A escalada tem o poder de transformar culturas, criar comunidades e, acima de tudo, é um esporte que ajuda a ultrapassar barreiras e superar limites. Para celebrar tudo isso, nós vamos comemorar neste sábado o Dia Mundial da Escalada. O intuito é aproveitar a data para motivar mais e mais pessoas a conhecerem e começarem a praticar esse esporte.

Em um movimento global, ginásios de diversas partes do mundo estão abrindo suas portas para que as comunidades locais tenham a oportunidade de conhecer a modalidade. No Brasil algumas academias também decidiram embarcar nessa ideia e disponibilizarão uma programação especial para quem quiser escalar.

Evolução Escalada Indoor – RJ

Localizada no bairro do Botafogo, RJ, a academia disponibilizará 100 vagas para escalada grátis no sábado (24/08), entre as 16h e 20h. Para participar é necessário se inscrever através da página do evento no Facebook. (Clique aqui para acessar)

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Foto: Evolução Escalada Indoor/Divulgação

UBT Escalada – Brasília

Para quem está em Brasília, a UBT Escalada liberou a todos os alunos a possibilidade de levar um amigo para escalar grátis durante toda a semana. No dia 24/08 a escalada com corda (top rope) também estará liberada a todos gratuitamente. No entanto, as vagas são limitadas e é necessário se inscrever através do site.

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Foto: UBT Escalada/Divulgação

ByWall – SC

Pelo segundo ano consecutivo, a ByWall também mergulhou de cabeça no Global Climbing Day. Para fomentar a escalada em Santa Catarina, a academia de Itapema está operando com 50% de desconto durante toda a semana e no sábado (24) a escalada será totalmente grátis. Clique aqui para acessar o site da ByWall.

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Foto: ByWall Training Center/Divulgação

Jurapê Centro de Escalada – SC

Os catarinenses de Joinville também vão ter benefícios para escalar! A galera do Jurapê Centro de Escalada está disponibilizando 50% de desconto nas diárias entre os dias 22 e 24 de agosto. Clique aqui para mais informações sobre o ginásio.

Nos quatro cantos do Brasil

Existem academias de escalada espalhadas por todas as regiões do Brasil. Através da Associação Brasileira de Escalada Esportiva (ABEE) é possível localizar qual delas está mais perto de você (clique aqui para ver). Além disso, não é necessário ficar preso a um ginásio para começar a escalar. Existem muitas vias em rocha indicadas para todos os níveis, desde iniciantes até atletas experientes. Escalar na natureza tem uma emoção a mais e ainda é grátis!

Neste fim de semana o Parque Villa-Lobos, em São Paulo, receberá a 9ª edição do Rocky Spirit, um festival que traz os melhores curta metragens do mundo outdoor apresentados em uma sessão de cinema ao ar livre. Além dos filmes, o evento também contará com uma série de atrações que promovem a saúde, bem-estar e aventura.

A programação começa no sábado (17), às 8h30, com um treinão de corrida. Na sequência os visitantes ainda terão aula de ioga, treinos funcionais, atrações gastronômicas, contação de histórias para as crianças e muita música. No início da noite, assim que escurece, começa a sessão de curtas, que contará com alguns dos melhores filmes de aventura do mundo.

O festival segue com a mesma energia e uma programação intensa também no domingo (18), quando Karina Oliani terá uma participação especial compartilhando a sua experiência na recente conquista do K2, quando ela se tornou a uma mulher sul-americana e chegar ao cume de uma das montanhas mais desafiadoras do mundo.

A 9ª edição do Rocky Spirit conta com filmes incríveis e que mostram alguns dos maiores atletas do mundo em ação. Entre os curtas está o “Queen Maud Land”, que mostra um grupo de atletas The North Face conquistando vias inéditas na Antártica, e “Mentors”, que tem ninguém menos do que Hilaree Nelson, a capitã do nosso time de atletas, contando os desafios de ser uma mulher que coleciona conquista em um mundo dominado por homens.

A programação completa este disponível aqui e todas as atividades são gratuitas.

Expedition Antarctica
“Queen Maud Land” é um filme que mostra os atletas The North Face conquistando vias inéditas na Antártica.

O Monte Everest é o sonho de aventureiros do mundo inteiro. A cada ano a montanha recebe mais e mais trilheiros e montanhistas, seja para fazer o trekking que leva ao Base Camp, seja para tentar alcançar o cume mais alto do mundo. O resultado de tanta movimentação turística nem sempre é positivo para o meio ambiente. Por isso, trabalhar a conscientização é essencial para que o Everest continue a receber aventureiros de todas as partes do planeta. Este é o assunto de uma palestra grátis que acontecerá em São Paulo nesta quinta-feira (15) e contará com a participação do guia de montanha Carlos Santalena e da apresentadora Mariana Britto.

A dupla, junto do Caio Queiroz, que trabalha com sustentabilidade, fará uma expedição pelo trekking que leva ao acampamento base do Everest com o intuito de mostrar quais são os problemas causados pelo lixo na natureza e também como isso afeta a comunidade local. A experiência será filmada e transformada em um documentário cujo intuito é conscientizar trilheiros que se aventuram pelo Everest e em outros trekkings pelo mundo.

Carlos Santalena é o brasileiro que mais vezes chegou ao cume do Everest e pode falar com propriedade sobre os problemas que já viveu e presenciou na montanha. Com tanta experiência, ele será o guia da expedição que viajará ao Nepal em outubro.

Para se ter ideia do tamanho do problema, em 2018 cerca de 57 mil aventureiros escalaram a montanha que possui 8.848 metros de altitude. Em 2017, alpinistas recuperaram cerca de 25 toneladas de resíduos sólidos. Em 2019, uma expedição de limpeza organizada pelo Nepal recolheu por volta de 11 toneladas de lixo e quatro corpos. Mas, o trabalho ainda é enorme e urgente.

O evento acontece na loja Pé na Trilha de Perdizes, localizada no complexo do ginásio de escalada Casa de Pedra e tem entrada grátis.

Clique aqui para se inscrever.

Serviço:

Palestra: “Monte Everest – O lixo por trás da montanha mais alta do mundo”

Local: Pé na Trilha – Rua Venâncio Aires, 31 – Perdizes – São Paulo, SP

Data: 15/08/2019

Horário: 20h

Memorial no trekking do Everest BC. – Foto: Ananya Bilimale/Unsplash

É muito comum as inspirações de livros e filmes transbordarem para a vida real. Quem já assistiu “Na Natureza Selvagem” e viu Christopher McCandless passar por paisagens incríveis ou leu os livros de Jack Kerouac dificilmente passou ileso pela vontade de sair e explorar o mundo. Foram justamente eles que inspiraram a paulista Jacqueline Arruda a aproveitar os intervalos dos estudos no Canadá para desbravar os Parques Nacionais e as maravilhas naturais que o país reserva.

Uma dessas aventuras aconteceu nas Canadian Rockies e ela compartilhou a experiência com a gente. Confira o depoimento dela na íntegra:

“No começo de Outubro de 2018, Marine (uma viajante francesa) e eu nos encontramos em um hostel próximo ao Lake Louise (Província de Alberta), Canadá. Eu consegui uma carona até o hostel com a garota da Nova Zelândia que sentou ao meu lado no ônibus. Marine estava com malas grandes e pediu carona (na minha carona). Começou ali a nossa amizade.

A temperatura naquela região do Canadá, como os próprios moradores me diziam quando eu estava organizando essa viagem, é difícil de prever. Durante o fim do Verão e começo do Outono, a temperatura estava em torno de -6°C. Sim, você leu certo. -6°C no fim do Verão. E estava exatamente assim quando chegamos para explorar as Canadian Rockies.

Marine e eu planejamos nos encontrar na entrada do hostel na manhã do dia seguinte, para fazer uma trilha que nos levaria ao Lake Louise. Não estava nevando naquele momento, mas havia muita neve cobrindo as árvores e parte das estradas.

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Estrada que leva ao Lake Louise. | Foto: Jacqueline Arruda/Arquivo Pessoal

Para essa trilha, eu levei minha companheira de longa viagem: uma Mochila Recon versão jeans que comprei em 2016. Ela funciona muito bem para passeios mais urbanos e trilhas, devido à praticidade e aos vários compartimentos, que permitem levar tudo o que é necessário pelo caminho.

Minhas luvas Powerstretch (The North Face) foram suficientes para me aquecer durante essa trilha. Eu sempre pensei que roupas de snowboard fossem necessárias quando a temperatura é negativa, mas os materiais The North Face possuem muita tecnologia e eficiência em diferentes ambientes.

Dentro da mochila, eu levei minha Jaqueta Apex Flex e a Jaqueta Venture impermeável em caso de chuva. Nenhuma das duas foram necessárias; pois não choveu, nem ventou. Usamos apenas roupas térmicas durante todo o percurso e eu estava vestindo duas camadas de roupas, tanto em cima, como embaixo.

Tínhamos decidido almoçar apenas no destino final (Lake Louise), então para a trilha eu levei sanduíches e chá gelado, além de água e chocolates. Nenhuma de nós sabia exatamente o que estávamos fazendo, nem o que esperar pelo caminho.

Não tínhamos um equipamento 100% preparado para trilhas, nem um corpo treinado para o que viria pela frente. Sabíamos do risco de encontrar ursos (pois existem muitos na região), mas não encontramos nenhum deles. Conversávamos o tempo todo. Nossas vozes e os carros na estrada devem ter mantido os ursos distantes.

Foi uma caminhada de 4,6 km para chegar até o Lake Louise. Andamos na beira da estrada, que é bem íngreme. Andar na floresta é para aqueles que conhecem bem a região e saberiam lidar com os ursos. O cenário não muda muito, mas é fantástico estar entre aquelas montanhas. Você se sente subindo, subindo, até não perceber que está subindo uma estrada mais.

Quando você se aproxima do Lake Louise, você sente que o frio aumenta de forma rápida. Mesmo com o corpo aquecido depois dessa caminhada, você sente o frio nos seus ossos. Nossa primeira visão à distância foi o Fairmont Chateau Lake Louise: magnífico e imponente.

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Lake Louise, Canadá. | Foto: Jacqueline Arruda/Arquivo Pessoal

Este é um lugar bastante turístico, então têm ônibus o tempo todo trazendo novos turistas. Quando nos aproximamos do lago, encontramos muitos turistas. Todos compartilhando aquela mesma visão que é difícil encontrar palavras para descrever.

A maioria dos turistas chega até o lago, tira fotos e vai embora. Andamos por 4.6km e teríamos mais 4.6km na volta. Nossa trilha toda durou 4 horas. Novamente, não somos profissionais. Mas fizemos tudo de uma forma que tornou essa aventura inesquecível.

Se não tivéssemos andado por tantas horas e quilômetros, com certeza essa experiência não seria tão mágica. Seria apenas descer de um ônibus e tirar fotos antes de voltar para ele.

Aqueles pequenos momentos de conversa para se conhecer, enquanto sentimos o cansaço da longa caminhada. O silêncio quando o cansaço supera a vontade de se conhecer. Aquele momento em que parece que a trilha não tem fim até que você visualiza o seu objetivo final e tudo muda…. tudo muda! E como valeu a pena!

Nosso almoço com a vista das Canadian Rockies foi inesquecível e sentimos o quanto somos privilegiadas por poder estar naquele lugar, compartilhando aquela experiência. E que a vida seja repleta de momentos assim!”

 

 

Estar a 8 mil metros de altitude é, literalmente, estar exposto a condições letais. A altitude e a baixa pressão atmosférica nestes locais deixam o ar rarefeito, ou seja, pesado e pobre em oxigênio. Não é à toa que essas áreas são conhecidas como zonas da morte. Em todo o mundo existem 14 montanhas que superam essa altitude, todas elas localizadas na região do Himalaia, e, mesmo com todos os perigos e exposições que elas oferecem, alcançar seus cumes é o sonho de alpinistas no mundo inteiro. Alguns montanhistas passam a vida inteira perseguindo este objetivo e, os poucos que conseguem, levam anos para conquistarem os 14 picos. Mas, um nepalês está perto de fazer história. Nirmal Purja, também conhecido com Nims, pretende escalar todas as montanhas com mais de 8 mil metros de altitude em apenas 7 meses. Seu projeto foi apelidado de “Project Possible” e ele realmente parece pronto para realizar o que para muitos era impossível.

A história de Nirmal começou na montanha. Nascido nas proximidades de Annapurna, ele cresceu nos arredores de Kathmandu, a capital do Nepal. O que não significa ter vivido em grandes altitudes. Assim como seus irmãos, acabou caminhando para o serviço militar quando tinha apenas 18 anos, e chegando a ser convidado a integrar as Forças Especiais Britânicas, a elite de soldados ingleses, onde permaneceu por mais dez anos. Toda essa trajetória parecia prepara-lo para o que estava por vir. O serviço militar não mudou seu amor pelas montanhas e ainda o fortaleceu física e mentalmente para encarar e superar condições desafiadoras e extremas, que colocam à prova a capacidade humana em diversos sentidos.

Ao anunciar a ideia de conquistar as montanhas mais altas do mundo em um período tão curto, Nirmal atraiu para si atenção, críticos e admirados em todas as partes do planeta. Muitos céticos diziam ser um feito impossível e que a proposta tinha como objetivo apenas focar um holofote no nepalês por espaço midiático. Não precisou de um período grande para que o montanhista mostrasse na prática que eles estavam errados.

Em três meses, aliás, 94 dias especificamente, Nirmal já tinha registrado 11 cumes, entre a conquista estava a montanha mais alta do mundo, o Everest, e duas das montanhas mais letais do planeta: Annapurna e K2. Os feitos são impressionantes, como a conquista de três montanhas em apenas 48 horas, além de operações de resgate que consistiram em salvamentos realizados nas famosas zonas da morte.

Nirmal escalando o Lhotse. – Foto: Nirmal Purja/Reprodução

Missão K2

Com pouco tempo e praticamente nenhuma margem para erros, Nirmal e sua equipe precisam desafiar a própria natureza para concluir o projeto dentro do prazo previsto. Isso significa que as janelas de ataque ao cume precisam ser aproveitadas em apenas uma tentativa ou dificilmente sobrará oportunidade para se recuperar e fazer uma nossa ascensão. Foi justamente isso que aconteceu no K2.

Conforme relatado em seu site e confirmado por outros montanhistas que estavam no K2 nesta temporada, entre eles Karina Oliani, que foi a primeira sul-americana a conquistar essa montanha, Nirmal e sua equipe foram os primeiros a chegar no cume do K2 e os responsáveis por fixar as cordas que permitem os alpinistas a chegarem ao topo da montanha.

O grupo chegou ao acampamento base quando a maior parte dos grupos já havia desistido de subir o K2 devido às condições climáticas pouco favoráveis. Os brasileiros Moeses Fiamoncini e Karina Oliani já haviam feito uma tentativa e aguardavam uma segunda janela para irem novamente aos acampamentos altos. A expectativa era de que talvez ninguém conquistasse o K2 nesta temporada, até que a equipe do Project Possible chegou à montanha.

Em poucos dias eles conseguiram sair do campo base e chegar ao cume, fixando as cordas e permitindo que outros alpinistas também tivessem a oportunidade de chegar ao topo da segunda montanha mais alta do mundo e m 2019.

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. My name is Nirmal Purja MBE/ @nimsdai . I was born in Nepal, raised in the Gurkhas and MADE/ completed in United Kingdom’s Special Forces / SBS and that’s my introduction . . When I say I haven’t even started yet, believe me I mean it ??? . The story will come out and must come out and I promise I will stay alive to tell you the real story ???. . . ? @sandro.g.h ?? #nimsdai #believer #uksf #bremontprojectpossible #bremontwatches #S300 #14peaks7months #persistence #nolimits #humanendeavour #limitless #selfbelief #determination #positivemindset #beliveinyourself #thrudark #hamasteel #digi2al #everence #summitoxygen #inmarsat #alwaysalittlehigher

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Descanso e rumo ao final

Após terem somado incríveis 11 cumes em 94 dias, Nirmal e seu time estão descansando antes de iniciarem a terceira fase do projeto, quando pretendem finalizar as 3 montanhas restantes.

Montanhas escaladas até o momento: Annapurna, Dhaulagiri, Kanchenjunga, Everest, Lhotse, Makalu, Nanga Parbat, Gasherbrum I, Gasherbrum II, K2, Broad Peak.

Montanhas restantes: Manaslu, Cho Oyu e Shishapangma.

Saiba mais:

–> Brasileiros chegam ao cume do K2.

O baselayer (também conhecido como segunda pele) pode ser o seu melhor companheiro em quase todas as ocasiões. Diferente do que possa se pensar, a segunda pele não é útil apenas para manter o corpo aquecido, ela tem outra função ainda mais importante: manter o corpo seco. É justamente por isso que o baselayer é tão essencial.

Como o nome já diz, as roupas segunda pele são usadas como a primeira camada de proteção, vindo em contato direto com a própria pele. Essa proximidade ajuda a isolar o calor e manter a temperatura do corpo. Mas, também permite que a umidade da pele seja absorvida para o tecido, deixando o corpo seco e confortável.

Na hora de escolher um baselayer é sempre importante atentar aos materiais e tecnologias aplicados na peça. Por absorver a umidade, é imprescindível que ele seja equipado com tecnologia de máxima absorção e evaporação do suor, como o FlashDry.

Esse cuidado com a escolha de produtos tecnológicos é ainda mais importante se o seu intuito é praticar algum esporte, principalmente de alta intensidade e no frio. Suor e inverno são uma combinação extremamente perigosa e muito desconfortável.

Como saber qual usar?

Existem baselayers em diferentes gramaturas. A escolha do mais indicado para a sua aventura depende de alguns aspectos, mas os principais deles são: temperatura local, quais camadas de roupas você usará por cima e se você realizará alguma atividade física.

Os baselayers “mais fino” são muito usados em trekkings em locais com bastante oscilação climática. Áreas desérticas, por exemplo, tendem a ser muito frias no início da manhã e no final do dia, mas têm temperaturas mais amenas durante a tarde. Então, para ficar confortável o dia todo o baselayer com gramatura menor pode ser uma boa opção.

Em locais muito frios você provavelmente irá preferir um baselayer “mais grosso”, que obviamente vai lhe proporcionar melhor isolamento térmico para aguentar as baixas temperaturas. Atente-se apenas para que haja um equilíbrio nas camadas seguintes e você não superaqueça o corpo e comece a suar, principalmente se o dia será cheio de atividades de alta intensidade, como a prática de ski e snowboard. (Quer saber mais sobre as camadas? Clique aqui)

 

Na madrugada desta quinta-feira (25), Karina Oliani, Moeses Fiamoncini e Maximo Kausch alcançaram o cume da segunda montanha mais alta do mundo, o K2. A conquista veio na segunda tentativa e logo no dia seguinte às primeiras ascensões ao cume da temporada, quando um grupo sherpas chegou ao topo e conseguiu instalar as cordas fixas.

De acordo com as informações do monitoramento via satélite, Karina Oliani chegou ao cume do K2 às 4h40 da manhã no horário local, junto com Maximo Kausch. Um pouco depois, às 6h30 (horário do Paquistão), Moeses Fiamoncini também alcançou o topo da segunda maior montanha do mundo.

Com a conquista, Karina se tornou a primeira brasileira a subir o K2. A expedição também tem um gosto especial para Moeses que já coleciona o seu terceiro 8 mil+ na temporada. Em pouco mais de um mês, o paranaense fez cume no Everest, no Nanga Parbat e agora no K2. Por poucos metros ele também não somou o Lhotse à lista. Ele ainda tem o objetivo de ser o primeiro brasileiro a conquistas as 14 montanhas com mais de 8 mil metros de altitude. (Saiba mais aqui)

O grupo está retornando ao acampamento base do K2 e os detalhes da escalada ainda são desconhecidos, mas devem ser divulgados nos próximos dias.

Foto: Syed Hasan Shabbar/Wikimedia Commons

Nepalês coleciona recordes

O nepalês Nirmal Purja está colecionando recordes nessa temporada. Através do projeto “Bremont Project Possible”, Nirm, como é conhecido, pretende conquistas os 14 cumes com mais de 8 mil metros de altitude em um período de apenas 7 meses. Com o K2, ele já soma 10 cumes apenas três meses. A lista de recordes do nepalês é longa e inclui o fato de ter sido a primeira pessoa no mundo a escalar o Makalu, o Lhotse e o Everest (2x) em uma mesma temporada.

Ele não deve parar por aí. Nos próximos quatro meses Nirmal ainda espera conquistas mais quatro das montanhas mais altas do mundo.

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. I’m now at the K2 base camp unpacking and packing to roll for the Broad peak. I will have few hrs of admin at the K2 base camp preparing the gear as my boots and summits suits are wet. I’m looking to move to BP camp 2 leaving K2 base camp at 0300L with the intentions of summiting the next day, #norush . . Let’s finish the phase 2 eyy? Who’s with me? . . . #nimsdai #believer #uksf #bremontprojectpossible #bremontwatches #S300 #14peaks7months #persistence #nolimits #humanendeavour #limitless #selfbelief #determination #positivemindset #beliveinyourself #thrudark #hamasteel #digi2al #everence #summitoxygen #inmarsat #alwaysalittlehigher

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O K2 é considerado uma das montanhas mais perigosas do mundo. Com o cume localizado a 8.611 metros de altitude, esse é o segundo pico mais alto do planeta, ficando atrás apenas do Everest. No entanto, seu maior desafio não é apenas a altura. Escalar o K2 é uma missão que depende totalmente das condições climáticas e de muita técnica. É preciso ter muito preparo físico, mental e experiência em escalada, principalmente em gelo.

Diferente do Everest, o K2, localizado entre a China e o Paquistão, não é uma montanha tão comercial e, portanto, não tem a mesma estrutura em suas rotas e acampamentos. Quem decide se aventurar por essa montanha, precisa se preocupar ainda mais com a quantidade de equipamentos e alimentos levados para a expedição. Para se ter noção disso, em sua terceira tentativa do K2, o brasileiro Waldemar Niclevicz contratou 142 carregadores para darem suporte ao seu grupo, que contava com três alpinistas (clique aqui para saber mais sobre essa expedição).

A fama de ser uma das montanhas mais mortais do mundo não veio à toa. Todas essas dificuldades e exposição climática, que acaba ocasionando enormes avalanches, faz com que a taxa de mortalidade no K2 chegue a 25%. Em várias temporadas, nenhum alpinista conseguiu chegar ao cume da montanha e este ainda é o único pico acima de 8 mil metros de altitude que nunca foi escalado durante o inverno. Para se ter noção, durante a janela de verão, que vai principalmente de julho a agosto, as temperaturas na montanha ficam em média a 30 graus negativos, podendo ser até mais baixas.

Cume do K2 visto do acampamento base. | Foto: Arquivo Pessoal/Karina Oliani

A primeira conquista e o brasileiro no topo

Apesar de ter sido “descoberto” em 1856, o K2 só foi oficialmente conquistado quase cem anos depois. Após muitas expedições fracassarem, uma missão italiana com 13 integrantes alcançou o cume do K2, no dia 31 de julho de 1954, às 6 da tarde. Desde então, menos de 350 pessoas chegaram ao topo dessa montanha, enquanto no Everest mais de 4.000 alpinistas já fizeram cume.

Entre os brasileiros, Waldemar Niclevicz é o único que já conquistou o K2. A história dele com a montanha mais perigosa do mundo é recheada de superação e muita paciência, afinal, foi apenas em sua terceira tentativa, no ano de 2000, que as condições do clima permitiram que ele ultrapassasse os acampamentos e partisse rumo ao cume. Mesmo tendo sobrevivido a avalanches durante a subida, Waldemar teve certeza de que chegar ao topo do K2 não significa que a expedição foi finalizada com sucesso. A descida foi ainda mais desafiadora do que a sua subida. Ele passou a noite ao relento pouco abaixo do topo da montanha, viu seu amigo tendo congelamentos nos dedos, mas seguiu forte para concluir a expedição nos acampamentos mais baixos, se tornando assim a 175ª pessoa a subir o K2 em toda a história.

Clique aqui e confira mais detalhes sobre a trajetória de Waldemar Niclevicz.

Uma brasileira no K2

Após subir o Everest pelas duas faces, o desafio da vez na vida de Karina Oliani é escalar o K2. Ela já está na montanha e tem realizado os ciclos de aclimatação para que o corpo se adapte à altitude. Nos próximos dias, ela e a sua equipe vão iniciar o ataque ao cume, que está previsto para acontecer no dia 17 de julho.

Assim como em outras montanhas com mais de oito mil metros de altitude, no K2 os ataques ao cume costumam acontecer em uma janela de tempo muito pequena. Isso acontece devido às condições climáticas. Os alpinistas aguardam o momento perfeito para fazerem a ascensão da forma mais segura possível. Nesta montanha, em específico, além de esperarem por dias sem tempestades e com poucos ventos, os meteorologistas também monitoram as chances de avalanches, que são muito comuns no K2.

Karina Oliani pretende ser a primeira mulher sul-americana a chegar ao ponto mais alto da “montanha da morte”. Se realizar esse feito, ela vai marcar mais uma vez o seu nome na história, assim como aconteceu em suas duas conquistas do Everest.

Karina Oliani em ciclo de aclimatação. | Foto Arquivo Pessoal

Moeses Fiamoncini e os 8.000+

O paranaense Moeses Fiamoncini teve a sua experiência com uma montanha acima dos 8 mil metros de altitude apenas no ano passado, quando escalou o Manaslu. Desde então, ele tem investido todos os seus esforços em ser o primeiro brasileiro a completar todas as 14 montanhas acima dos oito mil metros.

Moeses Fiamoncini foi o primeiro brasileiro a chegar ao cume do Nanga Parbat. | Foto; Arquivo Pessoal

Seu projeto teve início em 2018 com o Manaslu, mas o que mais impressiona são os seus feitos recentes. Há pouco mais de um mês Moeses estava no cume do Everest (relembre essa história aqui), após quase ter conseguido fazer também o cume do Lhotse sem uso de oxigênio complementar.  Na última semana o alpinista, junto de seu parceiro Sergi Mingote, se tornou o primeiro brasileiro a conquistar o Nanga Parbat, com seus 8.125m. Na sequência, Moeses foi direto para o K2. Na última quinta-feira (11) ele chegou ao acampamento base do K2, onde se encontrou com Karina Oliani. Assim como ela, Moeses também já se prepara para aproveitar a janela e tentar o cume do K2 nos próximos dias.

Moeses Fiamoncini no Nanga Parbat. | Foto: Arquivo Pessoal

O Portal Extremos está fazendo a cobertura completa da expedição em que os dois brasileiros estão. Clique aqui para acompanhar as últimas novidades.

 

 

Existem muitos debates sobre a relação entre sustentabilidade e os esportes de aventura. Chegar a locais inexplorados é o desejo de muitos aventureiros, no entanto, muitas vezes essa exploração tem um alto custo, principalmente em relação aos impactos ambientais que as expedições podem causar.

Há anos o Everest tem sido alvo dessas discussões. A grande quantidade de lixo na montanha mais alta do mundo é um problema difícil de solucionar e que exige medidas urgentes. No entanto, este desafio não está limitado apenas à parte alta da montanha. O famoso e cada vez mais popular trekking que leva ao Base Camp do Everest recebe todos os anos mais de 30 mil turistas do mundo inteiro. Esses aventureiros passam dias caminhando de Lukla até o Base Camp, gerando resíduos que nem sempre são retirados da montanha.

Diante desse problema e aliado a um sonho antigo, Mariana Britto decidiu ir até o Nepal, fazer o trekking do BC e mostrar de perto o que acontece no Everest e como é possível reverter o impacto ambiental para que a montanha continue a receber turistas sem perder a sua riqueza natural e cultural.

Após trabalhar e diversos projetos com atletas e personalidades do mundo da aventura, entre eles a Família Schurmann, Mariana resolveu tirar a aventura dos seus próprios sonhos do papel. Por isso, ela embarca em outubro desse ano com a missão de fazer o trekking do BC do Everest e ainda trazer na mochila um documentário que mostra os desafios e algumas possíveis soluções sustentáveis para a região e para as próprias aventuras de trilheiros pelo mundo.

Foto: Toomas Tartes/CC -Unslash

Nós conversamos com ela para entender qual foi a inspiração e o que é possível esperar dessa experiência:

The North Face Brasil: Como surgiu a ideia de fazer a trilha ao acampamento base do Everest?

Mariana Britto: Em 2013 eu tive a oportunidade de participar na captação de recursos para o projeto Everest que foi realizado por uma aventureira brasileira. Eu me dediquei por 5 meses full time na expedição e isso me fez ter mais admiração e muita curiosidade sobre a montanha mais alta do mundo. Eu sou apaixonada por trilhas e prometi a mim mesma que, quando eu fizesse 30 anos, iria concluir a trilha do Base Camp. Pois bem…planejei, mas vou realizá-la com 31…(risos). Isso não importa. Para mim, não fazia sentido ir sozinha e esse sonho deveria ser compartilhado. Sorte a minha ter amigos “loucos” que compraram essa aventura e agora a viagem se tornou o sonho de todos.
Eu tive a sorte de contar com a Mídia Sustentável como patrocinadora e a viagem acabou se tornando um projeto. A Mídia Sustentável veio com o propósito maior ainda: vamos registrar em formato de série/documental os aspectos e impactos ambientais inerentes à trilha do Base Camp do Everest. Os amigos acompanharão de perto as gravações que, sem dúvidas, levarão muita alegria e muita força para concretizar o projeto.

The North Face Brasil: Qual é a sua experiência em trilhas longas? 

Mariana Britto: Sempre fui apaixonada por esportes. Engraçado que a trilha apareceu tarde na minha vida. Me lembro que a primeira trilha longa que conclui foi na Serra do Cipó/ MG chamada Lapinha – tabuleiro, sem dúvidas, foi essa trilha que me despertou a vontade de conhecer outras no Brasil e no mundo. A partir daí sempre que viajo ou estou com a agenda tranquila eu faço uma trilha para me desafiar. A trilha que mais me marcou foi na ilha de Raiatea, na Polinésia Francesa.  A trilha foi em busca a flor de 1 milhão de francos. O local é conhecido por abrigar uma rara flor chamada “Tiare Apetahi”, com cinco pétalas e única no mundo, que nasce no alto do monte Temehani. Segundo o povo de Raiatea, a lenda diz que uma mulher chamada Apetahi, após discutir com seu marido, foi até a montanha e cortou a própria mão. Anos depois, naquele mesmo lugar, nasceu a flor de cinco pétalas em formato de mão. O governo criou uma multa de 1 milhão de francos para quem tocar ou estragar a planta.

Mari ao lado da Tiare Apetahi. – Foto: Mariana Britto/Arquivo Pessoal

The North Face Brasil: O que você espera encontrar por lá (Everest)? 

Mariana Britto: Espero encontrar uma cultura completamente diferente e paisagens maravilhosas ao longo da trilha.

The North Face Brasil: O que mais lhe instiga nessa viagem?

Mariana Britto: Sem dúvidas o desafio.

The North Face Brasil: Qual é o roteiro, quantos dias levará a viagem?

Mariana Britto: Serão 20 dias de viagem, com um roteiro de trekking que começa em Lukla e vai até o Acampamento Base do Everest, a 5.300 metros de altitude.

A trilha será guiada pelo profissional e renomado alpinista Carlos Santalena e todo o programa está sendo elaborado e realizado pela Grade6.

The North Face Brasil: Esse não será um trekking qualquer. Você tem a missão de registrar tudo e mostrar o problema do lixo no trekking que leva ao Everest. Como surgiu essa ideia?

Mariana Britto: Exato, a viagem se tornou um projeto com um propósito ainda maior. Convidei um amigo para o trekking e ele abraçou e apoiou a ideia na hora. O Caio Queiroz (CEO da Mídia Sustentável) atua há mais de 20 anos na área ambiental, desenvolvendo e implementando programas de gestão de resíduos. Ele acompanha a problemática ambiental que, infelizmente, caracteriza todas as regiões do planeta e não deixou de fora nem essa área inóspita do Everest. O problema no Everest ainda se torna mais difícil de ser resolvido pelas características geográficas da região, que torna inviável a coleta desses resíduos em alguns trechos da trilha. Por esse motivo, torna-se de extrema importância, realizarmos ações de conscientização, para evitar que os turistas esportivos da região, deixem mais lixo para trás, poluindo cada vez mais as trilhas do Everest.

The North Face Brasil: Você tem tido algum cuidado especial para minimizar o seu próprio impacto ambiental gerado por e durante essa viagem?

Mariana Britto: Na nossa expedição já adotaremos grande parte do programa ambiental que estamos desenhando para o Everest com base em consumo consciente e descarte adequado dos resíduos. Desde o momento de planejamento de nossos equipamentos, roupas e alimentos que devemos levar a essa viagem, estamos levando em consideração esses aspectos ambientais importantes, para que causemos o mínimo de impacto possível durante nossa jornada. A ideia é fazermos uma viagem reduzindo ao máximo o volume de lixo que vamos gerar e descartar o que for gerado de forma adequada durante o percurso. Essas atitudes contemplam uso racional da água e energia, que serão recursos escassos durante o percurso. Promovermos um estilo de vida bem equilibrado e mais racional.

The North Face Brasil: O material captado vai virar um filme. Qual será a principal mensagem desse documentário?

Mariana Britto: Sim. Vamos registrar toda aventura em formato de série documental para a TV e digital. A principal mensagem desse vídeo é a de que nosso planeta é um ambiente frágil e que precisa de um maior cuidado por parte de todos nós. Precisamos adotar atitudes mais responsáveis em nosso dia a dia, pensando em não deixar pegadas negativas onde passamos. Não importando o local onde estejamos. Tudo é meio ambiente, de uma cidade grande até um ambiente inóspito como o Everest… por isso, queremos despertar dessa consciência e atitude mais respeitosa que virá de dentro de cada um de nós. Esperamos conseguir isso com cada pessoa que for impactada pela nossa ação, para que dessa forma, possamos reduzir os impactos ambientais em todo o planeta e promover uma melhora em nossa qualidade de vida e das futuras gerações.

The North Face Brasil: Como está a sua preparação para esse trekking?

Mariana Britto: Mudei toda a minha rotina para conseguir me preparar com antecedência para a viagem que está programada para outubro. Exige muita disciplina nos treinos e alimentação. Me dedico aos finais de semana para concluir outras trilhas e ganhar mais experiência. Conto com nutricionista, fisioterapeuta e funcional especializado.

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Resumão do que rolou com essa turma durante a trilha – Pedra Ana Chata em São Bento do Sapucaí. Primeiro treino concluído com sucesso ✅?♻️??. Apoio : @thenorthfacebr @midiasustentavel @grade6expedicoes . . .aos meus fiéis escudeiros @cruzbandrea @caitoqueiroz @biancayezzi @miolivatto @mariaceciliaformiga . #everestbasecamp #neverstopexploring #neverstoptravelling #documentary #everest #friends #adventure #expedition #loveit #sports #basecamp #bau #trilha #nature #amazing

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The North Face Brasil: Você está indo com um grupo de amigas e muitas delas nunca tiveram um contato mais intenso com os esportes de aventura. Como elas estão encarando esse desafio?

Mariana Britto: Não foi fácil convencê-las, rs! Depois que elas toparam a aventura estão super animadas e levando muito a sério toda a preparação. Nos divertimos muito nas trilhas e o grupo está muito unido. A viagem se tornou o objetivo de todas.

Foto: Mariana Britto/Arquivo Pessoal

The North Face Brasil: Quais são os itens essenciais que você precisa ter na mala?

Mariana Britto: A trilha exige uma lista com os produtos obrigatórios entre eles: bota, jaqueta de aquecimento, anorak, fleece, saco de dormir e bastão de trekking. Estamos falando de um ambiente que vai estar -10ºC, por isso, precisamos levar as roupas de qualidade e que garantam o aquecimento. Todos os meus produtos serão da The North Face. A marca possui todos os produtos descritos na lista e na minha opinião com muita qualidade e conforto. Para concluir os 20 dias de viagem andando de 6 a 8 horas por dia na altitude e no frio é preciso estar leve, segura e aquecida.

Além disso já fui “brifada” que não haverá banho de “verdade”, rs. Não poderá faltar lenços umedecidos para o tal “banho de gato”. Veremos…

The North Face Brasil: Você poderia deixar uma mensagem a quem também quer alcançar um grande feito, mas ainda não teve coragem?

Mariana Britto: Acreditar e planejar. Sonhar é muito importante mas sair do papel exige muita dedicação e disciplina.

Mari Britto na Serra do Cipó. – Foto: Arquivo Pessoal

 

O nosso time de atletas é realmente incrível. Eles estão entre os maiores do mundo em suas modalidades, quebram recordes, desafiam limites e são inspirações para os amantes dos esportes. Nós separamos alguns deles para você seguir no Instagram e já ir se preparando e sentindo um gostinho do que vem por aí em sua próxima viagem de neve.

Hilaree se tornou a única mulher do mudo a descer esquiando mais de uma montanha com mais de oito mil metros de altitude. – Foto: Nick Kalisz

Hilaree Nelson

Além de ser a capitã do nosso time global de atletas, Hilaree é uma esquiadora sem medo de desbravar o inexplorado. Ela fez a primeira descida de esqui na história de algumas das montanhas mais altas do mundo, entre elas o Lhotse (4ª maior montanha do mundo) e Papsura, na Índia, onde ela foi também a primeira norte-americana a chegar ao cume. Hilaree é uma verdadeira lenda viva. No auge de seus 45 anos, a esquiadora tem feitos impressionantes em seu currículo e não se cansa de superar limites e escrever seu nome da história do ski e do montanhismo.

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Summit of Lhotse at 2pm Sept 30 with @jimwmorrison was an unbelievable moment, we already had our skis on in this photo. We were able to stay on the summit for almost an hour until, as forecast, the winds began to pick up and it was time to start the ski descent. @protectourwinters #vote ? @nickkalisz #sufferfest #breathinghard #lhotseski2018 #nodownsuit

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Ian Mcintosh 

Com um histórico que inclui o topo do Circuito Mundial de Freeskiing, Ian Mcintosh é a junção perfeita entre força e talento. Sua velocidade e coragem para encarar as descidas mais íngremes da terra o levaram a ser o primeiro da história a descer esquiando alguns dos picos mais selvagens do planeta, como a face leste do “Devils Thumb”, no Alasca. Seu estilo é tão bonito de ser assistido, que ele já recebeu muitas nominações a prêmios globais devido aos seus vídeos e manobras.

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Found this little nugget yesterday. Going fast is one of my favorite parts about skiing. Thanks for the awesome day @travkaze @alisonkaze . @thenorthface_snow #neverstopexploring

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John e Angel Collinson 

O amor pelas montanhas e por adrenalina parece estar no DNA desses irmãos. John e Angel Collinson são filhos de um patrulheiro de esqui e cresceram nas montanhas. Os dois se tornaram atletas completos e sem medo. Angel foi duas vezes campeã mundial do Circuito Mundial de Freeskiing, foi a melhor atleta do mundo e a primeira mulher do mundo a ganhar o Line Award na Powder magazine. Seu irmão, John, leva esse visual que mistura um ar de astro do rock com modelo de Hollywood aos locais mais altos do mundo. Quando tinha apenas 17 anos ele escalou os 7 Cumes em apenas um ano. Ele continua descendo de esqui as altas montanhas e durante os treinamentos aproveita para praticar outros esportes e filmar.

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Flutey lil zone from @selkirktangiers, turn in the good snow, go straighter through the bad ??‍♂️ from last years @mspfilms trip

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This shoutout goes to a legend, amazing skier and all-around human, @ingridbackstrom. Tonight is the world premiere of @mspfilms "All In" (at @snowbird! ) which was initially her brainchild. The women in this flick shared a dream- that we all wanted to get together to shred. We hadn't even really skied together before. We are constantly separated by different film companies, different sponsors, and being the "token female per production company" in the film world. We wanted to do a trip, a project, something- so that we could just ski together. She cranked away the past 2.5 years to get funding, pitch proposals, etc- the list goes on! All while being an athlete and raising a family. As the idea for one trip morphed more into a bigger project, it was important to us to not have a "rah rah women" flick- we just wanted a project that was a kickass movie that happened to have more women. The cast of characters is small (5 women and 4 men) and I hope we have succeeded in this! As luck would have it, Ingrid got injured on the first day of filming for this movie in January- and so her presence is not what it should be. Now the movie is about to be shown, and I am deeply honored and grateful for your work, dreams, and visions. Thank you Ingrid. Women's skiing would not be where it is today if it wasn't for you. You have had such and impact changing the "known standards". Thank you for always setting such a stellar example that we can all follow, in all areas of life. I hope we keep the momentum and get your awesome groms in the mix too. Love you.

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Mark Carter

Ele divide sua vida entre as montanhas em Jackson Hole e a fazenda. Criado em um rancho em Wyoming, Mark tem duas marcas registradas: o palito de madeira que sempre tem na boca e o snowboard. Ele conta com participações em filmes importantes de snowboard e através de seu Instagram Mark compartilha suas descidas na montanha e curiosidades e aventuras do rancho da família.

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The deep days are upon us. ? @justindersham @jacksonhole #arborclovis #hobacks

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Com uma barraca é possível ir a praticamente qualquer lugar do mundo. Para não passar perrengue e ter o seu equipamento em perfeitas condições por muito mais tempo é preciso tomar alguns cuidados. Nós separamos algumas dicas que vão te ajudar a manter a sua barraca sempre pronta para a próxima aventura.

  1. Na hora de montar

Tenha cuidado na hora de escolher o local para montar a sua barraca. Algumas superfícies muito ásperas ou com pedras e galhos podem comprometer aos poucos o piso da sua barraca, além de ser extremamente desconfortável para dormir. Procure sempre superfícies pouco abrasivas. Como isso nem sempre é possível, uma opção é usar um plástico grosso ou lona por baixo da barraca. Se este for o seu caso, lembre-se apenas que o ideal é que o plástico não ultrapasse a área da barraca, para evitar o acúmulo de água em caso de chuva.

  1. Evite deixar a barraca exposta ao sol por muito tempo

Se você vai passar alguns ou muitos dias acampado no mesmo lugar, tente montar a sua barraca em um espaço com sombra para evitar que ela fique exposta ao sol direto e ao calor por um período longo. Se isso não for possível, o melhor é desmontar a barraca durante o dia e tornar a montá-la à noite, pelo menos, durante alguns dias. Isso vai evitar que o nylon resseque e se deteriore com o tempo.

  1. Durante o uso

Tenha cuidado com itens cortantes dentro da barraca. Também atente-se à disposição das bagagens e dos calçados. Evite que as malas fiquem apoiadas nas varetas e, sempre que possível, deixe os calçados para fora da barraca. Além de carregarem muita sujeira, os calçados também ajudam a desgastar os materiais internos das barracas.

  1. Trate os zíperes com cuidado

Ao abrir e fechar as portas e janelas de sua barraca tenha cuidado para evitar que o zíper enrosque em qualquer parte do tecido ou em itens da sua bagagem. Caso isso aconteça, evite força-lo para retirar. Tente soltar com bastante cuidado e, se necessário, apele para algum lubrificante. Também mantenha-os sempre limpos, pois pequenos resíduos como um simples grão de areia já é suficiente para que o mecanismo comece a emperrar. A limpeza ainda evita que o metal oxide.

  1. Nunca guarde a sua barraca suja ou úmida

Esse é um dos cuidados mais importantes a se tomar para prolongar a vida útil da sua barraca. Antes de desmontar acampamento, tenha certeza de que a barraca está limpa. Além de retirar os resíduos secos, terra, areia e grama, use uma esponja ou pano úmido para limpar melhor toda a sujeira grudada no nylon da sua barraca. Todas as partes devem ser limpas, desde o piso até o sobreteto. Na hora de guardar tenha certeza de que tudo secou adequadamente. Só depois disso comece a dobrar.

Foto: Ian Momsen.
  1. Cuidando das varetas e espeques

As varetas e espeques também precisam de cuidado. Use um pano úmido para retirar toda a sujeira que possa ter ficado grudada nessas estruturas. Para as varetas é possível usar também lubrificantes nas pontas, que são feitas em metal, para que elas fiquem hidratadas e protegidas da oxidação quando estiverem guardadas. Um detalhe importante é que o ideal é que os espeques sejam guardados em um estojo reforçado ou separado da barraca, para não comprometer nenhuma estrutura devido às pontas mais afiadas.

  1. Guardando a barraca

Depois de limpar e secar a barraca, chegou a hora de guardar. Dobre a sua tenda adequadamente, mas evite dobrar sobre as marcas antigas. Com o tempo, essas marcas vão virando desgastes e isso pode danificar o nylon aos poucos. Além disso, para deixar guardada por mais tempo, o ideal é manter a barraca em um saco maior do que o original, de transporte. A mesma dica de aplica aos sacos de dormir. Lembre-se de mantê-la em local seco e arejado para evitar mofos e, se possível, abra-a para respirar, no mínimo, a cada dois meses.

Saiba mais:

–> Saiba como lavar na máquina a sua jaqueta de pluma de ganso

–> 6 itens básicos que todo aventureiro precisa saber sobre sacos de dormir

 

Os esportes de inverno são viciantes! Não é preciso muito tempo de prática para logo se apaixonar, principalmente quando falamos de esqui e snowboard. O vento no rosto e a adrenalina de descer a montanha é algo indescritível, uma sensação de felicidade maravilhosa que só quem vive consegue sentir.

Se essa será a sua primeira vez esquiando e você quer fazer bonito na montanha, preste atenção nas dicas que separamos:

  1. Entenda os avisos e obedeça as regras

Todas as pistas têm suas próprias regras de segurança. É muito importante entender os símbolos de avisos e respeitá-los. Eles existem para evitar acidentes, manter a ordem e, principalmente, garantir a segurança de todos que estão se divertindo ou treinando.

A primeira dica sobre os avisos está relacionada à dificuldade das pistas. Cada símbolo, conforme imagem abaixo, tem um significado.

Imagem: WikiHow
Imagem: WikiHow

– Círculo verde: iniciantes. A pista tem poucos obstáculos, é mais curta e lenta.

– Quadrado azul: intermediário. A pista tem mais descidas e pode ter obstáculos.

– 1 losango preto: difícil. Tende a ser mais estreita e íngreme, portanto também é mais rápida, e ter obstáculos mais complexos, como bancos de neve. Elas não são indicadas para quem está começando, mesmo que você já tenha tido bons desempenhos nas pistas de níveis mais fáceis.

– 2 losangos pretos ou losango com exclamação: muito difícil. Essas pistas são destinadas aos snowboarders e esquiadores com muita experiência. Muitas delas são tão complexas que precisam ser acessadas através de helicópteros.

  1. Nunca pare no meio da pista ou em um ponto cego

Esta é mais uma norma essencial para quem está começando a esquiar, mas ainda não tem muita familiaridades com a dinâmica da montanha. É comum parar para descansar na descida, mas nunca faça isso no meio da pista ou em um ponto em que as pessoas que virem atrás de você não possam te enxergar. Esse pequeno cuidado pode evitar muitos acidentes.

Foto: Andrew Miller
Foto: Andrew Miller
  1. Faça aulas

Praticamente todas as estações de esqui oferecem aulas para iniciantes. Pode parecer besteira, mas não é! Mesmo que você tenha facilidade com esportes, vale a pena fazer algumas aulas para se familiarizar com os equipamentos, aprender a postura e pegar mais dicas sobre a tal “dinâmica da montanha”.

  1. Equipe-se

Praticamente todas as estações de esqui oferecem serviços de aluguel de equipamentos, portanto, não se preocupe com eles. Em algumas delas é possível também emprestar roupas, mas o ideal é ter o seu próprio vestuário e acessórios – tanto pelas medidas, como pela comodidade e conforto. Muitas peças podem ser usadas durante a prática esportiva e ainda serem úteis nos passeios. Algumas sugestões de peças versáteis que não podem faltar na mala: uma jaqueta térmica (pluma de ganso ou ThermoBall), uma jaqueta impermeável, fleece, segunda pele, meias de ski, gorro e luvas.

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5. Prepare-se fisicamente

Estar bem preparado fisicamente fará uma diferença enorme na hora de esquiar. Tanto o esqui como o snowboard exigem muito do corpo todo. Fazer treinos de resistência e estar razoavelmente forte ajuda a manter a postura e o equilíbrio, além de garantir o vigor físico para aproveitar as aventuras da montanha por muito mais tempo.

Foto: Adam Clark
Foto: Adam Clark