Acampar com o seu cachorro pode ser uma experiência incrível para vocês dois. Vivenciar a liberdade, os cheiros e poder dormir ao som da natureza é algo único e que, certamente, fará o seu amigo de quatro patas muito mais feliz. No entanto, antes de pegar a barraca, a mochila e sair para a trilha, é preciso estar bem preparado e equipado.

Veja algumas dicas do que fazer para ser bem-sucedido em seu primeiro camping com seu pet:

  1. Escolha um lugar que permita a entrada de cães

Nem todos os parques, praias ou campings permitem a entrada de cães em sua área. Portanto, antes de escolher o destino, verifique as regulamentações locais e tenha certeza de que você e seu “doguinho” serão bem-vindos.

  1. Os cães também precisam se preparar fisicamente

Se o seu camping também inclui uma trilha, vale a pena fazer um treinamento antes com o seu cãozinho. Leve-o para caminhadas um pouco mais longas e talvez até para uma trilha antes de acampar. Assim, além de ir se familiarizando com o ambiente e com as caminhadas em terrenos diferentes, ele já vai ganhando preparo físico para arrasar nas trilhas mais longas.

  1. Você não vai conseguir viajar tão leve

Para acampar com o seu cãozinho será necessário espaço dentro da barraca. Então, a sua tenda mais leve pode não ter espaço suficiente para todo mundo. Antes de ir, teste se vocês ficarão confortáveis dentro da barraca. Além disso, na mochila tem que ter espaço para as suas roupas, equipamentos e comida para você e para o seu parceiro. Vai ser difícil viajar leve, mas carregar um pouco de peso a mais vai compensar, pode ter certeza.

Foto: Ju Salviano/Arquivo Pessoal
  1. Treine o seu amigo

Além de treinar fisicamente, é preciso treinar a obediência do seu cão. Antes de leva-lo para a trilha, tenha certeza de que ele respeita e entende os seus comandos. Isso vai mantê-lo sempre por perto e seguro.

A Milka é uma cachorrinha doida por trilhas. | Foto: Ju Salviano/Arquivo Pessoal
  1. Proteja as patinhas do seu cão

Alguns terrenos são tão desafiadores que podem acabar machucando as patinhas do seu cão. Por isso, assim como você usa a bota apropriada, verifique se é necessário usar algum tipo de proteção para proteger também o seu cachorro. Isso não é uma regra, então, observe como ele se comporta e se existe algum tipo de desconforto.

  1. Não deixe rastros seus e nem dele

Assim como acontece com os humanos, os resíduos dos cachorros devem ser retirados em sacos e descartados adequadamente ou enterrados sob o solo fora das trilhas (essa é a melhor opção). Jamais deixe sacolas com resíduos para trás.

  1. Mantenha a comida fora do alcance

Tanto a sua comida, como a do seu doguinho precisa estar bem protegida e, de preferência, longe do alcance dele. Imagine se ele fareja e, por um momento de falta de atenção sua, o seu cachorro acaba comento os suprimentos de todo o acampamento? Alimento é coisa séria na trilha, então, todo cuidado é pouco!

Foto: Ju Salviano/Arquivo Pessoal
  1. Prenda o seu cãozinho durante a noite

É bem provável que o seu cão tenha vontade de desbravar os arredores do acampamento durante a noite. Porém, sem supervisão, ele pode se perder facilmente. Uma solução simples para evitar isso é mantê-lo preso por um grande cabo, que permita que ele explore, mas que esteja por perto e sob controle.

Foto: Ju Salviano/Arquivo Pessoal
  1. Atente-se à hidratação

Se a comida é importante na trilha, a água é mais ainda! Fique sempre atento à hidratação do seu cachorrinho. Não espere até que ele demonstre sinais de cansaço para oferecer água, pode ser que ele já esteja desidratado quando comece a mostrar esses “sintomas”.

Foto: Ju Salviano/Arquivo Pessoal

 

Não importa se a sua aventura é na montanha ou na cidade, existem momentos em que ter uma jaqueta corta vento ou impermeável pode fazer toda a diferença e até mesmo salvar a sua vida. Por mais drástico que possa parecer, essa afirmação é real. Pergunte a alguém com experiência na montanha como é estar com a roupa molhada, mesmo em destinos tropicais. Quando a temperatura cai, é preciso estar seco e protegido. Caso contrário, você ficará muito mais vulnerável à hipotermia, gripes, pneumonia, entre outras coisas, simples ou não.

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Tenha sempre uma jaqueta impermeável na mochila.

Nós separamos algumas situações em que um corta vento ou impermeável podem fazer muita diferença. Veja abaixo quais são:

  1. Andar de bicicleta na cidade

Usar a bicicleta na cidade, seja para o transporte diário ou para o lazer, também te deixa mais vulnerável às condições do clima. Durante as estações frias e secas, um corta vento vai te ajudar a bloquear o os ventos frios e também ajuda a regular a temperatura do corpo. Já durante a temporada de chuva, quando os termômetros marcam temperaturas mais altas e as chuvas são constantes, ter uma impermeável na mochila vai te ajudar a economizar tempo e chegar ao seu destino seco.

Para os dias mais quentes e combinados com compromissos casuais, uma opção interessante é usar a Fanorak. Este corta vento vai te manter protegido e cheio de estilo.

A Millerton também é uma jaqueta perfeita para te acompanhar em todas as ocasiões seu diferencial é ser totalmente impermeável.

  1. Hiking, trekking ou travessia

Em uma trilha você tem que estar preparado para tudo, afinal, você normalmente está distante da “civilização” e totalmente dependente da natureza e dos itens que você tem na própria mochila. Por isso, uma boa jaqueta impermeável é item essencial em qualquer hiking, trekking ou travessia. Invista em uma boa jaqueta impermeável e cuide muito bem dela para que ela mantenha as suas propriedades por muito mais tempo (clique aqui e veja as nossas dicas).

Duas boas opções são os clássicos Venture e Resolve.

  1. Escalada

Escalada e chuva são duas coisas que não combinam muito bem. Quando chove a pedra fica mais escorregadia e perigosa. No entanto, a chuva pode chegar no meio do caminho e nessas horas você precisa estar preparado. A Allproof é uma jaqueta legal para isso. Além de ser impermeável e corta vento, ela tem acabamento em elastano, para garantir liberdade total de movimentos.

  1. Treino no começo ou no fim do dia

Sair para fazer uma atividade ao ar livre bem no começo ou no fim do dia também pede uma proteção extra. Durante as estações mais amenas o ideal é ter um corta vento bem leve para acompanhar. Eles bloqueiam o vento, mas não superaquecem o corpo. A Flyweight é uma boa opção para quem quer se proteger dos ventos e ainda ir treinar cheio de estilo.

  1. Passeios casuais no inverno rigoroso ou na neve

Apesar de não ser uma regra, é muito bom ter uma jaqueta impermeável na hora de encarar uma nevasca. As jaquetas resistentes à água já aguentam muito bem a umidade causada pela neve, mas em um modelo impermeável é certeza que nada vai ultrapassar e te deixar úmido. Outro ponto importante é que as jaquetas impermeáveis também são corta vento e em dias muito frios, é justamente o vento que deixa a sensação térmica ainda pior, portanto, estar com as camadas corretas é mais eficiente do que usar roupas pesadas e ineficientes.

A Jenison é uma jaqueta perfeita para proteger do vendo e das chuvas. Ela é elegante e cheia de estilo, para ser usada como a última camada de proteção.

A City Midi Trech, por sua vez, também é uma opção extremamente elegante e que ainda tem a vantagem de possuir tecnologia de isolamento térmico, combinada com a impermeabilidade.

Fazer um trekking exige bastante do corpo. Passar horas ou dias caminhando com uma mochila pesada nas costas acaba sobrecarregando músculos e articulações. Por isso, é essencial se preparar bem para não sofrer durante ou depois da aventura.

Se fazer uma travessia ou uma trilha mais longa está dentro dos seus planos, então a hora de começar a treinar visando o trekking é agora. Quanto mais bem preparado você estiver, melhor será toda a experiência. Para dar uma ajuda, nós separamos uma lista com exercícios que você pode fazer em casa, sem nenhum equipamento especial, mas que vão fazer uma diferença enorme na hora que você colocar a mochila nas costas e sair para a trilha.

  1. Agachamento – avanço

Existem diferentes tipos de agachamento. Em todos eles os músculos da perna e glúteos são trabalhados com bastante intensidade. Uma das vantagens do avanço é que ele já incentiva um esforço físico mais próximo do que o que é feito nas subidas em trilhas. Para fazê-lo basta se posicionar com a coluna totalmente ereta, dar um passo à frente, agachar e levantar. Após realizar de 10 a 15 repetições com uma perna, faça o mesmo com a outra perna.

Fortalecer todos os músculos da perna é imprescindível para se dar bem na trilha.
  1. Subir escada

Assim como no agachamento em avanço, subir escadas também ajuda a fortalecer as pernas e glúteos. Além disso, o movimento feito pelo corpo para subir os degraus é bastante semelhante ao realizado para subir em pedras e ultrapassar obstáculos comuns nas trilhas. Portanto, inclua subidas em escadas no seu treino. Se possível, com o passar do tempo, adicione também uma mochila às costas. Pode começar com uma mochila pequena de ataque e vá aumentando aos poucos até chegar na cargueira usada no trekking. Também atente-se ao peso da mochila, para que a simulação seja mais efetiva.

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Subir escadas é um jeito simples e prático de se manter em forma.
  1. Panturrilha

Apesar de pouco valorizadas, as panturrilhas são formadas por músculos exigidos praticamente em todos os nossos passos. Por isso, fortalece-las é essencial para conseguir ir mais longe. Um exercício bastante simples para fortalecer as panturrilhas é elevação. Basta usar um tablado ou um degrau. Apoie-se na ponta dos pés, eleve e abaixe o corpo com as pernas estendidas. Aproveite o máximo de amplitude nos movimentos para que o resultado seja melhor. Por ser um músculo que trabalha o tempo todo, é muito difícil desenvolver panturrilha. Portanto, faça séries com muitas repetições e respeite o descanso adequado, que pode variar de 30 segundos a um minuto.

  1. Abdominais

O core (região que contempla os músculos abdominais, dorsais e da coluna) é uma das áreas mais importantes para garantir a força necessária para suportar o peso da mochila durante os trekkings. Portanto, faça diferentes tipos de abdominais e exercícios de isometria, como as pranchas.

Abdominais fortes protegem a coluna de lesões e garantem mais equilíbrio.
  1. Cardio

Exercícios aeróbios em geral ajudam a treinar e fortalecer o coração. Inclua caminhadas ou corridas na planilha de treinos. Apesar de não serem exercícios feitos exatamente em casa, eles podem ser realizados em qualquer lugar, basta ter tempo e um tênis. As caminhadas, inclusive, podem ser inseridas na própria rotina. Caminhar na hora do almoço ou deixar o carro em casa alguns dias na semana são opções práticas para otimizar o treino.

A travessia Petrópolis x Teresópolis é uma das mais famosas e bonitas do Brasil. Localizado no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, esse roteiro atrai montanhistas de todo o país que estão em busca de uma boa dose de desafios, experiências únicas e uma paisagem natural incrível.

Para se ter uma noção da imensidão de possibilidades que essa travessia proporciona é preciso conhecer um pouco do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. O local é uma unidade de proteção federal devido à sua importância para a biodiversidade brasileira. Por uma área de 20 mil hectares existem mais de 200 quilômetros de trilhas para todos os níveis de dificuldade, lá estão alguns dos melhores picos de escalada do Brasil (e do mundo), 462 espécies de aves, 105 mamíferos, 103 anfíbios e 83 répteis, isso apenas entre as espécies catalogadas. A imensidão da cadeia de montanhas garante espetáculos diários, como as manhãs que começam praticamente “sobre” as nuvens e noites que, com o céu claro, permitem apreciar a vista da baixada fluminense e da cidade do Rio de Janeiro.

Esses são apenas alguns detalhes que tornam essa travessia tão especial. Mas, nós separamos mais algumas informações que vão lhe fazer querer parar tudo, arrumar as malas e partir rumo a Petrópolis agora mesmo.

Petrô x Terê

Essa travessia costuma ser feita em 3 dias. Apesar de possuir, em média, 30 km de extensão, uma distância razoavelmente curta, ela é cheia de desafios e os longos quilômetros subindo a serra fazem o trajeto ficar mais desgastante e cansativo.

Para fazer essa travessia é necessária a presença de um guia experiente, ter bom preparo físico e estar com os equipamentos adequados, inclusive os equipamentos de segurança para escalada, como corda e cadeirinha. Além disso é preciso pagar uma taxa e ter autorização prévia para fazer o roteiro. (Clique aqui para mais informações)

Os montanhistas que decidem fazer a travessia ainda precisam respeitar as normas do parque em relação às áreas de camping. Em alguns trechos é proibido acampar para garantir a preservação ambiental, principal em locais já afetados pela atividade humana nos últimos anos.

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Por uma área de 20 mil hectares existem mais de 200 quilômetros de trilhas para todos os níveis de dificuldade. | Foto: Reprodução/Facebook – Parnaso

O começo

A indicação é iniciar a travessia partindo de Petrópolis, indo rumo a Teresópolis. A sugestão deve-se principalmente pela paisagem e beleza do trajeto. A portaria onde a aventura começa está localizada no bairro de Bonfim. Logo no primeiro dia a recomendação é de que os trilheiros cheguem ao Castelo do Açú. São, em média, 6 horas de caminhada em pouco mais de 7km de extensão. O trecho inicial está a 1.100 metros do nível do mar e ao final do primeiro dia, o camping está a 2.245 metros de altitude. A subida é longa, mas o resultado compensa. Em dias com o céu claro, é possível ver da barraca as luzes do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense.

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Para fazer essa travessia é necessária a presença de um guia experiente e ter bom preparo físico. | Foto: Reprodução/Facebook – Parnaso

O segundo dia

Aqui o dia já começa com um sol que faz tudo valer a pena. Este é o trecho mais técnico da travessia. Por causa da altitude, é comum o dia começar com muita neblina. Por causa disso, muitas pessoas se perdem nas trilhas, que ocorrem predominantemente em trechos de altitude. Portanto, nessa parte é imprescindível contar com a presença de um guia que conheça muito bem a região.

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A travessia Petrópolis x Teresópolis costuma ser feita em 3 dias. | Foto: Franklin Zembruski – Reprodução/Facebook – Parnaso

Após uma hora e meia de caminhada, passando por mirantes, cachoeiras e riachos onde é possível encher as reservas de água e se refrescar, chega-se ao Elevador. Essa escada de ferro exige muito cuidado e equilíbrio para ser atravessada com as grandes mochilas cargueiras nas costas. A caminhada que segue vai até o Morro do Dinossauro, de onde é possível ver a Pedra do Sino, e depois segue na descida até o Vale das Antas.

Continuando a caminhada é possível avistar a maior parede de escalada do Brasil, onde estão as famosas vias Franco-Brasileira e Terra de Gigantes. O roteiro segue em uma descida técnica até uma grota e continua até o paredão que leva à Pedra do Sino. Esta subida, conhecida como Cavalinho, é o ponto mais perigoso da travessia. Para passar por ele é necessário usar equipamentos de segurança, como cadeirinhas, cordas e mosquetões. Depois disso a trilha segue até a Pedra do Sino, o ponto mais alto da travessia e de toda a Serra dos Órgãos, a 2.263 metros de altitude. É proibido acampar no cume da Pedra do Sino, mas ali perto está o abrigo 4 do parque.

Acabando com chave de ouro

O último dia da travessia é relativamente tranquilo. São 11 quilômetros de caminhada, mas em uma descida relativamente leve e com belas vistas. Antes de pegar a trilha para Teresópolis, no entanto, é altamente recomendado uma última subida à Pedra do Sino para ver o sol nascer. Esse é um esforço que vale cada passo.

Descendo para o fim da travessia, os trilheiros podem reparar uma mudança na vegetação, assim que chega abaixo dos 2.000 metros de altitude. As trilhas começam a ter mais bromélias e orquídeas, além de passagens por cachoeiras e pelo antigo abrigo 3, que agora está desativado e se camufla em meio à mata.

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Apesar de possuir, em média, 30 km, essa travessia é cheia de desafios. | Foto: Reprodução/Facebook – Parnaso

O que levar?

Devido à altitude, distância e dificuldade do percurso, a travessia Petrópolis x Teresópolis exige roupas, calçados e equipamentos mais técnicos. Além da barraca, da mochila e da comida, a lista de viagem inclui muitas outras coisas.

Clique aqui e baixe o checklist completo feito pelo montanhista Maximo Kausch, com tudo o que você precisa levar para fazer a travessia em segurança.

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A primavera e o verão são duas estações muito agradáveis para a prática de atividades ao ar livre. No entanto, essa também é a temporada em que as chuvas são mais frequentes e mais fortes. Por isso, para que nada atrapalhe a aventura, é preciso estar sempre bem equipado e preparado.

Quando falamos em camping os cuidados na hora de escolher o equipamento e o domínio de algumas técnicas são fatores essenciais para uma estadia confortável e segura. Pensando nisso, nós separamos algumas dicas úteis e essenciais para acampar em dias de chuva.

  1. Escolha a barraca certa

Existem diferentes tipos de barracas e cada uma delas tem características próprias e específicas para algum tipo de atividade, terreno ou clima. A divisão mais comum entre elas é o fato de serem 4 ou 3 estações. Quando uma barraca é considerada 4 estações, isso significa que ela foi desenvolvida com uma estrutura forte o suficiente para suportar condições extremas de temperatura ou de vento. Já as barracas 3 estações são feitas para acampamentos em locais com clima mais tropical e temperaturas mais amenas. No entanto, o simples fato de ser 4 estações não significa necessariamente que uma barraca aguentará bem uma chuva (veja aqui um post especial sobre barracas 3 e 4 estações). Essa resistência depende de outros fatores, como:

– Resistência à água: Boa parte das barracas não são impermeáveis, para garantir o máximo de respirabilidade. No entanto, é imprescindível que a sua barraca seja resistente à água. Isso lhe evitará muita dor de cabeça.

– Costuras seladas: o ideal é que a barraca tenha todas as suas costuras seladas. Isso impedirá que a água que escorre do tecido ou que se acumula na superfície externa entre na barraca pelos pequenos espaços das costuras.

– Cobertura: nunca acampe na chuva sem utilizar a cobertura de sua barraca. Opte por modelos que tenham a cobertura realmente maior do que a barraca, para garantir proteção total. Além disso, na hora da montagem, deixe a cobertura bem esticada e utilize todos os espeques. Esse cuidado vai evitar que a água da chuva se acumule e forme poças sobre a barraca.

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Ser precavido nunca é demais.
  1. Escolhendo e preparando o local

Se a previsão for de chuva, jamais acampe na beira do rio, em barrancos, sob árvores ou em locais onde o terreno não drena adequadamente a água da chuva. Uma opção interessante e muito usada em acampamentos é a lona como um suporte extra para proteção. O plástico pode ser usado sobre e sob a barraca, mas com alguns cuidados.

– Lona embaixo da barraca: Se você optar por usar uma lona sob a sua barraca, é importante que ela tenha uma área um pouco menor do que a da própria barraca. Isso evitará que a água fique parada se acumulando ali.

– Lona na cobertura: Algumas pessoas se sentem mais protegidas usando lona por cima da barraca. Essa é uma prática bastante efetiva, desde que seja feita adequadamente. A lona nunca pode estar em contato direto com o teto da barraca, isso prejudicará muito a respirabilidade e fará a sua barraca ficar úmida por dentro (veja aqui dicas de como evitar umidade dentro da barraca). Esse plástico externo também precisa estar muito bem esticado para evitar que a água também se acumule e forme poças.

  1. Mantenha a chuva longe das suas roupas, calçados e equipamentos

Ser precavido nunca é demais. Mesmo que você esteja usando a barraca correta e tenha tido todos os cuidados possíveis durante a montagem, mantenha os seus pertences em sacos estanque. Esse cuidado simples evitará que eles molhem e estraguem ou se tornem inadequados para o uso. Afinal, secar roupas em dia de chuva é praticamente impossível e ninguém quer ficar molhado em um camping, exposto às condições do clima e sujeito à hipotermia.

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Para que nada atrapalhe a aventura, é preciso estar sempre bem equipado e preparado.
  1. Equipe-se com itens impermeáveis

É sempre importante ter peças impermeáveis nas temporadas de chuva. Jaqueta, calça e botas com tecnologia de impermeabilidade serão os seus melhores parceiros em acampamentos de primavera ou verão.

  1. Nunca guarda barraca, roupas e outros equipamentos molhados

Se na hora de desmontar acampamento a chuva ainda não tiver dado uma trégua e você não conseguir secar os seus pertences adequadamente, faça isso assim que chegar em casa. Roupas e equipamentos úmidos acabam mofando e podem ter suas tecnologias e propriedades comprometidas. Portanto, antes de colocar as coisas no armário, tenha certeza de que estão totalmente secas e limpas. Se possível deixe a sua barraca, saco de dormir, roupas e botas secando ao sol até que tenha certeza de que estão realmente livres de qualquer água e resíduos.

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A primavera e o verão são duas estações muito agradáveis para a prática de atividades ao ar livre.

Não é de hoje que a prática de exercícios físicos é considerada uma das causas da longevidade e da saúde. Mas, ao contrário do que se imagina, não é necessário fazer atividades de alta intensidade para sentir esses benefícios. Um estudo divulgado recentemente no Jornal Britânico de Esportes e Medicina comprovou que as caminhadas diárias podem reduzir a incidência de diversas doenças e ainda aumentar a expectativa de vida.

Segundo os pesquisadores, conforme descrito no estudo e publicado na revista norte-americana Outside: “Andar até o trabalho, até as lojas locais e o simples ato de colocar um pé em frente ao outro de forma ritmada é tão natural aos seres humanos quanto respirar, pensar e amar.” Para entender melhor a relação das pessoas com a caminhada e a influência da prática na vida e na saúde, os especialistas contaram com 50 mil homens e mulheres de diferentes idades.

Não foram incluídos na pesquisa pessoas que já possuíam doenças cardíacas antes do experimento começar. Os participantes com enfermidades pré-existentes também foram analisados separadamente. Dentro desses grupos, os cientistas ainda avaliaram o ritmo de cada pessoa e relacionaram com a idade e condicionamento físico, para entender quanto a atividade realmente demandava de esforço físico. Com a combinação desses dados, relacionando-os a outros estudos, os pesquisadores concluíram que manter um ritmo confortável de caminhada ou “trote” pode reduzir em 24% os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares e em 20% as causas de mortalidade.

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30 minutos de caminhada por dia já fazem uma diferença enorme na saúde.

Um dos dados já havia sido confirmado em outro estudo publicado no início deste ano no Jornal Americano de Medicina Preventiva, realizado a partir de um experimento com 140 mil pessoas. Nesta ocasião, os cientistas envolvidos na pesquisa identificaram que ao caminhar rápido por, pelo menos, 150 minutos semanais, todas as causas de mortalidade relacionadas à saúde são reduzidas em 20%.

Essas informações mostram que se a busca é apenas por qualidade de vida, as caminhadas periódicas de, pelo menos, 30 minutos, já são mais do que suficientes para te ajudar a atingir o objetivo de uma vida mais saudável e longa.

 

 

 

O estado de São Paulo é cheio de ótimas opções para os aventureiros. Apenas na região da capital e no litoral existem diversos picos de escalada, rotas cicloturísticas, cachoeiras e trilhas para todos os níveis de experiência e dificuldade. Nós separamos algumas sugestões para você que quer aproveitar os finais de semana ou feriados para explorar a natureza sem ir muito longe de casa.

  1. Trilha Monumentos Históricos Caminhos do Mar

Esta trilha, localizada na famosa Estrada Velha de Santos, entre os municípios de São Bernardo do Campo e Cubatão, reserva uma imersão na floresta preservada de Mata Atlântica e uma série de passagens por monumentos históricos que resgatam períodos importantes da cultura nacional.

O trajeto completo de ida e volta tem 16 quilômetros, apesar de ser considerado um roteiro de dificuldade média, ele é bastante tranquilo, principalmente porque a maior parte do caminho é pavimentada.

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Foto: Trilhas de São Paulo/Gov.

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  1. Trilha do Betari no PETAR

O Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeiro é muito famoso pela quantidade de cavernas que a região abriga. Assim, essa trilha é um prato cheio para quem quer tirar fotos ou admirar as cavernas. O nível de dificuldade também é baixo, com poucas subias e algumas travessas por cursos d’água, mas perfeitamente acessível a iniciantes. Esta é uma boa opção para curtir em família. São apenas 7,2 quilômetros ida e volta e no caminho é possível avistar diversas espécies, como bugios, pacas, lontras e muitas aves. Para finalizar com chave de ouro, a trilha acaba em uma cachoeira, onde é permitido tomar banho.

Foto: Trilhas de São Paulo/GOV
Foto: Trilhas de São Paulo/Gov.

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  1. Trilha do Pai Zé – Parque Estadual do Jaraguá

Esta é uma trilha extremamente perto da capital e considerada de nível difícil, por ter muitas subidas. Ela chega a 1.127 metros de altitude, mas o visual compensa todo o esforço. São apenas quatro quilômetros de distância, mas a dificuldade está nos obstáculos que existem no caminho, com descidas bem íngremes e grandes pedras. Isso não significa que seja necessário ter muita experiência em trilhas para completar o roteiro.

Foto: Trilhas de São Paulo/Gov.
Foto: Trilhas de São Paulo/Gov.

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  1. Trilha do Baepi – Parque Estadual Ilhabela

A Trilha do Baepi prova que Ilhabela é muito mais do que belas praias. O roteiro possui apenas 7,4 quilômetros de extensão, mas, assim como no Jaraguá, é bastante íngreme, o que eleva o nível de dificuldade. O percurso total é de seis horas, por onde o trilheiro passa por áreas extremamente conservadas com diversas espécies de árvores e animais.

Foto: Trilhas de São Paulo/Gov.
Foto: Trilhas de São Paulo/Gov.

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Hilaree Nelson é uma verdadeira lenda viva. No auge de seus 45 anos, a esquiadora tem feitos impressionantes em seu currículo e não se cansa de superar limites e escrever seu nome da história do ski e do montanhismo. Seu feito mais recente foi ter descido esquiando, ao lado de Jim Morrison, a 4ª maior montanha do mundo: Lhotse, no Himalaia.

Esta não é a primeira vez que esquiadores desbravam o Lhotse, mas Hilaree e Jim foram os primeiros humanos na história a começarem a descida de ski exatamente a partir do cume da montanha, a 8.516 metros de altitude. Com o feito, Hilaree se tornou a única mulher do mudo a descer esquiando mais de uma montanha com mais de oito mil metros de altitude.

Hilaree e Jim optaram por realizar a expedição fora da temporada de escalada.

A expedição teve início no final de agosto, quando o time viajou ao Nepal para iniciar a jornada rumo ao acampamento base do Everest. Para terem mais chances de encontrar neve em boas condições, eles optaram por realizar a expedição fora da temporada de escalada. Em consequência disso eles encontraram algumas dificuldades no caminho. Quando o Everest está “aberto” centenas, às vezes, milhares de pessoas estão na montanha. Isso significa que as estruturas já estão montadas e até mesmo as equipes de apoio e médicos também estão a postos. Neste caso, os participantes desta expedição eram praticamente as únicas pessoas em uma montanha deserta.

Em entrevista à National Geographic, Hilaree contou detalhes da experiência. A atleta disse que o grupo chamava a própria expedição de “Apocalipse Zumbi”, por serem os únicos na montanha. Eles começaram a missão no dia 11 de setembro, quando eles fizeram a cerimônia da montanha. Apenas no dia 12 de setembro foi que eles começaram a subida para o acampamento base, aclimatação e rápida ascensão até o cume, em 30 de setembro.

Hilaree e Jim foram os primeiros humanos na história a começarem a descida de ski exatamente a partir do cume da montanha Lhotse.

A ideia inicial do grupo era chegar ao topo sem usar oxigênio extra, no entanto, como eles estavam com uma janela apertada antes que os ventos ficassem muito fortes, acabaram precisando apelar para o oxigênio. “Quando nós terminamos a face do Lhotse e chegamos ao Couloir, a neve ficou muito pesada e quebradiça, tornando a ascensão muito difícil. Eram dois passos para a frente e um de volta para trás, então, estava levando tempo demais. Nós colocamos o oxigênio – o que foi triste pra mim, mas nós percebemos que de outra forma seria impossível chegarmos ao cume a tempo.”

Chegar ao topo da 4ª maior montanha do mundo e se deparar com aquela imensidão abaixo foi assustador, mesmo para uma das principais atletas de ski em alta montanha do mundo. “Nós chegamos ao cume e havia uma tonelada de neve. Nós colocamos os nossos skis exatamente no topo da montanha. Eu estava muito nervosa e acho que o Jim também estava bastante nervoso, porque a missão tinha exigido muito de nós. Mas, é engraçado, ski é algo tão familiar para nós dois que uma vez que você os coloca no pé o que era nervosismo se transforma em empolgação”, relatou a atleta.

Hilaree se tornou a única mulher do mudo a descer esquiando mais de uma montanha com mais de oito mil metros de altitude. – Foto: Nick Kalisz

Segundo Hilaree, durante a decida eles se depararam com vários tipos de neve e uma inclinação bem grande, principalmente na parte da Face do Lhotse. Mas, neste ponto ela e Jim já estavam mais distantes um do outro, aproveitando cada um a sua própria descida.

 

 

 

No coração da cidade norte-americana de Park City, no estado de Utah, está localizada a maior estação de esqui e snowboard dos Estados Unidos. O Park City Mountain Resort conta com 41 meios de elevação e 348 pistas em uma área esquiável de 2.954 hectares, sendo 50% delas destinadas a experts no esporte, 42% para praticantes de nível intermediário e 8% para iniciantes.

Em sua próxima temporada de inverno, que vai de 21 de novembro de 2018 a 7 de abril de 2019, a estação apresentará novidades para surpreender os visitantes com uma experiência única em hospedagem, gastronomia e entretenimento. O meio de elevação High Meadow, por exemplo, será completamente renovado como parte do projeto de criação da área familiar, dedicada a iniciantes e crianças. Para garantir a superfície ideal serão adicionadas máquinas de fabricação de neve artificial, tecnologia que também será utilizada na Red Pine Road, pista intermediária acessada pelo meio de elevação Tombstone, o que permitirá que ele seja aberto mais cedo.

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A estação de Park City apresentará novidades para surpreender os visitantes nesta temporada. – Foto: Divulgação

Além disso, o Park City Mountain Resort fará mudanças em sua estrutura de acomodação e alimentação, como o aumento de mais de 60% da capacidade do restaurante Cloud Dine, um dos mais populares da estação, e a reforma completa do icônico Mid-Mountain Lodge, a fim de criar uma atmosfera de requinte e conforto.

Além de toda a estrutura para praticantes de esqui e snowboard, a estação também proporciona atividades como snowmobile, passeios de trenó e até uma espécie de montanha russa chamada Alpine Coaster. Já no verão, os visitantes podem praticar mountain bike, descidas de tobogãs, trilhas e até partidas de golfe. Clique aqui para mais informações.

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O Park City Mountain Resort conta com 41 meios de elevação e 348 pistas em uma área esquiável. – Foto: Divulgação

É com um imenso prazer que nós anunciamos a chegada na linha Bottle Source ao Brasil. Essa coleção utiliza como matéria-prima garrafas plásticas encontradas em parques nacionais dos Estados Unidos, uma iniciativa que visa reduzir a quantidade de resíduos descartados inadequadamente no meio ambiente e ainda promover a preservação e conscientização ambiental.

Através do programa Bottle Source, nós conseguimos coletar mais de 72 mil kg de garrafas plásticas que haviam sido descartadas em três parques norte-americanos: Yosemite, Grand Teton e Great Smoky Mountains. Todo esse material passou por um processo industrial e deu origem a camisetas e bolsas com um tecido muito macio e extremamente durável.

Clique aqui e confira os produtos da coleção Bottle Source.

“A coleção Bottle Source é um passo além em termos de inovação em materiais. Essa coleção nos ajuda em nossa busca pela sustentabilidade e colabora com os parques nacionais, para que mais e mais pessoas possam aproveitar esses locais incríveis”, disse James Rogers, Diretor de Sustentabilidade na The North Face.

Além de retirar os resíduos plásticos da natureza, o trabalho da marca ainda apoiará os parques em seus projetos de conscientização e estruturação em prol da preservação e sustentabilidade. A cada peça da coleção vendida, US$ 1 será doado à National Park Foundation. O dinheiro será usado para financiar projetos como instalação de lixeiras recicláveis e estações de abastecimento de água, para evitar que os visitantes usem garrafas plásticas.

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Este é mais um passo que nós damos em direção à uma cadeia produtiva mais eficiente e sustentável. As matérias-primas recicladas já estão presentes em outros produtos The North Face, principalmente em camisetas, fleeces e um dos nossos best sellers globais: a jaqueta Aconcagua. Nós já fizemos um post falando especificamente sobre as nossas medidas sustentáveis. Se você quiser saber mais sobre este assunto, clique aqui.

Mais notícias –> Sustentabilidade: Saiba como nossos produtos são feitos.

 

Produtos com tecnologia proporcionam diversos benefícios, mas precisam de cuidados especiais para que continuem mantendo suas características e funções por muito tempo. Quando falamos de impermeáveis, especialmente de jaquetas, é ainda mais importante atentar às instruções de uso e cuidados com a lavagem correta para que a membrana impermeável, seja ela DryVent, Gore-Tex, ou Futurelight , permaneça intacta.

Então, aqui estão algumas dicas:

  1. É preciso lavar, sim

Muitas pessoas têm a ideia de que se o produto é impermeável, não precisa ser lavado. Esse é o maior erro que se pode cometer! O ideal é sempre fazer a limpeza da peça após o uso. Os resíduos de suor, protetor solar, perfume e qualquer outro produto químico acabam deteriorando a membrana impermeável aos poucos. Portanto, antes de guardar, lave ou, ao menos, passe um pano úmido nos seus produtos impermeáveis para retirar qualquer resíduo que possa ter ficado no tecido.

  1. A membrana impermeável precisa de hidratação

Produtos parados no armário também estragam. Nós já tratamos desse assunto quando fizemos um post especial falando sobre hidrólise (clique aqui para ver o post completo). Com as peças impermeáveis, principalmente calças e jaquetas, não é muito diferente. Se a membrana DryVent, Gore-Tex ou Futurelight não for hidratada constantemente, ela pode ir ressecando até o momento em que começa a “craquelar”. Esse é um caminho sem volta, afinal, não é possível recuperar a impermeabilidade de uma membrana craquelada. Portanto, mesmo que a sua jaqueta esteja guardada, sem muito uso, faça periodicamente a higienização da peça, umedeça a parte interna e a deixe secar bem antes de guardar novamente.

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Com os cuidados certos, as suas roupas vão durar muito mais.
  1. Muita atenção na hora de lavar

A lavagem é o momento de maior cuidado quando estamos falando de roupas tecnológicas. No caso das impermeáveis, o melhor é fazer a lavagem na mão mesmo, sem deixar a peça de molho. Se, ainda assim, você optar por lavagem em máquina, use água fria, combinada com o ciclo leve ou ciclo para roupas delicadas. Antes de colocar a peça na máquina, feche todos os zíperes. Use apenas sabão líquido neutro e nunca use alvejantes, amaciantes ou máquinas de secar roupas. O ideal é pendurar a jaqueta no varal à sombra, para que o sol não resseque o tecido.

  1. Na hora de guardar

Pelas instruções anteriores já deu para perceber, mas vamos reforçar: nunca guarde a sua jaqueta suja ou com algum resíduo. Além disso, antes de guardar espere até que seque muito bem após a higienização. Esses cuidados simples vão aumentar muito a vida útil e a eficiência dos seus produtos!

Não importa qual seja o esporte que você pratica, se o seu objetivo é alcançar o máximo da sua performance, não basta trabalhar apenas o físico. Às vezes, mais do que ter pernas fortes e um coração saudável, é preciso ter a mente focada e trabalhada para mudar o seu foco para além do sofrimento que a dor da atividade física pode causar.

Um estudo feito em 2010 pelo pesquisador Samuele Marcora, diretor do departamento de pesquisas na Escola do Esporte e de Ciência do Exercício da Universidade de Kent, Inglaterra, analisou como a fadiga mental impacta a performance física de atletas. Na experiência, ele testou atletas de rugby pedalando em bicicletas ergométricas e identificou que o limite de tolerância ao esforço físico era maior em condições com mais motivações emocionais.

Quando se trata de esportes de longa duração, como as provas de endurance, essa força mental é ainda mais relevante. Quem já correu uma maratona ou corridas mais longas ainda sabe bem que manter a cabeça focada e ser forte o suficiente para trabalhar o cérebro é o principal combustível para continuar nas passadas, mesmo quando ainda faltam muitos quilômetros para a linha de chegada.

Para dar uma ajuda, nós separamos algumas dicas que podem te ajudar a reforçar a sua mente para melhorar a performance e ir ainda mais longe.

  1. Cuide dos seus pensamentos antes, durante e depois

Em outro estudo, Marcora identificou que diversos fatores psicológicos afetam a performance. Quando a mente está fadigada o esforço parece muito maior do que ele realmente é. Por isso, o pesquisador sugere que os atletas evitem atividades que exijam muito do cérebro no dia que antecede treinos longos ou provas. Se a sua cabeça estiver cansada, o seu corpo sentirá ainda mais o peso da atividade física.

  1. Um passo de cada vez

Um dos segredos para tudo na vida, e não seria diferente nos esportes, é focar no presente. Pense em um passo de cada vez. É muito comum que os atletas contem os quilômetros e fiquem monitorando o tempo todo a distância restante para o final da prova. Mas, isso também tem um impacto negativo no cérebro, tanto em relação à distância, como ao tempo, por isso, sobrecarregam a mente. Então, quando o corpo começar a cansar, pense: só mais um passo, só mais esse quilômetro.

  1. Alimente-se bem

A alimentação certa vai manter o corpo e a mente saudáveis. Evite sair para fazer atividades físicas longas sem ter se abastecido com os nutrientes necessários. O desconforto e a fome vão desviar o seu foco do que realmente importa e a cada quilômetro essa “bola de neve” vai ficando ainda mais incômoda.

  1. Pense em palavras e histórias de empoderamento

É muito comum divagar em ideias durante os treinos e provas, principalmente nos mais longos. Quando o corpo começar a dar sinais de fraqueza, foque em pensamentos positivos, lembre-se de histórias de superação e, por mais simples que possa parecer, seja o seu maior incentivador, usando expressões como: você consegue, falta pouco, eu sou forte, entre outras.

Chamonix
Chamonix. – Foto: Tim Kemple.
  1. Foque o ritmo, no movimento do corpo e dê asas à imaginação

Se o exercício estiver dolorido, mude o foco. Contar os passos para manter o ritmo, atentar-se ao movimento dos braços e pernas são boas alternativas para desviar a atenção do cansaço para outra coisa. Uma opção interessante também é deixar a imaginação trabalhar, imaginando-se em outras situações mais prazerosas do que a do momento exato. Por exemplo: se o calor é o que incomoda, imagine-se em outro local mais fresco, visualize situações que lhe trazem a sensação de alegria.

  1. Aprenda a apreciar a dor do esforço

Ao invés de parar quando sentir dor consequente da fadiga, pense nela como uma recompensa por estar dando o máximo de si naquele momento. Considere esse um sinal de que você está superando seus limites e indo muito além da sua zona de conforto. É claro que isso não se aplica às dores ocasionadas por lesões. Neste caso, o melhor é sempre parar e evitar que se torne um problema ainda maior.