A travessia de Hardergrat está localizada ne Suíça e já foi escolhida como uma das trilhas mais incríveis do mundo pela revista National Geographic. Acontece que esse hiking localizado entre as montanhas dos Alpes Suíços é também uma das trilhas mais perigosas de todo o planeta. Esse “detalhe”, no entanto, não tira a beleza desse lugar mágico.

Hardergrat não é uma trilha oficial, mas o caminho é muito bem demarcado, o que atrai aventureiros de todos os cantos do mundo. O mais recomendado é que essa travessia seja feita em apenas um dia e a distância percorrida pelo trilheiro pode variar de 23 até 35 km, dependendo de onde ele decide finalizar a jornada.

Foto: Edward Virvel/Unsplash – Creative Commons

Um dos percursos mais comuns é iniciar a trilha em Interlaken e finaliza-la em Bern, onde é possível pegar um trem para voltar à cidade. O grande diferencial desta travessia é justamente a sua geografia. O caminho passa pela crista de uma série de montes, deixando a vista extremamente agradável e a caminhada extremamente perigosa.

O nível de dificuldade é alto, tanto porque, aproximadamente 18km são percorridos bem nas cristas e existe atenção total a cada passo, como pela altimetria. O ganho de elevação é de 2.419 metros, isso significa que durante todo o trajeto o trilheiro se deparada com uma série enorme de subidas e descidas, que exigem bom preparo físico e equipamentos adequados.

A travessia pode levar de 8 até 13 horas, dependendo do ritmo imposta, das condições do clima e da quantidade de paradas feitas. Com uma paisagem tão incrível, é essencial tirar um tempo para contemplação. Mas, é muito importante que a trilha seja finalizada ainda com a luz do dia e que a chegada case com os horários de saídas dos trens que levam de volta à cidade.

Foto: Dave Ruck/Unsplash – Creative Commons

Por estar entre as montanhas e ter a trilha muito estreita e cercada por quedas extremamente íngremes esse percurso não é de forma alguma recomendado para ser feito em dia de chuva ou no dia seguinte a uma tempestade. A lama e a chuva podem deixar o caminho escorregadio e ainda mais perigoso.

Em um site local, um dos trilheiros comentou que essa trilha o deixou sem fôlego por três motivos: pelo desafio constante da elevação, pelo perigo de caminhar na encosta íngreme praticamente o tempo todo e pelas paisagens estonteantes.

Estar em contato com a natureza é essencial para a saúde de qualquer pessoal. Mas, para quem é movido a aventuras, poder sair para fazer uma trilha ou acampar é, literalmente, vital. Para não passar nenhum perrengue é sempre importante estar atento aos equipamentos, calçados e roupas usados durante a atividade. Nós já falamos aqui sobre os itens essenciais para a sua segurança em uma trilha. Mas, um outro assunto tão importante quanto isso é o que acontece após a aventura. Para que todos esses equipos fiquem bem conservados e possam ser usados durante muito tempo, existem alguns cuidados imprescindíveis que devem ser tomados.

Nós listamos uma sequência de cuidados que você deve ter assim que voltar da sua aventura. Confira:

1. Coloque tudo para secar

Por mais que durante a sua aventura não tenha chovido, é sempre importante deixar os equipamentos secando antes de guardá-los no armário. Essa dica vale principalmente para as barracas, sacos de dormir e também para as jaquetas de aquecimento, por exemplo. Esses itens não precisam ser lavados a todo o tempo, a não ser que estejam realmente sujos. Então, assim que chegar em casa, coloque tudo para “respirar” e secar. Se puder, monte a sua barraca, abra o saco de dormir e pendure a jaqueta em um local arejado. Deixe-os assim até que estejam 100% secos e, aí então, possam ser guardados com segurança. Mesmo sem chuva, o suor, a umidade do ar e o sereno da noite já são mais do que suficientes para deixar os equipamentos molhados. Se eles ficarem assim por muito tempo podem ser seriamente comprometidos e até perderem a capacidade de cumprirem as suas funções principais.

2. Limpe bem antes de guardar

Agora que você já abriu os seus equipos para tomarem um ar, poderá visualizar melhor quais deles estão sujos e precisam de uma limpeza antes de irem para o armário. Essa dica é especialmente importante para barracas, botas e jaquetas impermeáveis. Nós também já falamos aqui sobre os problemas que esses resíduos acumulados nos equipamentos, roupas e calçados pode gerar. As barracas podem ser higienizadas com um pano úmido, enquanto as botas e jaquetas podem ser lavadas em água corrente, com sabonete neutro. Por mais estranho que possa parecer, as jaquetas impermeáveis precisam ser lavadas, sim. Como a membrana impermeável é feita em poliuretano, qualquer resíduo de suor ou produtos químicos pode comprometer a estrutura deste material. Em longo prazo, isso pode causar “rachaduras” irreparáveis na membrana impermeável.

Saiba como cuidar:

Das suas barracas

Das suas botas

Das suas jaquetas impermeáveis

3. Guarde do jeito certo

Você provavelmente já sabe que o ideal é guardar roupas e equipamentos em um local seco e arejado. Mas, você sabia que o saco de dormir não deve ser guardado dentro daquele saco de transporte? Ou que a jaqueta que cabe no bolso também não deve ficar assim no armário? Em ambos os casos é essencial que os produtos sejam armazenados abertos. Para sacos de dormir e jaquetas de aquecimento isso é importante para que as plumas ou sistema sintético recebam ar e não percam à forma devido à compressão constante. As jaquetas impermeáveis também podem ser guardadas em um cabide, afinal, quando ficam dobradas por muito tempo, é possível que a marca constante da dobra no mesmo lugar também comprometa a qualidade da membrana impermeável.

Desde o início da nossa viagem não víamos a hora de acampar. Na verdade não somos pessoas que gostam de acampar por acampar, nós gostamos da experiência que envolve o acampamento: fazer uma trilha para um lugar tão longe que você tem que acampar para voltar só no dia seguinte ou viajar para um lugar remoto onde não tem outra opção para passar a noite a não ser na barraca, por exemplo.

Na semana anterior nós tínhamos ido conhecer um sítio arqueológico que conserva parte de um legado espiritual dos povos antigos que viviam nessa região da Patagônia Argentina. Foi uma experiência muito especial conhecer as artes rupestres conservadas no local e conhecer um pouco mais da cultura dos povos antigos através histórias contadas pela proprietária do lugar, a Adriana, uma mulher com uma energia especial.

Caminhada rumo ao local do acampamento. | Foto: Get Outside Br/Arquivo Pessoal

Ficamos encantados com o local e um dia depois vimos que ali ficava uma caverna, com umas falésias com vista para o Lago Argentino e a Cordilheira dos Andes. Não perdemos a oportunidade e perguntamos se poderíamos passar uma noite por lá. Caminhamos por aproximadamente 4km uns dias depois para chegar na caverna, onde passaríamos a noite. Armamos a barraca, fizemos fogo para o jantar e passamos a noite por lá, em uma noite com o céu muito estrelado. Foi uma experiência bem diferente: acordar com a vista para o Lago Argentino, em um dia perfeito e naquele lugar, com tanta história, foi mágico.

Um dos benefícios de acampar é poder desfrutar de noites estreladas como essa. | Foto: Get Outside Br/Arquivo Pessoal

Alguns dias depois, caiu muita neve aqui na cidade. Segundo os locais, não havia nevado tanto assim há uns bons anos. Claro que o Ale não poderia perder a oportunidade: pegou o equipamento dele de esqui e foi para a pracinha no centro da cidade andar de esqui. Sim, é isso mesmo, ele foi em uma rua com inclinação que havia sido fechada por causa da neve para andar de esqui.

Pouco depois disso, descobrimos que tem um pequeno centro de esqui em El Calafate, que sempre estava fechado por conta das condições meteorológicas, mas que, nesses dias, abriu em razão da quantidade de neve que caiu. Fomos todos esquiar por lá. Embora seja um centro de esqui bem pequeno, foi uma experiência bem legal poder conhecer melhor as pessoas da região e tomar uma cerveja no bar depois de esquiar o dia todo.

O melhor da vida são as experiências que do que vivemos. | Foto: Get Outside Br/Arquivo Pessoal

Para fechar as últimas semanas com chave de ouro, o Ale foi convidado por um guia de montanha da região para subir o Cerro Moyano e descer esquiando. Foram o Ale e outros dois amigos para um dia perfeito de ski backcountry, com sol e muita neve virgem para eles esquiarem. Foram 4 horas de uma subida bem cansativa para descer esquiando por apenas alguns minutos, um esforço que certamente valeu à pena.

Poder viver tudo isso nos faz estarmos cada dia mais felizes com a escolha que tomamos. Tivemos que abrir mão de muitas coisas, mas estando na estrada, definitivamente, não são essas coisas que fazem falta. Damos cada vez mais valor às experiências que estamos vivendo do que às coisas que temos ou tínhamos.

Não acredito que viver de forma minimalista seja fazer voto de pobreza ou deixar de lado as coisas materiais. Inclusive, na sociedade em que estamos isso seria praticamente impossível. Nós acreditamos que viver de forma minimalista é ter bens materiais que são importantes e fazem sentido para a nossa vida. Para nós, é mais sobre viver experiências do que sobre ter coisas. Afinal, no fim da vida, não vamos lembrar do modelo do carro que tínhamos, mas sim daquele dia que acampamos em uma caverna onde viveram os nossos antepassados.

Conquistar uma montanha de altitude pela primeira vez é um marco na vida de qualquer aventureiro. Com o Matheus Kager não foi diferente! Ele faz parte da nossa equipe de vendas e é apaixonado por trekking. Depois de se planejar e se preparar por muito tempo, ele resolveu que estava na hora de encarar um desafio mais alto. Então, incluiu uma expedição ao Huanay Potosì no meio do seu mochilão pela América do Sul.

A viagem teve muitos perrengues pelo caminho, ele esbarrou na pandemia, mas nada o fez desistir desse sonho. No final, todo o esforço valeu à pena!

Confira abaixo os detalhes dessa aventura:

“Estava eu, mochilando pela América Latina, quando de repente a pandemia se espalhou pelos quatro cantos do mundo e eu tive que improvisar. O plano era ir do Equador até a última cidade ao sul da América do Sul, o Ushuaia, na região da Patagônia Argentina.

Mas, o objetivo maior nessa viagem era realizar um sonho antigo de subir o Huayna Potosì, uma montanha de 6.088 metros de altitude na Cordilheira dos Andes e a ideia de voltar para casa antes disso, era frustrante.

Então, assim que surgiram os primeiros rumores de que os países iriam fechar suas fronteiras, apertei o passo para tentar chegar em La Paz o quanto antes, onde eu começaria minha jornada pelos Andes.

Sem tempo a perder, tomei um ônibus de madrugada na rodoviária de Cusco (Peru) sentido Puno, na fronteira com a Bolívia. Cheguei bem cedo na fronteira, descendo do ônibus me deparei com o… mar? Tinha água até o céu tocar o horizonte, mas não havia a menor possibilidade de ser o mar… eu estava a centenas de quilômetros da costa… era o famoso Lago Titicaca! Pensei ué ‘porque não aproveitar pra conhecer?’

Aluguei um kaiak e remei pelas ilhas do lago por umas 3 horas, foi divertido. Só faltou o protetor solar, rs.

No fim da tarde, fui até a rodoviária para comprar uma passagem até Lá Paz. Chegando lá, advinha só? O governo peruano decretaria o fechamento das fronteiras em 24 horas e todos os transportes interestaduais já estavam inoperantes. Desespero!

A única solução possível era encontrar um lugar para passar a noite. Afinal, não tinha mesmo como sair de qualquer jeito.

Encontrei um hostel baratinho, acordei bem cedo e, passando pela recepção, conheci um casal de japoneses que estavam fazendo check-out às pressas, eles haviam descoberto uma forma de chegar até La Paz. Fiz as malas correndo e fui junto!

Resumo da ópera: 7 meios de transporte diferentes e 12 horas depois, cheguei em La Paz! Vocês não imaginam o perrengue que foi.

Deixei o Peru nas últimas horas antes do lockdown. Cheguei em La Paz e não parecia que a pandemia sequer existia, os rumores eram de que haviam menos de meia dúzia de casos confirmados na Bolívia. Fui direto para o centro da cidade e não tive dificuldades em encontrar agências de turismo que oferecessem tours pelos Andes.  Depois de uma breve pesquisa de preço nos arredores, fechei a escalada para o dia seguinte pela manhã.

Chegou o grande dia! Tudo pronto, eu havia passado os últimos 15 dias me aclimatando e escalando montanhas mais baixas entre 3.800 e 5.200m de altitude. Eu me sentia mais preparado do que nunca. No grupo da expedição éramos eu, um casal de taiwaneses e o guia.

Foto: Matheus Kager/Arquivo Pessoal

Durante o primeiro dia fizemos práticas de progressão em glaciares e aprendemos técnicas que iriamos usar mais para frente em algum momento da escalada.

Acordamos bem cedo no segundo dia, seguimos rumo ao acampamento avançado. Lá encontramos com um segundo guia que nos acompanharia durante o ataque ao cume que aconteceria na madrugada do dia seguinte.

Mal dormi naquela noite. Dormir na altitude não costuma ser uma tarefa muito fácil. Com o ar rarefeito, você fica quase constantemente ofegante. E, você já tentou dormir ofegante? Além do mais, quanto mais alto fica, maior a ansiedade pelo cume.

Foto: Matheus Kager/Arquivo Pessoal

Acordamos meia noite e começamos a nos preparar para a reta final. É até difícil dizer se o frio na barriga era maior do que o frio na montanha ou vice-versa.

Começamos a subir, a visibilidade era quase zero, exceto pelo foco da lanterna. Concentração total na respiração, administrando fluidos e carboidratos. O Huayna é conhecido por ser um gigante com um baixo nível técnico de escalada, por isso costuma ser um bom começo para os amantes do esporte e justamente por isso eu o escolhi.

Lembra das técnicas de progressão nos glaciares do primeiro dia? Chegou a hora de pôr em prática. A trilha acabava em um paredão de 50 metros de altura e 90 graus de inclinação. Passando esse trecho, percebi que não conseguia sentir meus pés há algum tempo. Então, paramos para colocar foot warmers dentro das botas. Isso ajuda bastante no aquecimento e circulação do sangue nas extremidades. Mas, tirar e pôr de volta as botas foi muito desgastante.

Foto: Matheus Kager/Arquivo Pessoal

Seguimos em direção ao cume. Quanto mais alto ficava, mais os passos diminuíam, mais a respiração pesava, mais a temperatura caia e mais eu empurrava meus limites.

Cheguei a um ponto em que eu já não aguentava dar um passo sequer, andar sobre a neve muito fofa é muito desgastante. Sentia muita vontade de vomitar, cansaço extremo e uma dificuldade tremenda de respirar. Foi aí que o guia apontou para uma colina de neve logo ali no horizonte e me disse que lá era o cume. Faltavam só 200 metros.

De repente todo aquele cansaço pareceu se esvair, nada mais era tão importante, pois o cume estava logo ali. Na reta final, lágrimas escorriam, confesso.

E chegando no cume, fui presenteado com o nascer do sol mais incrível que já pude contemplar. Nunca me senti tão vitorioso em toda a minha vida.

Obrigado, universo. Até a próxima.”Por Matheus Kager

Foto: Matheus Kager/Arquivo Pessoal

Se você já escalou, certamente se deparou com a expressão “vias de escalada”. Para quem não está muito familiarizado com o esporte, as vias são os caminhos que um escalador segue parede acima. Quando o assunto é escalada em rocha, essas vias precisam ser visualizadas, abertas e, literalmente, conquistadas (além de registradas, é claro). Isso porque conquistador é o nome da pessoa responsável por fazer essa via existir. Além de imaginar o caminho, é o conquistador que instala também os aparatos de proteção que vão permitir que outros escaladores repitam uma via.

É muito comum falarmos do escalador que encadenou uma via difícil. Mas, raramente fala-se sobre a pessoa que tornou isso possível. O Lucas Sato é escalador há 14 anos, guia de montanha da Grade 6 Expedições e é um desses voluntários, responsáveis por conquistar diversas vias de escalada por aí.

Ele compartilhou um pouco da história dele e dos desafios de ser um conquistador em um artigo que mostra o outro lado da escalada, que é essencial para que o esporte continue a crescer.

Foto: Vinicius Popoh / Arquivo Pessoal

Confira o artigo na íntegra:

“Nada melhor que começar me apresentando. Eu me chamo Lucas Sato, tenho 33 anos, escalo desde 2006 e sou pai do Davi. Meu primeiro contato com o esporte foi através de um ginásio de escalada em São Paulo, me encontrei na área das cordas ainda na faculdade e decidi que queria viver profissionalmente do esporte. Estudei muito, realizei inúmeros cursos e desde 2011 atuo como Guia/Instrutor de Montanhismo e Escalada. Nessa jornada já formei mais uma centena de alunos pelos estados de SP e MG. Guiei diversas expedições pela nossa querida Serra da Mantiqueira e grupos de brasileiros pelas cordilheiras do Himalaia, Andes e Real. Nos últimos anos meu objetivo tem sido conquistar novas rotas e points de escalada pelo sul de minas, abri mais de 50 vias e publiquei um guia de escaladas da região (que pode ser baixado gratuitamente). 

Quando comecei a escalar lá por meados de 2006, eu não fazia ideia de quem impulsionava o esporte. As minhas primeiras escaladas aconteceram no Morro do Cuscuzeiro, em Analândia/SP, uma belíssima formação rochosa de arenito. Na época baixamos o croqui (espécie de mini mapa com todas as informações e desenhos das vias) pela internet, imprimimos e nos jogamos atrás das vias. Mas antes, me deixa explicar o que são as vias: nada mais são do que o caminho que o escalador segue parede ou montanha acima. Uma montanha pode conter diversas vias, cada uma delas com um tipo de proteção e grau de dificuldade. Mais adiante escrevo outro texto, explicando os diversos graus que uma via recebe.

Foto: Vinicius Popoh / Arquivo Pessoal

Voltando ao Cuscuzeiro, uma coisa sempre me chamou a atenção: os nomes das vias! Posteriormente me contaram que quem ‘batiza’ a via são os próprios conquistadores, que recorrem a motivos  diversos: algo que aconteceu durante a conquista, homenagem a grandes escaladores do passado, nome de pessoas amadas, apelidos, jargões e até nomes de músicas podem servir de inspiração.

Cinco anos depois, muito mais experiente, eu escalaria com Mauricio Clauzet, vulgo ‘To NTo’, o autor do primeiro guia de escaladas do Cuscuzeiro e conquistador das principais vias. Naquela oportunidade, não pude deixar de agradecê-lo pelo trabalho e disse que, se não fosse ele, talvez eu não estivesse escalando até hoje!

Um dos grandes objetivos desta matéria é mostrar o papel fundamental dos conquistadores de vias no cenário do montanhismo e da escalada nacional, que muitas vezes acabam ficando no anonimato. Vou dar um exemplo: um escalador que supera uma via superdifícil torna-se a sensação do momento, com todo o mérito, evidentemente! Mas, na maioria das vezes as pessoas se esquecem de quem visualizou a linha, empenhou horas de suor e trabalho, investiu muita dedicação e um alto valor financeiro para aquela via nascer.

Mas, então, quem pode abrir uma via? Teoricamente, qualquer um. Como ninguém quer escalar uma via com proteções mal instaladas, o conquistador deve possuir larga experiência. Conquistar uma via é um ato de extrema responsabilidade. Imagine se uma das proteções que você instalou se solta com outro escalador?

Sempre refleti muito sobre o porquê dessa vontade de conquistar vias; já ouvi que era apenas por ego, para colocar ‘meu nome’ nas vias. Longe disso, a montanha forneceu grande parte da minha formação, como esportista e como pessoa. Tudo que consegui veio através da escalada, nada mais justo do que retribuir com o que as pessoas mais procuram: caminhos verticais. Eu nunca abri uma via só para mim, muito pelo contrário, o mais prazeroso é ver amigos e até desconhecidos escalando uma das suas criações. Costumo dizer que conquistar uma via é a parte mais fácil, depois temos que criar croquis, escrever guias, divulgar, atualizar etc… Esse é meu objetivo: somar para o esporte, abrindo novas vias e novos setores. Já perdi a conta de quanto investi para abrir vias. Foram muitas horas ao sol, muito pó de pedra na cara, muita conversa com os proprietários das terras, muito investimento financeiro, mas tenho certeza de que vale a pena.

A bagagem de um conquistador

O que levamos na mochila e, consequentemente, em nossa cadeirinha:

– Martelete ou batedor manual;

– Martelo;

– Soprador;

– Chave;

– Brocas diversas;

– Chapeletas + parabolts;

– Proteções móveis;

– 2 cordas;

– Equipamento pessoal (cadeirinha, capacete, freio etc…)

– Cliffs e negocins;

– Costuras;

– Estribos. 

Adicione à lista água, comida, kit de primeiros socorros, jaqueta impermeável etc. Tudo isso gera um peso de aproximadamente 20 kg, carregados por nós trilha e montanha acima. Claro, a quantidade de tudo isso varia entre comprimento e estilo da escalada que visualizamos conquistar.

Foto: Vinicius Popoh / Arquivo Pessoal

Depois de tanto esforço…

Toda vez que escalar, lembre-se de quem conquistou a via e a valorize. Pode ser com uma mensagem de agradecimento ou avisando a necessidade de uma manutenção. São diversos os casos de points de escalada que foram fechados pelo mau comportamento dos próprios escaladores! Tente se colocar na pele de quem abriu todas as vias, todo esse investimento pode ser desperdiçado pela falta de educação de outra pessoa. Respeitar a comunidade local é dever do praticante do esporte, ser cordial, seguir as regras de cada região, essa é a conduta mínima que se espera de um escalador.

Foto: Vinicius Popoh / Arquivo Pessoal

Como uma conquista funciona na prática?

Outra pergunta constante que ouço: se você está escalando, como faz para conseguir parar e fazer o furo para instalar a proteção? Quando se conquista uma via por baixo, utilizamos equipamentos de escalada artificial para nos apoiar e ficar com as mãos livres para fazer os furos. Esses equipamentos são assustadores para quem nunca os usou, pois são ganchos onde colocamos todo o peso de nosso corpo, uma peça que não tem 4 cm de comprimento. A qualquer movimento errado, esse gancho sai com facilidade. Quando o lance é muito difícil e não consigo me segurar para puxar o martelete e fazer o furo, tenho que me apoiar nesses equipamentos, ficando com as mãos livres para instalar a proteção.

Existe um outro termo que usamos quando conquistamos de cima para baixo que é a retrogrampeação: basicamente chegamos no topo por uma trilha, armamos a corda e rapelamos (descer pela corda com um freio), furando e instalando as proteções. Eu particularmente não gosto desse modo; ele é bem visto em conquistas de vias esportivas (mais curtas), mas, mesmo nas minhas conquistas esportivas, sempre optei em ir por baixo. Mantendo um estilo mais técnico, natural e orgânico de conquista. Uma vez um grande amigo me disse que equipar uma via de cima para baixo é como pendurar um quadro na parede. Já conquistar uma via de baixo para cima é como pintar o mesmo quadro antes de pendurá-lo.

Foto: Vinicius Popoh / Arquivo Pessoal

E quais são os gastos para abrir uma via?

Considerando que é uma via inteira de proteção fixa com, aproximadamente 120 metros, paradas a cada 30 metros, média de 8 proteções por enfiada:

– Valor da Chapeleta Simples + Parabolt = R$ 7,00;

– Valor da Chapeleta Dupla + Parabolt = R$ 10,00;

– 8 Duplas para as paradas = R$ 80,00;

– 32 Simples = R$ 256,00;

TOTAL – R$ 336,00! Sem contar, alimentação, combustível, pedágios, hospedagem, equipamentos etc.

Foto: Vinicius Popoh / Arquivo Pessoal

Esse investimento diz respeito a apenas UMA via. Existem locais de escalada com até 400 vias. E fica outra pergunta, quem paga essa conta? A resposta: nós mesmos, os conquistadores! Soma-se ao valor financeiro o fator tempo, já que dificilmente conseguimos conquistar uma via de escalada longa (+ de 100m) em um dia. Alguns projetos demoram meses ou anos para se concretizar. São dias que abdicamos de ficar com nossas famílias e amigos, de descansar, tudo em prol do esporte, o esporte que amamos.

Ficou com dúvidas? Basta me procurar no Instagram por @lukssato para mais curiosidades sobre conquistas de vias e escaladas em geral!”

Desde a última sexta-feira (16) as equipes de bombeiros têm trabalhado para controlar um incêndio de grandes proporções que atinge a Serra Fina, principalmente na região da Pedra da Mina, o ponto mais alto do estado de São Paulo, a 2.798 metros de altitude.

Conforme informações do G1, até a tarde desta terça-feira (21), o fogo já havia consumido uma área equivalente a mais de 460 campos de futebol. Mesmo que as operações, que contaram também com o apoio aéreo do Exército, tenham sido realizadas de forma intensa, o incêndio ainda não foi totalmente controlado.

Mais de cem pessoas estão envolvidas na operação. | Foto: Gabriel Tarso

Em declaração ao G1, o tenente-coronel Ronaldo Diniz, explicou que a maior dificuldade na operação é justamente a altitude. São mais de 100 pessoas entre bombeiros, oficiais militares, funcionários do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e voluntários trabalhando para conter o incêndio. Diante das proporções, o apoio aéreo é essencial, mas as condições locais, principalmente, consequentes da altitude acabam dificultando os voos.

A altitude dificulta muito o controle do fogo. | Foto: Gabriel Tarso

Os especialistas do ICMBio também explicam que ainda não se sabe o que causou o incêndio pois as investigações ainda não foram feitas. Mas, o chefe do instituto, Virgílio Ferraz, ressaltou a importância da região para a preservação da biodiversidade, com espécies endêmicas únicas no mundo e como o incêndio pode ser extremamente prejudicial em termos de preservação e também de pesquisa.

Bombeiros, militares da força aérea e voluntários trabalham incessantemente. | Foto: Gabriel Tarso

Por enquanto, o fogo está controlado na parte da Serra que se localiza dentro do estado de Minas Gerais, mas ainda existem pontos de fumaça na parte paulista da Serra Fina.

Avisos aos turistas alertando sobre riscos de incêndios. | Foto: Gabriel Tarso
A perda biológica é alog irreparável. | Foto: Gabriel Tarso

Acampar é uma experiência maravilhosa. Estar em contato total com a natureza, fazer uma fogueira, passar horas conversando em volta do fogo e poder dormir sob um céu limpo e estrelado são prazeres que merecem ser vividos a apreciados. Só quem já acampou sabe que as memórias ficam para sempre. Um estudo realizado recentemente pela Universidade de Plymouth, no Reino Unido, mostrou que esta vivência pode ser ainda mais importante para crianças.

De acordo com a análise feita pela instituição, acampar tem uma relação direta com o bem-estar e a educação das crianças. Para a pesquisa, os especialistas contaram com a colaboração do Camping and Caravanning Club, organização britânica com mais de 500 mil associados.

Durante o estudo, a equipe, liderada pela professora Sue Waite, fez uma série de perguntas para entender quais seriam os impactos que acampar teria na vida de crianças de todas as idades, com foco em experiências educacionais, psicológicas e sociais. Entre os entrevistados, 80% dos pais consideraram que os acampamentos têm conexão direta e efeito positivo no desempenho escolar de seus filhos.

A conexão das crianças com a natureza foi ressaltada por 98% dos pais. Além disso, 95% dos filhos parecem ficar mais felizes quando acampam. Segundo 93% dos pais participantes, a experiência também faz com que as crianças desenvolvam habilidades úteis em diversas etapas da vida, inclusive quando se tornarem adultos.

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Quando relacionaram o acampamento com a escola, os pais disseram que a vivência ao ar livre deixa as crianças mais empolgadas a compartilharem suas aventuras, experiências e aprendizados quando retornam às aulas. O pouco contato com as tecnologias, a liberdade que este tipo de viagem proporciona e a independência adquirida em um acampamento também foram pontos ressaltados pelos pais, com influência direta em diversos aspectos da vida das crianças.

Para a professora responsável pelo estudo, Sue Waite, o mais interessante é que os pais acreditam que acampar ajuda as crianças a compreenderem melhor temas trabalhados dentro das matérias tradicionais nas escolas, principalmente ligadas a geografia, história e ciências em geral. Atividades ao ar livre também colaboram para que as crianças desenvolvam a consciência ambiental e aprendam a respeitar todas as formas de vida.

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O Parque Estadual da Serra do Mar oferece os mais diversos atrativos para quem está em busca de aventura. Mas, a sua grande contribuição é mesmo em prol da preservação ambiental de um bioma único no mundo: a Mata Atlântica.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, o Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), que foi criado em 1977, possui 332 mil hectares. Este espaço contempla uma área que cobre praticamente todo o litoral paulista, indo desde o Vale do Ribeira, até o Rio de Janeiro. São mais de 25 municípios conectados pela floresta.

Este parque é considerado o maior corredor biológico de Mata Atlântica do Brasil, abrigando 1.361 espécies de animais e mais de 1.200 tipos de plantas já catalogadas por pesquisadores. Muitas espécies ameaçadas de extinção, como o bicho-preguiça e o macaco-prego, estão protegidas principalmente por conta desta unidade de conservação.

Mas, além de toda essa riqueza em biodiversidade, os turistas que visitam um dos dez núcleos que compõem o parque, também encontram aventuras para todos os gostos, estilos e níveis de dificuldade. Por estar no litoral, existem diversas opções de trilhas curtas que conectam as praias, caminhos repletos de cachoeiras, rios e também patrimônios históricos e culturais preservados há centenas de anos.

Vista aérea de Ubatuba. | Foto: Sergio Souza / Unsplash – Creative Commons

Muitos dos caminhos que viraram trilhas foram feitos ainda quando o Brasil era um império e a conexão entre São Paulo e Rio de Janeiro era feita pelas cavalarias seguindo o curso do litoral brasileiro. As trilhas do Parque Estadual da Serra do Mar estão cheias de histórias e paisagens incríveis que merecem ser aproveitadas e preservadas.

No site do Parque Estadual da Serra do Mar estão mais detalhes sobre as trilhas, passeios disponíveis, estrutura e informações sobre reservas. Clique aqui para saber mais.

Desde o nosso último post aqui no blog da The North Face nossa localização geográfica não mudou muito. Continuamos em El Calafate, na Argentina, esperando a flexibilização da quarentena na província para podermos seguir viagem. Mas, muita coisa aconteceu nesse meio tempo.

Com a chegada do inverno aqui na Patagônia, já estávamos começando a nos questionar se seria possível seguir nossa viagem de motorhome em razão do frio. As temperaturas aqui estão entre -7° e 4°C. Mesmo com o isolamento térmico e dormindo no saco de dormir, as noites têm sido bem frias dentro do motorhome. Por isso, resolvemos aproveitar essa pausa na viagem para instalar um aquecedor na nossa casa sobre rodas.

Ale e Duda curtindo o friozinho da Patagônia argentina | Foto: Get Outside / Arquivo Pessoal

Depois disso, claro que teríamos que passar algumas noites no meio do mato para ver se o aquecedor de fato dava conta do frio patagônico. Dormimos um dia na beira do Lago Argentino e outro perto do Cerro Comisión, também conhecido como Cerro de “Los Elefantes”. O Cerro Comisión é muito procurado pelos escaladores da região, por ser um dos maiores cerros de escalada da cidade, com mais de 70 vias. O resultado é que ficamos com muita vontade de começar a escalar e acabamos aproveitando alguns dias da quarentena para aprender a escalar indoor. Adoramos a experiência (apesar dos dedos e dos braços terem ficado doloridos!).

O Ale aproveitou o conhecimento dos locais, para curtir um dia de ski em uma antiga estação, que hoje está desativada. | Foto: Get Outside / Arquivo Pessoal

O aquecedor segurou o frio com sucesso e nos fez perceber que seguiríamos bem vivendo em um carro como casa. Mas, na verdade essas noites foram ótimas para valorizarmos a vida na estrada e a liberdade que ela nos dá.

Outro dia incrível que vivemos foi quando alguns amigos que fizemos aqui nos levaram no topo do Cerro Huyliche, onde existe um centro de esqui que atualmente está desativado. O Ale esquia desde os 11 anos de idade e o plano dele para esse ano sabático era aproveitar o inverno e ficar um bom tempo em algum lugar esquiando. Até agora ele não teve sorte, porque na cidade aonde estamos parados nessa quarentena não tem nenhum centro de esqui ativo. Por outro lado, ele teve a sorte de ter feito amigos que o levaram para um dia incrível de esqui em uma montanha com neve fofa, que só tinha ele para descer esquiando.

Fazer amizades e descobrir destinos que apenas os locais têm conhecimento é uma das belezas de uma viagem. | Foto: Get Outside / Arquivo pessoal

Claro que, sem o lift para ajudar a subir a montanha, ele não conseguiu subir e descer muitas vezes. Mesmo assim a experiência valeu à pena e o deixou com gosto de quero mais. Não vemos a hora de poder parar em alguma estação de esqui e aproveitar os vários metros de neve que estão se acumulando por aqui. Quem sabe no nosso próximo post não teremos novidades?!

Os imprevistos transformam as experiências. | Foto: get Outside / Arquivo Pessoal

Já sabíamos que teríamos que aprender a lidar com as incertezas da vida na estrada. Não sabíamos que as incertezas seriam tantas. De qualquer modo, isso nos tem feito dar valor às pequenas coisas do nosso dia-a-dia, ao fato de estar em contato com a natureza e ao curto período de tempo que temos nesse mundo para a quantidade de coisas que queremos viver.

O estudo publicado recentemente na revista científica Science Direct avaliou as condições de neve em mais de mil áreas de montanhas em todo o mundo durante um período de 18 anos. Após quase duas décadas de pesquisas, o que se concluiu é que 78% das áreas analisadas tiveram uma redução significativa de 10% na quantidade de neve durante as diferentes estações do ano.

Conforme informado no estudo, liderado pela pesquisadora italiana Claudia Notarnicola, a coleta de dados foi feita a partir de imagens de satélite registradas entre o período de fevereiro de 2000 até setembro de 2018. Os pesquisadores não consideraram apenas a análise do cume das montanhas, mas, sim, uma área poligonal que inclui também a sua base.

O objetivo do estudo era analisar o declínio da incidência de neve em áreas de grande altitude para ter uma melhor noção do cenário global, visto que os dados referentes às montanhas do hemisfério sul e da região andina não necessariamente se refletem de forma semelhante no que tem ocorrido mais ao norte do planeta.

Segundo o relatório, 78% das áreas globais de montanha estão caracterizadas como tendo um declínio médio de 43 dias na duração do período nevado. Aliado a isso está uma redução de 13% na área coberta por neve. Os cientistas observaram aumento na incidência de neve em apenas 11% das áreas analisadas. Outro fator interessante nas análises é que as montanhas de até 4 mil metros de altitude são as que apresentam maior divergência em relação ao aumento ou redução da neve, sendo observado, inclusive cenários de melhora ambiental em algumas estações do ano. Nos picos acima desta altura, o cenário é sempre negativo, com perda de neve. Um dos destaques apontados pelo estudo é a região dos alpes europeus, que mesmo nos pontos de menor altitude tiveram declínio na incidência e período nevado.

A pesquisa destaca que a perda de neve se reflete na sociedade de diferentes formas. Essa variação ambiental pode ocasionar uma série de problemas no ecossistema da montanha, bem como uma cascata de impactos socioambientais, principalmente relacionados ao fornecimento de água tanto para o consumo das comunidades, como para a produção agrícola dessas regiões montanhosas. Assim, o impacto do derretimento precoce da neve tem uma série de reflexos em toda a sociedade.

Clique aqui para acessar o estudo completo.

Correr é uma das melhores terapias que existe. Além de fazer bem para o corpo, essa prática também tem uma série de comprovações científicas que garantes os benefícios também à mente, de diferentes formas. Durante o período de pandemia e isolamento social, correr na rua tem sido uma das opções mais utilizadas por quem não quer ficar parado e não tem a estrutura necessária para continuar os treinos em casa. Mesmo com a flexibilização das normas de isolamento em muitas cidades, no entanto, é necessário manter uma série de cuidados para não comprometer a sua saúde e a de outras pessoas. Por isso, nós separamos algumas dicas importantes, para quem pretende começar ou voltar a treinar nas ruas, afinal, nada mais está como era antes.

  • Escolha bem o seu percurso

Antes de colocar o tênis no pé e sair para correr, pense bem em qual será o seu percurso. Evite áreas que costumam ter grande concentração de pessoas, dê preferência às corridas dentro do seu próprio bairro para evitar longos deslocamentos e fuja dos percursos tradicionais, que costumam ser disputados por outros corredores. Se correr em uma área afastada e mais isolada for uma opção na sua região, aproveite!

  • Tente correr em um horário alternativo

Um bom jeito de evitar dividir a rua ou as pistas com outros corredores é optar por treinos em horários alternativos. Sair para correr bem cedo ou em momentos mais aleatórios durante o dia é um ótimo jeito de ter mais espaço para você e, consequentemente, mais segurança.

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  • Proteja o seu rosto e mantenha a distância segura

Mesmo que na sua cidade não seja regra usar máscaras, é uma opção muito recomendada. Além de demonstrar respeito e ajudar a proteger a sua própria saúde, o uso da máscara acaba contribuindo para a proteção das pessoas que estão ao seu redor. Existem máscaras específicas para as atividades físicas e outras opções práticas, como o uso das pescoceiras, que proporcionam maior conforto e praticidade durante a corrida. Mesmo com a máscara, lembre-se de manter sempre uma distância segura caso o local da sua corrida tenha outras pessoas também praticando atividades físicas. Neste momento, quanto mais longe puder ficar, melhor será.

  • Tenha sempre o essencial com você

Se você não é um corredor de rua experiente, atente-se ao fato de que você estará sozinho realizando uma atividade física de alta intensidade. Então, sempre tenha com você alguns itens essenciais, como o celular, algum dinheiro e documento. Pode parecer bobagem, mas ter como se comunicar caso algo aconteça ou poder comprar uma garrafa de água pode fazer toda a diferença. Se puder deixar alguém avisado sobre o seu roteiro e planejamento de treino, faça isso. Segurança nunca é demais!

Os Parques Nacionais dos Estados Unidos são famosos no mundo inteiro e possibilitam uma diversidade enorme de paisagens e atividades aos turistas que os visitam. No documentário “National Parks Adventure” é possível viajar para esses lugares sem sair de casa. O filme, que mostra a expedição do montanhista Conrad Anker, junto com seu enteado Max Lowe e a amiga Tachel Pohl, traz uma sequência de imagens de tirar o fôlego e muitas aventuras.

Para produzir esse documentário incrível, foram necessários nove meses de gravação. Durante esse período, o trio que nos leva nessa viagem percorreu mais de 30 parques nacionais, incluindo alguns muito famosos como Yellowstone, Yosemite, Death Valley, Grand Tetons, entre tantos outros.

Foto: Reprodução

Eles também vão muito além das paisagens. Neste filme maravilhoso, os três também se aventuram em atividades que vão da escalada ao mountain bike, passando por gêiseres, cânions, montanhas, florestas, cavernas congeladas e muito mais.

Para que essa viagem virtual fosse completa, a equipe de produção contou com muita tecnologia. Muitas das imagens foram feitas com câmeras IMAX 3D, para o máximo de qualidade e resolução. A experiência ainda conta com incríveis timelapses e uma série de imagens aéreas que ajudam a dar a dimensão enorme desses parques.

O filme foi produzido com o intuito de mostrar mais detalhes dos parques nacionais e atrair novos visitantes. Com tanta beleza e qualidade na produção, o objetivo parece ter sido alcançado com sucesso.

Confira abaixo o trailer deste documentário e assista a versão na íntegra na Netflix.