Existem itens indispensáveis para quem quer fazer uma viagem de neve sem perrengue. Praticar esportes de inverno é uma experiência incrível, mas sem as roupas e equipamentos corretos, ao invés de viver momentos prazerosos, você pode viver uma série de frustrações e nunca mais querer repetir a experiência.

Par que isso não aconteça e você aproveite ao máximo todas as aventuras que a neve pode oferecer, basta estar bem equipado e preparado. Assim, o frio será só mais um detalhe.

Confira abaixo a lista do que não pode faltar na sua mala de viagem:

Como o nome já diz, essa é a primeira camada de aquecimento e vem diretamente em contato com a pele. Mas, ela tem uma função ainda mais importante do que esquentar o corpo. Por ter tecnologia que absorve o suor e maximiza a evaporação da umidade, a principal missão do baselayer é te manter sempre seco, mesmo diante do esforço físico intenso. Praticar esportes de alta intensidade, mesmo nos dias mais frios, vai elevar a temperatura do seu corpo e para regular isso você começará a suar e se tem uma coisa que não combina com frio é o suor. A umidade é o principal vilão na neve. Ter o corpo sempre seco é essencial para a sua segurança e para evitar que você tenha sintomas de hipotermia. Por isso, nunca use camisetas de algodão durante a prática desses esportes. O algodão é um material que mantém a umidade por muito mais tempo e pode lhe fazer, literalmente, congelar na montanha.

Esses são os dois acessórios mais óbvios quando o assunto é inverno. Na hora de praticar esportes na neve eles também são mais do que essenciais. Mesmo que você use capacete na hora de praticar ski, snowboard ou outro esporte de inverno, é sempre importante usar um gorro por baixo. É através das extremidades do corpo (cabeça, mãos e pés) que nós perdemos a maior quantidade de calor. Com isso em mente, usar o gorro e luvas é uma premissa básica. Vale lembrar, que é muito importante ter uma luva apropriada para a prática esportiva. Você pode usar um modelo fino combinado com um miton (luva sem separação dos dedos) ou outro modelo impermeável e com reforço na palma das mãos. Isso vai lhe proteger do frio, da umidade da neve e das possíveis quedas durante as descidas.

Nós já falamos sobre a importância de manter as extremidades sempre aquecidas. As meias vão manter os pés quentinhos, mas também têm a função de proteger pés e pernas de áreas de atrito entre o corpo e as botas. Assim, é sempre importante usar uma meia específica para a prática de ski ou snowboard. Elas têm pontos específicos com proteção extra para que você fique confortável dentro dos calçados esportivos durante o dia todo. Assim como no caso do baselayer, é muito importante nunca usar meias de algodão para que os pés não acumulem umidade e estejam sujeitos ao congelamento. Uma opção interessante são as meias feitas em lã merino (clique aqui para saber mais). Esse material possui a habilidade natural de maximizar a evaporação do suor, mais até do que as fibras sintéticas, e ser antibactericida, para evitar os mau odores causados pelo suor.

O fleece é uma das peças mais versáteis e úteis em qualquer ocasião. Na neve não seria diferente. Por ser leve e também ter tecnologia que maximiza a evaporação da umidade, o fleece é perfeito para ser utilizado como a camada intermediária de aquecimento. É leve, confortável e tão prático que você vai utilizá-lo nas pistas e também nos passeios na estação.

Os esportes de neve podem ser bem radicais, então, além de se proteger do clima, você precisa usar as roupas certas para ficar sempre seguro, principalmente em casos de quedas. As calças específicas para ski e snowboard são feitas com materiais muito resistentes para suportarem as quedas sem rasgar. Além disso, a maior parte delas têm camada externa impermeável ou, pelo menos, resistente à água, para que a umidade da neve não permaneça com você atrapalhando a aventura. Existem modelos de calças para esportes de neve que já possuem isolamento térmico e outras que funcionam como a última camada de proteção e devem ser combinadas com outra calça para garantir o aquecimento ideal. O modelo certo depende do gosto de cada pessoa.

Assim como acontece com a calça, ninguém é obrigado a usar uma jaqueta pensada especificamente para os esportes de neve. Mas, esses modelos têm diferenciais que vão facilitar muito a vida na montanha e ainda vão te deixar mais protegido. Jaquetas de ski ou snowboard têm bolsos pensados para tudo. O bolso interno foi feito para manter o celular próximo ao corpo e evitar que a bateria congele e descarregue, bolso nas mangas deixam o cartão do passe da montanha sempre no fácil acesso, existe um bolso com lenço para limpar os óculos, a barrigueira, para evitar que a neve entre e molhe as suas roupas, e capuz compatível com os capacetes. Além disso, da mesma forma que as calças, essas jaquetas são feitas com camada externa impermeável ou resistente à água, para que a umidade da neve não comprometa o seu desempenho.

Existem pescoceiras tradicionais feitas com o mesmo tecido dos fleeces e também existem as opções multifunções, que podem ser usadas das mais diferentes formas. Elas são feitas com tecido sintético, para aquecerem e maximizarem a evaporação do suor e vão manter a região da boca e pescoço sempre protegidos.

  • Óculos/Goggle

Você sabia que a claridade da neve pode ser mais perigosa para os olhos do que o próprio sol? Esse é só um dos fatores que colocar os Goggles nessa lista. Mas, a verdade é que é impossível praticar esportes de neve sem esses óculos que cobrem toda a região dos olhos. Eles te protegem do forte vento das descidas, dos flocos de neve e também do reflexo da luz diretamente nos seus olhos. Vale lembrar que existem lentes específicas para dias de sol e dias nublados, para que a sua visibilidade não seja comprometida durante o esporte.

Entre os dias 16 e 21 de dezembro a cidade de São Paulo receberá uma exposição fotográfica com detalhes da trilha que leva ao Base Camp do Everest. O evento, que acontecerá no MitPoint, no Shopping JK Iguatemi, mostrará em imagens os resultados das experiências vividas por Mari Britto e Caio Queiroz na expedição “Everest Sustentável”.

O grupo, liderado por Caio e Mari, juntamente com o guia de montanha Carlos Santalena, foi até o Nepal com um intuito maior do que caminhar por uma das trilhas mais incríveis do mundo. Contanto com a companhia do fotógrafo e cinegrafista Gabriel Tarso, eles registraram o problema do lixo na região do Everest e também puderam viver e mostrar um pouco de como é a vida das pessoas que vivem para manter a montanha sempre limpa.

Foto: Gabriel Tarso/Divulgação

Além da exposição fotográfica, os materiais coletados durante a viagem serão transformados em um documentário, com previsão para ser lançado no início de 2020. Para passar a experiência adianta e promover o turismo sustentável em trekkings pelo mundo todo, a equipe também se empenhou na criação de um guia, que promoverá boas práticas na montanha, com o intuito de evitar que o turismo de aventura se torne um problema para a conservação de locais incríveis.

Mari Britto e Caio Queiroz farão um bate-papo na abertura da exposição, contando um pouco da experiência que viveram e compartilhando o conhecimento adquirido na expedição. “O propósito é mostrar como é possível realizar uma viagem com o mínimo de impacto ambiental possível – basta um planejamento e organização para gerar menos resíduos, racionalizar o uso da água, não desperdiçar energia e ainda ajudar a reduzir os impactos já causados. Fizemos uma pesquisa pré-viagem para entender como eram as estruturas ambientais da região, para podermos interagir da melhor forma, não deixando rastros negativos”, adianta Caio.

A exposição e o bate-papo têm entrada livre e gratuita.

Serviço:

Exposição Fotográfica Everest Sustentável

Local: MitPoint – Shopping JK Iguatemi

Data: 16 a 21 de dezembro

Bate-Papo: 16/12 às 19h

Correr uma maratona já não é uma missão fácil. Permanecer em movimento durante 42 quilômetros é um desafio para os fortes. Mas, imagine fazer isso estando nos lugares mais extremos do mundo. É esse o desafio que o curitibano Marcelo Alves leva para a vida. Quando começou a correr, ele não se contentou em apenas fazer provas no asfalto. Seu objetivo era correr as maratonas mais extremas do mundo. A lista inclui locais como a Antártica e o Everest. Ele já correu uma maratona por dia em cada um dos continentes e, em 2017, foi ao Atacama pela segunda vez para encarar uma maratona de altitude no deserto mais árido do mundo.

A missão foi cumprida com êxito e hoje, dois anos após a experiência, o desafio ganhou a forma de um vídeo inspirador. Em que Marcelo retrata seu retorno ao deserto e sua vontade de derrotar os obstáculos com ainda mais propriedade do que fez em sua primeira disputa no Atacama.

Confira abaixo o vídeo e a entrevista que fizemos com Marcelo Alves.

The North Face Brasil: Você já correu em diversos locais extremos, principalmente, destinos muito frios. Como foi a escolha por participar da maratona no deserto mais árido do mundo, o Atacama?

Realmente como eu já havia me desafiado no frio, resolvi encarar o deserto! O Atacama é o deserto mais árido do mundo e a Volcano Marathon acontece entre 10 vulcões com altimetria média de 4.000m (além de árido, 40% menos oxigênio)

The North Face Brasil: Você fez algum tipo de preparação especial antes da prova?

Durante a preparação treinei muito em montanhas e na areia, para tentar simular os ajustes que seriam necessário para a escolha dos equipamentos.

The North Face Brasil: Teve um processo de aclimatação na região?

Na primeira tentativa, eu só tive tempo de me aclimatar por 2 dias e isso quase não adianta nada. Isso, com certeza, foi um erro crucial.

The North Face Brasil: Qual foi o maior desafio na primeira tentativa?

O maior desafio foi a falta de ar com o a aridez, a hidratação e muito importante, mas para você ter uma ideia, alguns minutos depois de você beber água a língua já gruda no céu da boca, é horrível.

The North Face Brasil: Você sofreu bastante na primeira tentativa, mas, mesmo assim, concluiu a prova. Por que você decidiu correr a mesma maratona de novo?

Cada prova temos um aprendizado, e nesta ficou claro, eu sabia que tinha errado na aclimatação! E quando você reconhece um erro, é uma ótima oportunidade para refazer o planejamento e concertar os erros! Eu sabia que precisava voltar e tentar fazer o meu melhor.

Foto: Marcelo Alves/Arquivo Pessoal

The North Face Brasil: O que você fez diferente para a segunda tentativa?

Na segunda tentativa caprichei mais na parte física e principalmente consegui me aclimatar com mais tempo, cheguei antes e fiz alguns treinos em San Pedro.

The North Face Brasil: Você sempre corre por uma causa, como a conscientização em relação à doação de medula óssea. Essa ainda é a bandeira que você leva ou com o projeto The Hardest Run o foco mudou?

O projeto The Hardest Run está crescendo muito, isto está muito legal! Em maio fizemos a maior corrida da história de Curitiba, foram 10 mil pessoas, o resultado foi a doação de um milhão de reais para a construção de um hospital oncopediátrico. O objetivo principal do instituto The Hardest Run e levar a atenção da sociedade para causas que necessitam de visibilidade.

The North Face Brasil: Qual será o seu próximo desafio?

Meu próximo desafio será em fevereiro, vou correr a maratona do Mar Morto, metade da prova acontece abaixo do nível do mar. Será incrível!

A leitura tem um poder absurdo de nos transportar para uma outra realidade. Através de um livro é possível realmente viajar para diversos lugares do mundo, reviver experiências, aprender com a vivência de outras pessoas e muito mais.

Por isso, nós perguntamos a alguns dos nossos parceiros quais livros mais marcaram a vida deles. Confira abaixo o que cada um disse:

Rosalia Camargo@rosaliacamargo

Livro: Imparável: Minha vida até aqui 

Autor: Maria Sharapova

“Esse livro me marcou muito pela história de uma família que nunca desiste de um sonho. É surpreendente ler tudo que eles passam ao longo da vida. O livro é realmente uma lição de vida.”

Moeses Fiamoncini@moesesfiamoncini

Livro: A Arte de Viajar

Autor: Alain de Botton

“Este livro me ajudou a ‘ver’ as coisas e não simplesmente olhá-las. Parar e observar mais, sentir. Uma parte muito boa é sobre as expectativas criadas pelas pessoas sobre determinadas viagens, muitas vezes elas acabam excedendo a experiência da própria viagem. É um livro fantástico que recomento a todo aventureiro.”

Flavia Vitorino@fllavitt

Livro: Cem dias entre o céu e o mar  

Autor: Amyr Klink

“Eu li esse livro na época da faculdade e me marcou muito porque ele mostrou a essência da paixão pela aventura. Essa essência não é só você ter força física pra poder fazer atividades radicais. Ele mostrou que, muito mais do que isso, muito mais do que a força física, você tem que ser apaixonado pelo que faz, ter estratégia, inteligência. Muita gente não conseguiu terminar o que o Amyr Klink fez, que foi sair remando da África em um barquinho pequeno e chegou no Brasil remando sozinho e passando por tempestade. Ele mostrou que não é só força física. Ela não era um atleta, não era um remador. Ele era um cara inteligente, apaixonado, estrategista, que planejou e conseguiu.”

Karina Oliani@karinaoliani

Livro: Touching the Void (Tocando o Vazio)

Autor: Joe Simpson

“O que mais me marcou nesse livro e depois no filme também é a história de sobrevivência e resiliência do cara. Não era a hora dele e ele não tinha que morrer, mas, acho que 99% dos seres humanos morreriam nessa situação que ele passou e ele não morreu. E toda a força dele e o fato de ele ter enfrentado problema após problema… o que eu me surpreendi mesmo é que eu acho essa uma das histórias de sobrevivência mais fenomenais que eu conheço na minha vida.”

Foto: Frank Holleman/Unsplash – Creative Commons

Felipe Ho – @felipe.hoo

Livro: Into the Wild (Na natureza selvagem)

Autor: Jon Krakauer

“Eu li esse livro há alguns anos já, mas me lembro dele ter despertado em mim um sentimento de ir atrás do misterioso ou desconhecido, que ficou até agora.”

Gustavo Ziller @gziller

Livro: Everest – Escalando a Face Norte

Autor: Matt Dickinson

“Eu li tudo sobre o Everest. Li todos os livros clássicos. Aí eu descobri que tinha esse livro, que era a história de quem estava na Face Norte quando em 1996 mudou o tempo e a galera começou a ter problema no cume do Everest. O livro é incrível, porque ele dá uma visão que a gente não imaginava desse acontecimento.”

Marcelo Alves@marcelo_extremos

Livro: A semente da vitória

Autor: Nuno Cobra

“O livro tem uma linguagem simples e direta de um dos maiores educadores físicos do Brasil! Ele lutou contra todos em prol da qualidade de vida. E teve talvez o seu auge treinando o Ayrton Senna. O livro fala muito na importância do nosso corpo físico para atingirmos o equilíbrio mental, o que é fundamental para conquistarmos nossos desafios e encararmos nossas aventuras”

Os Estados Unidos são um país com dimensões continentais, por isso, normalmente a forma mais rápida de viajar entre os estados é de avião ou em uma road trip de carro. No entanto, essas não são as opções mais divertidas e muito menos a mais prazerosa para quem quer aproveitar o caminho e curtir a natureza. Para mudar esse cenário, um projeto pretende construir uma ciclovia que ligará as duas costas norte-americanas, indo da capital Whashington DC até o estado de Washington.

Apelidada de “Great American Rail-Trail”, a ciclovia terá, em média, seis mil quilômetros de extensão, passando por 11 estados diferentes. Esse é o projeto mais ambicioso da história do país e segue um modelo já aplicado no Canadá, quando foi criada a Great Trail, maior trilha do mundo, com 24 mil quilômetros de extensão.

Foto: Gemma Evans/Unsplash – Creative Commons

Para se tornar real, assim como foi feito no país vizinho, os norte-americanos pretendem usar algumas rotas já existentes e conectá-las através de novas vias. De acordo com o site oficial do projeto, para que isso seja possível, será necessário um esforço em conjunto da sociedade civil, do governo, de instituições privadas e principalmente dos órgãos que já controlam as ciclovias e também os parques nacionais.

Como um dos intuitos é incentivar a população a pensar na bicicleta como uma forma segura de transporte em viagens, todas as vias que integrarão a rota precisarão, necessariamente, ser exclusivas para ciclistas e estarem segregadas de vias automotivas. Existe um histórico de acidentes em rodovias envolvendo carros, caminhos e bicicletas, e a Great American Rail-Trail deve ser uma opção eficiente para evitar que isso aconteça, mesmo que a quantidade de pessoas viajando em bicicletas aumente.

Conforme informado na página do projeto, a rota já possui 3 mil quilômetros de ciclovias existentes, mesmo que nem todas estejam conectadas ainda. Como a ideia é extremamente ambiciosa, ainda serão necessários alguns bons anos até que seja concluída. No Canadá, por exemplo, foram necessários 25 anos até que a Great Trail fosse finalizada. Mas, todo o esforço tem a sua recompensa. A expectativa é de que a rota norte-americana possa atender a 50 milhões de ciclistas com os mais diversos propósitos, desde cicloviagens até uso diário da bicicleta como meio de transporte.

Saiba mais:

–> Canadá tem a maior trilha do mundo, com 24 mil km de extensão

–> Estudo mostra que quem anda de bicicleta é mais feliz

Foto: Holly Chisholm/Unsplash – Creative Commons

Se você pensa que a Califórnia é apenas praia, está totalmente enganado. Além de surfar, também é possível aproveitar muita neve e curtir uma das montanhas mais altas dos Estados Unidos. Um dos maiores destaques da região é a Mammoth Mountain, situada em High Sierras, a cadeia de montanha mais alta do país fora do Alasca.

A estação de esqui de Mammoth é a maior da Califórnia e um verdadeiro paraíso para quem está em busca de praticar esportes de neve e ainda curtir as badaladas noites, que seguem o estilo californiano de Los Angeles. Por estar em uma região de fácil acesso, a estação é muito buscada pela população local para passeios de finais de semana, que deixam o movimento ainda maior e mais interessante também aos turistas.

Foto: Divulgação Mammoth Mountain/Snowonline

As informações oficiais são de que a Mammoth Mountain tem um pico que chega a 3.369 metros de altitude e uma média anual de neve de 1000 centímetros. A estação registra facilmente 300 dias de sol no ano, mas isso não impede que a temporada se estenda de novembro até junho, sendo uma das mais longas dos Estados Unidos.

Para os apaixonados por adrenalina, a estação reserva, além das pistas tradicionais (com 28 gôndolas), várias opções de obstáculos e áreas para saltos fora das pistas. A área também possui muitas trilhas e oferece boas opções para a prática de esqui cross country.

Chegar até a estação é muito fácil. Existe a opção de pegar um voo direto de Los Angeles, mas também é possível ir de carro curtindo uma bela estrada. Para quem vai de carro, existem opções que ligam a montanha a São Francisco, Los Angeles, Las Vegas e Reno e as viagens variam de três a seis horas.

Foto: Divulgação Mammoth Mountain/Snowonline

Conteúdo escrito com informações da Snowonline.

O ambientalista catarinense Fernando Vidal está na reta final da preparação para iniciar uma viagem pela América do Sul a bordo de seu “fusquinha”. A viagem, mais do que passar por diferentes lugares, tem como intuito levar conscientização ambiental por onde passar.

Comandando o projeto SmileBuilders pela preservação Ambiental, Fernando pretende passar por diferentes comunidades e trabalhar com crianças e adultos formas de passar a educação ambiental adiante. A expedição deve chamar a atenção das pessoas aos problemas ambientais e às possíveis soluções para que o ser humano e a natureza permaneçam em harmonia.

A viagem começará em Itajaí e seguira até o Deserto do Atacama. No caminho, a expedição passará por diversos biomas naturais com características únicas e, principalmente, por comunidades com necessidades próprias e diferentes relações com o ecossistema ao seu entorno.

Foto: Fernando Vidal/Divulgação

Viajar por tantos quilômetros em um fusquinha será uma aventura e tanto, mas Fernando espera que mais do que isso, a experiência permita mapear quais são as necessidades locais e o que tem dificultado as comunidades a encontrarem um estilo de vida sustentável, que inclua o respeito com o meio ambiente, ao mesmo tempo em que seja possível se desenvolver social e economicamente.

Quer saber mais sobre esse projeto? Clique aqui.

Foto: @garciasaldana_/Unplash – Creative Commons

Morando em um país tropical, é muito comum que brasileiros tenham dificuldade na hora de arrumar as malas para as viagens a destinos com neve. Nem sempre encher a bagagem com roupas pesadas é a escolha mais prática ou inteligente, mesmo que esta seja a primeira opção de muitas pessoas. Para dar uma ajudinha na hora de arrumar as malas, nós separamos algumas dicas.

  1. Você vai praticar algum esporte?

Muita coisa será diferente na bagagem de alguém que vai apenas passear em um destino de inverno e de quem vai aproveitar o frio para praticar os esportes de neve. Além dos próprios equipamentos, se você vai praticar esportes é preciso atentar ainda mais à composição, peso e utilidade das peças que vão para a mala. As camisetas de algodão, por exemplo, são totalmente contraindicadas para quem vai praticar esportes, pois durante as atividades físicas o corpo aquece, o suor começa a aparecer e as roupas de algodão absorvem a umidade e levam muito tempo até que ela evapore. Portanto, se ski, snowboard ou outro esporte está na sua lista, lembre-se de colocar na mala peças com tecnologia FlashDry ou fabricadas em Lã Merino. Essa dica é direcionada principalmente às peças que compõem a primeira camada de aquecimento, ou seja, baselayers, meias e camisetas.

  1. Peso nem sempre significa esquentar mais

Não é porque uma jaqueta é pesada que ela necessariamente será a mais eficiente em termos de aquecimento. Nós acreditamos justamente no contrário e estamos constantemente desenvolvendo tecnologias que proporcionem o melhor isolamento térmico com o menor peso possível. Para se ter ideias, muitas das nossas jaquetas fabricadas com isolamento térmico em pluma de ganso ou com as opções sintéticas Thermoball e HeatSeeker são extremamente leves e ocupam pouco espaço na bagagem. Alguns modelos, inclusive, são tão compressíveis que podem ser guardados no próprio bolso.

  1. Lembre-se das camadas

Como nós já falamos aqui, não é necessário colocar um casacão pesado para ficar bem protegido no frio. O segredo está na combinação das camadas de roupa. Na parte de cima, por exemplo, comece com um baselayer, seguido por um fleece, uma jaqueta de aquecimento e, se necessário, complete a sequência com uma jaqueta impermeável (principalmente se você praticará esportes de neve, trilhas ou permanecerá muito tempo exposto ao vento, neve ou chuva). A lógica é bastante semelhante na hora de aquecer a parte inferior do corpo. Também comece pelo baselayer, que vai proporcionar aquecimento e deixará a pele sempre seca, se necessário complete com uma calça de aquecimento, seguida por uma calça impermeável, ou por um modelo que já oferece as duas funções.

  1. Não se esqueça dos acessórios para as extremidades

Atentar às extremidades é muito importante justamente pelo fato de que nariz, mãos e pés têm duas “desvantagens”: além de estarem mais vulneráveis ao vento e frio, essas são as partes do corpo que estão mais distantes do coração e do cérebro, então são as áreas em que o sangue naturalmente já leva mais tempo e tem mais dificuldade para chegar, quando os capilares estão apertados ou obstruídos, fica ainda mais difícil alcançar as extremidades.

Para evitar problemas como o congelamento dessas áreas, é preciso manter pés, mãos e nariz sempre bem protegidos e aquecidos. Luvas, gorros, pescoceiras, meias e calçados apropriados são itens de necessidade básica se você pretende encarar temperaturas negativas e não ter problemas com hipotermia ou congelamento de extremidades.

  1. Para não escorregar

O calçado é algo determinante para a sua segurança e conforto, seja para passear ou para fazer uma trilha na neve. Os modelos específicos para o inverno proporcionam aquecimento e muitos deles também são equipados com uma tecnologia especial no solado, IcePick e TNF WinterGrip, que proporcionam maior tração nas passadas sobre o gelo ou neve.

 

Florianópolis foi a cidade escolhida para receber a segunda edição do festival Highline das Mulheres. O evento acontecerá entre os dias 11 e 15 de dezembro em um dos locais mais incríveis para a prática da escalada e do highline na ilha catarinense: a Barra da Lagoa.

Apesar do nome, o Highline das Mulheres é um evento multiesportivo e aberto a todo o público, não apenas às mulheres. A programação contará com oficias culturais, aulas de yoga, dança, práticas de iniciação ao slackline, cinema ao ar livre e escalada.

Foto: Divulgação

Como o highline é o protagonista do evento, os organizadores estão planejando ter 10 vias para a prática da modalidade, além de outras três vias de waterlines e 1 spacenet, localizado no Monumento Natural Municipal da Galheta, que liga a Barra da Lagoa à praia da Galhera.

A primeira edição do Festival aconteceu em 2016, em São Paulo, na Pedreira do Dib e contou com 120 participantes, mas as ativações que completaram a festa atraíram 300 visitantes. A ideia é repetir o festival de forma itinerante, levando o esporte a cultura a diferentes cidades e comunidades.

Clique aqui para saber mais informações e se inscrever.

Usar ou não oxigênio suplementar? Escalar com a ajuda de sherpas? Aproveitar a ajuda das cordas fixas? Esses são alguns dos questionamentos que dividem opiniões entre montanhistas de todas as partes do mundo. Existem os puristas que, seguindo os exemplos de Reinhold Messner e Jerzy Kukuczka, acreditam que a montanhas deve ser escalada sem a ajuda de oxigênio engarrafado e de forma independente. E também existem os montanhistas que acreditam é justo e muito mais seguro ultrapassar a zona da morte utilizando O2 suplementar, como fez o nepalês Nirmal Purja, que recentemente bateu o recorde mundial por ter conquistado todos os 14 cumes com mais de 8.000m de altitude em apenas seis meses.

Foto: Carlos Santalena/Grade 6

O guia de montanha Carlos Santalena fez uma reflexão sobre esse assunto e compartilhou um pouco da sua experiência e vivências no Everest. Confira, na íntegra, o artigo escrito por ele:

A utilização de oxigênio suplementar em altitudes acima dos 8.000m, sempre foi um assunto pertinente e polêmico no mundo no montanhismo, sobretudo após Reinhold Messner, considerado o Pelé do esporte, e, o não menos importante para história do montanhismo, Jerzy Kukuczka, polonês que em 1987 se tornou o segundo homem a completar a escalada das 14 maiores montanhas do planeta sem o uso de O2 suplementar. Os dois montanhistas tinham estilo agressivo e alpino, uma prática muito além de seu tempo e até hoje permanecem intocados, tendo rotas ainda não repetidas em montanhas por todo o mundo.

Ambos desmistificaram a utilização de oxigênio em altitudes extremas, provando que a fisiologia humana é capaz de chegar aos pontos mais altos do planeta sem utilizar O2 engarrafado. Messner, inclusive, defende que a utilização do oxigênio suplementar é uma forma de dopping. Para ele, escalar uma montanha deste porte de forma pura significa escala-la sem O2 extra e sem artifícios como cordas fixas e carregadores para equipamentos individuais. Do contrário, segundo Messner, estaríamos rebaixando a montanha a nosso nível e não atingindo o nível de exigência dela.

Messner, diferente de Kukuczka, é vivo até hoje e através destes questionamentos e afirmações inspirou uma vertente purista seguida por muitos outros esportistas. A verdade científica é que a fisiologia humana, diferente do que afirma Messner, é incompatível com altitudes acima dos 7.500m, considerada a zona da morte, pois acima disso não é fato que o corpo possa se aclimatar (processo de adaptação fisiológica a grandes altitudes, em que o corpo humano faz compensações para que suporte a atmosfera de ar rarefeito. Neste processo, primeiramente o corpo sobe os batimentos cardíacos e pressão arterial, posteriormente produz hormônios EPO e, por último, e com exposição mínima de 20 dias acima dos 5000m, começa a produzir glóbulos vermelhos), esse mecanismo faz com que possamos sobreviver em ambientes de pressão atmosférica baixa, como as altas montanhas.

Devido a esta incompatibilidade fisiológica, já comprovada cientificamente, entende-se pela comunidade de montanhismo que a utilização das garrafas de O2 após a famosa zona da morte é ética. Em uma gama de aproximadamente 6.500 pessoas que chegaram ao cume do Mt. Everest, apenas 100 delas alcançaram o cume sem a utilização de oxigênio engarrafado.

Foto: Carlos Santalena/Grade 6

Diante destas duas visões, vivemos no panorama atual uma super utilização das garrafas de O2 com muitos montanhistas passando a utilizá-las muito antes dos 7.500m, abusando de seu uso e buscando cumes a qualquer custo. Lembre-se que o que mais interessa não é subir uma montanha, mas, sim, como subir uma montanha. Além da questão ética na utilização de oxigênio suplementar, temos a questão da segurança.

Problema ambiental e risco pessoal

Imagine que você passa a utilizar O2 suplementar a 6.500m, sem fazer uma densa e sólida aclimatação prévia e quando você chega a 7.500, sua garrafa e o sistema de válvulas param de funcionar, o que fazer? As válvulas submetidas a temperaturas extremamente negativas, ventos fortes e outras intempéries climáticas, sofrem alterações, deformações e obstruções que devem ser evitadas e remediadas a tempo. Provavelmente este montanhista estaria em sério risco de vida e totalmente dependente de um equipamento artificial (garrafa de O2 e reguladores), para sua sobrevivência.

Além destas 2 grandes questões, podemos comentar que cada garrafa pesa 3,5kg e que se trabalharmos com clientes no Everest, por exemplo, temos que contar com um sherpa apenas para descer as garrafas vazias do campo 4, antes que virem lixo, como inúmeras outras que por lá estão. Dentro de uma logística já bastante complexa, como carregar pessoalmente todas as garrafas de oxigênio vazias? Melhor evitar e poder deixar o ambiente mais preservado. Afinal, tudo isso tem um alto custo ambiental e financeiro, já que cada Sherpa de altitude cobra aproximadamente US$ 5.000 por expedição.

As garrafas ainda utilizadas pela maioria dos alpinistas são russas, da Marca Poisk. Elas são projetadas para serem leves, feitas de titânio, com cobertura de kevlar e seladas com fibra de carbono. Mesmo assim, cada uma pesa 3.5kg. Da mesma marca existe o regulador ou válvula que permite uma controlar a saída de oxigênio de 0,5 a 4,0l/min, o que dá uma autonomia de escalada de 6 horas, utilizando uma média de vazão de 2,0l/min. Usualmente, utiliza-se 0,5l/min durante o descanso e à noite e 2,0l/min durante a atividade, podendo variar de acordo com o preparo físico e aclimatação de cada indivíduo. Para uma expedição ao Everest utiliza-se, no máximo, 7 garrafas por expedicionário.

Foto: Carlos Santalena/Grade 6

Além do oxigênio

Muito se discute sobre oxigênio e a forma purista de escalar as montanhas com mais de 8.000m de altitude. Mas, o problema é maior do que isso. Um fato que não pode ser esquecido é que, além do oxigênio, temos Sherpas que se expõe, pelo menos, ao dobro risco de um estrangeiro para carregar equipamentos, temos um sistema de cordas fixas instaladas por guias experientes no início da temporada, eliminando assim parte do fator técnico destas ascensões, temos “Icefall Doctors”, que são os guias locais responsáveis pela manutenção da cascata de gelo do Khumbu no Everest, zona de maior instabilidade e risco desta escalada, entre outras coisas. Então, o que é ser realmente purista nestas montanhas? Quantos realmente fizeram uma escalada em estilo alpino, independente, minimalista, carregando tudo o que necessitam? Tudo isso formam um questionamento para que possamos refletir que, dentro de um todo, o O2 é o suprimento primordial a vida, mas ainda temos uma gama enorme de artifícios e auxílios extras usados para atingir o topo.

Quando usar O2 suplementar, então?

Portanto, pela minha experiência, a recomendação é de que o uso de O2 suplementar deve ser feito após a zona da morte, com parcimônia e seguido de uma aclimatação prévia bastante sólida e densa. Desta forma, a escalada é feita de forma mais ética e segura. Testar-se algumas vezes assim antes de qualquer tentativa sem O2 suplementar, trará consciência e longevidade à sua escalada.

Não julgue antes de se provar. Ética é algo pessoal, busque aquilo que faz sentido a você!

Foto: Carlos Santalena/Grade 6

Se você vai fazer um trekking ou mesmo uma trilha de apenas um dia certamente vai se deparar com a necessidade de encher suas garrafinhas de água no meio do caminho. Para evitar que um descuido acabe com a sua aventura, atente-se sempre à origem da água que você está coletando e preferencialmente utilize um ou mais métodos de purificação.

Nós separamos algumas dicas úteis para que você tenha a hidratação sempre em dia e com recursos saudáveis.

  • Escolha a fonte certa

Sempre que possível, evite coletar água de locais com água parada, como lagos e represas. Dê preferência à água corrente, que além de ser mais fresca, tende a ter menor incidência de parasitas, fungos e diversos outros tipos de resíduo que se acumulam em locais com água parada. Observe também se o local em que você está fazendo a coleta está próximo às áreas onde os animais costumam entrar para se banhar. Vale lembrar também que se você estiver acampando na região, nunca deve urinar ou descartar fezes próximo aos leitos do rio, e se for usar essa água para o banho, faça a coleta para consumo acima da área usada para higienização pessoal.

  • Filtro simples

O primeiro passo para ter água limpa é filtrá-la de maneira simples, apenas para retirar resíduos sólidos, como folhas ou pedras. Para isso você pode usar qualquer tecido limpo. Camisetas, toalhas e até meias são opções que funcionam muito bem para “peneirar” os intrusos que querem ir para a sua garrafa.

  • Cloro e/ou iodo

Essas são duas opções químicas muito práticas para matar bactérias e vírus. As pastilhas de cloro são comercializadas em farmácias e basta você colocar uma delas na garrafa e esperar, pelo menos, 10 minutos para consumir. O mesmo pode ser feito com o iodo, que tem efeito semelhante. Neste caso, duas gotas de iodo são suficientes para purificar um litro de água. Ambas as opções tendem a deixar a água com um gosto amargo. Transferir a água de um recipiente para outro algumas vezes antes do consumo tende a amezinhar o gosto adverso.

  • Purificador portátil

Existem muitas opções de purificadores portáteis que podem ser facilmente carregados na mochila sem ocupar muito espaço ou acrescentar peso extra. Esses pequenos tubos têm se tornado muito populares pela sua praticidade e por muitas vezes já filtrarem e acrescentarem iodo ao processo de purificação da água.

  • Ferver

Esse é o método mais antigo e uma das opções mais eficientes para purificar água. Após entrar no estado de ebulição, quando a água começa a ferver, aguarde 10 minutos antes de consumir a água. Esse processo mata boa parte dos parasitas e bactérias e pode ser usado como um extra, junto a outros métodos, para garantir ainda mais pureza na água.

Foto: Andrew McElroy/Unplash – Creative Commons

Sentada à beirada do mirante do maior cânion do planeta por horas, observando as estruturas rochosas, áridas, o show de cores e a aula de geologia, é de se pensar que não exista nada mais incrível por ali do que aquela visão. Como pode, uma formação tão grande, tão imponente? Mas quem já leu um pouco sobre a história do Arizona, sabe que por trás do lendário rio Colorado, que corta o Grand Canyon, existe muito mais.

As piscinas naturais formam um verdadeiro oásis. | Foto: Art of Hoping/Unplash – Creative Commons

Vestígios de uma história que completa 800 anos do povo mais antigo do Arizona no extremo sudoeste do desfiladeiro, escondida num canto mágico: A tribo Havasupai ou ‘povo da água azul-verde’.

Não existem estradas para chegar até a tribo. Aliás, é preciso muita curiosidade (e teimosia de aventureiro) para obter informações de como chegar até lá. Isso porque o Grand Canyon foi proibido de levar turistas para a tribo, então a única informação que o centro de turismo nos dá é um telefone de um pequeno centro local de controle de entrada de turistas, mas que quase nunca atende.

“Tão perto e tão longe”, pensava.  Resolvi pegar o carro e ir até o local mais perto da entrada do canyon para a tribo e dirigi por cerca de 3 horas até uma “cidade” chamada Peach Springs. Se você tem filhos, provavelmente vai se lembrar daquela cidadezinha fantasma e abandonada do filme da Disney ‘Carros’ – Esta é Peach Springs. Fantasma. Isto significa: sem combustível, sem restaurante e sem informações.

Continuando a minha busca, passei (por 3 vezes) uma estradinha imperceptível que me levou (após uma hora) em direção a um estacionamento e um trailer com algum movimento local. Ao perguntar pela tribo, o índio que ficava ali de “tocaia” para receber os curiosos me questionou: “Preparada para conhecer o outro lado do Grand Canyon?” E, muito mais do que preparada, toda essa falta de informação aumentou a minha expectativa deliberadamente, então lá fui eu.

São cerca de 16,5 quilômetros até a aldeia, um percurso que dura não mais do que cinco horas de trekking para dentro do Grand Canyon. O acesso até lá pode ser também de mula ou, se tiver sorte, pode pegar carona com um helicóptero que aparece de vez em quando para descer mantimentos para a tribo. Você pode separar 2 dias para visitar Havasupai, considerando aproveitar um dia inteiro nas cachoeiras e piscinas. E o que vale muito é a sensação e a experiência de caminhar no fundo do desfiladeiro entre os altos penhascos e chegar até a tribo a pé.

Confesso, que ao chegar lá, esperava ser recebida por uma cultura indígena viva (índios com cocar ou ocas..), mas, hoje os 600 moradores de lá já tem correios, escola, lojas, cafeteria, um posto de polícia e, para minha surpresa, no lugar de redes ou alojamentos, uma espécie de pensão que oferece quartos beeeem simples.

O interessante é que na vila as fotos locais não são permitidas, principalmente de pessoas. Aliás, eles são enfáticos e muito bravos quando não se respeita a regra. Os nativos me contaram que eles acreditam que, ao serem fotografados, eles perdem a alma.

Mas, o grande chamariz do tal “cantinho mágico” são as piscinas que formam um verdadeiro oásis, e as quedas d’agua com suas límpidas e únicas águas de cor azul-verde (a cor é inacreditável) – causada pelo magnésio abundante.  São 5 cachoeiras principais e você consegue visitar todas elas, algumas com acesso difícil, outras bem tranquilas. Mas, o fato é que a cada cachoeira que você conhece, você pensa que não pode existir nenhuma outra mais incrível. O programa ideal é passar o dia curtindo as piscinas naturais e se refrescando em meio ao calor sufocante daqueles lados.

As cachoeiras de Havasupai são incrivelmente azuis. – Foto: Cara Fuller/Unplash – Creative Commons

Para um espírito aventureiro, Havasupai é uma experiência única de conhecer um dos mais bonitos (e escondidos!) cenários da natureza.

Foto: Flavia Vitorino/Arquivo Pessoal