A sustentabilidade está em nosso DNA. Desde o nosso início da nossa história, lá na década de 60, Douglas Tompkins já tinha os três pilares: responsabilidade social, ambiental e econômica, como premissa básica para todo o desenvolvimento do negócio, mesmo que essa palavra ainda nem fosse utilizada na época. Mais de 50 anos se passaram e esse conceito está cada vez mais presente em tudo o que fazemos.

Todas as etapas de nosso trabalho, desde a produção até a parte administrativa, se baseiam nos conceitos de sustentabilidade. Durante o decorrer das últimas décadas nós nos comprometemos em incentivar as pessoas a saírem de suas zonas de conforto para viverem experiências outdoor e a cuidarem da natureza. Para fazer a nossa parte, nós protegemos os locais onde operamos e vivemos. Isso significa que, desde a fase de produção até a administração de nossos negócios, tudo é feito tendo o cuidado ambiental e social como prioridade.

Afinal, o que é sustentabilidade?

Nós já usamos bastante essa palavra aqui e você certamente já a ouviu nas mais diversas conversas e situações. Mas, será que você sabe realmente o que isso significa?

O conceito de sustentabilidade como nós conhecemos hoje começou a ser desenhado na década de 70, quando o Relatório de Brundtland diz que o uso dos recursos naturais deve ser feito de forma sustentável para que seja possível “suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas”.

Sustentabilidade é uma premissa baseada em três pilares: social, ambiental e econômico. Isso significa que para um negócio ser considerado sustentável, é preciso que esses três tópicos estejam em equilíbrio. Não é possível alcançar o desenvolvimento pensando apenas nas questões ambientais, por exemplo, pois isso pode prejudicar a economia. Também não é possível pensar somente no lado econômico, já que essa decisão tende a prejudicar as comunidades e o meio ambiente. Portanto, a chave para alcançar a sustentabilidade é, de fato, ter como base para todas as tomadas de decisões a preocupação com os três pilares.

Então, o que a The North Face faz para ser sustentável?

Para ficar mais fácil, nós vamos dividir esse assunto em alguns tópicos. Assim, você conseguirá visualizar melhor as etapas do nosso negócio e como nós estamos fazendo a nossa parte para deixar um bom legado para as gerações futuras e minimizarmos ao máximo o impacto ambiental de toda a nossa cadeia.

Comunidades

O nosso legado social está diretamente ligado às comunidades envolvidas em nossa área de atuação e isso vai desde guias de montanha, funcionários, clientes e até os nossos seguidores nas redes sociais. Em todas as nossas esferas de atuação, as nossas equipes se esforçam muito para oferecer o suporte necessário para que atletas e amantes da natureza tenham o que precisam para continuar aproveitando ao máximo a vida lá fora.

Para que isso aconteça, nós nos envolvemos com projetos sociais, apoiamos ações que incentivem a prática de esportes ao ar livre e organizações diversas de cuidado ambiental e, acima de tudo, produzimos conteúdos educacionais e informativos que ajudam a disseminar materiais de qualidade e que contribuem para o desenvolvimento intelectual, social e humano de todas essas pessoas.

Meio ambiente

Como somos uma indústria, é inevitável que o nosso maior impacto ambiental esteja associado à nossa linha de produção. Mas, a nossa prioridade em todos esses anos tem sido utilizar as melhores tecnologias para disponibilizar produtos de extrema qualidade e muito duráveis, além de atentarmos a todas as matérias-primas usadas no processo de fabricação.

As nossas equipes de desenvolvimento estão constantemente em busca de soluções mais eficientes para reduzirmos o nosso impacto no mundo. Nós já temos uma série de produtos feitos com materiais reciclados, evitamos produtos químicos que possam prejudicar os recursos hídricos, aplicamos soluções para economia de água e energia.

Nós fizemos alguns posts com mais detalhes sobre essas medidas e você pode se aprofundar nos temas através dos links abaixo:

Além das soluções aplicadas em nossa linha de produção, nós acreditamos que é responsabilidade nossa preservar a natureza, já que é ela que nos proporciona incontáveis aventuras. Assim, nós apoiamos organizações e projetos de conservação ambiental e integramos alianças globais junto a diversas outras marcas e autoridades em meio ambiente para promover conscientização, cobrar ações políticas de preservação e fomentar o cuidado com o meio ambiente em todas as esferas.

A sustentabilidade está em nosso DNA. Desde o nosso início da nossa história, lá na década de 60, Douglas Tompkins já tinha os três pilares: responsabilidade social, ambiental e econômica, como premissa básica para todo o desenvolvimento do negócio. Mais de 50 anos se passaram e esse conceito está cada vez mais presente em tudo o que fazemos.

Todas as etapas de nosso trabalho, desde a produção até a parte administrativa, se baseiam nos conceitos de sustentabilidade. Durante o decorrer das últimas décadas nós nos comprometemos em incentivar as pessoas a saírem de suas zonas de conforto para viverem experiências outdoor e a cuidarem da natureza. Para fazer a nossa parte, nós protegemos os locais onde operamos e vivemos. Isso significa que, desde a fase de produção até a administração de nossos negócios, tudo é feito tendo o cuidado ambiental e social como prioridade.

Para entender melhor como a sustentabilidade se aplica em nossa linha de produção, que é normalmente onde se concentra o maior impacto ambiental, nós listamos uma série de soluções que fazem parte da nossa história no mundo.

Materiais reciclados

Nós estamos totalmente comprometidos com o meio ambiente e com a performance de nossos produtos. Por causa disso, estamos constantemente investindo em soluções inteligentes na escolha de materiais, manufatura e inovação. Tudo o que nós produzimos é feito com o que existe de melhor em termos de tecnologia e qualidade, para que os produtos durem o máximo possível e tenham o desempenho que os atletas e aventureiros de todas as partes do mundo precisam, mesmo nas situações mais extremas.

Uma das soluções para alcançar este objetivo é utilizar matéria-prima reciclada na fabricação de alguns de nossos itens campeões de vendas. Como grande parte de nossos produtos possui poliéster em sua composição, decidimos utilizar poliéster reciclado proveniente de garrafas plásticas recicladas. Esta solução reduz o impacto ambiental, já que diminui a quantidade de combustíveis fósseis e água usados na fabricação.

Bottle Source

A linha Bottle Source também é completamente feita a partir de garrafas plásticas reaproveitadas, que aqui são transformadas em camisetas casuais e outros acessórios. Produzir camisetas a partir do plástico reciclado já é algo bastante comum, mas o diferencial desse programa é que todas as peças são fabricadas com garrafas PET recolhidas em três grandes Parques Nacionais dos Estados Unidos: Yosemite, Grand Teton e Great Smoky Mountains. Somente através desse programa, em 2018 e 2019 nós já havíamos coletado e reciclado 174 mil kg de garrafas plásticas.

Algodão “social”

O algodão é um material presente em uma parte pequena de nossos produtos. Mesmo assim, nos preocupamos que ele seja o mais sustentável possível. Assim, sempre que possível, usamos algodão orgânico ou damos preferência ao algodão produzidos nos EUA, pois os produtores norte-americanos são obrigados a seguirem normas rígidas de eficiência e boas práticas.

Bluesign

Nós somos parceiros da Bluesign Technologies, um grupo de experts em sustentabilidade na indústria. Eles nos ajudam a criar soluções para reduzir o consumo de água em nossa cadeia produtiva e usar produtos químicos com responsabilidade, sem contaminar o meio ambiente em seu descarte. O método Bluesign é aplicado em cinco categorias: produtividade nos recursos, emissões atmosféricas, segurança e saúde no trabalho, recursos hídricos e segurança do consumidor.

Graças a esse programa, o qual os nossos fornecedores também são incentivados a utilizar, entre os anos de 2010 e 2015, nós nos orgulhamos termos economizado mais de 310 milhões de litros de água (o equivalente a 470 piscinas olímpicas), 69 milhões de kW/h (que seria como retirar 6.403 carros das ruas) e deixado de utilizar mais de 2 milhões de quilos de produtos químicos.

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Chamonix – Foto: Tim Kemple.

Plumas de Ganso

Mesmo com o desenvolvimento de diversas tecnologias sintéticas, muitos atletas de alta performance ainda utilizam produtos feitos com isolamento térmico em plumas de ganso por sua alta eficiência. Para garantir que nenhum animal seja prejudicado ou sofra algum dano durante a fabricação de um de nossos produtos, a nossa cadeia é certificada com o selo Responsible Down Standart, (RDS) que auditora e garante que os animais são cuidados o tempo todo.

As plumas usadas em nossos produtos são aquelas que caem naturalmente dos gansos. Nada é retirado à força. Também existe a preocupação com o bem-estar dessas aves, que não podem ser alimentadas de forma forçada e, muito menos, maltratadas. (Saiba mais sobre esta certificação aqui)

ThermoBall

ThermoBall é uma das nossas tecnologias mais famosas. Ela é exclusiva The North Face e foi desenvolvida em parceria com a Primaloft, empresa norte-americana com mais de 25 anos de experiência na área de inovação na fabricação de fibras de isolamento térmico. A ThermoBall é uma alternativa sintética e funcional capaz de substituir as tradicionais plumas de ganso, mantendo o alto desempenho, mas sem nenhum tipo de material de origem animal.

Com o passar dos anos essa tecnologia foi sendo aprimorada por nossas equipes de desenvolvimento e nós nos orgulhamos de lançar a mais nova versão de Thermoball: a Thermoball Eco, que tem 100% do isolamento térmico feito a partir de garrafas PET recicladas. Com essa solução, nós damos um passo além em termos de sustentabilidade. Além de não utilizarmos materiais de origem animal, nós também estamos colaborando para a redução do lixo plástico no planeta.

Através dessa iniciativa, mais de 3.6 milhões de garrafas PET já ganharam uma nova “vida”.

Todo bom aventureiro sabe que é preciso cuidar da riqueza natural hoje para que as gerações futuras também possam desfrutar desses recursos. Esse é o principal conceito da sustentabilidade e, com isso em pauta, é possível aplicar boas práticas em todas as áreas, desde os hábitos, as escolhas de consumo até a forma como os filhos são educados. Em cada detalhe da vida é possível fazer escolhas mais conscientes e que vão minimizar o seu impacto ambiental no planeta.

Para fazer a nossa parte, nós estamos constantemente buscando soluções mais sustentáveis para todas as etapas da nossa cadeia de negócios. Desde a escolha da matéria-prima até o consumidor final, a The North Face está em uma busca intensa por opções mais sustentáveis, que sejam realmente viáveis e justas econômica, social e ambientalmente.

Introduzir hábitos sustentáveis na rotina é ainda mais fácil, seja no dia a dia na cidade ou em uma aventura na montanha. Nós separamos algumas sugestões para que você comece a refletir e colocar essas ideias em prática hoje. Confira quais são:

  1. Aplique os 3 R’s

Você já deve ter ouvido essa expressão e se ainda não está familiarizado com ela, significa: reduzir, reutilizar e reciclar. A proposta é tão óbvia quanto parece. Antes de fazer qualquer escolha de consumo, pense se você realmente precisa daquilo. Depois, ao descartar algum item, avalie primeiro se não é possível reutiliza-lo para outro propósito. Se ele realmente não tiver mais jeito, descarte-o adequadamente, enviando para a reciclagem. Um dos maiores problemas do mundo é a quantidade de lixo gerado. Além de ocupar muito espaço em aterros sanitários, quando descartados inadequadamente, os resíduos acabam poluindo outros recursos, prejudicando animais e provocando prejuízos incontáveis por centenas de anos. Mudar essa situação depende totalmente das mudanças de hábitos hoje.

  1. Viva o mundo lá fora

As pessoas só cuidam daquilo que elas conhecem. Se alguém nunca teve o prazer de fazer uma trilha ou ter uma imersão na natureza, dificilmente perceberá o valor que ela tem e não se preocupará em cuidar. Portanto, a melhor forma de incentivar alguém a preservar ou mudar de hábitos em relação ao meio ambiente é proporcionando essa conexão. Quanto mais as pessoas se envolvem com a natureza, mais elas percebem a urgência em proteger os recursos naturais e isso provoca uma avalanche de mudanças em todas as áreas da vida.

  1. Passe adiante

Se você já é um protetor da natureza, já conhece conceitos de sustentabilidade e tem dicas e exemplos para compartilhar, não tenha medo de passar o conhecimento adiante. Às vezes as pessoas não colocam bons hábitos em prática porque eles simplesmente não tiveram informação. Então, não se acanhe. Conhecimento nunca é demais!

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  1. Cuide bem dos seus equipamentos e roupas

O nosso negócio é movido pela venda de roupas, equipamentos, calçados e acessórios para a sua aventura. Mas, isso não quer dizer que nós desejamos que as pessoas comprem o tempo todo. Durante o desenvolvimento de nossos produtos, nós temos o cuidado de usar o que existe de melhor em termos de materiais e tecnologias para que eles durem por muito tempo. No entanto, essa vida útil vai depender muito do cuidado durante o uso e de como as manutenções são feitas. Jaquetas impermeáveis, por exemplo, precisam ser constantemente higienizadas (clique aqui para saber mais). As botas e calçados, não devem ficar parados no armário por muito tempo (clique aqui para saber mais). Lavar as jaquetas térmicas precisa de alguns cuidados específicos (clique aqui para saber mais). Então, ao adquirir uma peça, atente-se às instruções de uso e cuidados na lavagem para que suas roupas e equipamentos continuem em perfeito estado muito um período maior.

  1. Não deixe rastros

Na hora de ir acampar, fazer uma trilha ou até mesmo praticar esportes de neve, lembre-se de não deixar qualquer rastro que não sejam as suas próprias pegadas. Leve de volta todos os resíduos que produzir, utilize os recursos naturais com sabedoria, respeite o ambiente e o bem-estar dos animais locais e provoque a menor interferência possível. Nós já fizemos um post especial com dicas para deixar o seu acampamento mais sustentável e você pode conferir tudo aqui.

Qual dica você acrescentaria a essa lista?

Lembre-se: “Seja a mudança que você quer ver no mundo” – Mahatma Gandhi

 

A pandemia global causada pelo COVID-19 tem ocasionado diversas mudanças em todos os segmentos da sociedade. Ainda não é possível prever o impacto exato que ela terá na economia e nas relações sociais e culturais, mas especialistas em viagem já visualizam um cenário em que o interesse por atividades outdoor aumente. Um artigo publicado na revista Outside Online dos EUA traz uma série de motivos que justificam esse crescimento no universo das viagens de aventura.

Confira alguns dos destaques e entenda como a pandemia pode transformar o turismo nos próximos meses:

  • Medo de locais com grande concentração de pessoas

As incertezas sobre o controle do vírus parecem ter deixado os turistas receosos de conhecerem pontos turísticos muito famosos devido à grande concentração de pessoas. Um estudo ainda em andamento nos Estados Unidos, desenvolvido pela organização “Destination Analysts”, mostrou que 50% dos norte-americanos preferem que suas viagens pós-pandemia sejam para ambientes outdoor e em experiências com grupos pequenos, do que para locais muito turísticos, que costumam ter alta movimentação de pessoas.

  • Parques Nacionais devem ser os primeiros a abrirem

Por não serem fechados e, normalmente, não terem alta movimentação, os Parques Nacionais devem ser as primeiras destinações turísticas a retomarem as atividades. É isso que tem sido feito os Estados Unidos, que aos poucos reabre alguns de seus famosos parques nacionais, e esta também é uma tendência aplicada no Brasil, com alguns estados já liberando a visitação em áreas de conservação. Além de serem os primeiros a voltaram às atividades, muitos parques também têm a vantagem de estarem próximos aos centros urbanos ou a grandes cidades, o que facilita as viagens curtas de fim de semana.

  • Camping e viagens de carro devem ganhar novos adeptos

Um estudo feito pela KOA (Kampgrounds of America) identificou o crescimento de 11% para 16% nas pessoas interessadas em acampar com suas famílias após a pandemia, nos EUA. Além disso, a pesquisa identificou que 32% dos participantes que nunca acamparam na vida, acham que o momento é ideal para terem a primeira experiência.

  • Aventuras perto de casa

Uma das maiores preocupações durante a pandemia tem relação com a movimentação de pessoas que viajam de áreas contaminadas pelo vírus para outros locais, aumentando e exponenciando a transmissão. Portanto, muitos países têm adotado restrições aos voos e a previsão é de que o setor aéreo, infelizmente, ainda leve um tempo para voltar a operar normalmente. Enquanto isso, o que os especialistas em turismo preveem é o aumento das viagens a destinos próximos. Inicialmente a retomada deve ser feita com viagens curtas de carro, na sequência espera-se que viagens de avião dentro do próprio país voltem a ganhar força e só depois disso os voos internacionais devem ser retomados com o propósito de turismo.

Se você achou esses pontos destacados do artigo da Outside interessante, você pode acessar o material completo aqui.

Caminhar por trilhas que cortam o Himalaia, acordar tendo como primeira vista do dia as montanhas mais altas do mundo e mergulhar de cabeça em uma cultura incrível são apenas alguns dos atrativos que levam turistas do mundo inteiro ao trekking do Acampamento Base do Everest, o mais alto do mundo. Toda essa experiência é algo único, cuja energia só é possível sentir estando lá.

Foto: Mariana Britto/Arquivo Pessoal

As aventuras já começam antes mesmo da trilha. O aeroporto de Lukla é o principal acesso a quem vai fazer o trekking no Nepal. Sua pista curta, na encosta da montanha tornam os voo muito técnicos e perigosos. Para começar a caminhada é preciso primeiro sentir a emoção do pouso. A partir daí, o trekking começa.

Foto: Mariana Britto/Arquivo Pessoal

Apesar de nãos er considerado um roteiro técnico, o trekking que leva ao Base Camp do Everest não é fácil. Muito pelo contrário, como a caminhada começa a 2.840 metros de altitude, os aventureiros estão constantemente lidando com um cansaço extra provocado pelo ar rarefeito.

O ganho de altitude varia de acordo com o roteiro, já que existe mais de uma trilha para chegar aos pés do Everest. Mas, em geral, os trekkers ganham quase mil metros de altitude em cada dia de caminhada, com paradas pensadas especificamente para que o corpo se adapte gradativamente à altitude, até chegar no ponto mais alto do roteiro, em Kala Patar, com 5.545 metros acima do nível do mar.

Foto: Mariana Britto/Arquivo Pessoal

Diferente de outros trekkings pelo mundo, no Base Camp do Everest o trajeto é feito normalmente com pernoites nos lodges e não em barracas. Além disso, é muito comum contar com o auxilio de carregadores, sejam eles sherpas ou os yaques, animais usados para levar cargas no Nepal. Esses dois fatores permitem aos aventureiros uma experiência única com a comunidade local. Estar o tempo todo em contato com essas pessoas possibilita muitos aprendizados e trocas com uma cultura única e muito bem preservada.

Foto: Mariana Britto/Arquivo Pessoal

É possível fazer esse trekking durante quase todo o ano, mas a alta temporada acontece durante a primavera e o outono, ou seja, de março a junho e de setembro a novembro. A estação menos recomendada para essa viagem é durante o verão, por conta da grande quantidade de chuva e neve. O roteiro leva, em média, 18 dias, mas esse período pode variar muito de acordo com o trajeto escolhido e o ritmo de cada trekker.

O Monte Elbrus é conhecido como o ponto mais alto da Europa. Parte dos 7 Cumes, essa montanha conta com 5.642 metros de altitude e foi escalada pela primeira vez em 1874 por uma expedição britânica, liderada por Crauford Grove. Hoje ela é visitada por montanhista de todas as partes do mundo e, durante o auge da temporada, é possível ter até 100 pessoas por dia tentando alcançar o seu cume.

Mesmo sendo uma montanha com altitude elevada, as expedições ao Elbrus não são consideradas muito técnicas. Para conquistar essa montanha não é preciso ter experiência em escalada ou escalda no gelo, por exemplos, mas é preciso estar bem preparado fisicamente e, principalmente, bem equipado para suportar os fortes ventos e as baixas temperaturas comuns à região.

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Monte Elbrus. – Foto: Ekaterina Kuzmina/Flickr

Além do clima, o outro grande desafio que os montanhistas encontram no Elbrus é o fato de que a maior parte da caminhada é feita sobre o gelo, portanto, os crampons são essenciais para a segurança e bom desempenho nas caminhadas.

Outro assunto importante para os montanhistas que estão se preparando para subir o Elbrus é em relação à aclimatação. Essa montanha tem algumas particularidades, como parte do trecho feito em teleférico e também em snowcat. Por conta disso, os aventureiros acabam chegando a uma altitude elevada em pouco tempo, aproximadamente a 3.200m. A partir daí é que começam os ciclos de aclimatação para que o organismo se adapte à altitude e a ascensão continue a ocorrer até o cume do Elbrus.

Expedição ao Elbrus, o ponto mais alto da Europa. | Foto: T. Koltunova / Flickr – Creative Commons

Uma curiosidade sobre essa montanha é que, assim como o Kilimanjaro (o cume mais alto da África), o Elbrus também é um vulcão inativo. Ele está localizado em uma cadeia de montanhas formadas pela colisão de duas placas tectônicas a arábica e a eurasiana, que são consideradas como uma continuação do Himalaia.

Além de ser a montanha mais alta do mundo, o Monte Everest é também o sonho de muitos alpinistas e um lugar mágico apreciado por qualquer aventureiro. Infelizmente, o percentual de pessoas que possuem a estrutura necessária para chegar ao topo do mundo é pequeno. Mas, existem outras formas de apreciar essa montanha e de se transportar para o himalaia sem nem precisar sair de casa. É justamente isso que o timelapse feito pelo filmmaker e montanhista Elia Saikaly nos proporciona.

O vídeo traz registros incríveis feitos no Acampamento 2 do Everest. Na descrição do timelapse, o filmmaker conta os detalhes da filmagem. Segundo ele, este é apenas um pequeno pedaço de um trabalho de dois anos, que rendeu, nada mais, nada menos do que 108 timelapses.

Everest visto do Campo 2. | Foto: Elia Saikaly/Reprodução

Esse registro, especificamente, foi feito a 6.200 metros de altitude em uma noite perfeita, em que o céu abriu e para do universo foi vista em todo o seu explendor. “Em nenhum outro lugar do planeta eu pude ver a Via Láctea tão claramente, tão brilhante e cheia de vida. É preciso ter muita disciplina para ficar acordado a noite inteira captando essa magia, para poder levar essa experiência ao mundo. As câmeras congelam, as baterias congelam, as pessoas congelam. O ambiente de altitude é muito debilitador. O seu corpo está constantemente funcionando com baixos índices de oxigênio e, quanto mais alto você vai, pior fica”, relata o montanhista na descrição do vídeo.

Mesmo com todos esses empecilhos, Elia conseguiu registrar o Monte Everest de forma espetacular. Confira abaixo:

O Monte Roraima é um dos destinos dos sonhos de muitos trekkers no Brasil e no mundo. Localizado na tríplice fronteira, onde o Brasil se encontra com a Guiana e a Venezuela, este é um verdadeiro paraíso para quem está em busca de uma imersão total na natureza e de muitas experiências únicas e inesquecíveis.

Os roteiros de trekking para o Monte Roraima variam normalmente de 7 a 11 dias e sempre têm o início da caminhada em território venezuelano. Apesar de quase todas as expedições seguirem pelo mesmo caminho até a montanha, o que proporciona essa variação na duração é o tempo que os viajantes escolhem ficar no “cume” do Roraima. Isso porque o platô possui 90km2 de área e por lá é possível acampar por dias, aproveitando para acordar acima de um mar de nuvens e desbravar as maravilhas de se estar a praticamente 2.800 metros de altitude.

Foto: Luis Castro / Flickr – Creative Commons

Apesar de não ser um roteiro técnica e que exija conhecimentos específicos de escalada, é preciso lembrar que o esforço físico para chegar ao Monte Roraima é considerado de médio a difícil. Portanto, é preciso estar preparado fisicamente para suportar, em média, 10km de caminhada por dia com uma mochila de 45 a 65L nas costas.

Este roteiro também é recomendado para aventureiros já experientes e que estejam acostumados a fazer travessias, dormir em barracas e caminhar em condições climáticas pouco favoráveis. Durante todos os dias de caminhadas os expedicionários dormem em barracas, este não é um roteiro equipado com lodges ou alojamentos. Outro ponto de atenção e que pode gerar certo desconforto em pessoas inexperientes, é que, por estar localizado próxima à linha do Equador, a região costuma ter muitas chuvas e é comum que parte da caminhada seja feita com muita umidade. Assim sendo, tenha sempre seus equipamentos protegidos em sacos estanques, use capa na mochila e use roupas e calçados impermeáveis.

O trekking do Monte Roraima vale cada um dos desafios que podem ser encontrados no caminho. Poder acordar sobre as nuvens e depois contemplar uma imensa paisagem de savana e planalto é inesquecível.

Foto: Cadu Tavarares / Flickr – Creative Commons

Se você está em busca de um filme inspirador e que vai te deixar vidrado do começo ao fim, a resposta é “Free Solo”. O documentário, que ganhou o Oscar em 2019, mostra um dos maiores feitos da história da escalada: a ascenção de Alex Honnold ao El Capitán sem o uso de nenhum equipamento de segurança.

“Free Solo” foi produzido por Jimmy Chin e Elizabeth Chai, que acompanharam todo o processo de preparação de Alex para a tentativa. Foram necessários dois anos de preparo, mas apenas 3 horas e 52 minutos para que o escalador finalizasse os 914 metros de um dos picos mais épicos do mundo.

O filme, lançado pela National Geographic, mostra além dos muitos treinos e horas de estudo, os dilemas de Alex para lidar com as incertezas de uma escalada tão perigosa assim e também o relacionamento do atleta com seus parceiros de escalda e com a sua namorada.

Apesar de toda a complexidade do projeto, através deste documentário é possível ter certeza de que as palavras medo e limites não fazem parte do vocabulário que Alex costuma usar em sua vida.

Confira abaixo o trailer de “Free Solo”:

Diante da pandemia causada pelo Covid 19, nações em todo o mundo se viram obrigadas a pedir que a população permanecesse em isolamento social para que pudéssemos controlar a transmissão da doença. Aqui no Brasil nós também apoiamos essa estratégia e seguimos incentivando todos os que puderem, que permaneçam em suas casas. As montanhas continuarão lá nos esperando depois que tudo isso passar. Enquanto isso não acontece, é possível aproveitar esse tempo para fazer reflexões e trazer aprendizados que situações emergenciais nos proporcionam. Abaixo nós listamos algumas dessas lições que a quarentena nos ensinou e que podem ser replicadas em qualquer aventura. Confira:

  • Nós precisamos apenas do essencial

Quando você para e pensa em tudo o que vem consumindo ou utilizando durante esse período de quarentena é possível ter a certeza de que nós não precisamos de muito para sobreviver. Não é necessário ter várias peças da mesma roupa, muitas bolsas ou acessórios. É claro que existem muitas coisas bacanas e úteis para diferentes atividades. Mas, se tivermos o básico, já conseguimos viver tranquilamente. Sem a pressão por acumular coisas ou bens de consumo, a vida fica até mais organizada e leve. Assim também deve ser na hora de arrumar as malas para a sua próxima aventura. Leve apenas o essencial, além de deixar a bagagem mais leve, você não vai perder um tempão procurando por algo na mochila e vai evitar muitas distrações. Na natureza nós não precisamos de muito e podemos ser simples, assim como a nossa essência.

  • É muito bom não ter pressa

Com a correria do dia a dia, principalmente para quem vive nas grandes cidades e está sempre na batalha contra o trânsito ou vive “sem tempo”, poder fazer as coisas sem pressa é algo praticamente impossível. Um dos pontos positivos da quarentena é que o dia parece que tem muito mais tempo. Ficar em casa pode ser ocioso, mas você também pode aproveitar para fazer suas tarefas e até mesmo o lazer com mais calma, sem ter pressa. Da mesma forma, quando você está na trilha é sempre muito mais prazeroso poder fazer o caminho desfrutando da experiência. Não existem disputas quando estamos curtindo a natureza. Portanto, leve um pouco mais de calma na sua bagagem e siga o seu caminho sem pressa.

Foto: Lucas Guerra
  • Estar em movimento é essencial para manter a saúde mental

Logo no início da quarentena ocorreu um “boom” de vídeos nas redes sociais ensinando alternativas para treinar em casa. Manter o corpo ativo é ótimo para que o organismo libere hormônios que nos deixam mais felizes e aliviam o estresse e a ansiedade. Talvez este seja um dos fatores responsáveis por te manter saudável física e mentalmente durante a pandemia. Mas, esse movimento não pode parar quando a quarentena acabar. Aproveite para planejar novas aventuras, treine para chegar em seus desafios bem preparado e mantenha-se sempre em movimento. Isso fará muito bem para a sua vida em todos os aspectos.

  • Conhecimento nunca é demais

Se as lives sobre atividade física fizeram sucesso no início da quarentena, os cursos on-line também não ficaram para trás. Não se sinta obrigado a ser sempre produtivo, mas poder aproveitar esse tempo mais livre para ler um livro, assistir a um filme e agregar mais conteúdo é muito bom. Em uma aventura, ter uma boa bagagem de experiências é super importante. Antes de arrumar as malas, pesquise sobre o seu destino, aprenda com outros aventureiros mais experientes, pergunte, troque informações. Conhecimento nunca é demais, seja para poder conversar com os amigos ou para salvar a sua vida no meio de uma floresta ou no topo da montanha.

Poder viajar o mundo e mostrar a diversidade e maravilhas de diferentes culturas ao redor do planeta à sua filha é um dos maiores sonhos da catarinense Tayse Gomes. Mamãe da Antonella, ela conta que, mesmo depois a que a filha nasceu, ela não deixou de lado a paixão por viajar. Pelo contrário, agora ela tem ainda mais motivos para embarcar em jornadas pelo mundo, afinal, por mais que a Antonella ainda seja um bebê, ela já consegue sentir e viver experiências que a marcarão por toda a vida.

A Antonella tem apenas 2 anos, então, todas as viagens em família são planejadas com antecedência e os papais têm uma série de cuidados para que o bem-estar de todos seja sempre a prioridade, seja no Brasil ou no frio da Islândia. Com tão pouca idade, essa bebezinha já passou por 24 países diferentes e ainda tem muito chão pela frente!

Foto: Arquivo Pessoal/Blog Voo Materno

Nós conversamos com a Tayse para entender o que mudou na vida dela depois que se tornou mãe e também saber quais conselhos e dicas ela dá para os outros papais e mamães que têm vontade de viajar com filhos pequenos, mas não sabem muito bem o que esperar desse tipo de experiência.

Confira abaixo o que ela nos contou:

The North Face Brasil: Como era a sua vida antes da Antonella? Você e o Felipe já tinham vontade de viajar pelo mundo?

Tayse Gomes: Antes mesmo de termos a Antonella, já éramos apaixonados por conhecer culturas, gastronomias e arquiteturas diferentes. Mas nosso estilo viajante era um pouco diferente do estilo de hoje com a nossa pequena. Sempre escolhíamos lugares com músicas ao vivo e não nos importávamos em sentar em frente ao bar. Nossas malas leves, carregavam não muito mais que alguns jeans e um casaco. O resto, se precisasse, comprávamos no caminho! Nossos roteiros eram planejados de modo a aproveitar cada minuto para conhecermos o máximo possível de cada país. Não nos incomodávamos em esperar de pé nas longas filas de atrações turísticas. Afinal de contas, assim que chegássemos no hotel teríamos tempo para descansar para o dia seguinte. Sem contar os hotéis que sempre eram escolhidos pelo melhor custo x benefício.

The North Face Brasil: O que mais mudou no estilo de vida de vocês depois que a Antonella nasceu?

Tayse Gomes: Depois que a Antonella nasceu nossa vontade de conhecer o mundo não mudou, mas a forma com que conseguiríamos foi repensada. Hoje caminhamos mais devagar e estamos sempre procurando um lugar que tenha trocador. Preferimos restaurantes que tenham espaço kids, uma poltrona confortável ou pelo menos um espaço maior entre as cadeiras. Nossa mala agora é pesada e repleta de kits de emergência. Escolhemos hotéis de um modo diferente, pois nossa prioridade é o conforto dela. Hoje, cada segundo da viagem é extraordinariamente diferente e maravilhoso ao mesmo tempo! Uma gargalhada depois de um pássaro pousar próximo à nós, um beijo de bom dia naquela pessoinha que acorda com um sorriso largo, um susto quando um espirro chega ao entardecer, o orgulho de vê-la caminhando e brincando tão feliz na neve e muito mais feliz por estar junto da gente, um banho quentinho cheio de espuma e agito ao chegarmos cansados no hotel, um cheirinho no pescoço enquanto ela dorme no colo… isso é viajar com a Antonella!

Foto: Arquivo Pessoal/Blog Voo Materno

The North Face Brasil: O que mudou na sua vida, como mulher, depois que você se tornou mãe?

Tayse Gomes: A maternidade me transformou. Eu me reinventei como mulher… como ser humano. Percebo que a cada dia cresce uma força inimaginável em mim. Um sentimento de empoderamento, sabe? Hoje penso primeiro na Antonella, na minha família. A Tayse de antes quase não existe mais, tem dias que a vejo, mas pouco a reconheço. E isso não é ruim, pelo contrário! Nunca me senti tão realizada e feliz como me sinto hoje. Se eu pudesse dar um conselho a todos, seria: Tenha filhos! Os filhos revelam o melhor de nós, nos fazem crescer e nos permitem amar da forma mais intensa do mundo.

The North Face Brasil: Hoje a Antonella ainda não tem nem dois anos de idade, mas já viajou por 24 países. Esse é um número muito impressionante! Qual foi a primeira viagem que vocês fizeram a três?

Tayse Gomes: A primeira viagem da Antonella para fora do Brasil foi aos 4 meses. Fomos para o Chile e ficamos 1 semana lá. O voo foi super tranquilo. Ela dormiu na decolagem e na aterrissagem, e no final do voo ainda rolou foto com o piloto. Antes dessa viagem de avião resolvemos fazer um passeio de carro (cerca de 4hrs) para Gramado (RS), pra saber como seria o trajeto e como nos comportaríamos. Esses dois destinos foram definidos pela distância e para nos prepararmos para a viagem à Asia, que seria longa e a Antonella teria apenas 8 meses.

Foto: Arquivo Pessoal/Blog Voo Materno

The North Face Brasil: Algumas pessoas devem se assustar ao saber que vocês já fizeram tantas viagens com uma bebezinha tão pequena. Qual é o segredo?

Tayse Gomes: Para que nossas viagens sejam sempre seguras, seguimos algumas “regras”.

Primeiro: Ela é um bebê e não podemos nunca esquecer disso. Tão forte e frágil (sim, na mesma medida). A Antonella quase nunca se incomoda nas viagens. Pode ser uma viagem para o frio ou para o calor, na cidade ou no interior. Passeios curtos e perto de casa ou viagens longas e muito distantes. Isso, pois entendemos que ela faz parte da equipe! Somos em três. Ou seja, ela vai com a gente e a gente vai com ela! Se algo não está bom para ela, não está bom pra nós e vice-versa.

Em segundo lugar, respeitamos o seu limite. Por isso, qualquer planejamento é regido pelo seguinte princípio: haverão sacrifícios! Algum passeio não será feito, algum lugar não será visto. Seja pelas temperaturas, pelo cansaço, pela fome… Enfim, nós a respeitamos! E acredito que por isso sempre dê tudo certo. A cada viagem vamos com roteiros desenhados mas nunca fechados, pois tudo irá depender de como cada um está no dia. Isso vale para cada um dos três. Entender que o bem estar de todos vem acima de qualquer passeio é a chave para o sucesso de uma viagem. Sempre que respeitamos isso, voltamos para casa com o coração transbordando de felicidade e contando os dias para a próxima aventura!

The North Face Brasil: Vocês têm um Blog e redes sociais para compartilhar um pouco dessas experiências com outros pais. Quais são os comentários ou perguntas que vocês mais recebem?

Tayse Gomes: As maiores dúvidas que chegam no blog são relacionadas ao voo, à alimentação do bebê durante a viagem, ao sono e quebra na rotina e se vale a pena o esforço. Sempre digo que o voo será cansativo mas acabará mais rápido do que se imagina. Brinco que o voo é só a ponte entre a família e seus sonhos.

Quanto à alimentação, explico que provavelmente o bebê irá comer um pouco menos do que o habitual. Mas, irá se adaptar muito rápido. Levar comidinha ou leitinho de casa é a melhor escolha.

Com relação à rotina, percebemos que os bebês de adaptam muito mais rápido que nós adultos. O balanço do carrinho ou do canguru durante os passeios facilita o processo do sono. Consequentemente o bebê pode dormir mais durante o dia e então acordar mais vezes durante a noite. Mas não é regra. Às vezes o dia sendo agitado, os bebês podem também dormir melhor durante a noite, como é o caso da Antonella!

Quando me perguntam se vale a pena, não hesito em dizer que a viagem será um milhão de vezes melhor. A maior aventura da família será curtir e explorar o mundo juntos. Realizando sonhos e vivendo cada momento!

The North Face Brasil: Quais são as maiores dificuldades na hora de organizar ou planejar uma viagem com uma criança? Quais são os itens que vocês têm como prioridade na hora de fazer as escolhas dos destinos e dos roteiros?

Tayse Gomes: Confesso que o fato de termos a Antonella como integrante titular nas viagens não nos limita em escolher o país de destino. Já visitamos países como Egito e Japão. Sentimos o calor sufocante de Petra, na Jordânia, e o frio extremo do polo norte. Mas nos preocupamos em planejar tudo com a devida antecedência, pois assim conseguimos pensar nos detalhes e prever qualquer problema.

Foto: Arquivo Pessoal/Blog Voo Materno

Organizar uma viagem com bebê requer muita pesquisa e disposição, sem contar atenção aos detalhes: roupas e alimentação.  Pensar em como o bebê irá se vestir e como irá se alimentar são os pontos mais importantes que temos que levar em conta.

Como a viagem tem que ser boa para todos, excluímos os passeios que seriam desconfortáveis para ela, e, por exemplo, colocamos um zoológico no meio da viagem ou uma tarde livre de brincadeiras ao ar livre. Assim, todos fazem um pouco do que gostam.

The North Face Brasil: Qual foi a experiência mais marcante que você teve durante essa aventura que é ser mãe e viajar?

Tayse Gomes: Difícil dizer apenas uma, pois viajar com a Antonella é sempre ver além de qualquer ponto turístico. Ela ressignifica nossos olhares para o mundo. Mas, acho que a experiência mais marcante foi quando fomos para a Ásia e, chegando lá, em cada país, ela virou quase uma atração local. Todos paravam e pediam para bater foto dela. Acredito que por ser tão clarinha e de olhos verdes (características não tão comuns daqueles países). Já havíamos lido que isso acontecia com bebês estrangeiros, mas não imaginávamos que seria tudo tão intenso! Muita gente querendo tocar, brincar.. alguns até sem falar conosco vinham logo pegando e puxando ela.

Quando estávamos num aeroporto do Sri Lanka, precisamos esperar por muito tempo e no meio do dia uma excursão escolar trouxe uma turma de crianças para verem os aviões. Assim que as crianças viram a Antonella, esqueceram totalmente do avião e ficaram por horas sentadas à nossa volta. Foi assustador e emocionante ao mesmo tempo (risos). Lembro como se fosse hoje, daquelas meninas vestidas com um uniforme escolar branco, cabelos grossos e escuros. Tão carinhosas e curiosas com a Antonella. Naquele momento eu tive a certeza que precisava mostrar o mundo para minha pequena e ensinar que ele é muito mais do que as regras impostas pela sociedade e seus arquétipos preestabelecidos de sucesso. Perceber, sentir e respeitar as pessoas independentemente de cor, credo ou classe social é um dos maiores ensinamentos que podemos transmitir aos nossos bebês.

The North Face Brasil: Qual foi o maior perrengue que vocês tiveram e qual lição vocês aprenderam para nunca mais repetir?

Tayse Gomes: As maiores dificuldades sempre foram os imprevistos. Costumamos planejar nossas viagens com meses de antecedência para evitarmos surpresas e desconfortos com nossa pequena. Mas, como não é novidade, algumas cias aéreas costumam cancelar ou substituir voos sem aviso prévio. Assim aconteceu com a gente em nossa segunda viagem com a Antonella para a Ásia, fomos surpreendidos por um cancelamento de voo.

Era uma conexão, de madrugada e não tínhamos como sair do aeroporto. Como não fomos avisados tivemos que ficar cerca de 10 horas na sala de embarque esperando o próximo voo. Era um aeroporto extremamente sujo, pequeno e precário. Esse imprevisto causou prejuízo em nosso roteiro original. Perdemos diária de hotel e alguns passeios.

Foi realmente uma lição. Agora sempre checamos todos os voos antes de ir ao aeroporto. Isto, com bastante antecedência e também um dia antes da decolagem.

The North Face Brasil: Quais são as próximas aventuras planejadas para essa família?

Tayse Gomes: Nosso plano sempre foi fazermos duas viagens longas por ano. Porém, diante a pandemia do Covid-19 o ano de 2020 vai se encerrar somente com uma viagem, a que fizemos em março para o norte europeu em busca da aurora boreal. Estamos estudando o roteiro para 2021 com a esperança de que tudo passe logo. Como gostamos da Islândia e Finlândia principalmente pela Aurora Boreal, voltaremos a visitar esses países, mas desta vez, acrescentando a Noruega, Suécia e quem sabe outros países próximos ao roteiro. Também para 2021 queremos fazer nossa primeira grande viagem de carro pela América do Sul. Talvez ir até o Ushuaya ou então rumo à Machu Picchu, no Peru. Essa road trip está sendo planejada para o segundo semestre. Mas tudo pode mudar caso optemos por uma outra viagem: a de sermos pais de dois. Quem sabe vem um(a) irmãozinho(a) para nossa pequena Antonella.

Foto: Arquivo Pessoal/Blog Voo Materno

Nós já falamos aqui algumas vezes sobre os benefícios que a meditação pode trazer ao corpo, além, é óbvio dos benefícios que a prática proporciona à mente. Se você nunca praticou meditação na vida, talvez a quarentena seja o momento ideal para iniciar. Tire alguns minutos do seu dia para relaxar, esvaziar a cabeça e se desconectar, assim ficará muito mais fácil se reconectar às coisas que realmente importam.

Para ajudar neste processo, nós separamos algumas dicas práticas para que você possa dar os primeiros passos na meditação agora mesmo. Confira:

  • Separe um tempo especialmente para meditar

Você não precisa começar fazendo meditações longas. Tire alguns minutos do seu dia que serão dedicados exclusivamente a isso. Você pode começar com uma pausa de três a cinco minutos, que já serão mais do que suficientes para que você sinta os benefícios da meditação. Conforme você for evoluindo na prática e concentração, se achar confortável, pode aumentar o tempo gradativamente. É bastante indicado a realização da meditação pela manhã, para ajudar a preparar a mente e o corpo para o restante do dia. Mas, isso não é uma regra. E a meditação, inclusive, pode ser realizada de diversas formas e até mesmo como pequenas válvulas de escape. Por exemplo: se você está tendo um dia cheio e precisa aquietar a mente para conseguir raciocinar melhor, simplesmente faça uma pausa de um ou dois minutos e realize uma meditação rápida, sempre se concentrando na respiração.

  • Tenha um espaço confortável e agradável

Meditar tendo a vista para a natureza ou com o som de fundo apenas os passarinhos cantando é um sonho. Mas, isso não é acessível a qualquer pessoa e nem é necessário, na verdade. O mais importante é que você tenha um espaço em casa em que fique confortável e consiga se desligar de outras distrações, como a televisão, o computador, o celular e até mesmo outras pessoas da família. Na hora de preparar o ambiente para a meditação, dê preferência a uma área com janelas para a entrada da iluminação natural, use elementos que te deixem confortáveis e lembre-se de desligar todos os aparelhos eletrônicos que estiverem por perto e que puderem incomodar durante a prática.

  • Você pode usar um aplicativo para te guiar

Pode parecer contraditório, já que nós acabamos de pedir que os aparelhos eletrônicos sejam desligados, mas existem alguns aplicativos interessantes para te guiar durante a meditação. Eles são muito úteis principalmente para quem está começando e não sabe muito bem como praticar e também é interessante para te ajudar a desenvolver uma rotina que inclua alguns minutos para se dedicar à meditação todos os dias. Essa seria a única exceção para usar o celular durante a meditação. Mantê-lo ligado sem o uso de um aplicativo específico apenas lhe trará distrações e provocará ansiedade, que é justamente o que nós não queremos durante uma meditação.

  • Foco na respiração

A grande base para a meditação é conseguir desligar os ganchos que levam os nossos pensamentos a divagar e conseguir focar totalmente no presente, esvaziando a mente. Para que este processo de concentração fique mais fácil, uma dica é focar a atenção integralmente na respiração. No início isso pode exigir um pouco de esforço e, mesmo assim, a mente ainda vai querer divagar pelo mundo das ideias e isso é totalmente normal. Por isso, é muito importante começar devagar, com alguns minutos de meditação e tentar focar ao máximo na respiração, para se manter no momento presente.