Destinos

Com paisagens deslumbrantes que mesclam vulcões, praias e lagos cristalinos, o Equador pode ser seu próximo destino para viver a alta montanha! Foi exatamente este país que nosso parceiro Fayson Merege escolheu para encarar novos desafios.

Relativamente próximo ao Brasil, mas pouco frequentado por brasileiros, o Equador tem como moeda oficial desde 2000, o dólar. Isso pode deixá-lo apreensivo de início, mas não se acanhe. Vai valer a pena!

Com duas portas de entrada principais – Quito e Guayaquil – obrigatoriamente haverá uma escala em seu voo para chegar no país, saindo do Brasil. Outro ponto relevante é que desde 2018 exige-se seguro viagem para entrar no Equador. A carteira de vacinação contra febre amarela em dia, também é necessária na hora do check-in.

Quito, capital do país andino, fica distante apenas 37 quilômetros da região de Machachi, carinhosamente conhecida como a Avenida dos Vulcões, já que a cidadezinha possui exatamente oito vulcões em seu perímetro. Muito famoso entre eles, é o Cotopaxi- vulcão mais alto do mundo- que segue em atividade com seus 5900 metros de altitude até os dias de hoje.  Merece destaque também, o Chimborazo- pico mais alto dos Andes equatoriais (6.300m) – prato cheio para montanhistas dos mais diversos níveis.

Machachi reúne aventureiros dispostos a romper barreiras e superar limites. O objetivo principal de todos é conquistar as montanhas.

Para aclimatar e explorar a região

-Trekking da Laguna Quilotoa: imersa dentro de um vulcão, a lagoa cristalina enche os olhos de seus visitantes e pode ser um bom início de aclimatação rumo às montanhas mais desafiadoras.

-Vulcão Pasochoa: conheça a fauna e folha equatoriana de perto. Lhamas te acompanharão durante todo o trekking!

-Vulcão Corazon: com vista deslumbrante para o Cotopaxi, Corazon é um vulcão instinto e está dentro da Reserva Ecológica dos Illinizas. O day hike leva aproximadamente cinco horas e atinge cerca de 4800 de altitude.

-Illiniza Norte: o desafio aqui começará já no refúgio que fica a 4700m. Com dificuldade média, os últimos passos rumo ao cume, exigem grande atenção. Atente-se durante os 500m de desnível, principalmente se houver névoa e o gelo estiver derretendo. As escalaminhadas podem ficar extremamente escorregadias.

 

 

“Por ironia do destino, o Cotopaxi permaneceu fechado durante todo período da viagem, devido as suas atividades vulcânicas e risco de erupção. Cayambe foi nossa alternativa. O terceiro maior vulcão do Equador com 5790m, possui rota desgastante com 1200m de desnível. Este deixou uma memória única. Fiz cume duas vezes e na segunda, pegamos uma tempestade de neve a 150m do cume. Ventos de 50km/h nos balançava nas pendentes, o que nos colocava em risco. Em um certo momento escorreguei. As roupas ficaram congeladas e os músculos da face doíam.

Chimborazo era o meu desafio máximo. Não fiz cume. Chegados os 6mil da montanha, a neve fofa acumulada nos últimos metros alertava sobre o risco de avalanche. No final de tudo, esse “perrengue” é o que nos deixa mais fortes, atentos e com respeito à montanha.” – Fayson Merege.


Escrito por

Rachel Magalhães

Jornalista, formada pela FIAM-FAAM. Apaixonada por aventuras, ama viajar, conhecer novos lugares e estar em contato com a natureza. Faz parte do time da The North Face há nove anos.