Chegar aos 30 anos de idade pode ser um período decisivo na vida de muitas pessoas. Alguns entram em crise por não estarem totalmente satisfeitos com os rumos que a vida toma, outros ainda têm sonhos que parecem muito distantes e pensam que talvez estejam velhos ou jovens demais para realiza-los. Mas, Alex Honnold, no auge de seus 34 anos, já se tornou o maior escalador da história e ainda tem muito mais a viver e conquistar. Essas crises devem ter passado bem longe desse monstro do esporte.

A vida de Alex sempre foi marcada pela simplicidade e pelo isolamento. Desde a morte de seu pai, quando decidiu largar a faculdade e viver em um carro, Alex tem se dedicado, literalmente, de corpo e alma à escalada. A maior parte do tempo ele passou sozinho, se dividindo entre um carro, sua bicicleta, uma van e muitas rochas e vias de escalada. Isso é basicamente o que ele precisa para viver, sem luxos ou frescuras, apenas pelo prazer de estar “livre”.

Mesmo sendo uma pessoa extremamente reservada, esse escalador acabou ganhando o mundo. Seu currículo conta com diversas primeiras escaladas e conquistas que ninguém nunca tinha chegado perto de ter e dificilmente serão repetidas. O feito que o colocou nos holofotes do mundo, inclusive para o público que não tem contato com o esporte, foi a escalada em formato “free solo”, ou seja, sem o uso de equipamentos de segurança, do El Capitan, uma das rochas mais famosas de Yosemite. A ascensão, realizada em 2017, foi fruto de anos de trabalho, estudo e treinamento e todo o processo foi registrado pelas lentes de Jimmy Chin, virando o documentário “Free Solo”, vencedor do Oscar em 2019.  

Para se entender a grandiosidade desta escalada é necessário lembrar que El Capitan conta com 914 metros de altura. Alex subiu tudo isso sem usar nenhuma corda ou equipamento de segurança, finalizando em via em incríveis 3 horas e 52 minutos. Na ocasião, a conquista foi considerada o maior feito da história da escalada. Afinal, até mesmo quem escala o El Capitan usando equipamentos de segurança acaba virando notícia, pela dificuldade da via. Imagine, então, quão preparado e fora de série precisa ser alguém que faz isso em poucas horas e totalmente só.

Alex Honnold ainda soma muitos outros feitos expressivos em sua carreira. É dele também o recorde de ascensão mais rápida do El Capitan, mesmo local em que gravou o filme, com a rocha finalizada em apenas 1:58:07. Outros escaladores de alto nível costumam levar de três a cinco horas para realizarem o mesmo feito. Alex tem uma série de outros recordes e primeiras ascensões em seu currículo, mas nada disso o torna menos humilde. O atleta tem uma fundação própria e sem fins lucrativos cujo objetivo é levar energia solar ao máximo de pessoas possível. Em seu aniversário, ao invés de presentes, ele pediu que os amigos e fãs apenas ajudassem a Fundação para que mais pessoas pudessem ter energia elétrica em casa. São 34 anos, mas o suficiente para que Alex se tornasse uma verdadeira lenda!

Principais conquistas:

– Primeira pessoa a escalar “free solo” El Capitan, em Yosemite, Califórnia.

– Recorde de velocidade na via The Nose, no El Capitan, em 1:58:07, junto com Tommy Caldwell.

– Escalou sozinho a Yosemite Triple Crown (Mt. Watkins, El Cap e Half Dome) em 18 horas e 50 minutos.

– Oscar de melhor documentário com o filme “Free Solo”.

As botas são feitas para sujar, isso é óbvio e faz parte de todas as aventuras. Porém, para que a sua bota dure muito mais tempo é necessário tomar alguns cuidado. A limpeza e higienização do produto antes de guardá-la no armário depois da trilha, faz toda diferença em sua vida útil.

Aliás, antes de falarmos da limpeza, vale lembrar que o melhor jeito de manter a sua bota sempre em boas condições é usando-a para valer! Calçados que ficam guardados no armário por muito tempo acabam sofrendo com as intempéries do clima, ressecam e, por fim, têm a sua estrutura comprometida. Nós já falamos sobre esse assunto, também conhecido como hidrólise, em outro post e se você quiser entender melhor o que estamos falando, clique aqui.

Como limpar a sua bota

Fazer a higienização adequada da sua bota é algo bastante simples, na verdade. Os materiais necessários são apenas:

– Escova para calçados ou algum outro modelo com cerdas macias

– Sabão neutro

– Água

O processo

Antes de começar a lavagem o mais indicado é remover os cadarços e as palmilhas de seu calçado. A segunda etapa é aproveitar que a sua bota ainda está seca e passar a escova por toda a superfície para retirar o excesso de poeira, pedras e qualquer outro resíduo que, porventura, tenha se acumulado no tecido ou na sola de sua bota.

Feito isso, passe a bota na água para começar a lavagem. Não são recomendados detergentes ou sabão em pedra, pois eles podem acabar comprometendo o couro (no caso de ser um material estrutural da sua bota) e as membranas impermeáveis. Existem sabões específicos para a lavagem de calçados, mas o sabão neutro líquido já dá conta deste recado.

Também não é necessário aplicar o sabão direto em sua bota. Você pode diluí-lo em um balde com água. Se quiser, você ainda pode incluir vinagre a essa mistura. Ele ajuda a matar as bactérias e é uma opção saudável e ambientalmente correta para a limpeza de roupas e calçados em geral.

 

Nunca coloque a sua bota na máquina de lavar. Apenas use uma escova macia para retirar a sujeira da superfície e retira o sabão em água corrente. Tenha cuidado para não deixar resíduos de produtos químicos que possam prejudicar a sua bota e as tecnologias nela aplicadas em longo prazo.

Após esfregar e enxaguar a sua bota, repita o processo também com os cadarços e com a palmilha do seu calçado. Não use a máquina de secar, em contrapartida, deixe que a sua bota seque naturalmente em local arejado. Quando colocadas em ambientes com alta temperatura, a estrutura da bota pode sofrer danos, principalmente nas partes que são fixadas por cola. Portanto, se você precisa acelerar o processo de secagem da sua bota, uma opção é usar um ventilador, colocar jornais ou panos de alta absorção na parte interna da bota para retirar o excesso de água.

Para guardar

Nós já falamos que bota parada acaba estragando, mesmo que ela tenha sido usada pouquíssimas vezes. Entre uma aventura e outra, o mais indicado é realmente fazer a limpeza do seu calçado e depois guardá-lo em um local seco e arejado.

Saiba mais:

–> Entenda porquê uma bota parada pode estragar mesmo sem ser usada

–> 5 dicas para não errar na hora de comprar a sua bota

–> Por que é tão importante usar a bota certa na trilha?

O Peru é um país cheio de atrativos para quem gosta de aventura, cultura e principalmente história. Quem resolve explorar o país encontra diversas opções de trilhas que passam por complexos arqueológicos repletos de memórias das civilizações antigas e por paisagens únicas no mundo.

Nós escolhemos três locais que não podem faltar no seu roteiro de viagens pelo Peru:

  1. Machu Picchu

Também conhecido como “cidade perdida”, Machu Picchu é um dos patrimônios mundiais da Unesco e uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. O local é também o principal símbolo do Império Inca e um dos pontos turísticos mais famosos de todo o Peru. Para os mais aventureiros, é possível chegar até a cidade por um dos diversos caminhos da Trilha Inca, mas também existem opções de trens e automóveis que levam os visitantes até a cidade.

Foto: Viajar Ahora/Flickr - Creative Commons
Foto: Viajar Ahora/Flickr – Creative Commons

Machu Picchu é cheia de mistérios. Apesar de ter sido construída em meados do século XV, a cidade foi descoberta apenas em 1911. A maior parte das construções que existem por lá atualmente foram refeitas e mesmo assim existe uma grande preocupação com a conservação local, prejudicada pela grande quantidade de turistas que visitam a região todos os anos.

  1. Salinas de Mara

As Salinas de Mara estão localizadas a apenas 40 km de Cusco e são um espetáculo que vale muito a pena ser visto de perto, já que não é comum ver uma montanha coberta por pequenos lagos de sal. Os pesquisadores acreditam que a estrutura das salinas foi construída há mais de dois mil anos, em um período pré-Inca. Desde então, elas funcionam como uma importante fonte de recursos locais.

Foto: Mike Ric/Flickr - Creative Commons
Foto: Mike Ric/Flickr – Creative Commons

São mais de três mil salinas, perfeitamente separadas entre si por pedras. Cada um desses pequenos lagos tem, em média 4 metros quadrados de área e apenas 30 centímetros de profundidade. A água é originalmente doce e provém do degelo, ao passar interior da montanha ela carrega consigo o sal, que se espalha por todas as salinas. O processo é cuidadosamente acompanhado pelos locais, já que a divisão é feita em um sistema cooperativo e cada família tem direito a uma das reservas. Os “guardas” das salinas acompanham a evaporação da água e fazem a retirada do sal. O processo acontece, em média, 3 vezes a cada dez meses e é possível retirar 150 quilos de sal de cada reservatório. As salinas têm uma enorme importância cultural e econômica, além de serem um verdadeiro espetáculo para os visitantes.

  1. Montanha Arco-Íris

Este é o destino menos explorado entre os três que nós escolhemos nesta matéria. Mas, isso não quer dizer que ele seja inferior. Pelo contrário! A Montanha do Arco-Íris é, realmente, de tirar o fôlego, não só pela altitude, mas por sua beleza única e indescritível.

A variação de cores que cobrem a montanha parece ter sido feita artificialmente em um editor de imagens, mas é totalmente real. Para chegar lá, no entanto, é preciso se preparar fisicamente. A trilha que leva ao topo de Montanha do Arco-Íris não é longa, mas os efeitos da altitude tornam tudo mais difícil. A caminhada leva de quatro a seis horas, para percorrer uma distância de apenas 15 quilômetros. O topo está a, aproximadamente, cinco mil metros de altitude e é justamente isso que torna os passos mais lentos e a respiração mais difícil.

Foto: Ju Naidrão/Flickr - Creative Commons
Foto: Ju Naidrão/Flickr – Creative Commons

Mas, todo o esforço é compensado na chegada ao cume, onde é possível desfrutar de uma verdadeira obra de arte que parece ter sido pintada à mão.

Poder passar um tempo imerso na natureza é algo maravilhoso e que traz uma série de benefícios para a saúde do corpo e da mente. No entanto, é preciso estar atento a alguns itens básicos de segurança que podem evitar muitos riscos. Não importa o quão experiente você seja, quando se está sob as leis da natureza, muitas coisas podem sair do controle. Então, fique atento a essas dicas e aproveite o melhor das aventuras.

1. Dê preferência aos parques e, se preciso, tenha um guia

No Brasil todos os parques nacionais são administrados por órgãos competentes e responsáveis por disponibilizarem a melhor estrutura para os visitantes. Isso não significa que as reservas serão equipadas com hotéis cinco estrelas, mas, sim que as áreas de trilhas terão as demarcações corretas para evitar que os visitantes se percam, que existem pontos de apoio com estrutura para solicitar resgates de emergência, em alguns deles é possível encontrar abrigos para pernoitar, áreas para camping etc. Mas, acima de tudo, os parques nacionais sempre têm guias qualificados disponíveis para acompanhar as aventuras e guiar os visitantes com segurança.

É claro que isso não quer dizer que apenas os parques nacionais devem ser explorados, mas, sim que esses destinos são mais seguros do que outras áreas preservadas com menos estrutura.

2. Tenha um companheiro

Às vezes dá vontade de sair sozinho pelo mundo, mas, é muito mais seguro ir se aventurar com um amigo. Além de fazer companhia e dar um “apoio moral” se o caminho ficar puxado demais, ter um amigo é uma garantia em diversas situações. Em duas pessoas é mais fácil conseguir criar um abrigo, por exemplo. Se você se sentir mal no meio da trilha terá alguém para lhe socorrer. Isso sem contar que é sempre legal ter alguém para conversar, trocar ideias e uma companhia para apreciar as maravilhas da natureza.

3. Compartilhe com alguém o seu itinerário

Antes de sair de casa, deixe alguém avisado sobre o seu cronograma. Compartilhe as informações sobre o seu destino, os dias e horários que pretende ficar fora e, se possível, mantenha essa pessoa atualizada sobre a sua localização. Nunca saia sem deixar alguém avisado, principalmente se você vai sozinho, mas faça isso mesmo que esteja acompanhado. Se vocês se perderem na trilha ou tiverem problemas de comunicação, alguém de fora pode ajudar em um resgate.

4. Esteja preparado para uma mudança no clima

Mesmo que a previsão do tempo não indique chuva, tenha sempre uma jaqueta impermeável de reserva na mochila. Também é indicado ter uma peça de aquecimento, principalmente se existir o risco de ter que passar a noite na mata por algum motivo. Essas duas peças podem evitar hipotermia e garantir a segurança da sua aventura.

5. Tenha os 10 itens essenciais

 Nós já fizemos um post especialmente sobre esse assunto. Existem 10 itens que são considerados mundialmente os materiais essenciais para um trekking. Este conceito foi criado na década de 30 e inclui itens como: GPS, lanterna, protetor solar, kit de primeiros socorros, isqueiro, kit de reparos, comida, ferramentas para hidratação e abrigo de emergência.

Dica: Conheça os 10 itens essenciais em um trekking

6. Use calçados e meias adequados

Caminhar em uma trilha é muito diferente de caminhar no asfalto. Os terrenos podem ser muito desafiadores, com terra, lama, pedras, lodo, entre outras coisas. Por isso, é muito importante utilizar um calçado indicado para este tipo de caminhada. Botas e tênis feitos para trilhas possuem solado com saliências maiores, para proporcionarem mais segurança e tração nas passadas. Além disso, calçados para trilha têm áreas reforçadas para evitar torção no tornozelo, podem ser impermeáveis, têm biqueira reforçada para proteger dos atritos, entre outras coisas.

Dica: Por que é tão importante usar a bota certa na trilha?

Na hora de escolher a meia, evite totalmente os modelos feitos em algodão, pois elas absorvem a umidade do corpo e demoram muito para evaporar e isso pode causar bolhas e outros desconfortos. O ideal é optar por modelos sintéticos com tecnologia de secagem rápida ou as meias feitas em lã merino.

Dica: Saiba como escolher a meia certa para o seu trekking

7. Mantenha-se hidratado

Cuidar da hidratação é algo primordial em qualquer atividade física. Estando exposto ao sol durante as longas caminhadas, isso é mais importante ainda. Portanto, em uma trilha, mantenha-se sempre hidratado. Não espere até sentir sede para beber água, pois esse já um dos sinais de desidratação.

Dica: 5 métodos para purificar água e evitar contaminação na trilha

8. Proteja-se do sol

Assim como é importante se proteger no frio, também é essencial se cuidar nos dias de sol. Algumas soluções simples para que você fique seguro contra os raios ultravioletas são: usar protetor solar, óculos de sol, camisetas com tecnologia de proteção solar e chapéu (de preferência também com proteção UV) ou boné. Os sintomas de insolação vão desde uma simples dor de cabeça até desmaios. Portanto, este é um assunto muito sério na hora de garantir a sua segurança durante as trilhas.

O Parque Nacional da Serra dos Órgãos é um dos melhores destinos do Brasil para a prática dos mais diversos esportes de aventura. A região abriga excelentes picos para escalada, trilhas para todos os níveis de dificuldade, muita biodiversidade e uma paisagem digna de cinema.

De acordo com o ICMBio, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) conta com uma área de proteção ambiental de mais de 20 mil hectares, espalhados pelas cidades de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim. Neste espaço existem mais de 200 quilômetros de trilhas para todos os tipos de aventureiros, algumas delas, inclusive, são acessíveis a cadeirantes.

A região abriga excelentes picos de escalada e trilhas para todos os níveis de dificuldade. | Foto: Raphael Malta/Arquivo Pessoal

Não faltam opções de atividades para os aventureiros que chegam ao parque. Uma das atrações mais buscada pelos visitantes é a travessia Petrópolis – Teresópolis. Um roteiro de 30 quilômetros de extensão que é, normalmente, feito em três dias. Neste trecho é possível acampar e ter como pano de fundo algumas das paisagens mais bonitas do Brasil ao se deitar e ao acordar. (Para saber mais sobre a travessia, clique aqui).

Mesmo que essa travessia seja uma das mais famosas do país, não é necessariamente o maior diferencial deste parque. Apesar de menos famosa, o PARNASO tem uma rota de escalada que está entre as 15 melhores do mundo: a Agulha do Diabo, na Pedra do Sino. Além do alto nível de dificuldade da via, o local é de difícil acesso, precisando de praticamente um dia de caminhada para ser alcançada, o que deixa a experiência ainda mais radical.

O Dedo de Deus é um dos picos de escalada mais clássicos do Brasil. | Foto: Raphael Malta/Arquivo Pessoal

Outra escalada famosa no parque é o Dedo de Deus, um clássico do esporte. A via mais desafiadora da pedra é a Teixeira, mas também existem opções de vias relativamente fáceis, o que torna o Dedo de Deus uma opção interessante também para quem está começando no esporte.

Informações importantes:

A principal entrada do PARNASO está localizada na cidade de Teresópolis e o parque é aberto todos os dias das 8h às 17h. Quem optar por comprar os ingressos antecipadamente pode acessar o parque entre as 6h e 22h. O valor do ingresso varia de acordo com a atividade e a estrutura escolhida pelo visitante. No site oficial do parque estão todas as informações (clique aqui para saber mais). Apesar de não ser obrigatória a contratação de guias, o ICMBio recomenda que um dos condutores oficiais do parque seja contratado para acompanhar as trilhas mais longas e travessias.

Trilha do Elefante com vista para o Dedo de Deus. | Foto: Raphael Malta/Arquivo Pessoal

Saiba mais:

–> 3 travessias incríveis no Brasil.

–> Saiba como arrumar a sua mochila para uma trilha ou travessia.

–> Itatiaia: O parque mais antigo do Brasil

Estar em contato com a natureza faz bem ao corpo e à alma. Nós estamos sempre incentivando as pessoas a explorarem novos lugares e experimentarem novas aventuras. Mas, no meio de tudo isso, é essencial lembrar de que a nossa obrigação é sempre causar o menor impacto ambiental possível. Esse também é o papel da organização norte-americana “Leave no Trace”, criada para educar os aventureiros sobre como aproveitar o melhor das trilhas sem deixar rastros humanos para trás.

Para começar esse trabalho informativo, a organização criou um guia com sete passos para que os trekkers causem o menor impacto possível em suas expedições ou passeios curtos. Confira quais são as dicas e saiba como coloca-las em prática:

  • Prepare-se e planeje com antecedência

Essa é uma dica que vale para praticamente tudo na vida. Se você quer ter uma aventura bem-sucedida, é primordial que você faça um bom planejamento e que se prepare, tanto fisicamente, como em termos de equipamentos. Então, antes de arrumar as malas, pesquise bastante sobre o seu destino, veja como estará o clima no período da sua aventura, confira quais roupas e equipamentos são recomendados e tenha certeza de que a sua capacidade física é condizente com o tamanho da sua expectativa. A falta de preparo e planejamento podem resultar em muitos impactos negativos no meio ambiente. Por exemplo: se você, por acaso se perder e precisar passar a noite na floresta, é possível que tenha que fazer um abrigo improvisado, fogueira, entre outras coisas. Além de deixar um rastro do improviso para trás, estar em uma situação como essa pode colocar a sua própria segurança e vida em risco.

–> Dica: Conheça os 10 itens essenciais em um trekking

  • Respeite as trilhas e use as áreas para campings

Pode parecer besteira, mas caminhar fora das trilhas pode colocar outras pessoas em risco e também a própria biodiversidade da região. As áreas marcadas para trilhas já foram “desmatadas”, sempre que você sai da trilha, pode acabar desgastando a vegetação, pisando em espécies de plantas e até em pequenos animais. Além disso, a passagem constante de pessoas por esses locais pode acabar criando “trilhas” no chão, confundindo outros aventureiros e deixando mais fácil para que se percam no caminho.

Na hora de montar a barraca siga a mesma lógica. Em muitos parques e áreas de proteção existem áreas demarcadas especificamente para campings. Evite instalar a sua barraca fora desses locais. Caso, o seu destino não tenha um espaço específico para acampamento, dê preferência às superfícies duráveis, como as rochas.

  • Descarte os seus resíduos adequadamente

Para não deixar rastros é bastante óbvio que o lixo produzido durante o trekking precisa ser levado de volta. Pensar nas embalagens de alimentos e em guarda-las de volta na mochila é fácil, mas existem outros resíduos, inclusive os que são produzidos por nosso próprio corpo, que demandam um pouco mais de cuidado. O papel higiênico, por exemplo. Existem casos em que o papel, desde que de origem natural, pode ser enterrado junto com os seus próprios dejetos em um buraco cavado na floresta, os chamados “cat holes”. Vale lembrar, que para descartar fezes dessa forma, o ideal é que o buraco seja feito longe das fontes de água para evitar contaminação, que tenham, pelo menos, 15 centímetros de profundidade e sejam cobertos com muito material orgânico local. Mesmo aplicando toda essa técnica, o ideal é levar o papel higiênico até uma lixeira adequada para o descarte. Não é indicado que o papel higiênico seja queimado.

Seguindo essa lógica e lembrando do planejamento, na hora de arrumar as malas você já pode pensar em opções de alimentos que gerem menos resíduos para serem carregados de volta. Evite ao máximo as embalagens e aproveite os sacos de transporte para levarem os alimentos e para trazerem os resíduos de volta.

Alguns resíduos são menos visíveis, mas altamente impactantes. Esse é o caso dos detergentes, sabonetes e shampoos. Por mais naturais que sejam, todos esses produtos acabam contaminando os mananciais e não são recomendados. Portanto, utilize-os apenas em último caso.

  • Não leve embora o que pertence à natureza

Não retire da natureza o que não lhe pertence (a não ser, é claro, que seja um resíduo deixado por outro humano). Respeite o local e mantenha tudo da mesma forma que encontrar. Pedras, galhos, fósseis são riquíssimos e sempre trazem uma história e conexão com o local. Se você retirar algo, além de interferir na natureza, pode impossibilitar que outras pessoas vivam uma experiência tão incrível quanto a sua. Imagine se todas as pessoas que passam por essa trilha resolverem levar algo de recordação para casa… na natureza, também vale a máxima da vida: não mexa no que não é seu.

  • Tenha muito cuidado ao acender uma fogueira

Fazer uma fogueira pode ser uma alternativa de sobrevivência na floresta. No entanto, não é opção mais recomendada e muito menos a mais segura. Antes de qualquer coisa, verifique se a região em que você está permite fogueiras. Se a resposta for positiva, mesmo assim tenha muito cuidado ao mexer com o fogo. É essencial seguir alguns cuidados, por exemplo, não é recomendado fazer fogueiras em áreas desérticas ou com muita altitude e pouca vegetação. Essas condições podem fazer o fogo sair do controle. Em alguns parques existem áreas demarcadas para a utilização de fogueiras, normalmente próximo aos espaços para camping. Essas áreas já têm anéis de pedras ou latões que ajudam a conter o fogo e impedem que as chamas se espalhem. O único tipo de fogueira que a “Leave no Trace” reconhece como limpa é aquela que não deixa nenhum vestígio de que um dia existiu. É justamente por causa dos perigos que o fogo pode trazer que não se recomenda queimar resíduos ou fazer fogueiras fora de áreas demarcadas. Para se ter uma ideia do tamanho do impacto que um simples fósforo pode causar, em 2011 um turista que fazia um dos trekkings no Parque Nacional de Torres del Paine, na Patagônia Chilena, queimou papel higiênico e o fogo se espalhou tão rápido e com tanta intensidade que consumiu quase 13 mil hectares da floresta, que até hoje não se recompôs.

  • Respeite os animais

Quando vamos fazer um trekking nós estamos adentrando um espaço que não nos pertence. Por isso, precisamos ter o máximo de respeito e cuidado com todas as espécies que habitam a região, principalmente os animais. Muitas espécies são atraídas pelo cheiro da comida, portanto evite deixar embalagens abertas ou alimentos expostos. Não alimente animais selvagens com comidas industrializadas e tente interferir o menos possível com barulhos e iluminação, seja durante as caminhadas ou no acampamento. Os animais são muito mais sensíveis do que os seres humanos e podem se assustar e até mesmo atacar alguém se sentirem que estão sob algum tipo de ameaça. Respeitar os animais também vai lhe proporcionar muito mais segurança.

  • Seja educado com as pessoas pelo caminho

Assim como você, outros aventureiros podem estar desbravando a mesma trilha e enfrentando as mesmas dificuldades e alegrias que você. Portanto, seja cortês e educado com todos que passarem pelo seu caminho. Ofereça ajuda se vir alguém em necessidade ou com menos experiência, dê passagem para quem quer seguir um ritmo mais rápido na trilha e sorria, afinal, isso é realmente contagioso. Caso você encontre alguém que não está seguindo as normas de preservação e cuidado ambiental, aproxime-se amistosamente e compartilhe o seu conhecimento com o intuito de conscientizar e informar os outros sobre a necessidade de cuidar de todo e qualquer patrimônio natural.

Neste final de semana a cidade de Niterói, RJ, receberá um evento inédito no Brasil: pela primeira vez, atletas internacionais se juntarão aos brasileiros em uma disputa de escalada de velocidade aqui no Brasil. O desafio acontecerá no domingo (12) e será transmitido pela TV Globo.

Em 2020 a escalada estreará nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Na competição, os atletas serão avaliados pelo desempenho em todas as modalidades de escalada, ou seja, todos os competidores passarão por desafios de dificuldade (lead), velocidade (speed) e boulder. No Brasil, as modalidades boulder e dificuldade já são bastante disseminadas, mas a escalada de velocidade ainda está engatinhando. Para se ter ideia, em todo o país ainda não existe sequer uma parede oficial, que siga todas as normas da IFSC (Federação Internacional de Escalada) para a prática do esporte. A estrutura montada para o Desafio será a primeira no Brasil a cumprir todos os requisitos determinados pela federação internacional.

O evento contará com alguns dos principais atletas do mundo. Entre os brasileiros estarão: César Grosso, atual recordista brasileiro em speed, com o tempo de 7.14s, e Lucca Macedo, que ficou com a segunda colocação no último campeonato nacional. O time feminino do Brasil será representado por Camila Macedo, atual campeã brasileira de velocidade, Luana Riscado e Camila Flores.

A disputa promete ser quente, já que o time internacional conta com alguns dos principais nomes do esporte, como o líder do ranking mundial, Deulin Vladislav. Além dele, ainda estarão no Brasil: Stanislav Kokorin (3º lugar no mundial de velocidade em 2019), Kostiantyn Pavlenko, Danny Valencia, Aleksandra Kalucka, Mariia Krasavina e Elizaveta Ivanova.

Foto: Daniel Gajda/IFSC

Formato

A competição acontecerá em 3 corridas classificatórias, com os atletas previamente pareados em confrontos diretos. O melhor tempo entre os 3 vencedores avança direto para a final, onde vai esperar o vencedor do confronto entre os outros dois vencedores das classificatórias. Serão no total 10 corridas, 5 entre os homens e 5 entre as mulheres.

Serviço:

Desafio Escalada de Velocidade

Onde: Teatro Popular, no Caminho Niemeyer, Niterói

(Rua Jornalista Rogério Coelho Neto, s/n – Centro, Niterói – RJ)

Quando: Prática – Sábado (11/01) | Competição – Domingo (12/01)

Entrada Gratuita

Em uma viagem de lazer ou esporte, escolher bem as roupas e os equipamentos pode fazer toda a diferença. Por isso, planejamento é essencial. Antes de fazer as malas, considere as condições climáticas do destino e quais atividades serão realizadas por lá. Se você vai praticar algum esporte ou vai a um local com muita oscilação de temperatura, o ideal é pensar no isolamento térmico feito em camadas.

Um bom jeito de visualizar a importância das camadas é pensar em uma aventura em áreas desérticas, por exemplo. No início da manhã as temperaturas costumam ser mais baixas, mas o termômetro sobe muito durante o decorrer do dia e volta a cair drasticamente durante a noite. Para suportar todas essas variações, o mais indicado é estar com camadas de roupas, que podem ser tiradas conforme a temperatura varia.

A mesma lógica pode ser pensada quando o assunto é esporte na neve. Conforme o esforço aumenta, o corpo aquece e, para evitar que esquente demais e você comece a suar, pode-se tirar algumas camadas de roupa. Afinal, suor e neve não combinam.

Sage Cattabriga-Alosa, Jackson, Wyoming. Foto: Adam Clark.
Foto: Adam Clark.

Quando falamos de camadas, a primeira delas é a segunda pele (o que inclui também as meias e luvas). Como o nome diz, ela vem em contato direto com o corpo, é extremamente leve e tem caimento justo. O tecido das nossas baselayers é feito com tecnologia Flashdry, que proporciona aquecimento ao mesmo tempo em que permite à pele respirar e maximiza a evaporação do suor.

Na sequência das camadas, uma sugestão é usar um fleece. Eles são leves e proporcionam aquecimento médio, podendo ser usados ainda quando os termômetros começam a subir. Se a viagem é para um lugar muito frio, a sequência de camada pode ser uma jaqueta com isolamento térmico sintético HeatSeeker, ThermoBall ou em pluma de ganso.

A última camada deve ser um “shell”. A ideia é usar uma jaqueta impermeável ou um corta-vento, de acordo com a necessidade. Os modelos Venture e Antora são boas opções de entrada. Existem outros modelos ainda mais técnicos e leves, como as jaquetas feitas com a membrana de impermeabilidade Futurelight, pensada para proporcionar o máximo de performance.  Além de proteger da neve, chuva e dos ventos da montanha, essa camada vai te deixar mais seguro em casos de queda. Um detalhe importante a pensar na hora de escolher o “shell” perfeito é a proteção interna na barriga. As jaquetas pensadas especificamente para esportes na neve têm, entre outros detalhes, um barrigueira (elástico interno), que protege o corpo, impedindo a entrada de neve.

Sage Cattabriga-Alosa. Neacola Mountains, Alaska. Foto: Adam Clark.
Foto: Adam Clark.

A mesma lógica das camadas também pode ser aplicada às calças usadas para esqui e snowboard. Existem modelos já equipados com algum tipo de isolamento térmico e outros que funcionam apenas como o “shell”, sendo impermeáveis e corta-vento, mas não proporcionando aquecimento. Normalmente a escolha do tipo de calça varia de acordo com o que a pessoa se sente mais confortável. Como o esporte exige muito do corpo, alguns preferem usar uma segunda pele, acompanhada de uma calça sem isolamento, para aquecer menos.

Usar os equipamentos e roupas corretos pode fazer toda a diferença em sua aventura. Ao planejar a viagem, pesquise também as condições climáticas locais e quais atividades serão realizadas por lá. Com isso em mãos, comece a se equipar, para aproveitar ao máximos o que essas aventuras podem oferecer.

Clique aqui para ver os casacos e jaquetas indicados para a prática de esportes na neve.

Juliana Davies é uma carioca que tem o esqui como uma de suas grandes paixões na vida. Ela teve contato com o esporte quando ainda era criança e nunca mais largou. Mesmo morando muito longe da neve, o esporte sempre teve o seu espaço na rotina dessa atleta amadora, mãe de dois filhos. Recentemente ela foi até o Alaska para desbravar algumas das montanhas nevadas mais incríveis do mundo e gravar uma série de esqui extremo para o Canal Off. Com um histórico desses, já dá para perceber que quando ela coloca o esqui nos pés, não está para brincadeira.

Mas, como treinar para os esportes de neve morando em um país tropical e ainda mais em uma cidade onde é comum os termômetros marcarem 40 graus? Apesar de ser um desafio, é possível, sim, praticar outras modalidades e se preparar bem para chegar na temporada de neve realmente voando nas pistas ou fora delas.

Foto: Juliana Davies/Arquivo Pessoal

A Ju Davies compartilhou com a gente toda a estratégia de treino que ela usa e serve como inspiração para você que também quer aproveitar a neve estando bem preparado para curtir as aventuras ao máximo. Confira abaixo o depoimento e as dicas dela:

Parece desafiador, mas com um pouco de disciplina e criatividade tudo é possível! Sou carioca, moro no Rio e amo esquiar. Como tenho poucos dias de esqui por ano, quando tenho… faço de tudo para chegar na temporada preparada fisicamente. Entendo que isso é o mínimo, então, ter uma boa pré-temporada é tudo! E isso não é uma tarefa muito fácil para nós que vivemos no calor dos trópicos.

Embarco em fevereiro para mais uma temporada de esqui, desta vez com meus filhos, e como a neve não faz parte do dia-a-dia carioca é preciso ser criativo para acertar os treinos. Seguem alguns detalhes do que ando fazendo:

Areia: Treino funcional na praia 2x por semana. A areia me dá força nas pernas, maior estabilidade no tornozelo e melhora também o cardio.

Corrida: Este é o meu esporte tropical. Corro entre 3 e 4 vezes por semana.

Pedal: Para mim, este é o melhor treino para o esqui. Fortalece muito a região da coxa e, principalmente, toda cadeia posterior das pernas.

Natação: É o esporte perfeito para os dias regenerativos.

Para a prática do esqui, tão importante quanto fortalecer o quadríceps, é fortalecer toda cadeia posterior das pernas e a parte superior do corpo. Sem isso, a instabilidade piora e as chances de lesões aumentam muito. Seguindo essa linha de raciocínio o meu treino base fica assim:

Aquecimento:

* mobilidade de tornozelo, joelho e posterior

* 15’ trote na areia fofa

Treino:

Agachamento:  4 bombeadas embaixo + 1 salto- 4x em intervalos de 1 minuto

Super-homem (perna e braços alternados): 4x 15rep

Salto lateral alternado: 4x em intervalos de 1 minuto

Passada com rotação de tronco: 4x 15rep

Circuito 1:

 3x em intervalos de 30 segundos para cada exercício

* Prancha com deslocamento das pernas

* Prancha encostando no ombro

* Abdominal remador

* Remada no TRX

Circuito 2:

3x em intervalos de 30 segundos para cada exercício

* Prancha alternando o apoio na mão e cotovelo

* Abdominal oblíquo

* Supino reto no TRX

Finalizar:

15 minutos de trote na areia fofa

Vale lembrar que cada pessoa tem um treino adequado para o seu próprio preparo físico e objetivo. Este é o treino que funciona par a Ju Davies e pode funcionar bem como uma sugestão para que o seu treinador desenvolva uma rotina adequada para você.

Foto: Juliana Davies/Arquivo Pessoal

Dezembro chegou e, com ele, férias e viagens. Apesar do verão brasileiro nos possibilitar uma variedade de destinos, a gente também gosta daquele frio, das montanhas e, claro, muita neve.

Então, se você quer aproveitar as férias para fugir para o Norte e curtir o inverno, confira os destinos favoritos dos atletas brasileiros de inverno, com dicas exclusivas de quem vive a neve.

Michel Macedo – Atleta olímpico do Ski Alpino

Jackson Hole (EUA)

“Meu favorito é Jackson Hole, em Wyoming. Além de ser uma montanha excelente para todos os níveis de ski, o lugar é muito bonito. A cidadezinha e os hotéis também são muito confortáveis e tem bastante comida boa”.

Lake Tahoe (EUA)

“A outra é qualquer uma das áreas de ski em Lake Tahoe. Um dos lugares mais bonitos para esquiar. Muitas das montanhas de ski têm vista do Tahoe, o lago na fronteira entre os estados de Nevada e Califórnia. As áreas de ski têm oportunidades para todos os níveis e muitas para escolher naquela área. Lake Tahoe também é um dos lugares que neva mais do que qualquer outro lugar nos EUA”.

Noah Bethonico – Atleta que representará o Brasil no Snowboard Cross nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude em 2020

Jackson Hole (EUA)

“Tem um lugar que chama Jackson Hole e eu vou lá com os meus pais quase todo ano. É o resort que tem mais neve de todo os Estados Unidos, basicamente. Por isso, é muito bom de andar lá”.

Jackson Hole | Foto: Joel Holland/Unsplash – Creative Commons

Cooper Mountain (EUA)

“É onde rola o nacional norte-americano de Snowboard. É uma montanha muito linda e grande, sempre há muitos atletas que andam muito bem por lá, o que torna ainda mais legal. Eu amo muito! Além disso, tem o Woodward bem em baixo na base, um parque que possibilita diferentes treinamentos para qualquer nível.”

Jaqueline Mourão – Atleta olímpica da Ski Cross Country

Mont Saint Anne (Canadá)

“Uma escolha um pouco tendenciosa, pois escolhi aqui para viver de tanto que gosto desse lugar. É uma estação de ski tranquila, com muitas pistas de Ski Cross Country e ideal para iniciantes no Ski Alpino. Para quem quer maior dificuldade, há duas pistas pretas, duas diamantes e pistas na floresta.

Para os pequenos, a pista Forest Enchante é diversão na certa, com instrumentos em toda a descida.  Existem várias vias de ski touring também e pistas para snowshoe e fatbike. Além de dogsled e escalada no gelo a poucos minutos.

Comparando o preço com outros resorts é muito em conta e ainda fica a somente 40 minutos do velho Quebec, adicionando uma experiência cultural fantástica.

Além desta montanha, temos o Le Massif (que tem ainda a descida de trenó para uma experiência natalia) e Stoneham a poucos minutos daqui, tornando a experiência ainda mais diversificada.”

Mirella Arnhold – Atleta olímpica de Ski Alpino

St. Anton am Arlberg (Áustria)

“Moro e dou aulas de ski em St. Anton, assim amaria receber a maior quantidade possível de brasileiros por aqui. Mas também é um local que super indico, porque é junto com Lech am Arlberg –  uma das mais charmosas estações de ski da Áustria, com mais de 340 km de área esquiável e um dos après-ski mais tradicionais dos Alpes. Estrutura com conforto e excelente custo x benefício”

Val d’Isere e Tignes (França)

“Treinei a minha vida inteira por lá e é ainda o local nas montanhas que chamo de casa. Pistas incríveis, panorama maravilhoso e comida francesa. Como não gostar?”

Val d’Isere, França. | Foto: Yann Allegre / Unsplash – Creative Commons

Alta Badia e região dos Dolomites (Itália)

“Também morei lá para treinar para os Jogos Olímpicos de Torino 2006. Uma das paisagens mais lindas do mundo, nas montanhas escarpadas dos Dolomites (UNESCO World Heritage Site), charme do Südtirol e encanto em sua gastronomia.”

Zermatt, Verbier e Grindelwald (Suíça)

“A Suíça oferece diversos destinos charmosos e encantadores. Não tem como não se apaixonar pelo país e por suas montanhas nevadas deslumbrantes”.

Zermatt, Suíça. | Foto: Joshua Earle / Unsplash – Creative Commons

O mundo está cheio de aventuras para todos os gostos e estilos. Nós separamos uma lista com algumas sugestões de países que todos os apaixonados por aventura precisam conhecer. É claro que esses destinos oferecerem muito mais do que conseguimos colocar aqui, mas já dá para ter um gostinho do que esses lugares incríveis reservam para quem quer se jogar em aventuras pelo mundo a fora.

  • Chile

Nosso vizinho já foi eleito mais de uma vez o melhor destino de aventura do mundo. O título é totalmente merecido, afinal, mesmo sendo um país com uma área razoavelmente pequena, o Chile oferece uma imensidão de oportunidades. É possível fazer trekkings pela Patagônia (entre eles o famoso Circuito W), escalar as montanhas dos Andes, explorar os esportes de neve no Valle Nevado, surfar em Iquique, viajar no tempo nos mistérios da Ilha de Páscoa e muito mais.

O Chile já foi eleito mais de uma vez o melhor destino de aventura do mundo. | Foto: Alex Wolo/Unsplash – Creative Commons
  • Austrália e Nova Zelândia

Do outro lado do mundo, a Austrália e sua vizinha Nova Zelândia são famosas não só pelos esportes radicais, mas também pela biodiversidade e pela enorme quantidade de áreas preservadas. Os dois países praticamente formam um continente inteiro. As praias da Austrália são famosas pelo surf e também para os mergulhadores que estão em busca dos corais mais incríveis do mundo. O curioso deserto australiano, Outback, abriga formações rochosas, como a sagrada Ayres Rock, que infelizmente não pode mais ser escalada, mas é um espetáculo da natureza. Quem quer praticar o esporte, pode se aventurar nas rochas da Blue Mountains ou Mount Arapiles, os picos mais famosos do continente. Os dois países também são casa para diversas espécies de animais exóticos e os trekkings, com certeza, reservam muitos encontros inusitados. Apesar de não seres os destinos mais famosos para a prática de esportes de neve, Austrália e Nova Zelândia também têm opções muito interessantes para quem quer se aventurar no ski e snowboard. Isso tudo sem contar com a possibilidade de passar por cenários, literalmente, de cinema onde foram gravadas as cenas de maior sucesso da série “O Senhor dos Anéis”.

O curioso deserto australiano, Outback, abriga formações rochosas, como a sagrada Ayres Rock. | Foto: Antoine Fabre/Unsplash – Creative Commons
  • Islândia

Nos últimos anos a Islândia entrou para a lista de destinos desejados por quase todos os aventureiros. Os mistérios que cercam o país, a história nórdica cheia de folclore e significados agregam à experiência uma enorme riqueza cultural. Mas, a verdade é que os turistas que vão até lá em busca de aventuras, querem mesmo ter a experiência de subir vulcões, adentrar cavernas de gelo, mergulhar entre as placas tectônicas, fazer trekkings que chegam em cachoeiras de tirar o fôlego e escalar em rochas e no gelo. Ainda existe um outro diferencial que acrescenta o um valor imensurável à Islândia: é um dos países mais incríveis para ver a Aurora Boreal.

A Islândia é um dos países mais incríveis para ver a Aurora Boreal. | Foto: Joshua Earle/Unsplash – Creative Commons
  • Canadá

O Canadá é conhecido por ser um país hospitaleiro, que recebe muito bem os turistas e imigrantes que chegam por lá. Além de todo o desenvolvimento, estrutura e segurança que o Canadá oferece, também é possível viver muitas aventuras inesquecíveis por lá. Os famosos lagos gigantes com água cristalina, campings e trekkings pelos Parques Nacionais, as imensas montanhas nevadas perfeitas para a prática de esportes de neve e os ursos marrons são apenas alguns dos atrativos que tornam o destino uma excelente opção para uma viagem cheia de aventuras, seja no inverno ou no verão!

O Emerald Lake é um dos lagos mais famosos do Canadá. | Foto: Bruno Soares/Unsplash – Creative Commons
  • Estados Unidos

 O paraíso das compras vai muito além dos outlets. Este talvez seja um dos destinos de viagem mais famoso entre os brasileiros, mas a verdade é que os Estados Unidos não são apenas Nova York e Miami. Por ter dimensões continentais e uma grande quantidade de parques nacionais espalhados por todo o seu território, o país tem excelente estrutura para praticamente todos os esportes outdoor. Quem está em busca de uma trilha de longa distância, existe a famosa Pacific Crest Trail e quem quer escalar pode passar uma temporada inteira desbravando Yosemite. Até mesmo os destinos conhecidos pela neve, como o estado do Colorado, também podem ser verdadeiros paraísos para as aventuras de verão. Isso sem contar a Flórida que, apesar de ter uma série de parques temáticos, também é perfeita para quem quer mergulhar, fazer canoísmo, desbravar cavernas e muito mais. Por lá não faltam opções para qualquer tipo de aventura.

Yosemite é um dos Parques Nacionais mais conhecidos nos Estados Unidos. | Foto: John Gibbons/Unsplash – Creative Commons

O Pico da Neblina é o ponto mais alto do Brasil. Localizado na Serra do Imeri, no Amazonas, e a 2.999 metros de altitude, o local permaneceu fechado para turistas durante 16 anos e já tem data para ser reaberto novamente: março de 2020.

Em 2003, por recomendação do Ministério Público Federal, o Pico da Neblina foi fechado para o turismo. A grande motivação para a decisão foi o turismo desordenado, que estava causando prejuízos ambientais e também culturais e sociais, visto que o Parque Nacional do Pico da Neblina está em uma área de ocupação indígena e a comunidade local, Yanomami, sofreu violação de direitos e passou por conflitos com turistas.

Foram necessários cinco anos de trabalhos e discussões entre os órgãos de proteção ambiental e de defesa indígena, com destaque para o ICMBio e a Funai, até que um acordo fosse feito. Após uma série de estudos, foi divulgado no início do mês a decisão de reabrir o parque para visitação, mas com uma série de ressalvas.

Assim como acontece em outras áreas de proteção ambiental, para visitar o Pico da Neblina será necessário contar com o acompanhamento de equipes especializadas. No momento, uma comissão especial está analisando as propostas de credenciamento para decidir quem poderá realizar operações turísticas na região.

pico da neblina
O Pico da Neblina está localizado a 2.999 metros de altitude. | Foto: Força Aérea do Brasil

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