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Marcelo Alves se tornou a única pessoa do mundo a correr uma maratona durante o inverno em  Svalbard/Noruega, um lugar onde é noite 24h/dia

Apenas uma coisa separa uma pessoa comum de um maratonista de provas extremas: a decisão de começar. Marcelo Alves, atleta parceiro The North Face, é prova viva disso. Mesmo gostando de esportes, após o nascimento da filha, ele passou por um período de sedentarismo total até o dia em que viu uma foto e não se reconheceu mais nela. Foi neste momento em que sua vida começou a passar por uma reviravolta.

“Sabia que precisava voltar a me ‘movimentar’. Meu corpo e minha cabeça estavam precisando de uma atividade física e a corrida era a modalidade que mais se encaixava com a minha correria do dia-a-dia”, explica o curitibano Marcelo, que além de maratonista, também é empresário e palestrante. A rotina cheia não impediu que, em menos de dois anos, ele saísse do sofá, rumo a sua primeira prova extrema: A maratona da Antártida.

Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves
Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves

Depois disso, Marcelo não parou mais e se especializou em maratonas extremas. No currículo estão provas que levam o corpo humano ao limite, como corridas no deserto e a maratona no Everest, a mais de cinco mil metros de altitude. É preciso deixar claro que, após decidir começar, é necessário ter muita disciplina, se preparar e planejar, principalmente quando se trata de correr em condições muito diferentes das normais, como lembrado pelo atleta: “Esses tipos de desafios requerem muita pesquisa, afinal, cada prova tem uma ou mais características extremas: temperaturas muito abaixo de zero, altitude a mais de 5.000 metros, umidade de 99%, temperaturas acima dos 40ºC… e, nestas situações, o planejamento e foco nos detalhes são fundamentais. Não podemos errar, a escolha de um equipamento errado, pode comprometer tudo!”

Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves
Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves

Correr atrás dos sonhos

Praticar uma atividade física pode fazer muito mais do que promover qualidade de vida. Essa escolha pode ser uma ponte para a realização de sonhos. Marcelo sempre quis conhecer a Antártida, além de outros lugares maravilhosos do mundo, e a corrida foi uma das maneiras mais viáveis para realizar este sonho.

Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves
Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves

A primeira prova extrema que o empresário curitibano correu foi a Ice Marathon e muitas outras vieram depois dessa. Os resultados de Marcelo foram tão legais, que ele foi um dos poucos atletas do mundo convidados a participar de um desafio internacional para correr 7 maratonas, em 7 dias e em 7 continentes. A prova entrou para o Livro dos Recordes, mas isso ainda não era o bastante para ele.

Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves
Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves

Sem limites e a busca pela Aurora Boreal

Em uma de suas aventuras mais recentes, ele se tornou a única pessoa do mundo a correr uma maratona durante o inverno, no lugar ao norte mais extremo da Terra em que chegam os voos comerciais: Svalbard/Noruega, um local em que, durante o inverno, todos os dias são noites, literalmente. “Esse desafio ‘Noite Polar’ foi fantástico, um projeto que levei mais de um ano só na fase de planejamento. Um grande amigo, Francisco Mattos, que já me acompanhou em alguns desafios ao redor do mundo, mora em Svalbard/Noruega, o último lugar da terra ao norte em que se chega voo comercial, e, descobrimos que nunca alguém havia corrido uma maratona lá no inverno, quando a ‘noite’ dura 24 horas e a temperatura média é de -20Cº”.

Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves
Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Alves

Tanto esforço rendeu uma oportunidade única: correr tendo como pano de fundo a Aurora Boreal. “Nós trabalhamos muito com a estatística e tivemos sorte, pois pegar lua cheia e aurora boreal é bem raro. Foi um dos momentos mais incríveis da minha vida! Não sabia se corria, se parava, fiquei realmente encantado com o fenômeno!”, conta Marcelo. “Como eu estava correndo sozinho (fui acompanhado por duas pessoas em um snowmobile, que filmaram e tinham como função principal me proteger, afinal estávamos na casa do urso polar), eu não tinha compromisso com tempo, tive que trocar de equipamentos por 3 vezes durante o desafio. Mas, foram 6 horas incríveis.”

Cada detalhe desta corrida foi registrado e o material rendeu um documentário curto, que será lançado em breve e deve originar uma série de televisão com outras corridas extremas.  Veja abaixo o trailer deste filme e sinta um gostinho do que está por vir 😉