Cada pessoa tem a sua própria motivação para correr. Alguns querem manter o peso, melhorar a qualidade de vida, outros correm pelo prazer de se superar. Enfim, as razões são muitas. Mas o projeto The Hardest Run, idealizado por Marcelo Alves, nosso parceiro e corredor de provas extremas, junto com o Hospital Nossa Senhora das Graças, busca dar mais um motivo para você correr: Doação de Medula Óssea.
Esta já é uma causa apoiada por Marcelo em todas as provas das quais participa. Sempre ao cruzar a linha de chegada, ele abre uma bandeira incentivando as pessoas a também se tornarem doadores de medula óssea. Divulgar este assunto é extremamente importante para apresentar a causa e acabar com uma série de mitos que rondam o tema.
Ao se cadastrar como doador de medula óssea você não é obrigado a fazer a doação na hora. Diferente das transfusões sanguíneas, encontrar doadores de medula óssea compatíveis é muito mais complexo. A estimativa é de que, a cada 100 mil doadores, apenas um seja compatível com alguém em necessidade. No momento em que o cadastro de doador é feito, ele passa a integrar um banco global e a doação é feita apenas se alguém em tratamento seja totalmente compatível com o doador.
De acordo com os idealizadores do movimento The Hardest Run, a ideia é tornar o assunto mais comum aos corredores e incentivá-los a se cadastrar e levarem esta causa adiante. “Queremos encorajar a classe de corredores para formarmos uma equipe para prova mais difícil que eles já correram: a luta pela vida”, explicou Marcelo em comunicado oficial de apresentação do projeto.
O movimento foi lançado oficialmente nesta semana, quando Marcelo Alves vestiu, literalmente, a camisa e levou a causa à mais uma maratona extrema: a Volcano Marathon, disputada no Deserto do Atacama, Chile.
Se você também quer apoiar a doação de medula óssea e correr por um objetivo ainda maior, cadastre-se no site do The Hardest Run (clique aqui) e faça parte deste time de atletas que correm e lutam pela vida.
O melhor treinamento para escalar montanhas é escalar montanhas. No entanto, se você não tem esse tempo todo, aqui vão as 10 regras de ouro para quem só consegue treinar na academia:
Você não vai ficar bombado para mostrar o corpão na praia
Se a sua única intenção é ficar bombado com este treinamento, saiba que a sua performance na montanha será prejudicada. Mais músculos significa mais energia, mais oxigênio gasto e isso, evidentemente, é algo que nós tentamos economizar lá em cima. Outra notícia ruim para os bombados é que em expedições longas para montanhas com mais de 6.500 metros de altitude, é normal homens perderem pelo menos 7kg e mulheres 4kg. Para piorar, o peso perdido é unicamente massa muscular e não gordura.
O foco do seu treinamento é o cardiovascular e não o de ganhar músculos
Exercícios que exigem do cardiovascular como corrida, natação e bicicleta são o que você está procurando. O ideal é você focar no tempo e não na intensidade. Apesar de ser um ótimo exercício, a corrida pode ser um tanto traiçoeira, pois pode trazer lesões. Caso isso aconteça, é recomendável você mudar de exercício.
Se você quiser continuar usando a esteira, pois não suporta bikes ergométricas, a melhor opção é usar uma esteira inclinada a 15 ou 20 graus. A sua velocidade será reduzida e você não irá gerar tanto impacto nas articulações como a corrida normal. Após acostumar com o exercício, você pode incrementar levando peso. Usar uma mochila de corrida com 2 garrafas PET cheias ou um peso de 5kg enrolado numa toalha é uma forma excelente de intensificar o seu cardio sem aumentar as chances de ter uma lesão.
Já a musculação pode ser substituída por exercícios funcionais como os de abdômen, que proporcionam maior estabilidade corporal.
Se você sentir dor, pare e descubra em que tem errado
Se você não faz exercícios cardiovasculares regularmente e começou bruscamente a treinar muito, é provável que você desenvolva algum tipo de lesão na trajetória. A maioria das lesões aparecem quando o treinamento foi exagerado, seja por intensidade excessiva ou por começar repentinamente. Outro fator que pode contribuir é usar calçados inadequados. Diante qualquer sinal de uma lesão, interrompa o seu treinamento e descubra o que está acontecendo. Para isto será necessário ter acompanhamento médico. Fascite plantar, periostite tibial, tendinite de aquiles, lesões do joelho, micro rotura dos isquiotibiais, bursites… são apenas alguns dos problemas que podem aparecer se você correr inadequadamente. Isso só falando de corrida. Uma das formas de evitar lesões é começando gradualmente e jamais exagerar.
Atletas irão se aclimatar bem, no entanto demoram mais do que uma pessoa normal
As pessoas que mais vi sofrerem na altitude foram sem dúvidas os atletas com melhor performance em baixas altitudes. Se você já tem um treinamento cardiovascular muito bom pois já treina há muito tempo, saiba que a sua aclimatação em montanhas será diferente de uma pessoa comum. Inicialmente o seu corpo irá compensar a falta de oxigênio na altitude através de outros mecanismos. Por um lado isso é bom pois a sua performance inicialmente será melhor do que os demais. Por outro lado a sua aclimatação será atrasada, pois a produção de células vermelhas (processo base para a aclimatação à hipóxia) só será iniciada em altitudes superiores. Portanto, atletas, de certa forma, demoram mais para se aclimatar. Se este é seu caso, você deveria ficar 1 ou 2 dias extras na faixa dos 4000 metros de altitude.
O melhor treinamento para escalar sempre vai ser escalar
Por melhor que você consiga fazer o seu treinamento numa academia, o melhor jeito de você preparar os seus músculos, ligamentos e fôlego para escalar montanhas sempre será escalando montanhas. Sempre que você conseguir, tente fugir da cidade e vá para trilhas de verdade. Não é só a parte física que temos que treinar. Temos também que acostumar o psicológico às demandas que passamos. E só conseguimos isso nos expondo às coisas que não conseguimos controlar, como tempo e a distância. Travessias são ótimas pois se você passou da metade e, se decidir desistir, o caminho de volta será o mesmo, portanto é melhor continuar.
A montanha não tem culpa que você não tem tempo de treinar
Um treinamento razoável vai consumir de 8 a 12 horas semanais do seu tempo. Se você só está treinando em academias e não tem tempo nem de ir para ir às montanhas brasileiras, suas chances já serão menores. Se, além disso, você tampouco tem tempo de treinar o suficiente, você praticamente não terá chances. Resolva a sua vida profissional e arrume tempo!
Foto: Maximo Kausch/Arquivo Pessoal
A maioria dos profissionais de educação física não faz ideia de qual é o treinamento que você precisa
Já ouvi muitas histórias de clientes meus que se lesionaram enquanto treinavam para participar de uma das minhas expedições. Esses casos poderiam ter sido evitados se eles tivessem feito o treino corretamente. O mais alarmante é que a maioria deles tinha de fato um personal trainer.
Quando se fala em treinamento para escalar montanhas, a primeira coisa que vem na cabeça do leigo é alguém puxando pesos para ficar com os braços fortes. Sem saber das diretrizes básicas para este tipo de treinamento, a maioria dos educadores físicos acaba optando em focar o treino de seus clientes em musculação em vez de cárdio. O resto você já sabe…
O treinamento físico é responsável por apenas 20% das suas chances de sucesso na montanha, o resto é psicológico. O seu trabalho na cidade é garantir esses 20.
De fato, 70% das suas chances de sucesso lá em cima dependem do seu fator psicológico. Este está ligado à como você vai lidar com imprevistos e com o tempo que você tem na montanha. Outros 10% são a sorte com metereologia, que é ligada à previsão e fatores logísticos. Quanto maior a altitude, maior será a influência do seu estado psicológico e menor será a influência do seu estado físico. Quanto maior for a sua experiência, melhor você consegue trabalhar no 70% e isso você só garante indo para a montanha. Contudo, você nem deveria começar a se preocupar com as suas chances de sucesso se não conseguiu ainda garantir seu condicionamento físico.
Este treinamento requer, pelo menos, 3 meses. Se você não tem esse tempo, não espere milagres
Na ordem de prioridades, treinamento é o segundo na lista do que influenciará suas chances de sucesso. Em primeiro lugar vem a experiência e em terceiro o equipamento e logística. Se você não tem experiência em montanhas, deveria estar se preocupando, e muito, com o seu treinamento. E isso inclui em dar tempo suficiente para o corpo se condicionar a uma maior exigência cardiovascular. Se o seu corpo não está treinado, não será em 2 semanas que você vai mudar a sua vida. Lembre-se que 3 meses é o tempo mínimo para você ter um treinamento adequado para escalar uma montanha com mais de 6.500 metros de altitude.
As caminhadas na montanha são longas, meia hora de academia não vai ajudar muito
Quando subimos montanhas altas é normal que realizemos atividades diárias de 4 a 8 horas por dia. Caminhar a 2 km/h em grandes altitudes pode ter o mesmo gasto calórico que correr ao nível do mar. Portanto se queremos treinar para isso, é simplesmente inadequado treinar por meia hora por dia na academia. O seu treinamento cardiovascular deve ser focado no tempo e não na intensidade. O recomendável é você reduzir a intensidade e prolongar a atividade física gradualmente para eventualmente alcançar de 1 hora e meia a 2 horas por dia de atividade geral.
Foto; Maximo Kausch/Arquivo Pessoal
Para finalizar
Se você conseguir seguir as 10 recomendações acima, aqui vai um belo treinamento para enfrentar montanhas com mais de 6.000 metros de altitude:
Segunda-feira: 30 a 45 minutos de corrida – Pernas, panturrilhas, abdômen, trapézio
Terça-feira: 30 a 45 minutos de bike
Quarta-feira: Musculação – Costas, bíceps, trapézio, antebraços, deltoides posteriores e latero-posteriores, abdômen, lombar, panturrilhas e posteriores de coxa
Quinta-feira: 30 a 45 minutos de elíptico
Sexta-feira: 30 a 45 minutos de corrida – Peitorais, tríceps, deltoides frontais e laterais
Sábado: Descanso ou vá para a montanha
Domingo: Descanso
A natureza tem um poder terapêutico enorme, isso todo mundo já sabe. Mas, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, decidiu fazer um estudo sobre o assunto, para comprovar cientificamente essa capacidade e a influência da natureza na saúde humana.
Após fazer estudos com 1.538 pessoas, comparando uma série de hábitos e informações, os cientistas concluíram que um simples passeio no parque já pode proporcionar muitos benefícios. Segundo eles, bastam 30 minutos semanais de contato com a natureza para que os casos de depressão sejam reduzidos em 7% e a incidência de pressão alta em 9%.
De acordo com os pesquisadores, este contato, mesmo que simples e por um curto período de tempo, é capaz de reduzir os riscos de desenvolvimento de doenças cardíacas, estresse, depressão, ansiedade e muitas outras enfermidades psicológicas, nervosas e/ou ligadas ao sedentarismo.
Além dos benefícios pessoais, incentivar o contato com a natureza também pode se refletir diretamente na economia. Segundo a Dr. Danielle Shanahan, uma das integrantes da equipe que realizou o estudo, apenas na Austrália, os custos sociais gerados em consequência da depressão são superiores a 12 bilhões de dólares australianos por ano.
Tirar as pessoas de dentro de casa e incentivá-las a passar mais tempo ao ar livre, independente de qual atividade estejam realizando, pode deixa-las mais felizes e ainda reduzir consideravelmente os gastos com saúde pública.
O Salar de Uyuni é um dos destinos mais impressionantes da América do Sul. Localizado na Bolívia, esta imensidão de sal atrai turistas do mundo inteiro e, mesmo que chegar até lá seja um pouco complicado e a região não seja referência em estrutura turística, este é um roteiro que vale todos os esforços.
As imagens do Salar falam por si só, mas, como não custa reforçar, nós separamos alguns motivos especiais, que podem te ajudar a decidir incluir este roteiro na lista das próximas viagens.
O Salar de Uyuni é o maior mar de sal do mundo, abrangendo uma área impressionante de mais de 10 mil metros quadrados.
Diferentes paisagens de acordo com a época do ano
Durante o inverno os turistas se deparam com uma imensidão branca que parece não ter fim. Já durante os período mais quentes, o degelo e as chuvas na região cobrem o Salar com uma fina camada de água, que reflete totalmente o céu por todos os lados.
Não é necessário fazer uma viagem exclusiva ao Salar de Uyuni. É possível incluí-lo no roteiro de aventuras pelo Deserto do Atacama. Assim, você já conhece dois destinos incríveis de uma vez só.
Lá tem flamingo
Sabe os flamingos, aquela espécie linda e pouquíssimo comum a nós brasileiros? Eles costumam visitar o Salar de Uyuni durante o verão. E, para ficar ainda melhor, nós informamos que não é apenas um tipo de flamingo. O salar abriga até três espécies sul-americanas da ave: o chileno, o andino e o flamingo de James.
Sabe aquele banho relaxante em água morna, que cai bem em qualquer lugar? Em um passeio pelos arredores do Salar é possível curtir um bom banho nas piscinas naturais de água termal e ainda conferir de perto um gêiser exalando muito vapor.
Correr uma prova de longa distância, seja na montanha ou na cidade, exige muito preparo e demanda de alguns cuidados simples, mas muito importantes. A alimentação no dia que antecede a prova e no próprio dia da corrida é um dos temas que geram dúvidas e opiniões diferentes. Para bater o martelo no assunto, nós perguntamos para a nossa atleta e corredora de montanha, Rosalia Camargo quais são os hábitos dela.
Como uma grande corredora, que lidera atualmente o ranking nacional de trail run, ela tem experiência de sobra para compartilhar com a gente. E quando nós perguntamos a ela o que comer antes de uma prova, a resposta veio rápida e direta: macarrão!
“No dia que antecede a prova, eu me cuido muito em termos de alimentação e hidratação. Em geral bebo muita água e como macarrão… simples! O macarrão é só massa mesmo, nem queijo eu coloco. Outra preocupação é não sentir fome. Como certinho nos horários de almoço e jantar”, explicou Rosalia.
Se um dia antes da corrida a dieta é basicamente água e macarrão, no própria dia da prova a alimentação também não foge muito da combinação carbo + hidratação. Como as provas costumam ser na parte da manhã, a refeição pré-corrida é quase sempre o café da manhã, que para Rosalia também é bem simples: “No café da manhã eu como pão puro, aquele pão branco mesmo, e bebo água com uma colher de medida do suplemento Sport Drink Endurance (diluído em 100 a 150ml de água)”.
Vale lembrar que a dieta de cada atleta é bastante pessoal e pode variar de acordo com uma série de fatores. Esta é apenas uma dica pessoal da Rosalia, mas que pode ser bastante útil para muitas pessoas.
E você? O que costuma comer antes de uma prova?
Conhecer o Everest é o sonho de muitos aventureiros. É impossível não se encantar com a grandiosidade da natureza e com a riqueza cultural que toda a cadeia de montanhas do Himalaia reserva. Não é à toa que a região é um destino muito buscado por exploradores do mundo inteiro. Engana-se quem pensa que uma aventura ao Everest é válida apenas se o objetivo for alcançar o cume. Os trekkings até o Acampamento Base também reservam experiências incríveis, muito esforço, suor, emoção e recompensas que nenhum dinheiro é capaz de comprar.
Os paulistas Emilio L’Abbate e Roberta Fassina são um casal de aventureiros comum, que divide a paixão por viagens e o desejo por adrenalina com a rotina de trabalho na cidade. Eles já conheceram mais de 35 países, visitaram as 7 maravilhas do mundo moderno, além de muitos outros destinos exóticos e icônicos. Recentemente os dois fizeram o trekking ao Acampamento Base do Everest e, mesmo com tanta bagagem, eles garantem que é impossível não se apaixonar e se emocionar com a imensidão que cerca a montanha mais famosa do mundo.
Depois de acompanharmos boa parte da viagem deles através do Instagram, nós resolvemos saber mais detalhes, entender como foi a escolha do destino, a preparação e o que eles sentiram ao visitar o Everest.
Antes da história, vale lembrar que o Base Camp do Everest está a pouco mais de 5 mil metros de altitude e recebe mais de 30 mil turistas todos os anos.
A Roberta e o Emilio contaram todos os detalhes desta experiência pra gente e ainda deram dicas 😉
Foto: Arquivo Pessoal/Roberta Fassina
The North Face:Vocês parecem estar em um projeto longo de viagem pelos mais diversos lugares do planeta. Pode nos falar um pouquinho sobre isso?
Roberta Fassina: Desde 2011, quando começamos a viajar juntos, decidimos conhecer lugares exóticos ou que possam deixar de existir em breve (naturalmente ou pela ação do homem). Começamos com as 7 maravilhas do mundo moderno (Pirâmides do Egito, Muralha da China, Petra, Coliseu, Chichen Itza, Machu Picchu, Taj Mahal e Cristo Redentor), adicionamos algumas maravilhas naturais (Cataratas do Iguaçu, Monte Everest, Grande Barreira de Corais, Aurora Boreal, etc) e outros ícones importantes como Stonehenge, Torre de Pisa, Basílica de Santa Sofia etc. Temos seguido, desde então, uma média de 4 países por ano. A ideia é conhecer o máximo de lugares possível e segurar a vontade de repetir (claro que temos vontade de ir todos anos para NY e Paris, mas…rs).
TNF: O que levou vocês a incluírem o Everest no roteiro?
Roberta: Gostamos muito de aventura e natureza. Sempre fui muito moleca e faço de tudo um pouco, snowboard, wakeboard, mergulho, bungy jump, skydive e por aí vai. Após assistirmos a alguns documentários, o Everest começou a nos intrigar, pois reúne um pouco de tudo. É um sonho de consumo dos aventureiros e tem uma relação muito forte com superação. Eu sempre busco fazer coisas que me desafiam ou que tenho medo. Começamos a pensar em quantas pessoas conhecidas já tinham feito esse roteiro, mas nenhuma veio à cabeça, mais um motivo para escolhê-lo.
Foto: Arquivo Pessoal/Roberta Fassina
TNF: Qual foi o planejamento e o preparo para este destino em específico?
Roberta: É meio louco falar, mas a ideia inicial era ir para a Antártida, mas as datas restritas e o preço salgado inviabilizaram a viagem. Optamos pelo trekking para o Base Camp pois não é uma viagem cara, ao contrário do que as pessoas pensam. Como a decisão foi em cima da hora (1 mês antes da viagem), não fizemos um preparo específico ou tão dedicado. Comecei a treinar um pouco mais forte escada na academia e fazer caminhadas com a esteira bem inclinada. Mas, nada além do que já estávamos acostumados no dia a dia de academia.
TNF: Como foi a sensação de estar em uma das montanhas mais famosas e importantes do mundo?
Roberta: Foi uma emoção sem tamanho! Normalmente me emociono muito quando estou em lugares ou situações das quais sei que sou privilegiada de estar vivenciando. Das poucas vezes que o Everest apareceu (lembre-se que estamos nas nuvens), eu me emocionei de verdade (chorei mesmo) pela energia do lugar e por ter saúde e condições de estar lá. Sou muito grata por todos os caminhos que percorri até hoje! Ah, não posso deixar de lembrar que o Everest não está sozinho lá. Ao seu lado ficam 8 das 10 maiores montanhas do mundo, todas se admirando.
Foto: Arquivo Pessoal/Roberta Fassina
TNF: Qual foi a parte mais legal do Everest?
Roberta: A experiência como um todo foi incrível, estar muito perto da natureza, sair da realidade que vivemos, conviver com pessoas de todas as partes do mundo, também apaixonados por natureza e aventura, dão à viagem uma energia única. Mas, nada se iguala ao sentimento de superação! Achávamos que seria impossível passar todos aqueles dias andando, ou melhor, subindo diversas horas todos os dias, até chegar ao destino final, o famoso Base Camp. Estávamos apreensivos, pois as informações na internet não são detalhadas, há diversos relatos de pessoas que não alcançam o acampamento por causa da altitude, e, para piorar, fomos informados que para subir é obrigatório ter um seguro especial que deve incluir resgate com helicóptero. Ou seja, sair do Brasil já foi um desafio e eu tinha muito medo de sentir alguma coisa e não conseguir o topo. Mas, a ótima notícia é que todos os mitos e incertezas foram desaparecendo: não tomamos remédios, não sentimos incômodo, nos alimentamos muito bem e nos sentimos seguros e dispostos durante todo o percurso.
TNF: Qual foi a maior dificuldade?
Roberta: Como dissemos, gostamos de aventura, e é claro que não fizemos o roteiro clássico Everest Base Camp (14 dias). Optamos pelo misterioso Three Passes, que é um roteiro de 3 semanas, onde além de visitar o campo base, teríamos que cruzar três montanhas em altíssima altitude (o chamado “pass”). Todos os roteiros têm início na pequena Lukla (cidade portal dos Himalaias, onde tudo começa), e passam por Namche Bazar (a maior cidade da região, repleta de hotéis, restaurantes, lojas etc). A partir daí, nosso roteiro divergiu do clássico, onde atravessamos a primeira montanha, a 5.600 m de altitude. A subida é super íngreme e com pedras soltas. Foram 10 horas de caminhada constante e o dia mais difícil da viagem, não apenas pela subida, mas por ser uma trilha muito perigosa (pouco mais de 5% dos turistas fazem este roteiro). Não bastasse a subida, tivemos uma descida com direito a mais pedras soltas, ventos fortes e chuva. O desafio não acabou ai, para chegarmos à cidade destino precisávamos atravessar o Galcial Khumbu (o Glacial mais alto do mundo) e esta foi a parte mais desafiadora. O Glacial é vivo e constantemente muda sua forma. Fomos o primeiro grupo do ano a fazer este roteiro, então, não tínhamos um caminho certo a ser seguido. Nosso guia precisou da ajuda de 2 sherpas que haviam seguido uma rota alternativa para acharem o caminho. Foi um momento muito tenso/difícil para mim, pois estávamos tão perto e ao mesmo tempo tão longe do nosso destino (paredes de gelo e pedras soltas com mais de 30 metros). Escutar o som da geleira derretendo e quebrando logo abaixo dos seus pés é uma sensação assustadora.
Foto: Arquivo Pessoal/Roberta Fassina
TNF: Quais dicas você daria a alguém que também quer realizar esta trip?
Roberta: Recomendamos a viagem a TODOS (crianças, adultos e os mais vividos também)! Não se preocupem com comida, água, hotéis, com o frio, com o calor. A trilha está repleta de opções e o roteiro clássico é feito para todos conseguirem chegar à próxima cidade-destino com tranquilidade. Paradas para banheiro, hidratação, descanso, chás, almoço, comprinhas etc são constantes. Cada grupo pode ir no seu ritmo, pois o destino do dia é sempre o mesmo. Demorar 5h, 6h ou 7h horas não muda nada.
Mas, vão aqui dicas práticas: Viaje leve! Carregue somente o necessário (câmera fotográfica, protetor, celular – sim, tem praticamente 3G o caminho todo e wi-fi em todos hotéis, água e comidinhas). A mala mais pesada estará com os sherpas, que chegarão ao destino horas antes de você J. O segredo é BEBER água. Isso mesmo. Beba muita água, o tempo todo (homens 5 litros, mulheres 4 litros – no mínimo). A altitude, por alguma razão, tira a sede e a não hidratação inicia a maioria dos problemas relacionados a altitude. Ou seja, bebeu MUITA água, o resto será só alegria.
Foto: Arquivo Pessoal/Roberta Fassina
TNF: Qual equipamento/roupa fez mais diferença nesta aventura e que não pode faltar de forma alguma na mochila de um explorador?
Roberta: Viajar leve é o segredo. Por isso, recomendamos roupas tecnológicas (elas são leves, ajudam a transpirar e esquentam bem quando precisa). Aqui a The North Face fez muita diferença, pois tínhamos as 4 estações do ano quase todos os dias (Thermoballse DryVentssão “must haves”, fiz o meu “enxoval” de viagem praticamente todo na North Face)
Levar um powerbank para o celular ajuda muito (os equipamentos eletrônicos podem ser recarregados nas recepções dos hotéis – com um custo aproximado de quase 5 USD). Câmeras fotográficas, protetor solar, barrinhas, porções de nuts são ultra recomendadas também.
Ah, não podemos esquecer de botas. Não economizar aqui também é diferencial. Botas para trilhas, confortáveis, à prova de água e que deixem seus pés respirarem são importantíssimas após vários dias de trilha. Pode comprar sem medo, pois duram por anos e o investimento será válido.
Foto: Arquivo Pessoal/Roberta Fassina
TNF: Teve algum momento que te marcou muito nesta viagem?
Roberta: Aqui, o caminho vale mais que o destino final. Cruzamos todas as horas com locais ao longo do caminho e a maneira que eles vivem me impactou grandemente. Tudo que existe lá em cima, foi carregado nas costas de alguém (portas, vigas, geladeira etc). Ficávamos emocionados todas as vezes que passávamos por algum carregador (sherpa) que carregava uma geladeira, um sofá, cadeiras e qualquer coisa nas costas, montanha acima. Após horas de caminhada, as nossas mochilas com 5kg ficavam mais e mais pesadas, mas cruzar com os sherpas nos davam energia e vontade de vencer também, pois não estávamos carregando nada perto do que eles fazem para viver.
Foto: Arquivo Pessoal/Roberta Fassina
TNF: Quais são os seus próximos projetos/destinos?
O nosso próximo destino é a Antártida, lugar onde pouquíssimas pessoas visitaram e com uma paisagem que talvez não exista mais (da forma como é hoje) em alguns anos devido ao aquecimento global.
Se você já leu o livrou ou assistiu ao filme “Livre” certamente já se imaginou viajando por aquelas paisagens incríveis por onde passa a Pacific Crest Trail, mais conhecida como PCT. A trilha, que começa no México e termina no Canadá, é extremamente desafiadora, diversa e o lugar ideal para quem quer se reencontrar. Foi assim com a autora Cheryl Strayed e o destino também foi um marco na vida da brasileira Rose Eidman.
Rose tinha uma rotina comum a muitas pessoas que moram em uma cidade grande e passam boa parte do tempo vivendo no “modo automático”. Ela é formada em direito, tem dois filhos, trabalhava em uma grande empresa e fumava dois maços de cigarros por dia. Até que decidiu mudar radicalmente. Nesta busca ela se reencontrou em um mundo totalmente diferente do qual estava acostumada, criou novos hábitos, novos gostos e, principalmente, novos desafios, entre eles: parar totalmente de fumar e completar sozinha os mais de 4 mil quilômetros da PCT.
Os detalhes desta experiência contagiante ela mesma conta, mas nós já adiantamos que tem tudo a ver com a nossa filosofia: “Never Stop Exploring”!
O começo da mudança…
“Sou a Rose Eidman. Tenho 53 anos, me formei em advocacia e trabalhei para uma grande empresa varejista por muitos anos.
Aos 33 e 36 anos minhas primeiras grandes aventuras começaram. Me tornei mãe de um casal que dominou meu tempo e dedicação por muitos anos. A tarefa de ajudar a formar filhos honestos, independentes e de bem com a vida não é fácil, viu!
Era uma fumante inveterada, 32 anos consumindo 2 maços por dia, mas numa conversa bem madura com meu filho percebi que era hora de “tentar” parar de fumar e parei. No dia 1 de maio de 2012, dia do meu aniversário, acendi meu último cigarro e sem adesivos ou qualquer outra ajuda nunca mais fumei.
Foi MUITO difícil, mas vencer essa luta me deu confiança pra fazer muito mais, e mostrar na prática pros meus filhos o que eu queria dizer com dedicação e força de vontade.”
Foto: Arquivo Pessoal/Rose Eidman
O que fazer? Se reencontrar!
“Durante 1 ano fiquei perdida entre uma atividade esportiva e outra, mas nunca fui atleta. Em setembro de 2014 parti para o Caminho de Santiago. Fui conferir se o que li na adolescência escrito nos livros do Paulo Coelho era verdade, e não encontrei nada daquilo. As visões e outros relatos fantasiosos se materializaram em amigos muito jovens de diferentes lugares do mundo, que se tornaram muito próximos a mim.
Aprendi a vencer muitas adversidades lá dentro e, no final de cada dia, agradecia por ainda estar ali, com força pra ir até o próximo albergue. De uma vila em outra, 31 dias depois estava de frente para a Catedral. Feliz, emocionada e surpresa comigo mesma por ter conseguido andar os 850 km que compõem o Caminho Francês.
Na frente da Catedral também descobri que a minha “praia” era aquela. Andar dentro da natureza.
Os escritórios, reuniões e roupas típicas de uma executiva deram lugar à uma mochila, uma barraca e tudo mais que precisava pra me dedicar às trilhas.
No ano seguinte enquanto me preparava para as próximas aventuras reencontrei meus amigos de Santiago na Grécia e viajamos todos juntos acampando e fazendo aventuras que eu nem imaginava que existiam, como Canyoning, por exemplo. Não foi uma viagem tradicional, nada de champanhe nem hotéis 5 estrelas. Só ficamos em nossas barracas, que por sinal tinham 5 bilhões de estrelas!
Eles me ensinaram muito e quando vi que já sabia andar em trilhas, acampar e conseguia vencer muitos medos, parti para meu próximo sonho de consumo: a trilha PCT. Era uma das coisas que eu achava o máximo, porque era uma junção de beleza e desafios enormes, mas me sentia despreparada ainda.”
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Como se preparar para encarar a PCT?
“Depois de quase 1 ano estudando a logística, pesquisando sobre equipamentos e sobre a trilha em si, resolvi que era hora de tentar.
Nesse meio tempo andei a John Muir Trail, 350 km nas Sierras da Califórnia, que também pertence em 90% da extensão à PCT, e fiz trilhas não turística de 210 km dentro do Grand Canyon com mais 3 hikers, por 10 dias.
Andar os 4.280 km dentro da PCT foi uma intensa mistura de prazer, momentos lindos, superação, medos, muito suor e determinação.
Nada nos prepara pra passar tanto tempo enfrentando frio, calor, desertos, montanhas, neve e travessias de rios muitas vezes perigosos, e nem pra se surpreender com uma cascavel ou um urso no caminho.
Eu estava sozinha na maior parte do tempo, mas fiz várias amizades e, sempre que possível, acampava com outros hikers.”
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Onde cinema e realidade se encontram
“Quem assistiu ao filme Wild (Livre) viu um pouco do que eu passei por lá. E a logística é aquela mesmo. Mandei suprimentos pra mim mesma em 30 caixas que continham comida e outros itens necessários. Para chegar até as caixas, tinha que sair da trilha e pegar uma carona até a vila mais próxima. No começo pegar carona me dava um pouco de medo. E não por ser mulher, porque isso nunca me limitou na vida. Sou de outra geração, onde me defendia sozinha, jogava bola com os moleques e não levava desaforo pra casa. Mas, carona não faz parte da nossa cultura.
Foto: Arquivo Pessoal/Rose Eidman
Aos poucos percebi que era muito divertido e fácil! Conheci pessoas incríveis! Militares, professoras, xerifes, fazendeiros e outros hikers, que sempre ajudam quem está na trilha. Todos gostam de ouvir nossas histórias de vida e muitos nos acolhem em suas casas, oferecendo comida, cama e um banho quente.
De uma caixa até a outra, subindo e descendo montanhas, vencendo dores musculares e cansaço um dia cheguei ao terminal oficial da trilha. A emoção foi enorme, acho que nunca vou escrever ou falar desse dia sem que as lágrimas apareçam nos meus olhos. Foi uma sensação estranha, de dever cumprido e uma instantânea saudade de tudo que vivi lá. Subi nos totens e coloquei a bandeira do Brasil entre as bandeiras dos EUA e Canada que já estão lá. Precisei vencer muita coisa pra chegar naquele terminal, mas tudo isso só me deu alegrias e muita experiência.”
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Parar? Jamais!
“Hoje sou uma pessoa diferente, tudo tem outra dimensão. Sei quanto sou pequena perto das enormes montanhas que subi, e ao mesmo tempo conheci uma gigante cheia de vontade que mora dentro de mim.
Ficar sozinha em nenhum momento me fez sentir solidão. Foi uma oportunidade de estar comigo mesma e me conhecer melhor, da melhor forma possível. E carregar numa mochila tudo que eu preciso é o melhor sinônimo de liberdade que eu conheço!
Tenho muitos planos pela frente e a lista só cresce!
Israel National Trail, Arizona Trail, Annapurna Circuit e Acampamento Base do Everest no Nepal, outras trilhas importantes nos Estados Unidos, enfim, trilhas não faltam.
Até hoje usei recursos financeiros próprios para essas trilhas, mas sem um patrocínio acho que tudo vai ser mais complicado daqui pra frente. Só ouvi “nãos” até hoje, mas desistir não faz e nem vai fazer parte do meu vocabulário.
Vou continuar fazendo o que a trilha me ensinou. Dando um passo após o outro e indo sempre em frente!
Já montei uma palestra muito bacana sobre tudo que vivi e aprendi e espero poder espalhar esse conhecimento a executivos, atletas ou qualquer pessoa que se interesse por ouvir que mudar o que queremos em nossas vidas é possível e mais fácil e prazeroso do que imaginamos.”
Foto: Arquivo Pessoal/Rose Eidman
O que ter na mochila?
A título de curiosidade aqui está a lista de tudo que eu levei na minha mochila!
Eram apenas 6 kg, sem computar água ou comida, pois isso varia dia a dia.
– 1 barraca
– 1 sleeping bag
– 1 isolante térmico
– 1 roupa de chuva
– 1 calça
– 1 casaco de pluma de ganso
– 2 pares de meias
– 1 escova de dentes
– 1 creme dental
– 1 repelente forte
– 1 cortador de unhas, alguns curativos e remédios de emergência
– 1 fogareiro
– 1 panela
– 1 isqueiro, combustível
– 1 celular
– 1 carregador
– 1 bateria extra
– 1 mini canivete
– 1 bússola e mapas
– bastões de trekking
– 1 par de microspikes, uma espécie de corrente que eu usava embaixo dos tênis para ter melhor estabilidade na neve
– 2 colheres (sempre leve duas colheres! Vc vai entender porque se uma quebrar ou se perder ?).
Saco de dormir é algo essencial em qualquer aventura que dure mais de um dia. Este equipamento pode ser o seu melhor amigo em uma expedição, mas, se mal escolhido, também pode ser o responsável por noites mal dormidas, muito frio, calor e diversos perrengues. Por isso, é muito importante conhecer os detalhes e as indicações de uso de cada modelo, antes de definir qual completa melhor a sua lista de bagagem.
Nós separamos alguns detalhes que você precisa atentar antes de escolher o seu:
Tipo de Isolamento Térmico
Os sacos de dormir podem ter isolamento em plumas de ganso ou sintético. Cada um dos materiais oferece suas próprias vantagens. As plumas, por exemplo, tendem a ser muito mais compressíveis. Já os isolamentos sintéticos têm a vantagem de manter as propriedades de aquecimento mesmo quando têm contato com a umidade.
Temperatura de conforto
A densidade e o tipo de material utilizado no isolamento determinam o poder de um saco de dormir, ou seja, são esses pré-requisitos que definem a temperatura indicada para cada um dos modelos. Existem sacos pensados para proteger aventureiros na alta montanha, que enfrentarão temperaturas extremas, e outros mais adequados para um camping na praia, por exemplo, e outras situações com clima mais ameno.
O tipo de zíper
Alguns sacos de dormir têm abertura central e outros lateral. Você pode observar que os modelos pensados para a alta montanha, desenhados para temperaturas extremas, normalmente abrem na altura do peito, como uma jaqueta. Isso foi estrategicamente pensado para reduzir a perda de calor nessas situações. Os sacos de dormir desenvolvidos para aventuras em temperaturas mais amenas costumam ter abertura pela lateral, com opção para zíperes “mão esquerda” ou “mão direita”, uma das facilidades para destros e canhotos.
Alguns modelos específicos com abertura lateral ainda têm a vantagem de poderem ser acoplados através do zíper, formando um grande abrigo, ideal para aventuras a dois. Neste caso, a conexão é possível apenas se um dos sacos de dormir for “mão esquerda” e o outro “mão direita”.
Sobre a região da cabeça e dos pés
O corpo humano tende a perder grande quantidade de calor através da cabeça e dos pés. Portanto, é imprescindível que os sacos de dormir tenham estrutura pensada para proteger melhor essas partes do vento e da umidade. Alguns modelos têm as duas regiões equipadas com materiais impermeáveis, para impedir que a umidade do solo ou do ambiente passar para o corpo.
Formato sarcófago
Este é um termo muito comum quando falamos de sacos de dormir para temperaturas negativas e/ou extremas. Quando um saco de dormir tem formato sarcófago, isso significa que a região do capuz e colarinho são modelados para manter a cabeça totalmente protegida, deixando a menor área possível à mostra. Além disso, a região dos pés também tem formato anatômico, realmente semelhante ao dos antigos sarcófagos egípcios, para garantir conforto total durante o período de descanso.
Saco de compressão
É bem comum que um saco de dormir venha acompanhado de um saco de compressão, extremamente útil durante o transporte e por toda a sua aventura. Os sacos de compressão mantêm os sacos de dormir sempre no seu menor tamanho possível. No entanto, é muito importante lembrar que eles não são ideais para manter os sacos de dormir armazenados por muito tempo. Quando não estiver em uma expedição, o melhor a fazer é deixar o seu saco de dormir guardado sem estar comprimido, para que possa respirar e manter todas as suas características intactas por muito mais tempo. Isso evita que as fibras fiquem viciadas, prejudicando o formato original do saco de dormir.
Existem diversos tipos e técnicas para realizar uma meditação. Uma dessas variações é conhecida como “mindfulness”. Diferente do que acontece em outras formas tradicionais de meditação, a Mindfulness não necessita que você pare por vários minutos e realmente “esvazie” a mente. A ideia principal desta técnica consiste em se concentrar integralmente no momento que está sendo vivido. Por isso, ela pode ser facilmente praticada juntamente com as mais diversas atividades do dia a dia, inclusive durante os treinos ou em uma aventura propriamente dita.
Quando se trata de mindfulness o principal objetivo é trabalhar a concentração e o foco. Em consequência disso, é possível aumentar a consciência e aproveitar melhor todas as atividades, fatores que proporcionam inúmeros benefícios ao corpo e à mente. A meditação ajuda a melhorar a memória e a reduzir o estresse e a ansiedade, fatores que se refletem em todas as áreas da vida.
Indo para o lado mais prático, aplicar a meditação mindfulness durante uma atividade física é muito simples e pode impactar positivamente o seu desempenho.
Veja algumas dicas e comece a praticar:
Relaxe e tire um tempo para se preparar
Antes de iniciar é preciso ter um preparo. Independente se você vai correr, fazer um treino funcional, escalar ou começar uma trilha, primeiro desligue-se de coisas que podem desviar a sua atenção. Desative as notificações do celular, desligue a música, relaxe e concentre-se na respiração e nos movimentos do alongamento/aquecimento. Isso vai ajudar a dar uma acelerada na rotina e começar o foco no exercício e no próprio corpo.
Chamonix – Foto: Tim Kemple.
Atenção à respiração
Essa é uma dica essencial para quem tem dificuldades em se concentrar. Quando os pensamentos começarem a divagar, foque na sua respiração e nos movimentos que o seu corpo está fazendo para realizar a atividade. Se for uma corrida ou caminhada, pense em um passo de cada vez e controle a respiração. Com a atenção voltada para cada movimento, ficará mais difícil manter pensamentos externos. Aos poucos a mente vai se esvaziando, a ansiedade diminui e os problemas ficam para trás.
Mantenha o ritmo (de concentração)
Durante uma atividade física contínua é muito comum o corpo entrar em “modo automático” e os pensamentos fugirem do momento. É muito importante manter o ritmo não só do passe, mas, principalmente, da concentração. Mantenha-se focado na respiração e nos movimentos. Quando perceber que está se perdendo, volte as atenções à respiração e vá, aos poucos, retomando o foco.
Uma observação: essa meditação é muito mais fácil de ser realizada quando a atividade acontece em um ambiente já familiar. Portanto, comece aplicando as técnicas em uma trilha já conhecida ou em um treino já feito antes.
Os parques urbanos são verdadeiras válvulas de escape para quem vive nas grandes cidades brasileiras. As áreas verdes funcionam como oásis em meio à correria, poluição e congestionamentos tão comuns às rotinas nas metrópoles, possibilitando diversas oportunidades de lazer e práticas esportivas.
O Brasil está cheio de parques maravilhosos. Nós separamos uma lista com os cinco, que pra nós, são alguns dos mais bonitos do país!
Parque Ibirapuera
Localizado em São Paulo, o “Ibira” é um dos parques mais famosos da cidade e talvez até do Brasil. A enorme área verde no coração de SP tem 1.584.000 m2 com as mais diversas atrações. Em termos culturais, o parque conta com uma bienal, museus, um auditório e muitas áreas abertas para shows. Além disso, existem áreas destinadas ao ensino, proteção da biodiversidade e muito espaço para a prática das mais diversas atividades físicas, tudo isso assinado pelo icônico arquiteto Oscar Niemeyer.
O Parque Tanguá está situado em uma antiga pedreira próxima ao rio Barigui e é um verdadeiro espetáculo natural, localizado entre Curitiba e Almirante Tamandaré, no Paraná. Inaugurado há pouco mais de dez anos, o parque tem como destaque o mirante a 65 metros de altura, que vem acompanhado de uma cascata. Sua área total é de 235.000 m2, por onde estão espalhadas pistas de cooper, ciclovias, mirantes, torres de observação de pássaros, jardins, bistrô e muito mais.
Localizado no Rio de Janeiro, este é o maior parque em área urbana do Brasil. Mas, a sua importância vai muito além do tamanho. O Parque protege a primeira floresta replantada do mundo! Dentro da reserva estão localizadas muitas trilhas, ruínas históricas, cachoeiras, o Corcovado e o próprio Cristo Redentor. Não faltam opções para os atletas e aventureiros curtirem a Floresta da Tijuca e a infinidade de atrações que ele dispõe.
Foto: Rodrigo Soldon/Flickr – Creative Commons
Parque das Dunas
Este é o segundo maior parque em área urbana do Brasil. Localizado em Natal, no Rio Grande do Norte, o Parque das Dunas conta com uma área de 1.172 hectares e é reconhecido pela Unesco como parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Brasileira. Além das diversas atrações aos visitantes, como trilhas de observação, atividades educativas e recreativas, exposições e shows, este parque tem grande importância para a manutenção da biodiversidade. Sua área abriga dois tipos de vegetações muito específicos da Mata Atlântica: mata de duna litorânea e tabuleiro.
Foto: Reprodução
Parque Municipal Américo Renê Giannetti
Assim como o Ibirapuera, em São Paulo, o Parque Municipal Américo Renê Giannetti está localizado no coração de uma das principais metrópoles do Brasil. São 182 mil m2 de área por estão bosques, teatros, quadras esportivas, pistas para corrida e patinação e lago com barcos a remo e pedalinhos. O Parque Municipal existe há mais de 120 anos e existe no local ocupado por uma grande chácara nos séculos passados.
Uma epidemia de febre amarela obrigou a prefeitura e o governo de São Paulo a fecharem dois parques estaduais e outros 13 parques municipais na região da zona norte da capital paulista. A decisão tem como intuito prevenir e proteger a população de um surto de febre amarela que já ocasionou a morte de dezenas de macacos na cidade e em outros municípios do interior do estado.
O Parque Estadual da Cantareira está entre os locais interditados pela prefeitura. Localizado na região da Cantareira, o parque é considerado a maior floresta urbana do mundo, com 7.900 hectares de Mata Atlântica. Além de ser abrigo para diversas espécies de animais, inclusive alguns ameaçados de extinção, o Parque da Cantareira conta com diversas trilhas, que atraem corredores e aventureiros de toda a capital paulista.
Prevenção
De acordo com o Governo do Estado, pelo menos, 15 municípios tiveram as ações de vacinação contra a febre amarela intensificadas. Apenas no interior, mais de 860 mil pessoas devem ser vacinadas. Na cidade de São Paulo, 37 Unidades Básicas de Saúde estão trabalhando com ações intensivas para atender a população que quer se proteger contra o vírus. A expectativa é de que a campanha imunize 2,5 milhões de pessoas.
Apesar de ter ocasionado a morte de muitos macacos, a febre amarela não é transmitida através dos primatas. Eles são apenas vítimas do mosquito transmissor, que também atinge os seres humanos.
Sobre a vacina
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), basta tomar a vacina apenas uma vez para ficar imune ao vírus por toda a vida. Antes, a recomendação nacional era de tomar uma dose a cada dez anos, mas a nova medida, que entrou em vigor neste ano seguindo as orientações internacionais, determina vacina única. Portanto, pessoas que foram vacinadas contra a febre amarela quando eram bebês, não precisam repetir a dose.
O filme já está disponível na íntegra on-line
“Agora” é um curta metragem produzido pelos irmãos Lucas e Otávio Lima. O filme mostra a jornada física e mental do escalador Lucas Lima em sua busca por alcançar o topo da Pedra da Divisa (SP), um pico extremamente desafiador.
O curta participou de diversos festivais de cinema, faturou o prêmio de Melhor Curta no Rio Mountain Festival e foi convidado para participar do Banff Mountain Film and Book Festival, um dos eventos de filmes outdoor mais importantes do mundo. Mas, o projeto vai muito além das telas, ele reflete a paixão dos dois irmãos pela escalada e pela arte.
Você pode assistir a este filme na íntegra no vídeo abaixo: