Ficar “preso” dentro de casa pode ser um verdadeiro desafio, principalmente para os aventureiros, que estão sempre em busca de desafios outdoor . No entanto, durante esse período de incertezas e pandemia, em que a maior recomendação da Organização Mundial da Saúde é o distanciamento social, as aventuras ganharam formas diferentes e muitas restrições. Mas, existem algumas estratégias para cuidar do corpo e da mente, que podem ajudar a deixar esse período menos tedioso.

O governo do Reino Unido criou um programa para ajudar a população a se manter mentalmente saudável durante a quarentena e nós separamos algumas dessas dicas para compartilhar por aqui. (Se você quiser acessar o documento completo, basta clicar aqui )

  • Desenvolva uma rotina agradável

Trabalhar homeoffice ou ficar em casa com muito tempo ocioso pode prejudicar a nossa noção de tempo. Ao invés de deixar que isso se torne algo negativo, aproveite para criar uma rotina que inclua coisas prazerosas e que, talvez, você normalmente não tenha tempo para fazer. Use o tempo que seria gasto no deslocamento, por exemplo, para ler um livro, assistir a algum programa de televisão, ver um filme, fazer artesanato, pintura, brincar com os filhos, jogar algum jogo…enfim, existem muitos hobbies guardados por falta de tempo. Agora pode ser o momento ideal para tirá-los do armário! Além disso, tente manter horários fixos para as refeições e tarefas diárias. Criar uma rotina não precisa ser algo ruim, ter esse controle sobre a organização do seu dia pode fazer com que as horas rendam muito mais (e não estamos falando de trabalho apenas mas, principalmente, sobre os seus prazeres pessoais). Aproveite que você tem mais tempo, até mesmo se o que você precisar no momento seja ficar sem fazer absolutamente nada.

  • Mantenha a sua mente ativa

Nós já falamos aqui que o contato com a natureza colabora para aumentar a criatividade e a saúde mental. Como isso está um pouco mais difícil no momento, é preciso encontrar outras estratégias para se manter ativo e criativo, afinal, isso será essencial para manter a sua sanidade mental. As mesmas atividades que podem ser seus hobbies, de repente servem também para manter o seu cérebro sempre em exercício e pensando em coisas criativas. Se a televisão e a internet, com tantas notícias negativas, já consumiram boa parte da sua energia, aproveite para desligar do mundo com algum quebra-cabeça, um bom livro, podcast, música, pintura, jogos ou arte. Poder dar um “reset” na mente vai te ajudar a ter mais clareza nos pensamentos e, consequentemente, te permitirá ter mais espaço para desenvolver a criatividade.

  • Aproveite para colocar o sono em dia

Com a rotina corrida do dia-a-dia normal, pode ser que dormir oito horas por noite seja quase um luxo. Durante a pandemia o ritmo da vida mudou. Se você conseguir organizar bem o seu dia, dê prioridade a ter uma boa noite de sono. Descansar bem à noite é essencial para que a mente e o corpo se mantenham saudáveis. Como isso nem sempre é possível, aproveite este novo ritmo da vida, para colocar o seu sono em dia.

  • Cuide do seu bem-estar físico

Mesmo sem poder ir à academia, é possível se manter em movimento dentro de casa ou em uma área livre. Se você está acostumado a ter um bom ritmo de treinos, não é hora de desanimar. E, se você nunca treinou, este pode ser o momento certo para começar. É claro que existem muitas limitações. Mas, alguns exercícios são facilmente adaptados para serem realizados dentro de casa ou na natureza. Boas opções são alongamentos, yoga, exercícios funcionais. corrida, ciclismo… escolha uma modalidade ou um estilo que te agrade e comece. Manter o corpo ativo ajuda a liberar hormônios que deixam o seu cérebro mais saudável, combatem o estresse e lhe proporcionam uma sensação de felicidade que poucas outras atividades podem geram. A meditação também é uma prática que cabe perfeitamente aqui. Além disso, não abra mão de uma boa alimentação. É normal ter vontade de comer algumas besteiras, mas tente se manter em equilíbrio. Os alimentos também têm muito poder sobre o nosso corpo e se refletem diretamente em nossas emoções e saúde.

  • Deixe a natureza entrar

Se você não pode ir até a natureza, deixe que ela venha até você. Aproveite a boa luz do sol, deixe as janelas abertas para a brisa entrar, cuide das suas plantinhas, enfim, faça o que for possível para não perder o contato com a natureza, essa energia é realmente vital para os seres humanos. E, quando ficar desanimado, pegue as fotos e vídeos das suas últimas aventuras e relembre todas elas, sempre tendo em mente o fato de que a tempestade vai passar e logo um arco-íris voltará a se formar.

Foto: Frabizio Verrecchia/Unsplash – Creative Commons

⁠Você já ouviu o episódio dessa semana do nosso Podcast? Ele está cheio de histórias de perrengues pra ninguém botar defeito. ⁠

Afinal, quem nunca passou um perrengue no meio de uma viagem ou de uma aventura que atire a primeira pedra! ⁠

A real mesmo é que, por piores que sejam, são nesses momentos de infortúnios que nós mais aprendemos. Um “perrengue brabo” deixa lições para a vida inteira. E, depois que passa, a gente ainda tem mais história para contar. Às vezes dá até para dar algumas risadas. ⁠

Foto: GetOutsideBr

Mas, já vamos avisando: o intuito aqui é ser educativo. Então, fiquem atentos a essas histórias e aprendizados para que você não seja a próxima vítima. ?⁠

Com:

  • Luisa Galiza – @levenaviagem
  • Karina Oliani – @karinaoliani
  • Leo Cavazzana – @leocavazanna
  • Ale e Duda – @getoutsidebr
  • Diego Sanches – @fotografo_viajante
  • Daiane Luise – @dailuise


A Serra do Ibitiraquire é uma cadeia de montanhas localizada no Paraná, a poucos quilômetros de Curitiba. Ela é perfeita para quem está em busca de trekkings desafiadores e uma paisagem incrível.

A dica é do @faysonmerege e no vídeo ele traz algumas informações importantes para quem quer desbravar a região, em especial para quem quer subir o Pico Paraná!

Serra do Ibitiraquire, Paraná. | Foto: Fayson Merege

CURIOSIDADE: Essa imagem linda foi registrada a partir do Pico Itapiroca e o Pico Paraná está bem de frente, é essa formação incrível que, para alguns, até lembra a silhueta de um camelo.

E aí, você já conhece a Serra do Ibitiraquire?

Qual outro destino nacional está na sua lista dos preferidos?

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por The North Face BR (@thenorthfacebr)

O destino da vez é a Chapada dos Guimarães, mais um local paradisíaco e recheado de atrações para os aventureiros e até para os não tão aventureiros assim.

Diferente da Diamantina (post completo aqui), que tem um acesso bem mais complicado, a Chapada dos Guimarães está a apenas 70 km de Cuiabá. Essa facilidade a torna uma opção bastante acessível financeiramente e até para quem tem pouco tempo para aproveitar a região.

Assim como acontece com a maior parte das áreas de preservação controladas pelo governo, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães está sob os cuidados do ICMBio. Por isso, muitas atrações têm horários específicos de funcionamento, taxa de entrada e podem até ser acessíveis apenas com o acompanhamento de guias. Apesar do custo extra na viagem, isso não é algo negativo, até porque proporciona mais segurança aos visitantes e ajuda a manter toda a estrutura e preservação ambiental da região.

Parque_Nacional_Chapada_dos_Guimarães_-_Cidade_de_Pedra
Cidade de Pedra, no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. – Foto: Maíra Arantes Leite Wick/Wikimedia Commons

Atrações

Quem visita a Chapada dos Guimarães se depara com uma imensidão natural e biodiversidade única, afinal o Parque Nacional se estende por uma área de 33 mil hectares. Além da vegetação, característica do cerrado, e dos imensos paredões avermelhados, é muito comum avistar enormes araras coloridas, aves de diferentes espécies, répteis e os mais diversos tipos de animais.

Entre os passeios mais comuns, estão as visitas às cachoeiras, cavernas e mirantes. A cachoeira mais famosa é o “Véu da Noiva”, com 86 metros de queda e fácil acesso. Assim como ela, diversos outros mirantes estão espalhados pela Chapada e podem ser alcançados de carro mesmo, com áreas asfaltadas até bem próximo aos pontos de observação.

Estradas_pela_Chapada_dos_Guimarães
Estrada com destino ao Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. – Foto: Marinelson Almeida Silva/Creative Commons

Para os mais aventureiros, é possível encarar o trekking do Morro de São Jerônimo, com 16 km de caminhada e escalada, compensadas por uma vista panorâmica incrível. Além dessa, a chapada tem diversas trilhas curtas, que podem ser feitas a pé ou de bike.

Uma das curiosidades sobre o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães é que lá está o Centro Geodésico, um mirante localizado no meio da América do Sul, em um ponto equidistante entre o oceano Pacífico e Atlântico. Para completar as opções, a região também tem uma boa variedade gastronômica a restaurantes com comidas típicas localizados nos próprios mirantes, onde é possível aproveitar uma bela refeição curtindo toda a imensidão da Chapada.

Chapada dos Guimaraes_Cidade_de_pedra
Cidade de Pedra. Foto: Edmilson sanches – Creative Commons

 

Conheça nossos produtos para a prática dessa atividade https://www.thenorthface.com.br/busca?fq=specificationFilter_26:Trekking%20e%20Hiking?O=OrderByReleaseDateDESC 

Estar em contato com a natureza é uma das melhores terapias que existem. Um estudo feito na Universidade de Queensland, na Austrália, mostrou que bastam 30 minutos semanais de contato com a natureza para que os casos de doenças como depressão, pressão alta, estresse, doenças cardíacas e muito mais sejam reduzidos.⁠

Se esse contato mínimo já proporciona tantos benefícios assim, imagine uma imersão total na natureza? ⁠

É justamente isso que a prática do trekking faz. Ficar por horas caminhando em uma trilha, montar uma barraca e passar a noite sob um céu estrelado é quase como se teletransportar da realidade caótica para um universo paralelo em que o mundo gira num ritmo diferente.

Foto: Luisa Galiza / Leve na Viagem


Em meio a uma pandemia, o trekking e as atividades ao ar livre têm sido uma das melhores opções para se manter ativo e um jeito eficiente e muito saudável de combater as doenças emocionais. Por isso, se você quer começar a se aventurar nesse universo das trilhas, a hora é agora!⁠

Para falar sobre esse assunto, no episódio 4 do Podcast da The North Face Brasil rolou um papo com um casal super especial: a Luisa Galiza, montanhista e idealizadora do blog @LevenaViagem, e o João Fernando Lobo, que é o namorado da Luisa e um iniciante no mundo do trekking.⁠

Essa conversa está cheia de dicas, histórias e uma troca de experiências super bacana! ⁠

Na hora de escolher uma mochila cargueira ou daypack cada detalhe faz diferença. Se você é mulher, além de atentar aos bolsos, compartimentos, material, entre outras coisas, é muito interessante verificar se o modelo escolhido tem uma versão feminina. Pode parecer besteira, mas as mochilas desenvolvidas especialmente para mulheres acabam sendo muito mais confortáveis na hora de carregar. E, durante toda a trilha, esse conforto fará muita diferença.

As nossas mochilas daypacks são desenhadas e aprovadas pela Associação Norte-Americana de Quiropaxia com o intuito de terem o melhor desempenho possível no conforto e equilíbrio do peso. Os modelos femininos têm outras vantagens além da tecnologia aplicada no costado: alças, barrigueira, fechamento no peitoral, enfim, cada detalhe é pensando a partir da forma física das mulheres e em como trazer mais conforto para o dia a dia.

Pense em um homem e uma mulher comuns. Perceba como a forma física deles e, principalmente, a parte estrutural do corpo se diferem. Homens tendem a ter ombros mais largos, ilíaco mais estreitos, pescoço mais alongado, entre outras coisas. Imagine, então, usar os mesmos ajustes na mochila para eles e para elas?

Considerando o formato padrão do corpo das mulheres, diversas marcas passaram a desenvolver mochilas femininas. A The North Face oferece essas opções femininas tanto nas daypacks como nas cargueiras, que são justamente onde as diferenças são mais percebidas.

Na hora de escolher a sua cargueira atente aos detalhes dos ajustes e veja como eles se adequam ao seu corpo. – Foto: Will Sauders

Uma mochila cargueira comum pode ter de 50 a 80 litros (às vezes até mais) e acomodar muitos quilos de bagagem. A maior parte desse peso deve ficar apoiada na região do ilíaco, apesar de muita gente achar que carregamos o peso nos ombros. Por isso, é essencial que o ajuste da barrigueira seja perfeito no corpo, para que o peso da bagagem fique equilibrado e que durante o movimento natural da caminhada, um ajuste inadequado não prejudique ou sobrecarregue o restante do corpo. Se o peso não está no quadril, o corpo naturalmente começa a compensar o apoio em outras áreas, como a coluna. Em travessia ou trekking de longa duração, esse detalhe pode prejudicar toda a viagem e ainda deixar consequências piores futuras.

Então, na hora de escolher a sua cargueira atente aos detalhes dos ajustes e veja como eles se adequam ao seu corpo. Se possível, faça o teste com a mochila pesada, simulando a carga que você carregará na trilha ou na montanha. Assim, você evitará surpresas, dores e uma dose enorme de perrengues.

comprar_malas e mochilas

O @matheuskager  é apaixonado por trekking! Ele preparou um vídeo especial e mais cinco dicas que serão muito úteis quando você estiver se preparando para fazer uma trilha mais longa ou travessia.

1. Saco de Dormir: O ideal é guardá-lo sempre embaixo de tudo e, se possível, dentro de um saco stank (uma bag impermeável).

2. Isolante térmico: Evite deixa-lo para fora. Você pode usá-lo para preencher o interior da mochila (como no vídeo). Essa é uma boa maneira de ganhar mobilidade e prolongar sua vida útil do seu isolante térmico.

3. Barraca: Coloque-a centralizada no interior da mochila para distribuir melhor o peso. Procure alocar os demais objetos ao seu redor.

4. Não se esqueça das camadas: baselayer, fleece, jaqueta de pluma ou Thermoball e uma impermeável. Esses itens são suficientes para garantir o aquecimento em praticamente qualquer ocasião (exceto em alta montanha).

5. Praticidade: Itens emergenciais, como lanternas e jaquetas impermeáveis, devem sempre estar em locais de fácil acesso. Sempre que possível, utilize os bolsos externos da mochila para cumprir essa função.

Se você está começando a se aventurar nas trilhas, já deve ter percebido que alguns terrenos são super desafiadores. É muito comum se deparar com obstáculos como pedras, raízes, umidade, lama e muito mais. Nessas situações, estar com o calçado correto vai fazer toda a diferença, além de garantir a sua segurança e integridade física no meio do percurso.

Quem já é trilheiro sabe bem que investir em uma boa bota de trilha é o melhor jeito de fazer uma caminhada tranquila. Se você ainda não está convencido disso, nós listamos algumas características que vão te incentivar a colocar uma bota no pé, ao invés do seu tênis de academia em sua próxima aventura.

  1. Proteção dos tornozelos

Logo de cara a diferença mais óbvia entre uma bota e um tênis é a altura do cano. Em geral, as botas de trilha vão até um pouco acima dos ossos do tornozelo. A  principal função desse cabedal mais longo é proteger e estabilizar os pés contra torções, principalmente quando o terreno tiver muitas pedras e inclinação.

  1. Impermeabilidade

Os calçados usados normalmente para treinar na academia ou correr na cidade não são feitos para tomar chuva. Mas se tem uma coisa que ninguém quer é ficar com o pé molhado na trilha, seja por causa das condições do clima ou por atravessar algum curso d’água. Por isso, a maior parte das botas de trekking são fabricadas com tecnologia de impermeabilidade, impedindo que a água entre ao mesmo tempo em que o suor sai.

  1. Solado com mais tração

É óbvio que não existe uma regra proibindo as pessoas de usarem tênis “normais” na trilha. Mas, se o seu calçado foi pensado para ser usado na rua ou na esteira, certamente o solado dele é mais liso, diferente dos calçados pensados para trilhas. As botas e até mesmo os tênis de trail run possuem saliências maiores no solado. Elas são como “cravos”, que podem variar de tamanho, mas sempre com o objetivo de proporcionar mais tração ao solo, mesmo quando o terreno é desafiador, com pedras, lama ou escorregadio.

  1. Biqueira reforçada

Nós já falamos antes aqui sobre os obstáculos no caminho. É justamente por isso que as botas e tênis de trilha possuem a biqueira reforçada. Proteger os dedos é essencial, por isso, a parte frontal é sempre feita com um material mais resistente.

  1. Entressola mais rígida

Para correr na rua, a maior parte dos atletas prefere tênis ultra macios, que amorteçam bem o impacto das pisadas no asfalto. Na montanha o próprio terreno já tende a ocasionar naturalmente menos impacto. Portanto, os calçados podem ser mais densos, com a entressola mais rígida. Isso proporciona mais estabilidade nos terrenos irregulares e também ajuda a aumentar o retorno do esforço pelas passadas, reduzindo o desgaste em longo prazo.

“Ah, mas isso é coisa de menino”, “Mulher não aguenta fazer uma expedição dessas”, “Mas, você vai sozinha?”, “Será que consegue?”⁠

Toda mulher, principalmente as mais aventureiras, já ouviu uma dessas frases em algum momento da vida. Em um universo que, infelizmente, ainda é dominado por homens, as mulheres que estão constantemente saindo de suas zonas de conforto para aproveitar e desbravar as maravilhas que esse mundão tem a oferecer, ainda hoje, em pleno século 21, se deparam com preconceito e muitas reticências… ⁠

Não é à toa que a quantidade de homens nas aventuras ainda é muito maior do que a quantidade de mulheres. Mas, isso vai mudar. Aliás, já está mudando. ⁠

As trilhas estão cada vez mais cheias de mulheres e o trekking é só o começo de um caminho que leva a outros sonhos, à quebra de paradigmas e a um universo outdoor muito mais igualitário. ⁠

Para entender melhor quais são os desafios que as mulheres enfrentam constantemente no contexto das aventuras, o Podcast dessa semana contou com três mulheres incríveis, com histórias de superação e que são inspiração: @ayeshazangaro@dailuise e @mariaulbrich são as convidadas.⁠

Se você também quer mais mulheres vivendo esse universo das aventuras, ouça esse papo e compartilhe com o maior número de pessoas possível. Vamos influenciar outras mulheres a viverem seus sonhos!⁠

Você já trocou o certo pelo duvidoso? Já deixou a segurança e estabilidade de um bom emprego para ir atrás de um sonho? A Luisa já!

Formada em psicologia e com pós-graduação em gestão pública de cultura, por 10 anos ela foi funcionária pública federal, atuando diretamente no Min. de Cultura. Por um bom tempo esse foi um trabalho prazeroso, até que em certo momento da vida, ele deixou de ser.

Nessa época, o coração dela batia mais forte por um projeto pessoal o Blog Leve Na Viagem, onde ela compartilhava roteiros de viagem e dicas de aventuras, principalmente para mulheres. Chegou o momento da escolha: continuar na estabilidade de um emprego burocrático ou ir atrás da felicidade? Mesmo com a desconfiança de quem estava ao seu redor, ela bateu o pé e mergulhou de cabeça no seu sonho. No fim, deu certo!

Aliás, a Luisa ainda veio completar o nosso time de embaixadores em 2021!

Foto: Luisa Galiza / Leve na Viagem

“Em 2018, passei o natal no Monte Roraima, na primeira vez que eu fui. Essa viagem foi muito transformadora. Voltei certa de que precisava fazer alguma coisa diferente na minha vida. Em janeiro de 2019, fiz a primeira expedição do @levenaviagem com um grupo de mulheres para a Chapada dos Veadeiros. Foram 3 dias de viagem. Voltei em um domingo à noite e na segunda-feira, quando fui trabalhar, decidi pedir exoneração. Pedi demissão na manhã daquele dia e foi uma libertação absurda.

Foto: Luisa Galiza / Leve na Viagem

Eu precisei de muita coragem para bancar essa decisão. Para todo mundo foi complicado entender como viveria de Blog. Mas, sem dúvida foi a escolha mais incrível que eu fiz na vida.

Quando sonhamos e desejamos algo de verdade, ou a gente escolhe correr atrás encarando os medos com coragem, ou deixamos a felicidade à margem dos sonhos. Só depende da gente!” – Luisa Galiza – @levenaviagem

Foto: Luisa Galiza / Leve na Viagem

As boas práticas sociais são, na maioria das vezes, simples de serem aplicadas e podem resultar em um convívio muito mais harmonioso com todos os que estão ao seu redor. No dia-a-dia isso é essencial e em uma trilha, esses detalhes e pequenas normas de conduta social, são ainda mais importantes. Por isso, nós separamos algumas dicas para quem está começando e quer fazer bonito nas trilhas e conquistar ainda mais aventuras e novos amigos.

  1. Converse com o seu grupo antes, durante e depois

Ao planejar uma trilha, seja ela de um dia ou mais, é necessário conversar muito bem com o grupo antes de ir, para que todos estejam em pleno acordo. Falem sobre o percurso, as opções de paradas, descanso e, principalmente, decidam sobre o camping e horários estimados para cada etapa do trajeto. Isso evita muitos desconfortos pelo caminho.

  1. Respeite o ritmo dos seus colegas

Uma norma primordial em um trekking ou hiking em grupo é: respeitar o ritmo dos demais. A melhor forma de estar em harmonia com todos os colegas de viagem é seguir o ritmo da pessoa mais lenta do grupo. Assim, ninguém fica sobrecarregado e todos conseguem aproveitar tudo o que a experiência pode proporcionar.

  1. Seja educado com os outros exploradores que encontrar pelo caminho

Aproveite a viagem para conhecer outras pessoas, fazer amizades, trocar experiências ou, simplesmente, ser polido e educado com os outros aventureiros que cruzarem o seu caminho. Além disso, quando estiver caminhando em grupos, lembre-se de abrir espaço e dar passagem para que os grupos menores e viajantes solitários passarem e tente manter uma distância confortável entre eles, assim, ninguém atrapalha a privacidade de ninguém.

  1. Interfira o menos possível na natureza

Um bom aventureiro aproveita o máximo da vida ao ar livre, deixando o menor rastro possível. Isso inclui não interferir na natureza, seja retirando algo de lá, deixando “rastros” e, até mesmo, alimentando os animais silvestres. Eles têm hábitos próprios e isso não inclui a maior parte dos alimentos com os quais nós estamos acostumados. Ah, vale lembrar que se você encontrar lixo ou qualquer resíduo que não seja natural, o melhor a fazer é recolher, mesmo que ele não seja seu.

  1. Evite fazer muito barulho, principalmente à noite

Se a sua trilha inclui acampamento, tenha cuidado com o seu volume, principalmente à noite. Evite músicas ou conversas muito altas, pois isso interfere bastante na vida selvagem. Atente também à quantidade de luzes. Use apenas a iluminação necessária, para que os animais também possam descansar em paz durante a noite toda.

Foto: Anais and Dax
Foto: Anais and Dax

  1. Faça listas com o que levar na mala

Essa não é uma dica específica para a trilha, mas este cuidado prévio pode comprometer toda a aventura. Antes de arrumar a mochila, pesquise quais itens são essenciais para garantir o seu conforto e segurança durante a trilha, faça uma lista, troque informações com trilheiros mais experientes e garanta que tenha tudo o que precisa ao alcance da sua mala. Este planejamento pode definir se a sua viagem será um sucesso ou um perrengue.

  1. Aproveite muito ao invés de reclamar

Todas as viagens têm altos e baixos, isso é normal. Mas, valorizar apenas o que acontece de ruim, não faz a experiência ser melhor. Portanto, evite reclamar no caminho. Isso pode desmotivar as outras pessoas também. Ao invés disso, aproveite o que a oportunidade pode proporcionar de bom, foque no que é diferente, valorize os bons momentos em grupo e a beleza da natureza. E se der errado, transforme o perrengue em histórias divertidas, que serão lembradas e contadas para sempre. Com certeza isso fará a sua experiência ser ainda mais marcante e feliz.

Corrida de rua e de montanha podem parecer o mesmo esporte, mas a verdade é que elas são muito diferentes entre si. Cada modalidade tem a sua particularidade e pede cuidados e treinamentos específicos.Por isso, antes de correr da rua para a montanha, vale a pena ouvir os conselhos de quem já tem experiência no assunto. Ninguém melhor para falar sobre isso do que Rosalia Camargo, parceira The North Face que domina as provas nacionais de Trail Run.

Rosalia já começa suas dicas explicando que a localização não é um problema nas corridas de montanha, as chances de alguém se perder são bem pequenas e improváveis. “Se você acha que Trail Run significa correr com um mapa, e acredita que certamente vai acabar perdido no meio do mato, está enganado.”

A primeira corrida de quem migra da rua para a montanha é inesquecível. A própria Rosalia sentiu isso na pele e depois de experimentar a nova modalidade, não parou mais. “Quando fiz minha primeira maratona de Trail Run, em 2010, eu não tinha ideia do evento que estava participando. Acabei por descobrir que havia marcação por todo o percurso, postos de abastecimento com água e isotônico gelados, e de brinde ainda desfrutei de um visual inacreditável! Como resultado, me apaixonei pela modalidade e abandonei completamente as tradicionais corridas de rua”, lembrou a atleta.

A adaptação, no entanto, não acontece de primeira. Rosalia explica que levou anos até ter experiência e desenvolver a técnica ideal para superar as montanhas. Segundo ela, é preciso estudar as provas e se preparar considerando muito mais do que apenas a distância. “Uma dica para quem está iniciando nesse esporte é entender que não é apenas a distância da prova que se deve levar em conta, mas o tipo de percurso, perfil altimétrico, clima, suportorte oferecido pela organização, suporte externo permitido, entre outras variáveis”, lembra Rosalia, acrescentando que desrespeitar algum desses itens pode resultar em penalidades de tempo ou desclassificação.

A Patagônia é um destino cheio de aventuras e belezas naturais. - Foto: Reprodução/Facebook
A Patagônia é um destino cheio de aventuras e belezas naturais. – Foto: Reprodução/Facebook

Outro desafio, segundo a nossa atleta, é a escolha dos equipamentos corretos. “Diferente das corridas de rua, o Trail Run demanda uma série de itens obrigatório, que variam de acordo com o desafio que você escolher. Escolha com antecedência o que vai utilizar e treine para não ter surpresas ao longo da corrida.” Tênis técnicos que aguentem a lama, meias próprias para corridas, roupas que mantenham o corpo sempre seco e cintos de hidratação são apenas alguns dos itens que não podem faltar em uma Trail Run.

Rosalia finaliza com um conselho muito importante: “Lembre que as provas costumam ser longas e um pequeno erro pode te levar um desconforto prolongado. Pode parecer muito complicado, mas uma coisa é certa, depois que você fizer uma prova de trilha, nunca mais vai curtir correr na monotonia do asfalto, acredite!”

Rosalia Camargo na edição de 2018 do UTMB. | Foto: Divulgação/UTMB