um dia de escalada. Foi na Pedra do Santuário – região esculpida com belas rochas, na Serra da Mantiqueira – que os dois puderam sentir o nosso lema “Never Stop Exploring”!
A paisagem vista lá do alto compensou totalmente o desafio de chegar até o topo. No final do dia, os dois já estavam animados para marcar a próxima aventura!

Backstage | Pedra do Santuário @marisaad @romuloarantesneto

Aproveite você também, a data mais romântica do ano para viver novas experiências e criar momentos inesquecíveis com quem se ama!

Viva o Outdoor e seja gentil com o meio ambiente, ao lado da sua melhor companhia.

Há mais ou menos um mês, divulgamos via Instagram que o alpinista e parceiro Moeses Fiamoncini encararia o Annapurna e seus 8091 metros de altitude rumo ao cume.

Neste post você encontra o relato super detalhado, preparado por Moeses, de tudo que foi vivido nessa expedição. Os detalhes são de arrepiar e emocionar. Confira!

Annapurna 2022

“Muitos artigos sobre o mundo do alpinismo descrevem o Annapurna e o K2 como as montanhas mais perigosas do mundo. Cada alpinista terá sua própria história com elas. Eu fiz o K2 sem oxigênio na minha primeira tentativa e acabo de tentar o Annapurna pela segunda vez, sem sucesso. Ou talvez, deveria dizer com sucesso, pois voltei com vida.

Estava a apenas duas horas do cume – 7.900 metros – quando fui pego pelo mal da altitude. Comecei a sentir confusão mental, tontura e dificuldade para andar. Além dos sangramentos no nariz. Era 09h da manhã, esperei por duas horas sentado, embora soubesse que os sintomas não iriam passar. Nessa situação, existem duas alternativas: você desce e rapidamente fica bem, ou você continua subindo e assume os riscos. A decisão de descer é mais difícil do que escalar qualquer montanha. Enquanto permanecia ali sentado com minha ilusão de que meus sintomas pudessem simplesmente desaparecer, dois alpinistas que também não levavam oxigênio passaram por mim e me incentivaram a continuar subindo. Foi doloroso, mas peguei toda a minha frustração e decidi descer.

Dois dias depois, com um clima péssimo, cheguei ao campo base pela noite. Na manhã seguinte, dia 30 de abril, o helicóptero de resgate estava à procura dos dois alpinistas que passaram por mim. Após chegarem ao cume, eles tiveram dificuldade de voltar ao campo 4 por conta de uma tempestade com ventos de 60km/h e não puderam encontrar suas barracas. Ambos sofreram severos efeitos de frosbite. Entendo a decisão deles de continuar subindo, entendo como ninguém! Os dois são excelentes alpinistas, com larga experiência. Escolhi voltar e não os julgo.

O que faltou a todos nós que não usamos oxigênio, foi aclimatação. Quando se fala em Annapurna e aclimatação, fala-se de uma longa história que envolve a geografia e o clima impiedoso dessa montanha.  Para ficar mais claro, podemos fazer uma comparação com o K2, que tem 8.611 metros de altitude. O K2 é a segunda montanha mais alta do mundo, enquanto o Annapurna, com 8091 metros, é apenas a décima.

O campo base do K2 está localizado a 5 mil metros de altitude, já o do Annapurna está a 4.100. No K2 resta, portanto, uma altimetria de 3.611 metros a ser vencida. No Annapurna, essa altimetria passa a 3.991. Ou seja, temos a nossa frente um paredão de praticamente 4 mil metros a ser escalado! Não é uma parede qualquer, pois se compõe de trajetos muito arriscados. Tão arriscados, que dificultam seriamente a aclimatação dos alpinistas.

A travessia entre o campo 2 e o campo 3 é o trajeto mais complexo, com paredes de gelo muito íngremes, rota de frequentes avalanches e deslizamentos de seracs. Há outra rota? Sim, ainda mais perigosa! Isso faz com que nós alpinistas não passemos dos 5.500 para aclimatar, quando o ideal seria fazermos rotações próximas aos 7 mil metros de altitude. Falando a verdade, essa travessia é uma verdadeira roleta russa.

Concluída essa etapa que exige toda nossa força física e psicológica, chegamos finalmente ao campo 3, que deveria ser uma espécie de oásis após toda a dificuldade para chegar ali. Mas ficou longe de ser. Nesta etapa, as barracas são montadas mais ou menos a 6.200 metros sobre um glaciar com blocos de gelo instáveis. “Dormimos” ouvindo o ruído constante do gelo se quebrando. O Annapurna é um fenômeno da natureza, tamanha sua beleza, mas não dá uma trégua sequer.

Se temos um campo 3 montado em torno dos 6.200 metros, o campo 4 é dividido entre 6.700 e 6.900 metros. Quase todos do grupo, inclusive eu, ficamos no campo de 6.700. Isso significa que nos restou uma altimetria de 1.400 metros para o ataque ao cume, trajeto que envolve novas paredes íngremes a serem escaladas e neve, muita neve!

O Annapurna fica em uma posição geográfica em que recebe muito vento e frequentes nevascas, além do frio excessivo. A montanha parece possuir seu próprio microclima. As temperaturas nesta época do ano no campo 4 variam entre -35/-45 graus. Tudo isso diminui nossas opções de lograr alguns dias seguidos de tempo bom para tentarmos chegar ao cume, o que chamamos de “janela”.

No dia do ataque ao cume, o tempo estava realmente bom, com sol e pouco vento. Mas tempo bom em alta montanha nunca dura muito. O dia mais lindo do mundo pode se transformar em uma tempestade avassaladora em poucos minutos. Foi exatamente isso que contribuiu para que meus amigos alpinistas se perdessem na montanha durante a descida. Ambos passaram duas noites perdidos na montanha sob tempestade, acima dos 7 mil metros. É incrível o fato de estarem vivos.

Esse relato, ainda que tenha sido longo, foi um pequeno resumo dessa experiência que foi o Annapurna esse ano. Voltarei ao Annapurna em algum momento da minha trajetória. Todos os anos muitos outros alpinistas tentarão chegar lá. Só posso desejar a todos nós, muita sabedoria e muita sorte.”

 

Moeses Fiamoncini

Temporada de Montanha no Brasil – Conheça a Chapada Diamantina

A temporada de montanha no Brasil começou no último domingo, dia 01 de maio. Para inspirar você a planejar sua próxima aventura o quanto antes, juntamos algumas dicas essenciais para conhecer um destino incrível: a Chapada Diamantina!

Localizada no interior do estado da Bahia, a Chapada traz um roteiro completo de muita natureza. O tempo mais seco nessa época do ano (abril a setembro), torna o destino perfeito para quem procura se desligar completamente da rotina e ritmo dos grandes centros urbanos. Então, reserve ao menos uma semana das suas férias e prepare-se para conhecer paisagens inesquecíveis.

 

Como chegar?

A principal porta de entrada da Chapada é a cidade de Lençóis, localizada a 430 quilômetros de Salvador, capital da Bahia.

Para quem procura acesso rápido a cidade, existem dois voos semanais que saem de Confins, em Minas Gerais. Programando a viagem com antecedência, é possível achar passagens com preços não tão salgados.

Já a maneira mais comum de chegar a Lençóis é via transporte terrestre. Existem companhias de ônibus que saem de Salvador ou se você for mais hardcore, é possível locar um carro na capital e se aventurar entre a BR 324 e BA 144. O tempo médio do percurso é de sete horas.

Existem outras bases que também dão acesso à Chapada, são elas: Vale do Capão, Mucugê, Andaraí e Ibicoara.

 

O que fazer na Chapada Diamantina?

O Destino que mescla história com cenários maravilhosos é ideal para quem busca turismo de aventura. O tédio passa muitooo longe da Chapada. Por lá, existem trilhas desafiadoras, cachoeiras de lavar literalmente a alma, poços de águas cristalinas e incríveis cavernas!

 

Trilha do Vale do Pati

“Fazer o Pati” é viver o interior da Bahia. O passeio que renova suas energias, junta trekkings, cachoeiras e o contato que deixa saudade com o povo nativo que vive por lá. Neste passeio, a barraca não fará parte do seu check-list. Após um dia intenso d

e muita caminhada, é possível ficar hospedado na casa das poucas famílias que moram na região. É garantido uma boa cama, junto com uma boa refeição, sem falar que o ecoturismo aplicado dessa maneira ajuda bastante os moradores do Vale. O roteiro mais comum e que tem em média 20km de caminhada diária pode ser realizado de várias maneiras e costuma durar de três a sete dias.

 

Morro do Pai Inácio

 

 

 

Ícone da Chapada, o Morro do Pai Inácio é quase que um passeio obrigatório! Os 500m de muita subida proporcionam um visual insano. A dica é assistir ao pôr do sol lá do alto. Vale lembrar que a entrada ao Morro é paga e só pode ser feita até as 17h.

 

 

 

 

 

 

Poço Encantado e Poço Azul

Os fachos de luz que entram pelas frestas das grutas do Poço Encantado e Poço Azul já se transforaram em cartão postal da Chapada. O visual deste passeio tem dia e hora certo para acontecer, fique atento! O período mais seco da região trará fortes raios de sol para os poços e os deixará ainda mais bonitos, se é que é possível. O Poço Encantado, mais distante de Lençóis (140km), pode ser apenas observado, já o Poço Azul tem o banho e flutuação inclusos no passeio. A dica extra aqui é planejar sua estadia na Chapada dos Veadeiros fora de grandes feriados, assim será possível viver intensamente cada momento sem um volume muito grande de turistas na região.

 

 

Cachoeiras, cachoeiras e mais cachoeiras!

 

 

 

 

O Parque Nacional da Chapada Diamantina possui cerca de 360 cachoeiras catalogadas. Por isso,

não faltará opções para conhecer. A cachoeira da Fumaça e Buracão são sem dúvidas as mais conhecidas e não deixam nada a desejar. Mas diante de tantas quedas d’água, uma segunda visita à Chapada será necessária e muito bem-vinda

 

 

 

 

O que levar?

Estar devidamente preparado para a temporada de montanha, faz toda diferença na hora de conhecer um novo destino. A Chapada Diamantina possui uma beleza sem igual, mas traz grandes desafios dependendo dos passeios escolhidos.

Bonés e Chapéus

Proteger o rosto do sol intenso é muito importante! Prefira sempre tecidos leves e com proteção solar.

Camisetas UVA/UVB

Como a ideia aqui é conhecer a Chapada em seu período de seca, usar camisetas com proteção solar é muito importante, ainda mais quando falamos de Bahia. A secagem rápida se faz necessária para aumentar seu desempenho nas trilhas mais longas e garantir máximo conforto.

Calças Convertible

Calças que viram bermuda? Isso mesmo! Alguns passeios podem ter vegetação mais intensa e fechada. As calças convertible tem função de proteger suas pernas não só de arranhões como também de animais peçonhentos que podem ser encontrados no caminho.

Botas e Tênis para trekking

Bota ou tênis? A dúvida sempre existe. Pense que com bota a estabilidade é maior, o que faz toda diferença em trilhas longas. Já os tênis são ótimos para pequenas caminhadas.

O calçado adequado faz toda diferença. Não existe uma regra do quão maior um tênis de trilha deve ser em relação ao quanto você calça. O ideal é que se tenha uma folga na frente de um dedo, pelo menos. Essa folga previne machucados e dá um espaço para os pés que costumam inchar durante o trajeto. Fique atento também a meia escolhida. Meias adequadas para trilhas previnem bolhas e aumentam o conforto durante a caminhada.

Os calçados impermeáveis são uma boa pedida. Manter os pés sempre secos também faz toda diferença.

Jaqueta impermeável

As noites costumam ser mais frescas e pedem um conforto térmico na medida. Já os passeios que incluem cachoeiras pedem uma proteção extra. Impermeabilidade e respirabilidade são fundamentais.

Mochila de Ataque

Os passeios pedem uma mochila leve e confortável para que você carregue seus objetos com segurança, mas não machuque suas costas. As mochilas de ataque tem a estrutura e o peso ideal para longas caminhadas. As litragens podem variar de acordo com sua necessidade. Mas lembre-se menos é sempre mais!

  • Roupas de banho
  • Chinelos
  • Garrafas de água
  • Protetor Solar e labial
  • Lanterna de cabeça
  • Repelente

 

Quer saber mais sobre equipamentos necessários para curtir a temporada? Nosso site e lojas estão abastecidos para te atender da melhor maneira!

Na última semana aconteceu a One Hundred Caminho do Ouro em Paraty, e contou com uma presença ilustre: Rosalia Camargo. Após uma prova dura, ela terminou o desafio na terceira colocação.

Ela que é mãe, arquiteta, escritora e trail runner, dividiu com a gente um pouquinho que como foi a experiência, confira:

“Desde 2011 no trail run posso dizer que já sou uma atleta com experiência. Mas o que me mantém motivada a continuar treinando? São exatamente as provas de 100 milhas!! Para muitos parece uma “loucura” correr 160k.


Quando converso no escritório recebo olhares assustados e perguntas do tipo… em quantos dias? Dorme onde? Como vai ao banheiro?

Mas a verdade é que quando estou correndo tudo passa em um tempo diferente, cercada pela natureza sigo energizada pelo pôr do sol, pela beleza do céu repleto de estrelas. São pequenas coisas que vão transformando a corrida em algo mágico.

As 100 Milhas da One Hundred Caminho do Ouro foram mais duras do que eu imaginava, mas valeu cada passo! Acertei no equipamento (levei quatro pares de tênis), na alimentação e na estratégia.

Feliz em completar minha oitava prova de 100 milhas!! Agora é descansar e em breve começar um novo ciclo de treinamento :)”

Se você já assistiu a minha lista anterior, aqui vão alguns filmes irados que não ficaram tão famosos, mas são incríveis!

 1 – GERAÇÃO LENDÁRIA 

O nome diz tudo! 

Muitas vezes desconhecidos pela comunidade de montanha, essas ”lendas” elevaram a escalada no Brasil na década de 80. Grandes nomes que com muita humildade seguem escalando forte e abrindo vias até hoje!

Dois escaladores nesse vídeo já foram indicados ao Piolet D’Or, considerado o Oscar da escalada mundial. Flavio Daflon e Sérgio Tartari foram os primeiros brasileiros a concorrer ao prêmio pela abertura da via Samba de Leão, no Fitz Roy.

2 – SANGUE LATINO 

O verdadeiro Big Wall brasileiro 

4 brasileiros e 1 argentino se juntam para abrir um Big Wall (modalidade de escalada que leva dias a ser finalizada) na Pedra Baiana, quase na divisa entre MG e ES. Foram 10 dias ininterruptos de conquista para vencer os 800 m da via!

3 -The Pathan Project 

Fugindo das grandes produções norte americanas

Junte uma equipe com integrantes da França, Bélgica e Argentina. Adicione um vale com montanhas rochosas virgens do Paquistão e teremos um filme divertido, cheio de imagens incríveis.
Se você assistiu aos clássicos filmes de montanha americanos: Free Solo, Dawn Wall, Master of the Stones, Reel Rock… Pathan Project vai ser totalmente diferente!

4 -The New Kid

Uma mulher entre as lendas

Imagine ser convidada para integrar uma expedição para a Antártica com seus ídolos, tanto da escalada, quanto da fotografia. Foi exatamente isso que Savannah Cummins realizou em 2017. A expedição para Queen Maud Land contou com a presença de nada menos que: Alex Honnold, Jimmy Chin, Conrad Anker, Cedar Wright e Anna Pfaff. Quer saber o saldo da expedição? Clica no play e encante-se!

5 -Patagonia Promisse

Um pouco da história da maior escaladora brasileira 

Como comentado no #1, infelizmente aqui no Brasil muita gente desconhece a história dos feitos de nossos conterrâneos. Na minha opinião, Roberta Nunes foi de longe a maior escaladora que o Brasil já teve. Audaciosa e destemida, se entregou de corpo e alma para o esporte. Infelizmente Robertinha nos deixou no dia 18/07/2006, mas seus feitos ainda ecoam por aí…

Apaixonada pela Patagônia, local onde escalou por diversas vezes, dizia que gostaria em sua morte de ser cremada e que suas cinzas fossem espalhadas por lá. Mantendo sua promessa, seu namorado Sean Leary embarca para a Patagônia afim de cumprir sua promessa.

Bônus – A Line Across the Sky 

A escalada impossível?

Escalar o Fitz Roy na Patagônia Argentina é considerado um grande feito. Seu clima instável e seu nível de exposição faz com que os escaladores aceitem o risco de escalar uma montanha imponente, com seus mais de 1.500 m verticais de granito.

Agora imagine ”linkar” todos os cumes de sua cadeia em uma empreitada: mais de 4000 m de escalada, 7 cumes, pouco equipamento e muito risco. Em fevereiro de 2014 Tommy Caldwell e Alex Honnold completaram em cinco dias a Travessia do Fitz e entraram mais uma vez para a história do alpinismo. Já em 2015 venceram o Piolet d’Or por seu grande feito.

Bônus – Cerro Torre: A Snowball’s Chance In Hell

Outra escalada impossível!?

O filme acompanha a jornada de David Lama, na época com 22 anos, foi grande promessa da escalada. Seu objetivo é escalar em livre (não utilizando pontos de apoio artificiais, apenas seu corpo para progredir) a via do Compressor no Cerro Torre, considerada até então uma das mais difíceis do mundo!

Bônus – El Capitan’s Golden Gate ft. Emily Harrington

Mais um super escaladora! 

Emily Harrington é uma esportista super completa! Já escalou praticamente de tudo, graças a sua força e foco Nesse vídeo, sua missão é a via Golden Gate em livre, em nada menos que o El Capitan. Essa rota possui 900m verticais, 36 cordadas diversas e sua graduação em livre chega ao 9o grau!

Enjoy, galera! 😉

Quando se pensa em grandes avanços, tecnologia e sustentabilidade, se pensa em The North Face.

Com design inovador, grande poder de estabilidade, propulsão e conforto, os novos calçados com tecnologia VECTIV™, foram pensados para melhorar ainda mais sua performance durante toda trilha, graças a maximização de energia entre as passadas.

Após dois anos de intensa pesquisa, a VECTIV™ traz uma revolução para o mundo dos calçados de trail run, hike e trekking. Estamos falando de máxima estabilidade, mínima fadiga e conforto extremo.

A tecnologia de placa 3D VECTIV™ e a entressola VECTIV™ Rocker reduzem o impacto em 10% sem comprometer a eficiência energética. Já o novo solado SurfaceCTRL, proporciona máxima aderência. Vale ressaltar que todo processo de produção foi criado em laboratório e testado por nossos atletas!

Mantendo a temática revolução e inovação, alguns calçados VECTIV™ possuem cabedal construídos em malha Matryx.  Este material possui fios de Kevlar que é resistente à abrasão e altamente durável,  retém água, é altamente respirável e garante um apoio superior. Tem um ajusto semelhante à uma meia.

 

It’s about pushing the world, and exploration forward.

 

Dia Mundial da Floresta, Dia Mundial da Água, Dia Mundial da Terra… muitas datas importantes foram criadas ao longo dos anos para que o cuidado com o meio ambiente nunca caia no esquecimento. Nutrir essa consciência já faz parte da nossa história e do nosso DNA. É sempre revigorante ter grandes inspirações para cuidarmos cada vez mais do lugar onde vivemos, pensando nas gerações futuras. Com foco total dessa vez no Brasil, e no quão importante é sua fauna e flora em um contexto geral para o mundo, trouxemos um exemplo incrível a ser acompanhado e tomado como base: Onçafari.

Criada em 2011, a associação contribui para que onças pintadas e outros animais, como o lobo-guará, tenham sua existência garantida através de um grande trabalho de monitoramento dessas espécies. Aliando ecoturismo e educação ambiental com conservação da biodiversidade, o Onçafari contribui e muito no desenvolvimento socioeconômico de várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste: a vida selvagem atrai o turista, que por sua vez ajuda a melhorar a economia da região. Isso faz com que a comunidade local valorize e proteja cada vez mais o lugar onde mora.

A The North Face apoia o Onçafari!

Se preferir contribuir diretamente ou se aprofundar ainda mais no trabalho incrível de preservação da biodiversidade executado por eles –  em quatro, dos seis principais biomas brasileiros – acesse o site https://oncafari.org/.

 

Março, mês das mulheres! Nada melhor do que conhecer e se inspirar em algumas escaladoras brasileiras que fazem a diferença no esporte.

Happy International Women’s Day! 

 

Branca Franco – @branquinhafranco 

Amante da natureza e esportes outdoor, viajar e conhecer novas culturas faz parte do estilo de vida dessa mineira. Climber desde 2000, Branca fez curso de guia profissional de escalada nos Estados Unidos e foi a primeira mulher brasileira a pisar no cume da Fitz Roy, localizada na fronteira do Chile com a Argentina, na região da Patagônia. Dentro do seu currículo de conquistas também está o topo da Esfinge, montanha enigmática que fica no norte da Cordilheira Blanca, no Peru, com 5325 metros de altitude.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gisely Ferraz – @brazilianclimbergirl 

Gisely é instrutora de Offwidth junto com umas das melhores escaladoras do ramo, Pamela Shantipack. As duas fizeram as primeiras ascensões na área de Indian Creek e Moab (Utah), sendo a  única dupla feminina a abrir vias na região. A climber já subiu El Captain, no Yosemite três vezes. Hoje trabalha a linha freerider.  Entre seus feitos, escalou o Halfdome em dezesseis horas. Destaque também por ser a primeira brasileira a subir o El Mostruo, com seus 1.000m de altura localizado em Cochamó, no tempo de dezessete horas. Nesta última temporada, Gisely fez o Fitz Roy pela via Afanassieff, guiando as cordadas mais difíceis da via rumo ao cume. Execução histórica! A escaladora é a segunda brasileira a subir a montanha localizada na Patagônia.

 

 

Thais Makino – @thais_makino 

Thais Makino começou a escalar com inspiração vinda de casa e nunca mais parou. Aos dez anos, era companheira assídua de sua irmã mais velha que já competia e logo a brincadeira virou coisa séria. A atleta ministra aulas e workshops de escalada, além de ser formada em artes visuais. Homenageada no Prêmio Brasil Olímpico como melhor escaladora no ano de 2018, Thais  busca constantemente maior reconhecimento para sua área de atuação no país: a escalada esportiva indoor.

 

 

 

Kika Bradford – @bradfordkika

Carioca da gema, com mais de 15 anos de experiência nas montanhas, Kika já encarou  subidas ao cume nos Estados Unidos, México, Canadá, Chile, Argentina, além do Brasil. Seu foco sempre foi em escalada de aventura. Trabalhou como guia e instrutora profissional por mais de seis anos e atualmente é Presidente da Federação de Esportes de Montanha do Estado do Rio de Janeiro (FEMERJ) e da Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada (CBME).

 

 

Glauce Ibraim – @glauce.ibraim 

Glauce Ibraim – @glauce.ibraim 

Escaladora e geóloga, nascida no subúrbio do Rio de Janeiro, Glauce é apaixonada por montanhas e tudo que as envolvem. O poder de transformação da natureza a encanta e é nela que debruça sua resiliência. Em 2009 a escalada entrou nas suas veias e não demorou muito para ser sua melhor ferramenta de desenvolvimento pessoal e coletivo. Sua dedicação a projetos sociais com crianças e jovens é conhecido no Brasil inteiro e sua responsabilidade com a pluralização do ambiente e acesso ao esporte é muito reconhecido dentro da comunidade.

Mulher de fibra e cuidado!!

 

 

Roberta Nunes – em memória 

Robertinha foi modelo fotográfica e bailarina clássica. Em 1993 começou a escalar no Morro do Anhangava, perto de sua cidade, Curitiba. Ao conhecer o Marumbi, também no Paraná, se apaixonou pela escalada tradicional e rumou para a Patagônia no mesmo ano. De 1998 a 2000 estabeleceu seu nome em El Chaltén com algumas ascensões, como a subida da Aguja Inominata (2.500m), pela via anglo-americana junto do argentino Fefi. Depois disso era hora de se jogar no berço da escalada de grande parede do mundo: Yosemite! Em um período de dois meses repetiu inúmeras vias em diferentes rochas como Sentinel RockRoyal ArchesRostrum, North Dome, Catedral Peak e Leanning Tower. Icônica, foi a primeira mulher sul-americana a escalar o El Capitán  em menos de 24 horas. A atleta nos deixou em 2006 em um acidente de carro, mas será sempre lembrada por todos escaladores.

 

O que te faz livre?

Liberdade feminina é uma busca diária e constante! É sentir o vento batendo nos cabelos. É escolher seu próximo destino, criar roteiros e fazer novas amizades. É dar risada alto, degustar o vinho que escolheu. É vestir o que quiser, onde quiser. Sair por aí sem hora para voltar e dançar a noite toda.

Liberdade é pegar onda, fazer uma trilha, lavar a alma em uma cachoeira. É ser promovida. Decorar sua casa, tocar violão e fazer crochê. É pegar o trem em um país desconhecido. É pegar o trem no seu próprio país, sem medo.

Liberdade é comer brigadeiro de colher. É malhar, correr uma maratona, fazer yoga ou não fazer nada. Subir uma montanha, fazer snowboard, andar de bike ou descansar em uma rede vendo as estrelas. Dormir sem hora para acordar. É acordar bem cedinho para ver o Sol nascer.

Liberdade é se jogar na estrada ouvindo uma boa música. Tomar banho de banheira. Ler o livro predileto, fazer palavras cruzadas e colocar as séries em dia. Somos inspiração, o sexo forte, sinônimo de força!!! Happy International Women’s Day!

Se você começou a escalar agora e ainda não está acostumado com o vocabulário nos ginásios ou picos de escalada, essa lista foi feita para você. Nós selecionamos algumas expressões que são constantemente usadas na escalada para te deixar por dentro desse esporte que vem crescendo cada vez mais!

Aclimatação: é o processo de adaptação do organismo às condições atmosféricas extremas (ar rarefeito das grandes altitudes).

Bivaque: acampar sem utilizar barracas.

 

 

 

 

Boulder: tipo de escalada em rocha, normalmente praticada sem o uso de equipamentos de segurança como cordas e mosquetões. São escaladas curtas e geralmente bem difíceis.

 

 

 

 

 

 

 

 

Cadeirinha: equipamento de segurança, é uma peça fundamental e utilizada em quase todas as modalidades de escalada.

Crux: passagem ou trecho mais difícil de uma via/ escalada. Não necessariamente existe só 1, podendo ter diversos no percurso.

Encadear ou encadenar: fazer uma via do início ao fim sem quedas, apoio de corda, costura ou qualquer outro tipo de equipamento.

“Free solo” / Escalada solo: escalada feita sem o uso de cordas ou outros sistemas de segurança.

Free Solo também é o documentário que conta a história de Alex Honnold, um escalador que ficou conhecido no mundo todo por escalar o El Capitán sem nenhum tipo de proteção. Aproveita e já confere esse e mais algumas dicas de filmes de escalada que você deve assistir:

https://blog.thenorthface.com.br/sem-categoria/5-filmes-de-escalada-que-voce-deve-assistir/

 

Mosquetão: são utilizados para segurança, permitindo a conexão de cordas e outros equipamentos. Normalmente feito de alumínio ou aço.

Negativo: trecho em que a parede/rocha a ser escalada se projeta para fora, formando um ângulo menor do que noventa graus em relação ao solo.

Positivo: trecho em que a parede/rocha a ser escalada se inclina para dentro, formando um ângulo maior que noventa graus em relação ao solo.

Sapatilha: calçado especial para escalada.

Via: rota de escalada de uma parede ou montanha.

Quero começar dizendo que não sou um expert em cinema, mas sim um esportista que ama escalar e se conectar com histórias verdadeiras!

Por isso, preparei essa lista de filmes incríveis que explodiram, tanto na mídia especializada, como na grande crítica.

Prepare a pipoca e aproveite!

1 – Meru

A Monalisa dos filmes de montanha!

Combina imagens espetaculares, a dinâmica de uma verdadeira expedição, o companheirismo dos escaladores e uma história emocionante.

Muito antes de Free Solo, Jimmy Chin já produzia filmes fantásticos. Junto com Conrad Anker e Renan Oztruk eles embarcam para conquistar o cume de uma montanha isolada, vertical e muito técnica. Combinando habilidades de escalada alpina, big wall e alta montanha, o filme narra a verdadeira história por trás de uma expedição verdadeiramente perigosa.

 

2 – Dawn Wall

Uma aula de escalada!

Esse é um filme que recomendo para todos meus alunos, é didático e técnico ao mesmo tempo, mas não se engane! Essa é uma história emocionante.

O filme conta a verdadeira epopeia de Tommy Caldwell e Kevin Jorgenson para escalar uma das faces do El Captán ainda sem repetições em livre, o que significa sem utilizar pontos de apoio, pois só é permitido utilizar as formações da própria rocha para progredir com seu corpo.

Os holofotes voltaram-se para essa ascensão: de repente câmeras do mundo todo estavam apontadas para essa dupla de escaladores. O projeto demorou 7 anos para ser concluído e foi pré-selecionado para ser indicado ao Oscar de melhor documentário.

3 – Free Solo

Impossível não suar as mãos! 

Finalmente chegamos ao tão esperado Free Solo, e não, não acho que ele seja o melhor filme de escalada. Ganhador do Oscar de melhor documentário de 2019, o longa elevou o nível das produções e colocou para sempre a escalada na grande mídia.

O documentário conta a história de Alex Honnold, um escalador destemido que ficou conhecido no mundo todo por escalar sem nenhum tipo de proteção. Quem não o conhece, pensa que ele é um louco. Mas saiba que ele é muito consciente e sabe exatamente o que está fazendo.

A façanha é escalar a Free Rider, uma via de 37 cordadas (Apox 900m) no El Capitán com grau máximo em livre de 9A BR. É difícil expressar em palavras a tensão, só assistindo mesmo.

4 – Evereste

Finalmente um bom filme Hollywoodiano de escalada! 

Uma das grandes decepções quando lançam uma superprodução com montanha são as cenas impossíveis. São inúmeros os filmes de Hollywood que literalmente criam cenários impossíveis em termos técnicos.

Evereste traz um elenco de peso e uma história mundialmente conhecida e real! Baseado no livro de Jon Krakauer ”No ar rarefeito”, a história conta a trágica temporada de 1996 no Monte Everest, ponto culminante do planeta terra com 8.848 m.

Com as gravações feitas no Nepal, finalmente conseguiram captar no grande cinema a essência da escalada.

 

5 – Valley Uprising

Uma divertida história de como surgiram os Big Walls em Yosemite! 

Com animações hilárias e imagens históricas, o documentário apresenta uma genuína parte da história da escalada mundial.

Se você se perguntou quem abriu as vias escaladas em Dawn Wall e Free Solo, quem foram os primeiros a se aventurar nessas imensas paredes de quase 1 quilômetro de extensão, Valley Uprising trará essas respostas de uma maneira divertida!

BÔNUS! 14 Peaks – Nothing is impossible

A verdade por trás da escalada de Alta Montanha no Himalaia. 

Recentemente lançado, o filme de Nimsdai Purja mostra a realidade por trás das grandes expedições para as mais altas montanhas do mundo.

O mais legal é que a equipe é 100% Nepalesa e tem planos audaciosos para escalar todas as 14 montanhas com mais de 8.000m de altitude do planeta!